Conspiração Hogwarts escrita por Jefferson Machado


Capítulo 1
Capítulo 1 O sonho dentro de um sonho




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“ENSINAREMOS AQUELES CUJA INTELIGÊNCIA É MAIS SEGURA...” 

                                                                                                                                     ESCÓCIA  985 d.C.

O chão estava cheio de folhas quando ela pisou ali pela primeira vez, ventava muito naquela noite, estava frio e o unicórnio branco trotava ao redor da Grande Árvore, dona de todas aquelas folhas. A coruja em um dos galhos, parecia uma gárgula, observava o voo da águia que sobrevoava o topo daquela montanha.

Já era bem tarde da noite quando a águia majestosa guinchou e atraiu os olhares de todos os animais que estavam ali a espera. A coruja trocou de galho como se preparasse para algo. Em outro galho surgiu sorrateira uma cobra com uma pele recém trocada e que brilhava com o reflexo da lua nova que iluminava naquela noite toda a Escócia.

Foi quando o Texugo, que comia um fruto podre caído no chão, sentiu um tremor. Eles estavam finalmente voltando e será que ela estava com eles? Não demorou para o leão que vinha na frente anunciar que o plano tinha dado certo.

Naquela noite o frio queria atravessar aquele vestido, pomposamente azul turquesa, que usava, mas uma magia simples a protegia daquela temperatura. Ainda não sabia por que a trouxeram ali, somente que um porco selvagem tinha sido o responsável em trazê-la ao topo daquela montanha. Estava diante de nove animais, que a olhavam com expectativa. A Águia majestosa ao lado da Coruja. Do outro lado, um Gato Preto todo folgado ao lado da Cobra enrolada no galho. Embaixo um texugo hipnotizado pela beleza do Unicórnio branco ao lado de um Leão em posição de sentinela. O Porco que a trouxe estava recuperando suas forças mais próximo ao topo quando a exuberante Fênix passou por ele e se posicionou na Grande Árvore da Tolerância. Era assim que aquela árvore era chamada, pelos trouxas, que usavam suas folhas para fazer um chá que acreditavam acalmar e acalmava, porém ela conhecia alguém que dava aquele chá um poder maior.

        _ Majestade!_ a coruja rompia aquele silêncio e chamava sua atenção.

— Daqui do alto, como pode ver, existe muito espaço para construí-lo.

—Então é aqui, é este o lugar!_ pensava enquanto seus olhos desbravavam toda aquela vegetação, seus olhos pararam quando avistou o lago.

—Se vossa majestade desejar, poderá ver ainda mais alto._ era a águia sempre muito prestativa e querendo sempre oferecer o melhor.

—Quando for construído será importante que ninguém veja..._ o gato, dizia sempre com o mínimo de esforço como se não quisesse ser escutado. E a cobra ao seu lado completava a informação.

—E mesmo depois de construído, quem olhar deverá ver somente...

—Ruínas!_ gritou a Fênix e logo depois abriu suas asas. _ Como as cinzas as quais me transformo.

Seus olhos por alguns segundos ficaram cegos tamanha a beleza daquela ave e pela primeira vez teve a sensação de que tudo aquilo não passava de um sonho, um grande sonho. Foi quando sentiu um leve, mas insistente puxar vindo debaixo, era o Texugo.

—Gosta de toda essa área verde?

—E do lago negro, majestade?_ o leão parecia só ter tamanho, sua animação naquele momento o fazia ir de um lado para o outro, agitado como uma criança de sete anos.

“Então tudo aquilo era um sonho?” Aquele pensamento vinha mais uma vez e então o unicórnio branco finalmente se aproximou. Era de uma beleza tão imaculada. Aquele olhar puro e uma voz que vinha numa melodia vinda do nada. Então compreendeu o que estava fazendo ali.

