Casa vizinha do grupo musical Oishī Otoko.

Chegamos na calçada do prédio em que estávamos, o Hatake abriu a porta traseira para que Monoke entrasse, a seguir abriu a porta do carona para que eu me sentasse no acento, ele então fechou a porta com suavidade e se encaminhou até a porta do motorista. Deu partida no carro e entramos em movimento.

Encostei-me no acento e observei por onde passávamos, tinha muitas casas e comércios, as pessoas se cumprimentam como se fossem chegados ou íntimos, não gostei muito disso, não quero ser grossa com alguém que esta sendo simpático comigo. Algumas pessoas andam alegremente com seus cães em sua companhia.

Logo chegamos, que bom que fica perto da empresa, mas fica mais afastado da parte central da cidade barulhenta que é Tokyo, assim posso descansar em paz com o silêncio. É uma casa de dois andares, mas pequena, até por que é somente para mim e o Monoke, tem um pequeno gramado na frente, é simples e elegante, ela é um tom de cinza escuro, na parte da frente possui um portão de garagem, uma pequena parede de vidro apenas para deixar a luz entrar mas não da de ser ver por dentro da casa, e entre a garagem e a parede tem a porta de entrada, ao abrir a porta Monoke corre para dentro para explorar nossa nova casa, por dentro ela é cinza bem clarinho.

— Aqui estão as suas malas, queria lhe mostrar a casa mas tenho que voltar para a empresa então se divirta a explorando, com relação a limpeza nós contratamos uma faxineira para deixar a casa limpa, e para organizá-la quando estiver em turnê com os rapazes, então com isso você não precisa se preocupar, bom vou indo até outro dia. – diz o Hatake já partindo de volta a seu carro.

Então fecho e tranco a porta e sigo olhando para todos os cantos da casa, logo na entrada tem a sala de estar, com dois sofás pretos e almofadas cinza, uma televisão grande na parede, acho que é um exagero esse tamanho, e também tem um tapete grande cinza claro no chão.

Sigo adiante e vejo a sala de jantar e a cozinha, a cozinha é em estilo americana, onde tem uma bancada de mármore preto que divide a cozinha da sala de jantar, os armários são claros, tom de marfim. Na sala de jantar tem uma mesa retangular com espaço de 10 pessoas de madeira rústica com cadeiras de madeira com estofado fofo.

Entre a sala de estar e a cozinha tem uma escada que leva para o segundo andar, já no segundo andar há três portas, abro uma por uma, são quartos, ou melhor, são três suítes, não sei para que tantos quartos se só tem eu e Monoke nessa casa. Ao descer vejo que tem uma porta de vidro na sala de jantar que deve levar aos fundos da casa.

— Nossa Monoke você viu o tamanho deste pátio! Tem muito espaço para você poder correr e brincar! – digo animada ao grande animal ao meu lado que saiu correndo e uivando pelo pátio, reparei no portão que tem no muro que o Hatake tinha comentado, mas o muro é uma grade, da de ver o quintal dos rapazes, voltei para dentro deixando Monoke se divertir como há tempos não faz.

Sigo até a porta de entrada da frente e pego as malas, vou até o maior quarto, começo a organizar as coisas do Monoke no canto do quarto, em seguida pego minha mala e começo a organizar as minhas coisas, ao terminar pego uma blusa regata preta escrito “Danger” em vermelho e uma calça de moletom também preta e vou tomar um banho longo e relaxante.

Desço a cozinha e vou procurar algo para comer, vejo que eles até encheram a dispensa, vou até a geladeira e também esta cheia, olho o freezer e estocaram de carne para o Monoke, na porta da geladeira tem um aviso, “Nós deixamos comida armazenada para você e para Monoke de presente de boas vindas a equipe. Aproveite! Abraços, Hatake Kakashi.”, faço uma nota mental de agradecê-lo na próxima vez em que nos encontrarmos. Então decido fazer uma fornada de Pães de Queijo, um salgado típico de Minas Gerais no Brasil.

Pego os ingredientes e começo a fazer a massa, depois de pronto começo a fazer bolinhas e a colocar em uma forma untada, ficou cheia e logo coloco no forno para assar, e continuo no processo. Pouco tempo se passa e já sinto o cheiro dos Pães de Queijo no forno, Monoke também sente e vem até a porta da cozinha, mas fica ali pois sabe que não pode entrar na cozinha.

Após todos estarem prontos os coloco em pote e deixo em cima do balcão, pego um pedaço de carne, descongelo, corto em pedaços e coloco na tigela de comida do Monoke, pego o pote dos Pães quentinhos e sigo ao sofá, ligo a televisão e vou na Netflix escolher um filme para assistir, Monoke ao terminar de comer se deita aos meus pés no tapete. Resolvo ligar no meu clássico favorito, Sexta-Feira 13, olho vidrada no filme e devorando os Pães.

Escuto batidas na porta dos fundos e Monoke já fica atento, pauso o filme e vou até a porta, nem tinha reparado que já tinha escurecido, no fim acabei fazendo uma maratona dos clássicos de terror, então acendo a luz e vejo Itachi acenando, Naruto e Kankuro discutindo do outro lado da porta os deixo entrar e Monoke já esta ao meu lado sentado os encarando.

— Boa noite, nós viemos trazer uma tigela de Ramen, como não sabíamos do que você gosta coloquei vários condimentos adicionais, pois não fomos comunicados se você tinha algo para comer em casa então resolvemos trazer algo. – diz Itachi com um pequeno sorriso, e no mesmo instante Naruto e Kankuro pararam de discutir e colocam um sorriso envergonhado no rosto e também entram.

— Tudo bem, eles abasteceram a dispensa como presente de boas vindas à equipe. Fiz um salgado tradicional do Brasil, vou colocar em um pote para um de cada de vocês, peço que não se preocupe comigo, pois eu que tenho que me preocupar com vocês, só um instante. – digo fria, recebendo a tigela e colocando em cima da bancada e preparando os salgados em um pote.

— Uau Sakura-chan ta com um cheirinho muito gostoso! – fala Naruto animado e escandaloso, acabo fazendo uma careta pelo fato de ter basicamente gritado.

— Naruto! Não a chame de maneira tão intima! Podemos lhe chamar de Sakura-san ou de Haruno-san? – Kankuro repreende Naruto que fica com as bochechas coradas e um sorriso tímido.

— Podem me chamar de Sakura-chan, Sakura-san ou Haruno-san vocês escolhem, não ligo para isso. – falo sem expressão.

— Certo! Obrigada pelo ... qual é o nome deste salgado? – pergunta Naruto.

— Se chama Pão de Queijo. – o respondo.

— Ah sim, obrigada! Então nós vamos indo, qualquer coisa que precisar pode nos comunicar. – diz Itachi parecendo meio envergonhado, não respondo, apenas aceno positivamente com a cabeça mantendo minha expressão neutra.

Eles se despedem e vão embora, decido ir me deitar, desligo a televisão e chamo Monoke para subirmos ao quarto, após escovar os dentes me deito na cama e fecho os olhos. Meu ultimo pensamento antes de cair em meus rotineiros pesadelos obscuros é aquela frase que me acompanha há alguns anos: “Amanha é outro dia.”