Dawn of the living dead escrita por Bru Bowen


Capítulo 5
4. Cercada por olhos vermelhos


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem apareceu! Demorou um pouquinho mais, eu sei. Mas antes tarde do que nunca!
Quero agradecer a linda da Cherry que comentou no capítulo anterior. Sem mais delongas, vamos ao capítulo.

* Vocês já sabem que as notas finais são importantes *



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— Os Volturi estão na cidade.

Bella Swan caiu contra o assento no carro. Provavelmente ela sabia que seu coração naquele momento estaria batendo fortemente se o mesmo ainda funcionasse.
Seus olhos dourados encararam os do marido ao seu lado, enquanto o mesmo se concentrava na ligação em que estava.

— O que mais você viu Alice? — Edward apertou sua mão, lhe lançando um olhar preocupado.

Eles foram à loja dos Newton's. Rosalie e Emmett estão os procurando, mas parece que a guarda se dividiu. — a voz da cunhada estava tensa e Bella se perguntou quando Jasper iria intervir e acalma-la. Com certeza não demoraria muito. — Carlisle está preso no hospital mas irei avisa-lo.

Edward Cullen encarou a foto impressa em suas mãos e suspirou. Aquilo era pior do que imaginavam.

— Falamos com Charlie e ele disse que um homem esteve na delegacia mais cedo. Inesperadamente a descrição bate com Alec. Eles estão agindo Alice e tudo só aponta para um caminho, a sua visão sobre Gwendolyn.

A linha ficou muda enquanto o casal continuava dentro do carro, em frente à delegacia da cidade.
Bella encarou a fotografia que seu marido segurava e reprimiu o sentimento de tristeza. Aquela era Gwendolyn Davis, sua amiga de infância que agora poderia ser considerada uma zumbi.
A voz de Alice quebrou o silêncio:

Eles sabem sobre a existência dela, eu vi. A pior parte é que eles devem saber também quem ela é para Bella. É a chance perfeita para atingir nossa família, para atingir Charlie e...

— O amigo de Charlie, Graham, afirma ter visto Gwendolyn esta noite na delegacia. — Edward a cortou, com os punhos cerrados contra o volante. — Seja lá o que os Volturi estiverem armando ou o que essas ressureições signifiquem, a única certeza é que Gwendolyn está viva. Precisamos encontra-la antes que os Volturi a use para chegar até a nossa família.

Alice suspirou do outro lado da linha enquanto um carro passou buzinando.

Ligarei para Carlisle e o avisarei. Nos encontramos em casa.

— Avisarei Rosalie e Emmett. E também pedirei para Jacob levar Renesmee para La Push, é o único lugar seguro por enquanto. — Bella concordou com as palavras do marido. — Até mais tarde Alice.

Desligando o celular, ele encarou Bella que mantinha uma expressão apreensiva e o mesmo não gostou de ver a esposa em tal estado.

— Irá ficar tudo bem. Nada vai acontecer com nossa família.

— E Gwendolyn? — a vampira apertou sua mão enquanto ambos olhos dourados se fixavam no rosto da garota impresso. — Eu faria tudo para deixar nossa família segura e você sabe disso. Mas se as coisas não acabarem bem, se os Volturi a pegarem primeiro... o sacrifício de Gwen seria o suficiente para isso acontecer?

O carro caiu em um estranho e doloroso silêncio angustiante. E naquele momento estava claro que uma nova briga poderia estar mais perto do que eles desejavam.

— Não precisa chegar até esse ponto. — O casal se encarou atentamente. Quando Edward ainda observando sua esposa, ele ligou o carro, e algo em seus olhos mudou. Uma determinação quase selvagem assumiu o dourado. — Mas se chegar... — ele fechou as mãos sobre o volante, o segurando fortemente. — Temo que terá que ser o suficiente. Ou pelo menos nos fará ganhar tempo.

Tempo.
Edward acelerou o carro enquanto aquela palavra girava na mente de Bella. Tempo era a última coisa que Gwendolyn Davis tinha e infelizmente Bella não podia fazer nada pela amiga.

