Run This Town escrita por Lady Mataresio


Capítulo 6
5 — Ainda Somos Amigos?


Notas iniciais do capítulo

OLÁ PESSOAS DO MEU CORAÇÃO!
Eu quero começar pedindo mil perdões pela ausência de MESES que eu tive com vocês. Vieram os vestibulares, as festas de fim de ano, as provas finais do último ano do ensino médio, aniversário... Não consegui um sossego sequer para escrever! Mas cá estou eu, de volta a esse universo que amo tanto! E valeu a pena, já que passei no vestibular que eu queria e vou pra faculdade.
Esse capítulo foi mais voltado para os Vingadores em si do que para a trama da Lavínia. Eu queria resolver alguns pontos chaves, como a relação do Steve com o Stark e a chegada de uma personagem mega importante. Espero que gostem do que vão ler a seguir!
E pra finalizar, eu quero agradecer por todo o carinho que vcs tem comigo! Pelos reviews, acompanhamentos, favoritos e recomendações. Amo vcs de coração, sério mesmo s2 e vou responder todos os reviews pendentes, prometo!

E NÓS TEMOS UM VÍDEO SUPER INCRÍVEL DA LAVÍNIA E DO PIETRO NO YOUTUBE, GALERAN! CORRE VER: https://www.youtube.com/watch?v=bW8PiLpwd40&

Boa leitura!



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 Por mais que o forte estrondo tivesse chamado a atenção de todos no laboratório, Shuri não deixou que sua mente se desviasse do corpo cinzento e inconsciente do androide Visão.

Após dias de trabalho, ao lado da jovem assistente Anya, a princesa de Wakanda sabia que finalmente estava chegando em algum lugar. Já havia trabalhado nas partículas que o compunham quando tentou remover a joia, e sabia que ele poderia voltar as suas funcionalidades sem o objeto. Os danos causados por Thanos já estavam consertados e o buraco em sua testa estava vazio, aguardando pelo protótipo de inteligência artificial que Shuri desenvolvera especificamente para ele.

— Bom, meu trabalho por aqui está quase pronto. — disse a princesa.

— Pronto? — gaguejou Anya. — Me desculpe, mas não vou dar conta de todo o resto sozinha, princesa Shuri...

— Esqueça isso de princesa! — reclamou a jovem, sorrindo para Anya. — Nós somos amigas, lembra? E eu confio em você.

— Mas Shuri...

— Eu preciso assumir meus deveres reais em Wakanda, Anya, e você sabe muito bem disso. — o semblante da tão animada garota ficou sério. — Enquanto não encontram um jeito de trazer meu maninho de volta, alguém precisa proteger nossa terra. Já não bastando nossos problemas, sabe-se lá quantas outras forças existem além de Thanos!

Durante a conversa das duas, Shuri encaixava a pedra amarela na testa de visão com cuidado. Preparado previamente antes de partir de Wakanda, o objeto funcionava de forma parecida com um cérebro humano, coletando informações, memórias e comandos – tecnologia que, misturada com a antiga base JARVIS (que Bruce Banner resgatara para tal processo) e as amostras que Shuri coletara do herói quando vivo, poderia trazer Visão de volta em sua personalidade... mas sem suas antigas memórias.

Quando a pedra e o corpo do androide colidiram, as placas cinzentas de sua composição voltaram aos seus tons naturais de verde e magenta. Raios azuis de tecnologia se espalhavam, trazendo o que parecia ser vida para o corpo metalizado.

— O processo deve estar finalizado em algumas horas, mas vou partir ainda essa noite. Preciso que me mantenha informada de tudo o que ocorrer depois que ele acordar, tudo bem? — Shuri dizia, recolhendo suas coisas e se preparando para partir o quanto antes.

— Tem certeza que eu estou pronta para tal? — Anya continuava nervosa.

— Anya, você estuda tecnologia e treina há anos! Não duvide de sua capacidade só porque essa situação não estava nos seus planos. Wakanda precisa de mim... — a princesa de Wakanda colocou as mãos nos braços da assistente. — Mas Wakanda confia em seus filhos. Faça o que faz de melhor.

A mais jovem apenas assentiu com a cabeça, estampando um tímido sorriso em seus lábios ao saber que Shuri confiava nela de fato.

— E outra, o doutor Banner e os demais cientistas vão estar aqui para te auxiliar no que for necessário. A tecnologia deles é mais reclusa, mas devem dar conta de te acompanhar. — finalizou a princesa, falando baixinho.

