Do You Want to Surf? escrita por SpideyWoman


Capítulo 1
Capítulo 1 – Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Yo! Talvez já tenham reparado mas esta one é uma "continuação" de uma outra que eu tinha postado. O porque disso é que eu queria escrever primeiro um começo de romance - por isso a outra foi curta e quase sem nenhum fluffy com Taiga x Reader - para depois falar da interação deles a partir daquele "encontro". Enfim, espero que gostem da nova one porque esta me deu trabalho! Rsrs boa leitura!

Design da capa: @RiHa



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— [Nome], que bom que chegou! – Comemorou Riko assim que avistou a figura da amiga passar pelo refeitório com uma bandeja com seu lanche em mãos. Um amontoado de doces e alguns lanches saudáveis como sanduíches e suco, como sempre fizera. A garota ainda se perguntava como ela conseguia comer tanto assim de manhã. – Achei que ia ficar presa por causa do Conselho... – Comentou indo para o lado, dando espaço para que a amiga se sentasse ao seu lado, o que não demorou a ser feito já que a garota estava a menos de duas mesas de distância.

— Também achei... Mas aqui estou! – [Nome] diz sorridente assim que se acomodou ao lado da técnica, não demorando a abrir seu pacote de alcaçuz para colocar um na boca. – Quer? – Ofereceu, parecendo de bom humor (algo incrível, sendo que ela sempre ficava rabugenta de manhã).

Riko pareceu pensar por alguns instantes; estava treinando com seu pai novamente, mas será que um alcaçuz seria um problema...? Não seria. Mas os demais que viriam a seguir seriam um problema. – Obrigada – Por fim, decidiu aceitar o doce, colocando em mente que fora por obrigação e outros não seriam bem-vindos.

— De nada.

Ao contrário do que Riko tinha pensado, a garota parecia muito mais disposta depois da “noite das garotas” que tiveram – resultando em broncas do pai de Riko por ambas terem gritado ofensas ao ex e a “amiga” de [Nome] tão tarde da noite. Mas nenhuma delas poderia negar que aquela noite foi a melhor que tiveram; comeram besteiras, viram filmes e conversaram tudo o que deveriam ter conversado há mais de um ano, quando a “amiga” apareceu e tirou [Nome] de si. Por morarem na mesma rua, quase vizinhas, acabaram se aproximando crianças e criaram uma amizade forte, que não foi quebrada mesmo quando [Nome] se afastara – involuntariamente e sem querer, logicamente – de Riko. Embora a morena admitisse que os doze meses longe da amiga foram os mais longos que já enfrentara, eles valeram a pena: [Nome] ficara mais forte com os problemas que passou sozinha, mas Riko sabia que ela ainda estava ferida por dentro. E Riko também ficara mais forte, embora estivesse parcialmente ferida também.

Mas se ferir enquanto segue sua vida faz parte, afinal de contas.

Depois do acontecimento pré-natalino [Nome] pareceu estar mais rígida e avoada do que o de costume; esquecia de fazer os tópicos que o Conselho necessitava, ficava pensativa em vários momentos, e até se isolava de todos no horário do almoço ficando no telhado. Nem mesmo Kagami, com quem fizera uma grande amizade no início do semestre, conseguia tira-la de seu mundinho monótono. Ainda bem que Riko conseguira um tempo para conversar com a amiga, pois temia que ela se machucasse ainda mais por dentro estando sozinha o tempo todo.

— Mas então... por que me chamou, Riko? – [Nome] perguntou após comer metade do saco de alcaçuz com a ajuda da morena, fazendo a mesma a olhar enquanto mastigava.

— Então, primeiro queria saber se estava bem – Ela diz após engolir o doce e tomar um pouco de suco, olhando a expressão atônica da outra em seguida.

— E estou – [Nome] diz com um sorriso de lado, colocando um doce na boca para disfarçar. Boa tática. Mas isso não funciona contra Aida Riko.

— Você nunca mentiu antes – A morena rebateu com um olhar zangado, fazendo a outra baixar os ombros, para depois mudar para um olhar terno como de uma mãe. – Sabe que pode contar comigo, não é? – Sorriu de leve na intenção de fazer ela se animar. Funcionou um pouco.

A outra sorri de lado, relaxando os ombros antes de encarar os olhos acusadores de Riko. Olhos incrivelmente semelhantes a um certo ruivo...

— Claro que sei. Me desculpe... – Murmurou por fim ainda a sorrir, arrancando um olhar piedoso e repleto de carinho da morena, que se aproximou de si e a envolveu com seus braços em um abraço desajeitado. [Nome] correspondeu o abraço na mesma intensidade; precisava de algo assim desde... sempre.

Como era bom ter Riko ao seu lado.

Ficaram alguns segundos em silêncio, somente curtindo o abraço e o momento de amigas de ambas, antes que a morena se afastasse e olhasse ansiosa a outra.