                               

      Gwendolyn acordara mais uma vez perdida. A cabeça dolorida era um incômodo, assim como seu braço ferido que parara de sangrar para permanecer dormente. Com certeza aquele não era um bom sinal.  Assim como escutar uma música alta e sensual reverbar pela sala em que se encontrava. A garota percebeu também que estar deitada em algo macio e quente não deveria estar certo. Começando a piscar repetidamente para espantar o estado sonâmbulo, ela se sentou lentamente e quase gritou com o que viu.
  Era uma sala dominada por vermelho, das paredes até o carpete. Olhando para o teto ela encontrou um espelho que o cobria, a fazendo encarar seu próprio reflexo deitada em uma cama de casal com cobertores de seda vermelho. O local era iluminado por luzes giratórias penduradas em cada coluna da parede, com uma mesa repleta de brinquedos sexuais e...
Seu coração poderia ter parado naquele momento e ela teve certeza disso quando uma mulher sentada em cima da mesa sorriu.

— Não seja tímida Cher, não precisa ter medo. Eu não mordo. — a bela mulher cruzou as pernas nuas e sorriu para Gwen. — Apenas se você quiser.

A garota engoliu o pânico e tratou de se recompor. Dando uma rápida olhada na porta que agora conseguira encontrar, - estava ao lado da mesa - se concentrou na mulher em sua frente. A mesma não devia ter mais de vinte e cinco anos, com lindos cabelos  negros emoldurado seu rosto junto com olhos castanhos e pele morena.
De fato era uma mulher muito bonita. Seu corpo provava isso, corpo este que estava quase despido, porém encoberto com apenas um conjunto de peças íntimas negro, acompanhado de saltos altos da mesma cor e meia 3/4. A realização bateu em Gwendolyn quando seu cérebro juntou as informações. Música sensual, quarto com brinquedos sexuais, uma mulher quase nua.

—  Você é uma prostituta.

A mesma riu balançando os pés. O sorriso ainda permanecia quando ela respondeu:

— Bingo! Não é que você pega as coisas rápido? Eu gostei.

Se ajeitando na cama, Gwendolyn encarou a ferida em seu braço que fora devidamente tratada e coberta. Ela agradeceu internamente.

— E nós estamos em um... — se calou se sentindo envergonhada pelo olhar que a mais velha lhe lançara.

— Em um bordel. Puteiro ou cabaré. Como você preferir, Cher. — descendo da mesa, ela foi até a cama e se sentou na beirada graciosamente.  A mais jovem observou seus passos. — A propósito, eu sou Max.

Max estendeu a mão para Gwen e a mesma hesitou. Não sabia o que fazer, assim como não sabia o que estava acontecendo. Como ela parara ali? Por que ainda não estava morta? Onde Riley havia se enfiado?

— Gwendolyn Davis.

— Eu sei. — Max sorriu amigavelmente apertando a mão que Davis estendera. — Riley te trouxe aqui e me pediu um favor.

Suas mãos se fecharam em punhos quando o nome do maldito havia sido mencionado. Ela claramente não poderia mais tolerar a presença do vampiro.
Vampiro. Aquele nome ainda rodava em sua cabeça.

— Que favor?

Max a encarou pensantivamente e Gwendolyn percebeu que a mesma usava batom vermelho como tudo naquele quarto. Era estranho. Seus olhos castanhos pareciam distantes e ao mesmo tempo treinados em tudo.

— Cuidar de você bobinha. Eu lhe disse que isso poderia ser um pouco difícil já que sou muito requisitada, mas ele insistiu. — sua mão brincou com a alça do sutiã enquanto seus olhos percorriam o espelho acima delas. — Você deveria o agradecer. Estava péssima quando chegou aqui e sua ferida... Eu fiz o meu melhor para ajuda-la, espero ter sido o suficiente. Riley parecia apreensivo mas não perguntei.  Deus sabe que o forte daquele homem não é a paciência. — Ela riu, jogando a cabeça para trás. — Agora anime-se e se vista. Precisa se misturar se quisermos fazer tudo direito.

Mais uma vez, Gwendolyn se sentiu perdida. Aquilo já estava a incomodando.

— Perdão, mas o que temos que fazer? Por que eu confiaria em você? E que porra de jogo Riley está fazendo? — com um pulo, ela estava fora da cama e pensara em correr para a porta. Mas esperou.

