Um estudo em desgosto. escrita por Warden Dresden
Notas iniciais do capítulo
eu, marotos e muitos headcanons ruins: a história.
James Potter tem onze anos e sabe que é irreparavelmente fútil. Exige uma certa dose exagero para que uma criança entenda quão frívola e vazia é, mas ele está administrando aquilo muito bem, obrigado: não é como se fosse tão importante assim, afinal, e não consegue ficar insatisfeito consigo mesmo por tanto tempo para que consiga parar e refletir sobre seus caminhos. Mas, voltando ao ponto, é um garoto superficial e leviano e é isso, o pacote de vaidade e falsa grandeza, que o atrai para Sirius Black.
Sirius com seu jeito aristocrático de agir e largo sorriso elétrico é um reizinho de arestas afiadas e, wow, James de repente tem certeza que algumas pessoas queimariam pela atenção daquele menino feito de mármore. Não que ele fosse uma delas, não mesmo.
(“Cara de rato,” Sirius sussurra contra seu ouvido, apontando para o gordinho no vagão. James, com uma risada maldosa e tão fria nos lábios, nunca esteve tão deleitado.)
Ele nunca saberá exatamente o que passa pela boca de Remus naquele momento, porém, todos os outros o encaram com grandes olhos chocados e James jamais foi bom em se afastar do macabro, portanto, as peças se alinham e o jogo começa: aquele garoto tem um funeral no rosto e presas demais na boca, e na meia luz das velas parece um fantasma, encarando-o com um desafio apático e sem vida. Seus lábios se rasgam em um sorriso que é mais faca do que cemitério e, oh, que ótima noite para um show de horrores.
James devolve o olhar, deixando o monstro dourado e morto que tem preso abaixo das costelas gargalhar em seu lugar. Por treze segundos, são dois meninos condenados comtemplando cadáveres, até que tudo se assenta na boa amizade mórbida.
(“Bem,” Remus diz com as mãos nos bolsos, “eu apostaria qual de nós dois vai morrer primeiro, mas nós dois sabemos que é você.” James nunca esteve mais vivo, no entanto.)
Não que é James seja tão vazio a ponto de fazer parecer normal o começo de sua amizade com Peter, mas aquele garoto é o saco de pancadas verbais perfeito e todo mundo sabe que a língua daquele Potter não diferencia entre amigos e inimigos. Porém, há nele uma certa falta de dignidade crônica que atrai seu olhar, cheio de malícia e fome incontrolável, por uma fração de segundo e isso é o bastante para cimentar vidas inteiras. Na linha entre cometer um assassinato e debochar dos mais fracos, ele reina.
Uhg, James tem melhores planos para sua noite do que arrancar pelo menos algo de interessante daquele que será para sempre cara de rato em sua mente. O destino, todavia, é tão caprichoso quanto ele e acaba revelando suas cartas na jogada de mestre.
(“Sério, James,” Peter começa e a naturalidade daquelas palavras são o que lhe viciam, “você é um desgraçado sem valor, então pelo menos admita isso.”)
O que mais você quer saber sobre James Potter? Ele é só um filho da puta qualquer.
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olhe para mim criando personagens babacas! mesmo assim, juro que sou uma pessoa legal e que sou um amorzinho respondendo comentários.
abraços,
warden dresden.