— Agora que está melhorzinha, acho que já posso te dizer o outro motivo! – Sorriu, fazendo a outra encara-la curiosa. – O clube de basquete está planejando fazer uma pequena excursão em Okinawa para ver onde iremos jogar, e pensamos em ir para praia depois... O que acha?

[Nome] piscou os olhos atônica. Sair? Para praia? E com os integrantes do clube de basquete?

— T-tem certeza...? – Perguntou em voz baixa, parecendo pensativa outra vez. Fazia um bom tempo que não ia a praia... Então, que mal faria ir com eles? Embora pensasse assim, as palavras negativas teimavam escorregar por sua língua. Queria ir, mas não queria ficar incomodando-os em sua viagem mais que merecida.

— Mas é claro que sim! Oras, você é a nossa gerente; pode e deve ir!

A forma como Riko falava aquilo tão facilmente, e ainda com um sorriso radiante em seu rosto, foi o suficiente para que ela esquecesse quaisquer dúvidas que possuía. Podia ir se quisesse, e iria. E também não se arrependeria de ir.

 

 

[...]

 

 

Já estou me arrependendo, [Nome] pensou ao colocar o cinto de segurança do trailer, mordendo os lábios para evitar suspirar ou começar a murmurar sozinha pelo nervosismo. Como ela e Hyuga, o capitão do time de basquete, eram os únicos que possuíam “carta” por assim dizer, seriam eles os encarregados de se revezar para dirigir até o destino. O trailer não assim tão era pequeno, então os jogadores conseguiam ficar juntos sem se apertarem, mas também não era tão espaçoso para mais de dez pessoas... Sorte que o trailer era de seu tio, que estava viajando e não se importou de empresta-lo. Assim os gastos seriam menores.

— Sinto muito por lhe empurrar isso, [Nome]-chan – Hyuga murmurou sentando-se no banco ao seu lado com dois copos de chocolate quente em mãos, oferecendo um a garota que sorri agradecida aceitando a bebida.

— Não se preocupe com isso, Jun-chin – Sorriu bebendo um grande gole da bebida em seguida, agradecendo mentalmente a quem inventara aquela bebida deliciosa. Deveriam ser os deuses, só podia ser. – Só estou um pouco nervosa em viajar com vocês... Para Okinawa ainda... Faz tempo que não saio da cidade – Sorriu de canto.

Hyuga acompanha seu sorriso, parecendo mais relaxado do que da última vez que se viram, há três dias atrás. Talvez fossem os jogos, ou então a pressão que sempre sentia ao ter Riko por perto.

É, era a segunda opção. Definitivamente.

— Entendo. Faz um bom tempo desde que saí da cidade também – Ele disse com um sorriso, tomando um gole de seu chocolate antes de continuar. – Mas essa vai ser uma boa experiência, não acha? – Dissera isso com tanta animação que ela foi obrigada a concordar, lembrando-se que geralmente Junpei costumava acertar em suas deduções.

[Nome] apenas assentiu em resposta, ocupando-se em terminar sua bebida. Cinco minutos depois ambos já haviam terminado, e já estavam arrumando o restante do trailer – visto que aquela tarefa era de Izuki, mas o mesmo havia se esquecido de acordar cedo novamente. Então a tarefa acabou indo para os dois.

Levaram cerca de dez minutos para terminarem tudo, e mais dez ficando à espera dos jogadores.

— Está atrasada – Hyuga diz com o semblante sério assim que a morena fora avistada, cruzando os braços sobre o peito.

Riko sorriu de canto, já prevendo a possível bronca. – Certo, certo... A culpa foi minha... – Murmurou levantando as palmas das mãos em sinal de inocência, recebendo um olhar sério do amigo.

— Será que podemos ir agora? – Kagami perguntou antes que a discussão começasse, levando os outros jogadores a assentirem concordando e irem colocar suas mochilas no porta-malas. Depois de cinco minutos, com os jogadores brincando ao invés de guardar as mochilas e Junpei e Riko quase discutindo novamente àquela manhã, foi que conseguiram sair.

O percurso foi tranquilo; algumas brincadeiras como o de costume, silêncio algumas vezes, bagunça e etc. Ou seja, tudo o que deveria acontecer em uma viagem em grupo. Viajar daquele jeito até deixava [Nome] confortável, tanto que não percebeu quando pegou no sono. Quando acordou, o trailer estava estacionado em frente a uma lanchonete, e parece que todos haviam descido para tomar um lanche reforçado.

— Pensei que iria dormir a viagem inteira. – Ao ouvir a voz de dentro do trailer muito próxima a si [Nome] acabou por ter um sobressalto no banco, observando em seguida o interior do trailer e vendo o ruivo e o azulado, um comendo uma pilha de lanches como sempre e o outro lendo distraído. – Viajar com a gente é tão chato assim?