Aquele era o momento de receber a verdade pelo menos uma vez. E não desistiria dele.

— Muitas perguntas para pouco tempo. — Max também se levantou com um ar sério tomando conta de sua face. Mas seu tom ainda era gentil.
— Você vai ter que perguntar para ele mais tarde, pois agora precisamos ir. Mas antes, — segurou ambas as mãos na sua. — preciso lhe pedir uma coisa. Não fuja Gwendolyn! Logo você saberá o que está acontecendo e seja lá o que Riley estiver aprontando, é para o seu bem. E se eu quiser me manter segura, então cumprirei o pedido dele. Não dificulte as coisas.

Naquele momento enquanto encarava os olhos castanhos de Max, um sentimento de compaixão pela moça se apoderou dela. Ali, encarando o desespero da mulher, Gwen entendeu uma coisa: Max estava presa seja lá no que tivesse entrado. E estava desesperada. E ela não podia pensar nas coisas que aquela mulher já passara.
Como ali em sua frente, Gwendolyn pôde ver algumas cicatrizes naquele belo corpo. Por um instante ela fez o que costumava fazer quando precisava refletir sobre alguém: ela se colocara no lugar do outro. E foi ali que a garota se sentiu aliviada ao perceber que ainda poderia pensar e sentir como humana.

— Tudo bem. Apenas me faça entender ok?  — Davis apertou as mãos da outra.

— Certo. Apenas sei que preciso te manter escondida por algumas horas. Alguém irá vir lhe pegar e tudo ficará bem. — Seu coração pareceu afundar. — E por isso precisa se vestir e descer.

Demorou alguns segundos para ela processar a informação. Ela se vestiria com algo que Max a daria e depois desceria... para o bordel.
Oh meu Deus!

Não sou prostituta!

— Claro que não. Eu é que sou. — rindo, Max soltou suas mãos e se sentou novamente na cama, puxando Gwendolyn para o seu lado. — Você apenas precisará se misturar. Não pode ficar aqui entende? Esse quarto também é usado e daqui a pouco as horas que Riley pagou se esgotarão. Aliás, você passou quase todas dormindo. Pensei que estava morta. — a mulher a cutucou, brincando. Ela estremeceu com a última palavra. — Você ficará bem, apenas não saia da minha visão. — um momento de silêncio se seguiu e Gwen processou as palavras. Quando ela ia abrir a boca para perguntar algo que a incomodava, Max fora mais rápida. — E não me pergunte quem virá te buscar pois eu não sei. O que? Não me olhe com essa cara, estava explícito  que você iria perguntar isso.

Mais um momento de silêncio se seguiu e a garota o usou para refletir. Max poderia estar mentindo sobre tudo. Mas em contrapartida, ela poderia estar a ajudando. Por que Riley a levaria ali? O que ele queria com isso? Quem viria busca-la?
Parando de devanear, ela ouviu a mais velha dizer:

— Não fique aí parada! Irei pegar seu vestido e descemos. Os vampiros são impacientes.

Gwendolyn congelou no lugar.

— Os vampiros estão aqui?

Max alheia ao desespero da jovem, riu. Andando até a porta e abrindo, se voltou para a figura de uma Gwendolyn Davis pálida.

— Claro que sim! Estamos em um ninho deles. O baiser de mort é o bordel  mais famoso frequentado por vampiros.  Agora me dê um minuto que eu volto logo.

Batendo a porta atrás de si, Max saiu do quarto cantarolando. Com o coração quase saindo pela boca de nervosismo, Gwendolyn desejou desaparecer. Tanta coisa havia acontecido com ela. E ela passara por todas. Agora se encontrava presa em um bordel recheado de vampiros.
Talvez essa fosse a pedra em seu sapato. Era ali que tropeçaria e voltaria para a tumba após morrer mais uma vez. Mas antes disso - Gwendolyn trincou os dentes ao pensar em certos olhos vermelhos. - ela mataria Riley Biers por isso.