Depois de rirem juntas, Shuri deu um abraço apertado na assistente e sorriu, se retirando do laboratório. Anya olhou mais uma vez para o corpo de Visão, o qual continuava norteado por faíscas azuis, e respirou profundamente. Wakanda confia em seus filhos, afinal.

O primeiro a pisar no gramado, chamuscado pelo impacto, foi James Rhodes com seu traje de combate. Abriu o capacete metálico e se aproximou, dando passos largos enquanto chamava pelo seu melhor amigo e rezava, de maneira tão religiosa e esperançosa quanto suas outras preces, para que Tony Stark realmente estivesse ali.

Steve demorou alguns segundos para entender as cenas que vieram a seguir. Ao chegar no largo campo verde, viu Stark se arrastando para fora da nave e sendo socorrido por Rhodes. Todavia, não notou quando seus pés foram em direção ao filantropo e nem quando seus braços o envolveram em um forte abraço. Thor, Natasha, Bruce e Clint se juntaram ao momento logo em seguida e caíram de joelhos no chão, ainda abraçados e com lágrimas nos olhos.

Em tantos anos de lutas, aquela era a primeira vez que eles verdadeiramente demonstravam a família que eram.

Lavínia parou um pouco distante da cena, em uma mistura de choque e comoção, enquanto Pietro correu para ajudar as outras dúzias de criaturas e pessoas que tentavam sair da nave. Entre esses, estava uma dona de tons metálicos e azuis, a qual se soltou dos escombros com a ajuda do velocista e caiu no chão, quase sem forças; a última a sair da nave, com belos trajes de batalha sujos pelas cinzas, se apoiava nos ombros do Maximoff para sair dos restos da espaçonave.

— Obrigada. — Disse ela, com certa dificuldade.

Thor se soltou do grupo, atordoado com a voz que ecoou de repente em seus pensamentos. Olhou em todas as direções até encontrá-la de fato, dando passos rápidos em sua direção.

— Thor? — Brunilda mal conseguiu terminar de pronunciar o nome do deus do trovão, correspondendo de imediato ao abraço desesperado dele. Podia sentir todo o calor que emanava do loiro, a aconchegando em seus braços como se pedisse para que ela nunca mais fosse para longe.

— Calma aí, Pikachu. Vai terminar de sufocar ela. — Pietro comentou, vendo-os se separar rapidamente. Seus olhares, no entanto, continuavam fixados um no outro.

Alguns passos distantes dos demais, Nebulosa abria os olhos devagar. Em seu campo de visão, encontrou um sorriso e uma pequena pata estendida.

— Ainda vivo, gambá de meia tigela? — A mulher rabugenta cuspiu, tentando reprimir um meio sorriso.

— O mundo precisava de alguém pra te socar, lata de sardinha. Vai, levanta! — Rocket Racoon riu de maneira debochada, servindo de apoio para que a irmã de Gamora se levantasse. Apesar das piadas irônicas, não podia expressar a felicidade em ver mais alguém de sua equipe respirando.

O borrão do velocista Pietro Maximoff apareceu rapidamente ao lado de Lavínia, com um meio sorriso sem graça enquanto ajeitava os cabelos prateados. A ruiva riu de maneira discreta.

— Conhece alguma das duas? — Ele perguntou. — Porque eu não faço a mínima noção de quem são elas.

— ‘Tô na mesma. — Respondeu ela, dando de ombros. — Mas... Dadas as circunstâncias, vão ser de grande ajuda do meio dessa loucura.

— Eu não consigo entender... — Pietro resmungou. — Genocídio? Sério?

— Absurdo. — Lavínia revirou os olhos. — Mas Tony Stark está aqui agora. Os Vingadores estão completos de novo e eu sinto que, agora, as coisas vão tomar rumo.

— Torço para que você esteja certa, Lavs. — Respondeu ele, dando um leve soco no ombro dela. — Agora... O que você acha da gente tomar um café? Quer dizer, eu não sei onde arrumar café nesse lugar enorme, mas eles com certeza não vão precisar de nós agora.

A Banner fitou os heróis e, em seguida, encarou o jovem e abusado Pietro.

— Pietro! — gritou Thor, gesticulando um pedido de ajuda.

— Bom, acho que de você eles precisam. — Lavínia zombou e deu um empurrão no amigo. — Quem sabe na próxima, platinado?

Com um resmungo que ela não entendeu, Pietro correu até os heróis, deixando uma garota ruiva acompanhada de um sorriso.

Horas depois.