[Nome] corou até a ponta dos cabelos, completamente envergonhada por ter passado esta impressão; sabia que deveria ter dormido mais cedo. Para disfarçar seu acanhamento ela virou o rosto para o lado, agradecida por seus cabelos serem volumosos o bastante para cobrir sua face vermelha.

Kuroko, ao ver o acanhamento que o amigo causara na garota, cutucou com certa força o braço do ruivo. – Kagami-kun, não é assim que se acorda alguém – Repreendeu-o o olhando com os olhos inexpressivos como sempre, porém aquele olhar parecia carregar uma mensagem... – Tenho dó de quem for sua namorada.

O comentário do azulado foi o bastante para fazer com que Taiga acordasse de sua tentativa falha de tentar entender aquela mensagem nos olhos de Kuroko. Ao ouvir e processar a frase, o garoto corou mais do que seus cabelos.

— D-do que você está falando?! – Praticamente gritou ao se levantar com a face corada, derrubando algumas revistas que estavam sobre a mesa. Kuroko apenas revirou os olhos ao ver que seu amigo era mesmo péssimo em disfarçar, juntando as revistas em seguida. [Nome] apenas encarou a cena surpresa, antes de se levantar para ajudar o azulado.

— Não precisava se exaltar assim... – Murmura o azulado tentando, com sucesso, esconder o mini sorriso que carregava em seus lábios. 

Kagami como sempre tentou rebater, mas a chegada dos companheiros o interrompeu na hora certa.

Não demoraram muito para enfim sair do estacionamento, as conversas rolando com fervor assim que a estrada foi vista. Era claro que estavam contentes por enfim ter alguma folga, embora soubessem que em alguma hora Riko inventaria algum tipo de treinamento.

Treinamento. Aquela palavra causou lembranças em [Nome]; a última vez que fora a praia foi quando Riko os levou para um treinamento especial, depois do jogo contra Touou. Um jogo difícil para todos, como os outros que viriam. Mas [Nome] sempre tivera esperança de que eles se tornariam mais fortes, esperança que foi recompensada quando a vitória veio.

Ficaram mais quatro horas na estrada, e quando o sol já estava se pondo foi que conseguiram chegar a pousada. Meia hora depois de chegar ao local todos já estavam se jogando em suas camas depois de um bom banho, agradecendo mentalmente pela pausa.

Pausa que não durou muito tempo.

Logo ao amanhecer Riko já estava acordando todos, reclamando que seu café-da-manhã difícil de ser feito estava esfriando.

— Não façam com que os meus esforços e os de [Nome] sejam em vão, idiotas! – Foi o que ela disse ao se encaminhar para a copa novamente, onde [Nome] estava de costas mexendo no fogão. – Resolveu colocar o avental? – Riko brinca ao ver a amiga usar a peça para virar as panquecas na frigideira.

A garota olha para trás, um pequeno sorriso estampado em seus lábios. – Arrisquei... embora admito que ursinhos não muito a minha praia.

Ambas riram de tal comentário. O avental repleto de ursinhos pertencia a Riko, presente de seu pai quando aprendeu a cozinhar uma comida “decente” sem a adição de suplementos.

— Mentira. Você ama ursos que eu sei – A moreno diz sorrindo de canto enquanto se sentava em um banco em frente a bancada, apoiando o rosto em uma das mãos em seguida.

— Hai, hai – [Nome] diz desligando o fogo e colocando os pratos de panquecas na bancada –, desculpe, Okaasan – Riko ri, espalhando os cabelos [cor] da amiga. – Poderia colocar as panquecas na mesa? Vou pegar o suco – Pediu apontando para a mesa para em seguida ir em direção a geladeira para pegar as jarras de suco.

— Ok – Riko diz ao pegar dois pratos para coloca-los em cima da mesa, ajudando a amiga a trazer as jarras de suco.

— Obrigada – [Nome] sorri, logo se virando para pegar o restante do café-da-manhã para colocá-lo sobre a mesa.

 

 

[...]

 

 

Eram 13h00 quando o clube de basquete da Seirin resolveu ir finalmente à praia, e por incrível que pareça eles não demoraram para se arrumar. Dez minutos foi o bastante para que todos estivessem prontos e fossem em direção a adorada areia branca.

Quando chegaram, os garotos – principalmente os do segundo ano como Kagami e companhia – praticamente fizeram a festa e correram em direção ao mar. Os terceiranistas ficaram os observando, enquanto os primeiranistas começavam a jogar vôlei de praia. [Nome] resolveu ir se sentar ao lado de Kiyoshi, que estava deitado embaixo do guarda-sol de Riko.

— Não vai nadar? – Kiyoshi perguntou com os olhos fechados enquanto aproveitava o sol queimar sua pele, atraindo a atenção da garota que divagava sobre milhares de coisas ao mesmo.

— Agora não... Vou relaxar um pouco antes – [Nome] diz sorrindo de canto, voltando a atenção para o mar novamente. O mar lhe lembrava Kazuki, de alguma forma. Aquele idiota voltava a seus pensamentos justo quando ela não queria. Juntamente com a “amiga” de longa data que ela tinha.