                                

A visita à loja dos Newton's havia se provado duvidosa. Os dois vampiros sabiam disso, pois estavam parados em um armazém abandonado depois de encantarem Karen Newton com seus charmes e arrancarem dela a triste história da morte do marido e do sobrinho do mesmo.
As cinzas no chão eram a única pista que insuinava que alguém estivera no velho armazém. Isso e aqueles cheiros.
Demetri soube no momento em que sentiu a essência de Simon, que ele estava ali, mas não do jeito que ele esperava. As cinza eram Simon . O mesmo humano que voltara a vida e que naquele momento queimara até o pó. A pergunta era como e por que? Nenhum humano queimaria até aquele estado  em um espaço de tempo tão curto e com um simples isqueiro, este jogado ao lado do resto do humano.
Ainda tinha o cheiro, não o de fumaça misturado com carne queimada. Era o cheiro de sangue. O aroma forte do sangue junto com algo mais, um cheiro específico que Demetri nunca sentira. Seja lá o que fosse, estava o invadindo. Consumindo por um instante sua concentração e o fazendo se questionar à quem diabos pertencia.
  Foi apenas por um segundo pois no outro seu celular tocava.

Mudanças de plano. Temos um novo alvo e esse é muito mais especial.  — a voz harmoniosa de Alec soava do outro lado da linha.

Félix que estivera rondando o lugar para se certificar de não haver inimigos, ouviu atentamente o mais novo.

— Parece que você ligou em uma boa hora. Simon está... indisponível neste momento. — o rastreador sorriu cinicamente para o parceiro que gargalhava ao observar as cinzas.

Alec ficou um segundo em silêncio enquanto se ouvia a voz fria de Jane avisa - los de que aquilo não era uma simples caçada. Ambos retornaram a atenção.

Bem, ele não é mais problema nosso. Agora, você deve encontrar uma garota. Ela é amiga de infância de Bella Swan e será muito interessante para Aro.

— Deixe - me adivinhar. — Demetri apanhou um pouco das cinzas com os dedos e os observou com tédio — Ela é uma morta viva?

Félix gargalhou enquanto Jane rosnava do outro lado da linha.

E uma das importantes, aparentemente. Basta trazê-la viva, depois se não tivermos bons resultados ela será toda sua. — a voz do vampiro se tornou firme. — Você deve procurar Gwendolyn Davis. Jane e eu iremos atrás dos Cullen porque a essa altura, eles estarão atrás da garota também. Nos encontramos depois que você cumprir sua missão.

E com isso, logo depois de Jane repetir as palavras de Aro, a ligação foi encerrada.
Gwendolyn Davis.
Ainda com as cinzas em mãos, Demetri se concentrou e aos poucos a linha invisível de ligação da mente de Simon foi se formando. Então o rastreador sentiu.  O mesmo cheiro que impregnava aquele armazém também estava de algum jeito ligado à Simon.  Uma pensamento o atingiu enquanto sua mente ágil processava as coisas.

— Simon era um morto vivo assim como a garota Davis. — seus olhos carmesim se fixaram em Félix enquanto ele deixava as cinzas escorregarem  entre os dedos — Você consegue sentir esse cheiro?

— De carne queimada? O humano virou churrasco. Não esperava menos Demetri. — ele sorriu maliciosamente.

O rastreador suspirou com o humor negro do outro. As vezes Félix poderia ser uma criança de seis anos. Uma criança mortal e cruel.

— Não! Algo me diz que Simon encontrou uma forma de vir até Davis. Assim como esse cheiro seja dela. — o vampiro ajeitou a jaqueta de couro preta, tirando a fuligem das cinzas. — Nós iremos seguir esse cheiro e se for o que estou pensando, logo voltaremos para casa.

Félix sorriu parecendo entusiasmado com a ideia de partir de Forks. Demetri não podia culpa-lo.

— Você percebeu não é? O outro cheiro...

— Eu sei. Mas agora não temos tempo para isso.

Passando pelo  vampiro mais alto, Demetri começou a se concentrar em seu instinto e se deixou ser levado pelo lado caçador. Logo, teriam a garota Davis e cumpririam a missão. E se ele tivesse a oportunidade, bem... por que não descobrir o motivo da morta viva cheirar tão bem?