— Bom... — dizia Clint Barton, entrando no quarto médico onde Tony e Rhodes estavam. — Bruce e Anya estão fazendo os últimos ajustes em Visão e a Shuri acabou de partir. Os asgardianos estão sob cuidados de nossos médicos, mas Thor se recusou a sair do lado de qualquer um deles, principalmente da valquíria.

— Visão? O que houve com o Visão? — Stark questionou, sentado na maca de hospital. Seus ferimentos já estavam cobertos e sua perna permanecia engessada e levantada, a qual quebrara com o impacto da nave. — E tinha um borrão azul correndo de um lado para o outro ajudando a galera do Thor, por acaso era...

— Sim, o Pietro acordou. — Barton respondeu.

— Uau.

— E o que aconteceu com o Visão não vem ao caso agora. — James se pronunciou. — Você tem algumas coisas importantes para resolver, amigão.

Apertando um botão do controle remoto em suas mãos, Rhodes fez com que uma grande projeção azulada surgisse diante deles. Um símbolo de “play” foi pressionado e uma foto de Pepper Potts apareceu.

Rhody, é a Pepper. — uma mensagem de áudio se iniciou. — Já tem alguns dias que estou tentando pegar um voo ou qualquer outra coisa, mas ‘tá tudo um caos. Eu não sei se você ‘tá ai, se ‘tá vivo, mas se estiver me escutando... Por favor, me passa qualquer notícia que tiver do Tony ou do que aconteceu! E tenta mandar alguém pra me buscar, esse caos vai fazer mal pro bebê. Eu ‘tô em Chicago e... Eu tenho que desligar, mas aguardo notícias!

Ao final da mensagem de voz, Clint e James se viraram para observar Stark. Os olhos do filantropo estavam marejados, confusos e arregalados. Suas mãos tremiam.

— De quando é essa mensagem? — Tony já se preparava para sair da cama. — Me diga que alguém já foi buscá-la ou vou eu mesmo.

— Ei, calma ai! — Rhodes o impediu. — Alguns agentes da base partiram para buscá-la hoje pela tarde, minutos depois dela fazer contato. Eles já nos mandaram um retorno e devem chegar em algumas horas. Também fizeram exames médicos e ela e o bebê estão bem.

— Bebê? Que bebê? — Stark parecia desesperado.

— Você não sabia? — James questionou, surpreso com a reação do amigo. — Pepper está grávida de uns três meses, Tony.

— Ah meu Deus! — exclamou o milionário. — Eu não... Oi? ‘Tá, deixa eu ver se eu entendi direito... Metade das pessoas do universo desapareceram, aconteceu algo com o Visão, Pietro voltou do coma de três anos, o Bruce tem uma filha e eu vou ser pai? É isso?

Barton e Rhodes concordaram com a cabeça.

— Alguém pode chamar um médico, por favor? Minha pressão abaixou. — falou Tony. — É, com certeza abaixou.

Naquele mesmo instante, a porta foi aberta devagar.

— Com licença? — disse Steve Rogers, olhando para os que estavam dentro do cômodo. — Posso entrar?

Mais essa agora, pensou Tony.

— Claro, já estávamos de saída. — Clint encarou Rhodes, que rapidamente se levantou e saiu ao lado do arqueiro.

Em uma fração de segundos, o Homem de Ferro e o Capitão América se encontraram sozinhos naquele quarto hospitalar. Na última vez em que se viram, apunhalaram um ao outro até que o mundo ao seu redor mudasse – mas agora, dois anos depois, as circunstâncias eram totalmente opostas. Muitas perguntas norteavam o pensamento dos heróis.

“Ainda somos amigos?”

— Capitão.

— Tony.

Silêncio.

— Acho que todo mundo sabia, menos eu, mas... — Stark disse de repente, apontando para a imagem de Pepper na projeção. — ‘Tá vendo aquela mulher linda ali? Ela vai ter um filho meu.

— Oh, eu não sabia. — Steve se sentou no banquinho ao lado da cama, fitando os olhos de Stark. — Meus parabéns.

— É, obrigado.

Antes que o silêncio pudesse consumir novamente o quarto, Rogers foi direto ao assunto.

— Tony, sobre tudo o que aconteceu...

— ‘Tá perdoado se me perdoar. — o moreno olhou nos olhos do loiro, com uma feição séria. Se passaram alguns segundos até que ele continuasse. — Anda, agora é a hora que a gente se perdoa, se abraça e não fala pra ninguém que isso rolou. Vida que segue.