Sentimentos idiotas.

[Nome] idiota.

Era o que ela pensava enquanto desviava o olhar do mar que quebrava com força sob a areia. Era mesmo uma idiota por ficar pensando nesse tipo de coisa mesmo depois de tanto tempo – quase seis meses.

— Acho que irei caminhar um pouco... – Murmurou reprimindo um suspiro, se levantando antes que Kiyoshi perguntasse o que lhe afligia. Não queria falar sobre aquilo pois sabia que era penas temporário, um pensamento bobo que apenas voltava nas horas erradas. Um pensamento que ela já deveria ter esquecido há tempos.

[Nome] estava farda de carregar aquele fantasma. Mas estar fardo de algo e conseguir se livrar dele são coisas diferentes.

Coisas diferentes e irritantes, foi o que ela pensou, chutando a areia enquanto mordia o lábio inferior. Lembrar do motivo de suas feridas apenas provava que não era tão forte quanto pensava. Que todo o trabalho que teve para tentar esquecer o ocorrido foi em vão. Sua única escolha, pelo menos naquele momento, seria refletir sozinha. E foi isso que fez; parou sua caminhada e observou ao redor para achar algum lugar para se sentar, não demorando a encontrar alguns rochedos escondidos. O local perfeito para ficar só.

Com algum esforço ela conseguiu chegar aos rochedos, sentando-se em um deles e observando o mar quebrar sob as rochas, espirrando um pouco de água em si. A sensação fria da água contra sua pele era reconfortante. A fazia pensar que poderia endurecer seu coração também.

Mais uma vez se perdeu em seus pensamentos, por isso não notara a presença de um certo ruivo, que estava em uma prancha de surfe. Kagami havia se perdido dos outros quando desafiara Izuki a surfar uma onda grande, mas era claro que não se arrependia de tal fato; fora divertido, apesar de ter engolido um bocado de água.

— Caramba... – Ele murmurou coçando a nuca, um pouco envergonhado por ter se perdido apenas com aquilo, quando seus olhos se focaram na figura distraída e até tristonha de [Nome].

Mesmo com as prometidas férias em grupo, [Nome] ainda parecia abalada com o acontecimento pré-natalino que tivera; até mesmo Taiga podia ver que seu coração estava machucado. Talvez houvesse um modo de mudar aquela situação...

Como sempre, ele não pensou, só agiu. Quando percebeu, já estava parado em frente à figura distraída de [Nome]. E ela o estava encarando, a espera de sua justificativa de ter lhe tirado a atenção de seus pensamentos. Não podia voltar atrás agora.

— Ei, [Nome]-san... Quer surfar? – Perguntou como quem não quer nada, desviando os olhos para a água ao invés dos olhos penetrantes dela. Suas bochechas estavam coradas com certeza. Será que ele parecia um tomate? Ela riria dele por isso?

Um leve som foi ouvido, e por um momento ele achou que fosse o riso contido dela. Arriscou levantar os olhos e verificou que ela estava mesmo sorrindo. Ele fizera algo errado?

— Eu adoraria, Kagami-kun. Mas... – Sempre tinha que ter aquele “mas”. Por que aquele “mas” existia afinal de contas? – ... eu não sei surfar – Ela confessou com as bochechas rubras, olhando para a água ao invés dele.

O ruivo piscou os olhos surpreso. Por um momento achou que levaria um fora. – Se quiser, eu posso te ensinar – Por que falara aquilo? Kagami Taiga não tinha jeito para ser professor. Ensinar Riko a cozinhar um pouco melhor era uma coisa, agora ensinar [Nome] a surfar...

— Faria isso? – A empolgação na voz dela o distraiu de seus pensamentos o fazendo olha-la mais uma vez nos olhos, corando severamente ao vê-los brilhar de empolgação de um jeito incrivelmente fofo.

[Nome]-san pode ser muito fofa às vezes..., o pensamento lhe veio à mente sem permissão, o fazendo tossir de leve antes de responder.

— Claro – Sorriu perante o olhar curioso da garota, fazendo o sorriso voltar a sua face.

Segundos depois ela já estava se levantando e retirando a blusa que usava, fazendo Kagami corar mais do que seus cabelos e quase cair da prancha que lhe servia de banco.

— O-o que está fazendo!? – Perguntou por impulso, levantando as mãos aos olhos para tampar a visão (embora seu subconsciente quisesse o contrário).

— Hã... Me arrumando para a aula? – A garota devolveu a pergunta, agora com somente o biquíni azul claro que ganhara de Riko antes de virem, dobrando as roupas e as colocando em cima de uma rocha. Não poderia esquece-las ali, de jeito nenhum.

— Eh? – O ruivo soltar o ar que prendia, abaixando as mãos mais calmo agora. Fora alarme falso. Um alarme falso que quase lhe causou um ataque cardíaco. – Ah, claro – Riu de canto sem graça, colocando a mão na nuca enquanto a garota ria baixo.

