CasteloBruxo escrita por AnnaStori


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom, estou começando a escrever essa história agora, espero chegar ao final e sanar toda a nossa curiosidade sobre essa escola tão pouco falada de CasteloBruxo, espero muito que gostem e até me ajudem com ideia sobres todos os pontos que precisam ser criados



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/760311/chapter/1

Era apenas um dia normal em um apartamento na cidade do Rio de Janeiro quando a campainha tocou.

— Eu atendo! – a mulher de cabelos negros e olhos castanhos anunciou indo em direção a porta.

Ela franziu levemente as sobrancelhas ao se deparar com a figura excêntrica parada diante de si. A mulher de pele castanha e cabelos negros usava um longo vestido de cor vinho e uma capa negra.

— Ahn, em que poderia te ajudar? - a dona da casa perguntou com estranhamento.

— Muito prazer, senhora Martins - a mulher misteriosa lhe estendeu a mão a fim de cumprimentar - me chamo Yara Cayubi, sou professora de feitiços na escola de magia CasteloBruxo e gostaria de falar com a senhora e sua família sobre sua filha Sophia - ela falou tudo rápida e seriamente.

As sobrancelhas da dona da casa se arquearam e a boca se abriu diante das palavras desconexas, aquela mulher não parecia estar brincando.

— E-eu, a-ahn... - ela gaguejou por um instante antes de se voltar para dentro da casa - Ricardo! Venha até aqui, por favor - ela gritou ainda com olhos arregalados.

A mulher ainda com a mão na porta olhou novamente para a desconhecida a sua frente na esperança que ela tivesse desaparecido, mas não, ela continuava parada ali, com uma suave expressão paciente no rosto.

— O que houve, Angela? - o homem de cabelos castanhos e olhos azuis se aproximou entrelaçando a cintura da esposa com o braço.

Assim como a mulher, ele franziu as sobrancelhas ao olhar para a  desconhecida esquisita. 

— Senhor Martins, é um prazer – a professora outra vez estendeu a mão – meu nome é Yara Cayubi, e eu gostaria de entrar para conversar com você e sua família sobre sua filha Sophia.

O casal se entreolhou discretamente antes do homem voltar a falar.

— E sobre o que exatamente você quer conversar sobre ela?

A mulher séria até então lançou um sorriso praticamente zombeteiro, já sabia o que estava por vir, fizera isso muitas e muitas vezes até agora.

— Senhores Martins – ela fez uma breve pausa – sua filha é uma bruxa – apesar do tom levemente debochado, as feições de Yara não deixavam duvidas de que falava sério.

— Isso é algum tipo de brincadeira? Não acha que esta muito velha para esse tipo de coisa, não? – o homem falou com raiva enquanto sua esposa apenas arregalava os olhos mais uma vez em espanto.

— Posso lhe assegurar que não é nenhum tipo de brincadeira senhor Martins, e olhando para sua esposa, vejo que os pequenos incidentes já começaram – o casal tremeu diante as palavras que faziam mais sentido do que gostariam de admitir.

— A televisão... – sussurrou a mulher olhando para o homem – o gato do vizinho! Ah meu Deus! Você está falando sério não está? – ela olhou meio horrorizada e meio fascinada para a estranha na porta.

— Por favor, entre – o homem suspirou derrotado e o casal saiu de frente da porta dando passagem – Soph, você pode vir aqui um instante, por favor? – ele chamou pela filha enquanto Yara entrava no apartamento e era guiada por sua mulher até o sofá.

— O que foi, papai? – disse uma menina de quase 11 anos de cabelos negros e olhos azuis ao adentrar na sala.

Ricardo estendeu a mão para a filha que a pegou e se sentaram juntos no sofá ao lado de Ângela, que pegou a outra mão da criança.

— Soph, essa mulher se chama Yara Cayubi e ela tem algo muito importante para dizer a você – os dois apertaram as pequenas entre as suas e o homem assentiu para a estranha, a encorajando a começar.

A mulher procurou algo na parte interna da capa, tirando de lá um envelope dourado, fechado com uma pequena folha, ela então se ajoelhou diante da menina e lhe sorriu enquanto estendia o envelope.

— O que é isso? – a garotinha olhou para todos os pais esperando uma resposta enquanto pegava o envelope.

— Sophia, sabe, eu tenho um segredo, será que você poderia guardá-lo para mim? – a mulher sorriu e os olhinhos azuis brilharam de entusiasmo enquanto a menina dizia que sim – uau, isso é maravilhoso! E você acredita em magia? – a mulher sussurrou e os olhinhos se arregalaram, Yara mexeu novamente em suas vestes e de lá tirou uma vareta com leves desenhos cravados – eu sou uma bruxa, Soph – ela fez uma leve pausa para a menina se acostumar com a idéia – e você também é.

— Eu? – a garotinha arregalou ainda mais os olhos e olhou para os pais surpresa – vocês sabiam disso e nunca me contaram? – ela falou meio emburrada fazendo todos rirem aliviando o ambiente.

— Não, querida, ficamos sabendo agora também – Ângela apertou mais uma vez a pequena mão – mas como pode ser? Quer dizer que eu ou Ricardo também somos bruxos? – ela se voltou para a bruxa mais velha.