                                   ◇

— Vou repetir mais uma vez: não iremos atrás da garota. Apenas precisamos de uma distração enquanto os outros finalizam o plano.

Riley Biers fixou ambos olhos vermelhos nos parceiros em sua volta.
Um era alto e forte, com o cabelo raspado e os olhos estreitos. Suas presas estavam amostra, assim como a expressão extasiada em seu rosto.
A outra era uma mulher. Essa um pouco mais baixa, mas igualmente perigosa. Seus olhos carmesim observavam seu chefe com atenção.

— Mas iremos nos alimentar, certo? — O homem perguntou apertando as mãos em punho.

Riley suspirou impaciente. Os três vampiros se encontravam na estrada em Portland, em uma área quase deserta não fosse por um estabelecimento ali por perto.

— O quanto vocês quiserem Todd. Apenas façam a parte que lhes cabe e serão recompensados. — a mulher sorriu em sua direção. — Tenho ordens diretas para não deixar aquela família patética chegar até seu destino.

Ao longe, passos corriam em alta velocidade. Riley sorriu sobriamente enquanto se postava em posição de ataque, pois enfim estaria perto da sua vingança.
Em um piscar de olhos, três figuras apareceram na estrada em sua frente. Um tão alto quanto forte, o outro um pouco mais baixo que carregava uma expressão surpresa e o último, que parecia tenso.

— Quanto tempo Edward. Surpreso?

Edward Cullen trincou os dentes enquanto observava os dois vampiros ao seu lado. Lançando um olhar preocupado para Emmett e Jasper, sua voz reverbou firme pela estrada:

— Riley.

O mesmo sorriu enquanto avançava um passo na direção do leitor de mentes. Sua expressão era pura zombaria.

— Não parece muito feliz em me ver. Da última vez não foi um encontro muito amigável. — ele parou no meio do caminho, apontando para o final da estrada. — E parece que esse também não vai ser. Veio buscar algo?

— Alguém. — a voz de Emmett soou irritada quando ele caminhou um passo para frente mas foi parado por Jasper. — E não vamos sair sem ela.

Todd riu maldosanente. A atenção do Cullen mais forte foi atraída para ele, e o mesmo estalou o pescoço em um som doentio.

— Nós veremos.

— Verena, sempre tão desafiadora. Ela me lembra um pouco Victória, não acha Edward? — Seu sorriso morreu e seus olhos se tornaram raivosos. — Acho que eu deveria dizer obrigado pelo seu alerta antes daquele maldito lobo se atirar pra cima de mim. Agora, deixe - me devolver o favor. — ele balançou a mão, chamando Todd e Verena. — Não vão entrar naquele bordel, por isso sugiro que vão embora. Ou fiquem, eu adoraria arrancar sua cabeça com minhas presas.

Jasper sentiu a raiva de Riley. Era forte como uma onda, tão violenta quanto perigosa. E por isso alertou seu irmão em seus pensamentos. Edward assentiu rapidamente.

— Viemos buscar Gwendolyn e é isso que iremos fazer.

— Tudo bem. — um sorriso cruel apareceu em sua face. — Vai ser do jeito difícil. Mas antes, saiba que o restante do seu clã está com problemas. Ouvi dizer que os Volturi estão na cidade.

Antes que os três Cullen achassem sentido nas palavras de Biers, ele atacou Edward. No próximo instante Todd se lançava para cima de Emmett e Jasper desviava do ataque de Verena.

                                  ◇

  
      Carlisle acabara de sair do hospital quando uma Rosalie irritada acompanhada de uma Bella aflita esperavam ao lado do seu carro. Naquele momento o médico soube que algo estava errado.

—  O que aconteceu?

— Jane e Alec estão vindo atrás de nós.  Alice os viu chegando aqui e pelo o que parece, nada de bom acontecerá.  — a loira abriu a porta do carro quase a arrancando. — Precisamos ir.

Bella entrou logo após ela, seguida por Carlisle que se sentou no banco do motorista.

— Os garotos já saíram para procurar Gwendolyn?

— Já. Alice teve outra visão mostrando um estabelecimento onde Gwen está. Parece ser um bordel. — a mais nova Cullen respondeu, fixando o olhar na janela com uma expressão de desgosto  — E logo depois viu os gêmeos do mal vindo ao nosso encontro. Eles estão armando algo.