— Desculpe te assustar, Kagami-kun – Ela brincou com um sorriso nos lábios, sentando-se novamente na rocha para descer com cuidado para a água. O contato de sua pele quente pelo sol com a água fria do mar fez seu corpo se arrepiar, e ela pensou que era uma sensação boa de se sentir. Para ajudá-la Kagami se aproximou mais um pouco, estendendo a mão para que ela subisse na prancha consigo. Não sabia se a prancha suportaria duas pessoas, mas era o melhor jeito de chegar aonde as outras pranchas estavam.

Com um pouco de dificuldade [Nome] enfim conseguiu se sentar na prancha a frente de Kagami, que segurava com uma mão a cintura da garota para que ela não caísse. Fora um contato por impulso, e ele mesmo só percebeu o que estava fazendo quando ela o olhou curiosa, como se dissesse que não iria cair. Ao perceber isso ele cora e a solta, apertando a madeira da prancha entre os dedos enquanto olhava para o lado novamente.

— E-então vamos ir buscar uma prancha para você... – Ele murmurou tentando mudar o clima que achava ter, usando as mãos para empurrar a prancha contra a maré para chegarem a areia, onde provavelmente os outros estavam descansando.

[Nome] apenas assentiu com um leve sorriso, ajudando-o a impulsionar a prancha em direção à praia enquanto pensava que aquilo poderia lhe tirar aqueles pensamentos idiotas. Afinal, a simples presença de Kagami sempre lhe causava isso. E esperava que sempre causasse.

Dois ou três minutos bastaram para chegarem a praia, onde os secundaristas estavam se refrescando antes de voltarem a surfar ou simplesmente jogar vôlei de praia. Kagami teve que conversar com seus colegas um pouco mais do que achou para conseguir uma prancha emprestada, saindo um pouco irritado pelos mesmos estarem brincando e sorrindo ao olharem os dois. [Nome] não prestou no ocorrido, ao invés disso esperou o ruivo chegar com a prancha para irem para o mar.

Começaram tentando fazer a garota conseguir ficar de pé na prancha sem cair na água, o que levou uns bons minutos e várias risadas quando [Nome] quase caía ou caía no mar, muitas vezes de cara na água. Depois de finalmente conseguir ficar de pé, Kagami a ensinou como mudar o peso do corpo e, como todo bom professor faria, ele utilizou o jeito mais prático e rápido; guiar os movimentos dela com as mãos, ficando de pé na prancha atrás do corpo magro e pequeno da garota. Claro que o ruivo tivera uma guerra interna antes e ao fazer isso, mas em poucas horas iria escurecer e ela não teria aprendido praticamente nada, então Kagami resolveu ignorar seu nervosismo e tentar ensinar [Nome] da melhor maneira possível. Sempre que chegava perto demais, ele se afastava antes que seu coração disparasse mais ainda e o denunciasse, mordendo os lábios e colocando em mente que deveria prestar mais atenção ou [Nome] acharia que ele estava se aproveitando da situação. A garota não parecia se incomodar com as “gafes” que o ruivo cometia, na verdade ela parecia estar se divertindo mais do que o esperado.

Ao perceber isso, Kagami pode sorrir mais tranquilo.

Era isso que ele esperava ver; o sorriso bonito e meigo que só [Nome] possuía. Ele estava esperando por aquele sorriso desde que vieram a pousada. Desde que ele a viu depois das férias no Grêmio e no clube de basquete. Desde que um idiota que ele nem conhecia a fizera sofrer na véspera de natal.

Talvez estivesse concentrado demais em seus pensamentos, pois em um segundo estava de pé na prancha segurando as mãos de [Nome] e no outro simplesmente havia caído na água. Enquanto a garota ria e tirava os cabelos que estavam em seu rosto, Kagami apenas piscou atônico e olhou ao redor, a procura das pranchas. A prancha de [Nome] estava há menos de um metro de distância, mas a sua estava bem longe. A maré com certeza estava contra si.

— Sinto muito, Kagami-kun – [Nome] disse entre risos –, acho que me empolguei demais com a aula – Admitiu sorrindo de canto, fazendo o ruivo prestar atenção em si agora.

Kagami balança a cabeça em negativa. Logicamente fora a falta de atenção dele que os fizeram cair na água. – Não se preocupe, [Nome]-san, eu acabei me distraindo à toa – Disse com um leve sorriso, usando as mãos para nadar em direção a prancha mais próxima. Com algum esforço ele conseguiu subir e se sentar na prancha, empurrando-a em seguida para mais perto da garota para ajudá-la a subir. Assim que se aproximou dela o bastante, Kagami logo notou que havia algo errado; os lábios de [Nome] estavam franzidos. Os lábios dela só ficavam assim quando ela ou chateada com algo ou pensativa. Kagami queria que fosse a segunda opção. – [Nome]-san? – A chamou ao ver que a mesma parecia mesmo pensativa (o que o aliviou muito).