Sorrindo, Steve abraçou o velho amigo, enquanto se lembrava de todos os momentos que viveram juntos desde que o soldado despertou nesse novo mundo. E após tantas batalhas, tantas risadas e tanta confiança depositada um no outro, os dois sabiam: ainda eram amigos. Sempre seriam.

Gladiadores, soldados, camponeses, crianças e duas criaturas galácticas compunham o resto da civilização de Asgard. Um povo outrora enorme, próspero e abundante, se via em estado de ruínas desde o momento em que seu lar foi consumido, pelas mesmas chamas que queimaram Hela. Só havia restado um pequeno povo e um pequeno rei.

E uma valquíria corajosa, que sempre fazia o rei sorrir.

— ...e então, minha nave colidiu com algo que parecia uma estrela dourada e brilhante. O impacto nos trouxe direto para vocês, então eu diria que a sorte estava do nosso lado. — Brunilda dizia a Thor.

— Pelas barbas de Odin! — dizia o semideus.

— Bom, em algum momento precisávamos de sorte. Perdemos coisas demais nos últimos tempos... — a morena repousou a destra sobre a mão de Thor. — Eu sinto muito pelo Loki, pelo Heimdall e por todos os outros.

Thor estava sentado ao lado dela em um dos quartos da área hospitalar; mesmo que insistisse com os médicos estar em perfeito estado, Brunilda havia quebrado alguns dedos da mão esquerda – além de cortes espalhados pelo rosto, braços e peito. Após visitar um a um dos sobreviventes de Asgard, o filho de Odin se recusou ao sair do lado da valquíria.

— Eu achei que não tivesse mais nada a perder. — o mais novo rei dizia. — Com sua chegada, vejo que eu estava errado. Ainda tenho um povo pelo qual lutar.

— E uma valquíria durona pra te impedir de fazer merda! — a morena retrucou, fazendo os dois darem risadas.

— E uma valquíria durona para ser a linha de frente nos campos de batalha da nova Asgard. — o loiro fitou-a nos olhos. — O que acha?

— Acho ótimo! — respondeu ela.

O silêncio que se instalou em seguida fez com que Brunilda afundasse sua cabeça no travesseiro, não demorando mais que dois minutos para adormecer. Thor continuou ao lado da garota, sem nenhuma noção do tempo, afagando devagar seus longos fios negros enquanto pensava no futuro de Asgard.

— Ah, Steve, qual é! — a loira desviou de outro golpe e riu. — Não precisa pegar leve comigo!

Depois de finalmente se entender com Tony Stark, Steve se encontrou com Natasha pelos corredores e, depois de alguns minutos conversando, os dois decidiram aquecer os músculos.

Ambos estavam suados enquanto lutavam na arena de treinos desenvolvida por Stark, os rostos brilhando com a luz acesa da sala, mas os olhos faiscando em pura diversão. Steve investiu outro soco e ela se defendeu com o cotovelo, fazendo ele se distanciar alguns passos. Ele não estava pegando totalmente leve com ela, mas ela não precisava saber disso.

— Não quero te machucar. — ele arfou sorrindo.

Ela o desafiou, encarando os olhos dele em busca de algo como “desafio aceito”.

Rogers investiu um soco certeiro, seguido por um chute na lateral do joelho que a fez cambalear, e uma chave de braço bem encaixada. A mesma sorriu e revidou, se soltando rapidamente da chave de braço e montando em cima do soldado, prensando seus braços e pernas contra o chão.

— Vamos lá, você sabe fazer melhor que isso. — zombou Nat.

O mesmo investiu uma cabeçada que a fez vacilar, dando espaço para ele se levantar antes dela. Natasha tentou acertar um chute na face do americano, mas o mesmo segurou o pé da loira e a encarou. Os olhos verdes dela pediam para que ele fosse com tudo e finalizasse o golpe, mas seu bom ego dizia para não fazê-lo. Ignorando seus conceitos pessoais, jogou com força a perna da russa contra ela, fazendo com que ela caísse de costas no chão.

Ela demorou alguns segundos para se levantar - não por sentir dor, e sim para brincar um pouco com Steve Rogers. Ficou em pé e o chamou com uma das mãos. Uma série de movimentos começou entre ambos, seguindo uma luta rápida e sincronizada como se fosse uma dança. Em meio aos diversos golpes sincronizados, Rogers tropeçou no pé de Romanoff e, ao perceber que iria cair, segurou no pulso da loira e a levou para a queda com ele.

Ambos caíram contra o tatame, fazendo Natasha ficar por cima do corpo bem definido de Steve. A dupla ria de forma desgovernada e acelerada, dando altas gargalhadas que ecoavam pela arena. Deixando seu corpo cair para o lado, a Romanoff respirou profundamente enquanto tentava retomar o fôlego.

