A Long Galaxy... far far Away escrita por Kori Hime
Notas iniciais do capítulo
É um conto curto. Espero que gostem.
Boa leitura.
“Ajude-me, Obi-Wan Kenobi, você é a minha única esperança... Ajude-me, Obi-Wan Kenobi, você é a minha única esperança...”
A imagem da mulher estava estática e suas últimas palavras foram repetidas diversas vezes, até que o capitão James T. Kirk pausou o holograma, ainda com seus olhos fixos na imagem tremeluzida. Ao lado de sua cadeira, estava o pequeno droide astromecânico que haviam recuperado do espaço.
Todos acharam que o capitão estava exagerando quando viu alguma coisa flutuar do lado de fora, mas ele estava certo, embora atordoado devido à bebedeira da noite passada em uma festa de confraternização num planeta muito amistoso.
— Já temos alguma novidade sobre a localização dessa gravação? — Ele perguntou para o navegador oficial.
— Ainda não, comandante, os dados não procedem.
— Como assim, não procedem? — James analisou novamente o rosto da mulher no holograma, suas feições tensas e o tom de voz alarmado e suplicante deixava claro que ela precisava urgentemente de ajuda. — De algum lugar esse robô deve ter vindo. — Ele virou-se para o robô, que soou um ruído característico com bips e bits. O capitão girou a cadeira, na direção da oficial de comunicação. — O que temos aí?
— Ainda nada, capitão.
— Nada? — Ele soou surpreso, fazendo a oficial Uhura lançar um olhar enviesado.
— Estou fazendo tudo o que posso, cruzando alguns dados, mas esse código numérico não é igual a nada que conhecemos. Por isso vai levar algum tempo. — Ela falou incisiva.
— Acho que a sua dona não tem muito tempo, não é, pedaço de lata? — Kirki olhou o robô, possuía uma marca suja em sua lataria. Ele então saiu da cadeira e abaixou-se para esfregar a mancha, até ver um código marcado. — R2-D2.
O sensor na cor vermelha piscou e o droide começou a ressoar alto seus bips. O robô acionou um compartimento em seu pequeno corpo, apresentando um cabo conector.
— Não há nenhuma entrada nesse formato para ele conectar-se com a nave. — Kirk analisou.
— Acredito que não seja uma boa ideia permitir que esse robô se conecte com a nave. — O tenente comandante Spock alertou, ao entrar na cabine. — Busquei algumas informações quanto ao material coletado, e encontrei vestígios de uma civilização em uma galáxia muito distante daqui.
— O quão distante, tenente? — Kirk permanecia com um dos joelhos no chão, apoiando o braço sobre ele.
— Distante o bastante para os cálculos da dobra serem imprecisos.
A teoria de Spock não convenceu o capitão da Enterprise.
— Temos uma mulher emitindo um sinal de socorro, seu robô que fala um idioma incapaz de ser traduzido por nossa tecnologia. — Ele levou a mão ao queixo, com o olhar direcionado ao sensor vermelho do robô. — Parece que o dia começou bastante animado. Vamos tomar um café e ver se as coisas melhoram. — Ele fixou os olhos na marca do robô. — R2-D2. — Cada vez que ele repetia aquela marca, o robô intensificava os barulhos. — Algo me diz que esse é o nome dele. Me chamem quando tiverem novidade. Vamos, R2-D2.
James andou pela nave, sendo seguido pelo robô. De fato, ele foi em busca de café, mas depois decidiu ir até seus aposentos. Não era ingênuo a ponto de colocar um droide desconhecido recém encontrado no espaço, conectado com a nave. Ele poderia ser uma armadilha, a mensagem holograma poderia ser mentira, e eles cairiam em algum tipo de cilada muito manjada.
Sentia-se ofendido por achar que Spock pensava que ele os colocaria em tal perigo. E após recordar-se de alguns pequenos equívocos da parte dele, colocando algumas pessoas em perigo ao longo das viagens, James balançou a cabeça, concordando que havia precedentes que iam contra ele.
— Será que você é de confiança? — James perguntou para o droide, não esperando que ele respondesse de fato. Mas R2-D2 respondeu, é claro que com seus zunidos característicos, o que não significava muito para Kirk, senão algum tipo desesperado de comunicação. — Mostre-me de novo aquela mensagem.
O sensor do robô ativou a mensagem holograma, e a mulher apareceu novamente. A voz firme, porém, denotava equilíbrio. Ela possuía uma classe sem igual e seus trajes não remetia a nenhuma moda que conhecesse na atualidade.
— General Kenobi, há muitos anos o senhor serviu ao meu pai nas Guerras Clônicas. Agora, nós clamamos por sua ajuda para lutar contra o império.
— Pausa. — James falou. — Quem é esse General Kenobi? — Ele sentou em sua cama, com um dispositivo portátil nas mãos, pesquisando o nome, sem achar respostas.
R2-D2 acionou novamente o holograma
— Minha nave foi atacada e a missão de leva-lo até Alderaan, falhou.
— Pausa. — Novamente Kirk fez uma pesquisa, não encontrou nenhum lugar com o nome de Alderaan. — De onde você veio?
R2-D2 respondeu com seus bits.
— Salvei informações importantes sobre a rebelião na memória dessa unidade R2. — Ela continuou, enquanto James tentava buscar mais informações. — É a minha única esperança.
Após algumas horas, James caminhava de um lado para o outro, aprendendo uma forma de se comunicar com R2-D2, conseguindo um avanço. Até o momento sabia que ele vinha de um lugar distante e que aquela mulher era alguém importante, uma princesa. Não foi difícil entender essa parte, já que o robô praticamente uivou quando ele supôs que a mulher fazia parte de alguma família real.
O capitão retornou para a sala de comando, com o robô deslizando por toda a nave ao seu lado.
— Com certeza eu vou querer um R2 para mim quando isso tudo acabar. — James comentou, sentando em sua cadeira. — Quais as novidade.
— Conseguimos traçar uma rota, capitão, para um planeta chamado Tatooine.
Os bips de R2-D2 ensurdeceram a sala.
— Acho que é um lugar que ele conhece. — James olhou para o robô.
— O computador já consegue identificar os sons que ele faz. — Uhura informou. — Ele diz que a princesa Leia está em perigo, presa na nave de Darth Vader.
— Preparar para ligar os propulsores. — O capitão ordenou. — Uma princesa, hãn? — James moveu os lábios, num sorriso jocoso.
— Pronto, capitão.
— Bip bipziiip bit...
— Sim, R2-D2. — James olhou para a borda infinita do universo a sua frente. — Vamos para sua casa.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
É curtinho mas com amor kkk ♥
Beijos, agradeço quem se dispôs a ler.