A garota pareceu relutar em responder de imediato, pois mordeu o lábio inferior. Seus pensamentos estavam conflituosos sobre o que deveria falar. O ruivo iria perguntar se estava tudo bem quando a mesma o interrompeu com um sussurro: – [Nome].

— O que? – Ele teve que perguntar. Havia escutado direito? Era impressão ou ela estava querendo...

— Me chame apenas de [Nome] – Disse de modo firme, embora suas bochechas rubras denunciassem sua insegurança. – Se quiser, é claro... – Sussurrou desviando o olhar para a água, o rosto fervendo de vergonha. Ninguém além de sua família ou Riko e Junpei a chamava assim. Mas ela sentia a estranha necessidade de ouvir seu nome na voz dele.

Ela estava mesmo falando sério. Kagami percebeu isso quando viu seu rosto corado e inseguro. O garoto respirou fundo, sua garganta parecia mais seca do que o de costume naquele momento, e seu coração não parava quieto. Temia que ela ouvisse as batidas insistentes de seu coração. – O-ok... [Nome] – Ele sussurrou por fim, virando o rosto vermelho para o lado.

Ao ouvir seu nome, a garota pareceu brilhar de alegria por um momento. Seu sorriso antes tímido estava mais radiante do que nunca. Como pensara, a junção de seu nome com a voz rouca de Kagami faziam uma combinação perfeita.

Ela só não pensara que sua felicidade iria se prolongar tanto.

— M-mas em troca... – Kagami disse a olhando por um momento, desviando o olhar em seguida ao ver a expressão curiosa da garota –, m-me c-chame de T-t-taiga.

[Nome] piscou, surpresa com o pedido do garoto. Era justo, afinal de contas. – C-certo... Taiga-kun – Ela diz um pouco baixo, olhando para qualquer lugar que não fosse o rosto do ruivo, o rosto fervendo de nervosismo.

Ao ouvir seu nome o ruivo sorri instintivamente, oferecendo a mão em seguida para ajudá-la a subir na prancha. Antes que ela sequer pudesse aceitar o convite, uma onda mais forte do que o esperado os atingiu, fazendo o rapaz cair no mar e a prancha ir embora.

— Você está bem, Ka-- - A garota se deteve. Quase esquecera que deveria chama-lo pelo primeiro nome dali em diante. – ... Taiga-kun? – Se corrigiu rapidamente, segurando os ombros do garoto por impulso para ajudá-lo a se endireitar. A pele de Taiga era extremamente quente, e ao notar isto a garota o soltou antes seu rosto corasse e sua pele se arrepiasse pelo contato.

— Estou... E você? – Ele respondeu depois de cuspir a água que quase engolira ao cair, olhando a garota preocupado. Afinal, ele quase caíra em cima dela.

[Nome] balançou a cabeça em positivo, o fazendo suspirar baixo aliviado. Porém, ao olhar para a água o rosto de Taiga corou novamente, o fazendo se virar de costas por impulso e colocar a mão perto da boca.

— O que foi? – Ela perguntou estranhando a reação do rapaz, que engoliu em seco antes de responder. Era embaraçoso dizer aquilo, então ele pensou em jeito melhor de avisa-la.

— S-seu biquíni... – Murmurou ainda se olha-la, fazendo a garota franzir as sobrancelhas confusa antes de olhar para baixo, o rosto corando em diversas cores de carmim e rosa em seguida.

A parte de cima de seu biquíni estava quase saindo. O nó que deveria prendê-lo com firmeza estava por um fio de desatar, e quando ela abraçou a parte de cima de seu corpo para não deixar que a peça caísse foi que o nó desatou. Mesmo com o ruivo de costas, ela não iria conseguir amarrar o nó como antes. A corrente que usava e os cabelos atrapalhavam, fora por isso que Riko a ajudara antes de irem a praia.

Sua única escolha era pedir para Taiga ajuda-la, mas estava envergonhada demais para pedir. Ficou alguns segundos pensando no que deveria fazer quando decidiu que era melhor pedir ajuda, pois se o fizesse sozinha poderia arrebentar sua amada corrente – novamente, e ela não queria isso.

Respirou fundo e se virou de costas, ainda segurando a peça com os braços. – T-taiga-kun... p-pode me ajudar...? – O chamou ainda envergonhada, agradecida por ele não poder vê-la corada como uma pimenta.

O ruivo a olhou surpreso, corando até a raiz dos cabelos ao ver que o laço havia desatado e que ela estava de costas para si ainda segurando a peça abraçando o próprio corpo. Ele até podia jurar que havia visto o pescoço dela, antes branco, vermelho assim como suas orelhas, mas ao piscar os olhos a visão desapareceu assim que ela retirou os cabelos para o lado com uma mão. Deveria ter sido somente impressão...