— Na verdade não, algumas vezes a magia se manifesta em crianças que vem de família totalmente trou... não mágicas, é realmente um mistério até hoje sobre o porque disso acontecer, mas não é tão raro assim – ela explicou pacientemente, sabia que agora começariam as perguntas sem fim.

— Você sabia sobre os pequenos incidentes que ocorreram, quer dizer que isso é normal? – Ricardo perguntou preocupado.

— Sim, completamente normal – a bruxa riu – a magia de Sophia já se manifestou e ele não tem nenhum conhecimento sobre como controlá-la, então em um momento de forte emoção a magia pode se apresentar descontroladamente. E é por isso que eu estou aqui hoje – ela apontou para o envelope na mão da menina – isso é um convite para você estudar na escola de magia CasteloBruxo, ela fica aqui no Brasil mesmo, nela você ira aprender a controlar sua magia e como usá-la corretamente, afinal, assim como seu mundo, o nosso também tem leis, e o uso inapropriado de magia é uma violação muito grave.

Sophia encarou o envelope por mais alguns segundos antes de abri-lo revelando duas folha de pergaminhos.

Antes de tudo, em tinta dourada havia um brasão com um grande C escrito de forma elegante dentro, na parte de cima dele algo como uma fita com o nome da escola e na parte de baixo uma fita fina com os dizeres Honra, Nobreza e Lealdade. Logo abaixo começava a carta:

Cara Senhorita Martins,

Temos o prazer de lhe informar que Vossa Senhoria tem uma vaga na escola de magia CasteloBruxo. Estamos anexando juntamente com a carta a lista de materiais necessários para o seu 1º ano.

O ano letivo se inicia no dia 1º de Fevereiro, aguardamos sua resposta até não mais que dia 30 de Janeiro.

Atenciosamente,

Anastácia Assis

Anastácia Assis

Diretora

— Então não temos exatamente muitas opções não é?! – o homem falou quando terminaram de ler a carta – pelo que você falou, se Sophia não aprender como controlar a magia pode ser que ela se descontrole e cause um acidente ou algo assim.

— Esta certíssimo senhor Martins, porem não há apenas a nossa escola como opção – a mulher mexeu na capa pela terceira vez tirando de lá um outro envelope, desta vez pardo e fechado com cera vermelha e entregando na mão da menina – CasteloBruxo é a única escola de magia da America do Sul, mas existem outras, essa carta que acabei de entregar é da escola que fica na Grã-Bretanha, chama-se Hogwarts e toda criança que nasce com o dom na magia recebe sua aprovação. Sempre que uma criança bruxa de pais não mágicos esta para completar 11 anos ela é visitada por alguém para que lhe entregue a carta e lhes explique tudo, como eu estou fazendo, então, estou aqui fazemos esse favor para eles e para vocês, que não terão que ouvir tudo isso novamente – ela sorriu enquanto Sophia abria a carta que era bastante semelhante a outra.

— Grã-Bretanha? É muito longe! – Ricardo exclamou alarmado fazendo a mulher sorrir outra vez.

— Bom, é pra isso que temos nossa escola aqui também, mas gostaria que soubessem que também ha essa opção – Yara explicou tranquilamente.

— Entendo, e como exatamente nos iremos comprar, ahn, basicamente tudo dessa lista? – Ângela perguntou levantando os olhos das cartas para encarar Yara q sorriu.

— Bom, se Sophia entrar em CasteloBruxo, eu mesma irei acompanhá-los até o local para que possam comprar os materiais, se for para Hogwarts terei que entrar em contato e acredito que Hagrid que irá acompanhá-los – ela falou em duvida com uma mão sobre o queixo, e quer saber, os Martins não estavam nem um pouco interessados em saber quem era Hagrid, tudo aquilo já fora informação suficiente para um dia.

— Mãe, pai – a pequena garota se levantou do sofá com as cartas apertadas entre os dedos e encarou os pais determinada – eu vou para CasteloBruxo! – ela exclamou fazendo os dois arregalarem os olhos.

— Você não precisa decidir nada agora, querida – a bruxa falou de forma afetuosa – deixarei minha coruja por essas áreas, daqui a uma semana ela irá pousar em sua janela, se já tiverem se decidido, por favor escrevam a resposta e amarrem sem sua perna.

— Uma coruja?! – a menina exclamou animada – mamãe, posso ter uma coruja?

— Oh céus! – a mulher colocou a mão sobre a testa – acho que estou enlouquecendo – ela resmungou e sentiu uma mão sobre a sua que estava descansando no sofá.

— Estamos juntos nisso meu amor, vai ficar tudo bem – Ricardo lhe lançou um sorriso terno que foi correspondido com outro e um acenar de cabeça – claro que pode ter uma coruja, Soph, se não for muito cara é claro – os pais riram da reação de alegria da garota com a resposta e se entreolharam outra vez.

“Eu te amo” ela fez com os lábios.

“Eu também te amo” ele respondeu com mais um sorriso.

— Bom, acho que já foi o suficiente de informações para um dia – Yara riu e se levantou indo em direção a porta com a família – obrigado por me receberem e estaremos esperando uma resposta – ela curvou levemente a cabeça em despedida quando a porta foi aberta.

— Obrigada, Senhora Cayubi – os pais agradeceram – iremos mandar a resposta o quanto antes – Ricardo respondeu e antes de fecharem a porta puderam ouvir um estalo alto e a mulher já não estava mais lá.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "CasteloBruxo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.