—Eu sei meu querido, a Escócia é o lugar perfeito e aqui estamos próximos da Vila de Hogsmeade._ não disse uma palavra, era apenas seu pensamento e os animais ouviram como se tivesse saído de sua boca. Agora era ela que estava no topo ao lado do porco selvagem que admirava aquela mulher diante dele.

 _Está decidido, será aqui! Farei meus desenhos pensando neste lugar!_ seu pensamento era fluído e naquele instante não era apenas o leão que parecia uma criança de sete anos e sim todos os outros animais que voavam, pulavam, se arrastavam com velocidade e do jeito de cada um, se abraçavam uns aos outros. É claro que a cobra não se aproximou nem do Texugo muito menos da águia. Afinal “Comemoração tem limite!” sempre dizia ela. Aliás foi ela mesma que numa percepção se enrolou e ficou pronta para dar o bote antes mesmo do unicórnio chamar atenção de todos com sua agitação.

Ela percebeu sua movimentação nervosa e seu olhar para dentro daquela mata. Desta vez o som que ele emanava não era gostoso de se ouvir e foi o suficiente para todos os outros ficarem agitados e colocarem seus olhares para aquela vegetação. E então pisando ali pela primeira vez, tomou a frente dos animais, preparou suas mãos caso alguma magia fosse necessária e...

—Quem está aí?! Se apresente!!!_ até aquele momento os animais não tinham ouvido sua voz e então a frente deles sabiam agora que era ela mesma...Rowena Ravenclaw.

                                                                                                                                                                                              LONDRES  2018

 VÉSPERA DO INÍCIO DAS AULAS... DE HOGWARTS!                                                                  

Ninguém até aquela noite tinha ouvido qualquer barulho vindo da discreta Casa dos Olivaras. Os vizinhos achavam sempre que estavam viajando devido ao silêncio habitual da casa. Somente quem percebia os hábitos de uma casa é que sabiam que pelo menos um membro da família estava ali. Porém naquela noite, véspera do início das aulas em Hogwarts, por volta das 23:00 horas, um grito ecoou e não era de um dos membros dessa família.

—John! Você está bem?_ Perpétua ainda não tinha adormecido quando ouviu o grito do amigo que já dormia, apesar da luz que clareava aquele quarto para que Perpétua terminasse aquele livro que não largava desde que ganhou de John Weasley. 

—Outro sonho!_ John ainda tinha a respiração ofegante e confirmava que voltava a realidade vendo o livro nas mãos de Perpétua, pálida de preocupação.

—Desta vez foi mais intenso, Perpétua. Eles perceberam que eu estava lá...eu estava em Hogwarts!_ aquelas palavras fizeram o coração da jovem estudante palpitar, mais um sonho daqueles só que dessa vez mais forte, então o que poderiam esperar do próximo sonho. Somente aquele pensamento a fez largar aquele livro, era mais um de Agatha Christie, sua autora preferida.

—Fez uma viagem astral, foi isso?

—Não!_ John estava nervoso, ainda sentia o sonho em plena realidade._ Eu estava em Hogwarts antes do castelo ser construído!

Por Merlin!!! O que fazer com aquela informação, dividir com quem pode ajudar ou esconder até saber o que fazer? Pérpetua Olivaras não apenas gostava de livros de mistério e investigação, ela fazia de sua vida uma junção de pistas para sempre dar o próximo passo. Louca? Talvez! Mas naquele momento a melhor amiga da turma do terceiro ano de John Weasley.

—Se tudo o que contam é verdade, Perpétua. Era ela, eu vi...Rowena Ravenclaw!

Assim que pronunciou aquele nome ouviram um bater de portas que lhes chamou atenção, afinal estavam sozinhos naquela casa. Os pais de Perpétua estavam no hospital, a mãe iria passar por uma cirurgia e o pai estava de acompanhante. Assim num movimento veloz e com o pensamento igual correram para a fresta da janela. Não tinha nada do lado de fora. Assim ou aquilo era fruto de um vento noturno ou não estavam sozinhos naquela casa.    


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