— C-certo... – Ele murmurou ao ver que estava tempo demais em silêncio, levantando as mãos até o pescoço dela onde as alças estavam penduradas. Por um ou mais segundo, a ponta de seus dedos tocou a pele dela fria por estar dentro d’água, o fazendo terminar o nó mais rápido ao perceber que havia se arrepiado. – Pronto – Falou tentando manter a voz firme, vendo-a abaixar os braços mais tranquila. Algo em seu pescoço brilhou com a luz do sol, o fazendo olhar mais atentamente e perceber que se tratava de uma corrente. Uma corrente estranhamente familiar... e ainda mais familiar quando ela se virou para si. – Você ainda o usa... – Ele murmurou observando o pingente com a letra inicial do nome da garota, tocando-o por impulso e erguendo o pingente para cima afim de observa-lo melhor. Era o mesmo pingente que ele havia dado a ela no natal. O mesmo pingente que ele ficou semanas criando coragem para enfim dá-lo a ela, com o pretexto de ser um agradecimento por sempre ajuda-lo a treinar e até xinga-lo quando necessário (comentário que causou risadas nos dois).

— Hm? Eu o uso sempre... É especial, afinal de contas – Ela disse com um sorriso tão bonito que o rosto de Taiga corou novamente sem ele sequer perceber. Pareceu que [Nome] havia falado aquilo por impulso, pois um segundo depois de dizer ela corou e desviou o olhar envergonhada, gaguejando coisas sem nexo. Taiga adorava quando ela ficava sem graça, era fofa e até engraçada daquele jeito.

O clima entre ambos estava leve como sempre, mas algo pareceu mudar quando ela se calou e o olhou. Os olhos dela pareciam muito mais brilhantes e profundos agora, e Taiga mal notou quando não pôde desviar o olhar como costumeiro. Os olhos de [Nome] sempre foram a parte mais chamativa, segundo ele, mas naquele momento eles pareciam dizer algo a mais. Pareciam pedir algo que só ele poderia dar naquele momento...

Sem perceber, Taiga aproximou o rosto do dela, com uma mão segurando a base de seu pescoço como se temesse que ela pudesse fugir. Mas ela não se afastou como seu subconsciente pensara, ao invés disso ela também se aproximou de si, com os olhos ainda mais brilhantes do que antes. Taiga até podia sentir a respiração dela roçar seu nariz e lábios, e isso apenas fez com que sua necessidade de se aproximar ainda mais fizesse com que ele realizasse seu desejo; a distância que antes havia entre eles desapareceu, e seus lábios se juntaram num beijo tímido e terno. Um beijo que, infelizmente, durou menos do que o esperado: ao notar o que estava fazendo, o ruivo se afasta com cuidado da garota, que ainda estava com os olhos fechados, com o rosto mais vermelho do que deveria. O que ele estava fazendo, afinal de contas!?

— D-d-desculpe, [Nome]! – Ele se apressou a dizer, não sabendo o porquê de fazer aquilo com sua melhor amiga. Desde quando ele tinha uma coragem dessas? – E-eu n-não sei porque fiz isso! Desculpe! – Disse rápido demais para que ela conseguisse entender tudo completamente, a fazendo esconder o riso com uma das mãos. Seu rosto corado denunciava que ela estava tão sem graça quanto ele (senão mais).

— Tudo bem. Não se preocupe com isso, Taiga-kun – [Nome] diz com um sorriso tímido, desviando o olhar antes de sussurrar: – Eu gostei – Ela sussurrou tão baixo que ele não conseguiu ouvir direito, e aproveitou a confusão no rosto do ruivo para começar a nadar em direção à praia, levando sua prancha junto. – Vamos? Os outros devem estar nos esperando.

O ruivo estava alheio a tudo a sua volta, pensativo quanto ao que ela queria dizer com aquele sussurro, e somente acordou quando sua prancha bateu em suas costas. A maré havia trazido ela até si, e ele aproveitou para ir atrás de [Nome], embora ainda estivesse pensativo. Afinal, o comentário dela foi positivo ou negativo?

 

 

Extra

 

 

Eles finalmente haviam conseguido chegar à praia, mas ainda estavam na parte em que nenhum de seus companheiros estavam, então decidiram andar para tentar encontra-los.

Embora Taiga estivesse em silêncio, ele não parecia muito contente. O sussurro de [Nome] ainda martelava em sua mente, e ele se esforçava para tentar entender o que ela havia dito. Foi um comentário positivo ou negativo? Ela o chamou de idiota e depois foi embora, era isso? 

A dúvida o consumia, talvez tenha sido por isso que ele a parara de andar ao segurar em seu pulso. Claro que ele precisava de respostas, mas não estava pronta para perguntar sobre agora. Seu corpo havia agido sozinho, como antes, e agora ele teria que dar uma satisfação já que ela o olhava preocupada.

— O que você disse? Antes. – Perguntou enfim, surpreendendo-se ao notar que não havia gaguejado como pensara.