— A gente fazia isso sempre. — Natasha comentou, lembrando da época em que estavam no comando do quartel. Os dias antes da Guerra Civil eram gloriosos.

— Quando tudo isso acabar, — começou Steve. — vamos voltar a fazer isso. E a treinar novos heróis, e a comer pizza nos fins de semana também.

— Como nos velhos tempos.

— É, só que melhor. — sorriu o soldado.

Após alguns momentos de silêncio, a Romanoff parecia pensativa.

— Depois dos Tratados de Sokóvia, as coisas mudaram tanto... Nós mudamos. E depois de tudo o que passou com a KGB e a Hydra nesses dois anos, eu sei que você não me olha com a mesma inocência de antes. — ela dizia. — Acha mesmo que pode ser melhor?

Rogers suspirou.

— Eu vi um lado seu que eu não fazia ideia de que existia, Nat. Não foi e não é fácil pra mim. Mas sabe... — Steve se deitou de lado no tatame, frente a frente com a loira. — Eu prefiro assim. Quero te conhecer totalmente, e não só o que convém.

— Tentar me conhecer por inteiro é uma loooooonga jornada, Rogers. Ninguém voltou dela vivo.

— Terei prazer em conseguir.

A jovem ruiva caminhava pelos corredores do quartel, perdida em seus pensamentos enquanto, inconscientemente, brincava com seu colar com os dedos de sua destra.

Nos últimos anos, os heróis entraram em alta. De diversos tipos e formas, com diversos poderes e as mais diferentes origens, mas com o desejo em comum de salvar o mundo das garras do mal. Lavínia cresceu lendo livros de mitologia sobre Loki, Thor e Odin; sempre estudava sobre como a tecnologia evoluiria constantemente nas mãos de gênios; ouvia contos sobre o soldado que venceu Hitler e sempre acreditou que havia um poder maior que o FBI.

Quando todas essas histórias se tornaram reais, a Banner ficara fascinada. Mas esse fascínio sumiu em um piscar de olhos ao se ver no meio de todos eles.

Mesmo com tantas vitórias, heróis também caíam. E seu cair, diferente das pessoas comuns, levava um planeta – ou até mesmo um universo todo – consigo. Sabia que os Vingadores estavam correndo bem longe dos noticiários, mas ela sabia bem que todo o mundo humano estava desesperado em saber o que acontecera com sua gente e seus heróis.

Lavínia começou a se lembrar de todas as pessoas que conhecia e todos aqueles que sonhava em conhecer. Teriam se desintegrado em cinzas também?

— Filha? — ela se virou para encarar o pai, que estava na porta de um laboratório daquele corredor. — Podemos conversar?

X

06 de maio de 2018.

St. Louis, Missouri, Estados Unidos.

 

Dois alarmes de carro ecoavam pela rua. As sirenes do restaurante gritavam de maneira ensurdecedora, fazendo os vizinhos acordarem e os cães latirem sem parar. O segurança do estabelecimento caminhava trêmulo, fazendo sua lanterna balançar pelas paredes, indo em direção ao enorme buraco que havia sido aberto no telhado do local. Após um estrondoso barulho, uma enorme rachadura abriu o teto e provocou todo aquele caos, e era responsabilidade do velho senhor descobrir o que colidira com o restaurante mais popular de St. Louis.

Apontando a lanterna para a mesa quebrada no chão, o homem encontrou o corpo de uma moça com trajes vermelhos, azuis e amarelos, dona de cabelos louros e machucados pelo corpo. A mesma tentava se levantar com dificuldade, sentindo ondas de dor percorrerem seu corpo a cada músculo que movia. Quando ela abriu os olhos, uma luz dourada refletiu deles.

O velho segurança se espantou.

— Ai meu Deus.


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Notas finais do capítulo

E então? Quem vocês acham que finalmente chegou na história, hein? hihihi
Os problemas que Steve e Nat tiveram no passado estão vindo a tona, e em breve vou revelar eles pra vcs! Tony e Pepper estão esperando um bebe, SIIIIIIIIIIIIIIIIM! Nosso Bruce finalmente vai conversar a sós com a Lavs, e parece que o Thor finalmente está voltando a ter esperança. Vamos aguardar os próximos capítulos!
Espero ver vcs nos comentários! E me perdoem se houver algum erro neste capítulo, eu acabei não tendo tempo de revisar.
Beijos e até o proximo!



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