Ao ouvir tal pergunta, o rosto da garota corou e ela desviou o olhar. – E-eu disse que você não precisava se preocupar... – Mentira. Taiga podia ver que ela estava mentindo. Ela havia dito outra coisa, e ele torcia que não fosse um xingamento.

— Depois disso.

— E-eu disse... disse que... – Ela resolveu respirar fundo antes de dizer, achando que estava na hora de ser sincera com ele, esforçando-se para não gaguejar ou desviar o olhar novamente. Se teria que dizer, diria isso olhando-o diretamente nos olhos. – Disse “eu gostei”.

— V-você gostou? – Ele sussurrou surpreso e envergonhado, olhando para os lados enquanto colocava a mão na nuca. Aquilo o havia pegado de surpresa.

[Nome] assentiu, mordendo o lábio para não desviar o olhar ao sentir seu rosto corar ainda mais. – S-sim.

Após sua declaração o silêncio reinou entre os dois, fazendo [Nome] pensar que estava muito precipitada em dizer aquilo. Mas, se ele me beijou quer dizer que sente o mesmo. Ou algo parecido..., ela pensou ao desviar o olhar por um instante, engolindo em seco antes de continuar sua declaração. Porém, foi a vez de Taiga a interromper:

— Eu gosto de você, [Nome]. Acho que sempre gostei... – Ele murmurou envergonhado ainda com a mão na nuca, olhando para o lado enquanto seu rosto corava como um pimentão, voltando a olha-la quando a mesma ficou em silêncio.

[Nome] parecia chocada. Ela já suspeitava daquilo há algum tempo, mas ouvi-lo dizer claramente... Poderia ser que estava sonhando? Sua mente estava lhe pregando uma peça? Ela abriu e fechou a boca, não sabendo exatamente o que dizer naquele momento. Havia tanto a dizer a ele, mas sua língua parecia ser feita de chumbo naquele momento.

— Eu também gosto de você, Taiga-kun – Resolveu dizer a frase mais simples, rápida e cheia de significados que podia. – Acho que desde de sempre também. Desculpe só ter percebido isso agora... – Murmurou sentindo as bochechas pinicarem de tão quentes que estavam, sem desviar o olhar dele assim como ele não desviava o olhar de si. Após dizer aquilo, um enorme peso pareceu sair de seus ombros, e seu coração parecia em paz novamente. Ela nunca se sentiu assim, nem quando começo a namorar com Kazuki, que apenas gostava de sua aparência e “imagem” que tinha na escola por ser a vice-presidente do Conselho Estudantil.

Taiga sorriu, parecendo que tinha se livrado de um peso em suas costas também. O melhor sorriso que ele poderia ter dado. – Bem, antes tarde do que nunca... não é? – Brincou com um sorriso nos lábios, parecendo tentar disfarçar a vergonha que sentia.

[Nome] riu, concordando com seu pensamento. – Acho que sim... – Sorriu, arrancando mais sorrisos bobos e fofos do camisa 10. – Bem – Começou, como se voltasse a sua pose de sempre –, acho que só resta você me convidar para sair, não?

O ruivo corou. Ela estava sendo direta e sincera como sempre. Pensar nisso fez com que Taiga sorrisse; ela estava sendo a [Nome] de sempre. A garota que ele se apaixonara desde que entrou para o clube de basquete e se tornara sua gerente. – Ou talvez falte outra coisa... – Ele disse por impulso, recebendo um olhar curioso da garota.

— E o que seria?

Como ela ficava fofa com aquela expressão. Ele nunca se cansaria de ver as diversas expressões que [Nome] possuía.

Antes que acabasse recuando, Taiga se aproximou da mesma e pousou a mão em sua cintura, vendo-a reagir com o rubor típico nas bochechas. Era interessante ver como ele conseguia arrancar aqueles tipos de reações dela com meros gestos.

— Me diga se quiser parar – Ele murmurou antes de capturar os lábios dela com os seus. Não era muito experiente no assunto, mas com [Nome] parecia valer a pena aprender algo como beijar. Ela não precisou dizer nada, apenas abraçou o pescoço dele aceitando de bom grado o beijo inexperiente e tímido do ruivo, que não demorou a pedir passagem com a língua para intensificar o contato, recebendo em seguida o sinal positivo que ele pedira. Beijar [Nome] era totalmente diferente do que ele imaginava; os lábios dela eram macios e fardos, e além de tudo pareciam ter gosto de cereja. 

Depois disso, Taiga agora amava cerejas mais do que qualquer coisa. 

Assim como amava [Nome] mais do que amava o basquete.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero que sim, porque eu amei escrever esta one :3 principalmente porque ela deu trabalho; eu não queria deixar as coisas corridas então me demorei um pouco para refletir sobre os fatos. Foi divertido escreve-la e espero conseguir escrever mais deste tipo :) bye bye! ♥



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