O carro recaiu em silêncio enquanto Carlisle aumentava a velocidade.

—  Então o plano é levá-los para a mansão. — foi mais uma afirmativa do que uma pergunta.

Rosalie assentiu quando olhou para o retrovisor, trincado os dentes com o que viu.

— Podemos ganhar tempo até receber-mos notícias dos rapazes. Vá mais rápido Carlisle, eles estão logo atrás.

O vampiro lançou uma olhada para as árvores que passavam em um borrão para olhos humanos. Mas ele destingiu perfeitamente as figuras de Jane e Alec Volturi correndo entre as sombras.

— Espero que Esme esteja preparada para o que vai acontecer. Pois da minha parte não terá nenhuma gentileza.

Rosalie e Carlisle sorriram diante do comentário de Bella. Foi quando o carro parou em uma curva perigosa em frente à mansão, que os vampiros pularam rapidamente para fora.
Em menos de cinco segundo, os dois membros da elite Volturi aterrisavam graciosamente no chão.
Ambos continuavam da mesma forma que Carlisle se lembrava da última vez que os vira, carregando expressões vazias. Bella se pôs ao lado do vampiro, com Rosalie ocupando o outro lado.
Antes que alguém pudesse pronunciar algo, a porta da mansão se abriu e uma Esme carregando um sorriso gentil proferiu:

— Visitas! Por que não entramos e conversamos? Creio que temos muito assunto para tratar.

                                  ◇

  A sensação que Gwnedolyn teve quando desceu a escada de ferro foi de pavor. Primeiro, porque seus olhos capturaram a imagem de vários vampiros por todo lugar. Segundo, sua roupa atraía muita atenção, assim como os sapatos  patéticos de salto.
" Estou parecendo uma prostituta ". Foi o que dissera à Max e a mesma responder com um " fabuloso ". Gwen queria bater a cabeça na parede até desmaiar.

— Não fique aí parada com cara de assustada. Eles podem sentir seu medo. — a morena experiente enlaçou seu braço com o dela. — Tente pelo menos sorrir sedutoramente.

— Eu não consigo! Esse vestido está me apertando muito.

Max encarou o vestido de seda branco  e sorriu. O mesmo era de alças tão finas quanto o pano dele todo, cobrindo até metade da coxa da Davis e apertando todas as suas curvas e busto. Para terminar, ela havia recebido saltos altos pretos com um colar formado por várias pedrinhas.

— Isso explica o seu andar desajeitado.

A garota revirou os olhos enquanto seguiam adiante. O lugar estava tomado por uma música sensual, que deixava as garotas - quase nuas - em cima das mesas extasiadas ao dançarem. Vasculhando rapidamente a área, ela constatou que os clientes não eram somente vampiros. Muitos homens humanos circulavam por ali, subiam para os quartos com as garotas e outros conversavam tranquilamente com vampiros.

— Eles sabem? — Gwen puxou o braço da prostituta lentamente.

A cabeça de Max virou para a direção indicada. Um dos humanos estava bebendo enquanto conversava com um dos vampiros, este observando atentamente o outro com seus olhos vermelhos. Um suspiro saiu da boca da mulher.

— Sim e por isso adoram vir até aqui. Eles acreditam que podem fazer amizade com esses demônios e conseguirem o que mais desejam. Dinheiro, informações, imortalidade. — sua cabeça virou em outra direção, acenando para que Gwendolyn olhasse. — Mas na maioria das vezes, eles só querem se alimentar. Na verdade os vampiros pagam muito bem, se você conseguir sair viva pelo menos.

Davis olhou na direção apontada e sentiu seu corpo gelar por um segundo. Sentada em cima de uma das mesas, uma garota estava com os olhos fechados em uma expressão dolorosa enquanto sua cabeça era inclinada para trás por dois vampiros. Um estava com o rosto enfiado no pescoço da jovem enquanto o outro mordia - lhe o pulso. O sangue escorria por seu queixo, manchando sua camisa.
Quando seus olhos se ajustaram a iluminação colorida do ambiente, a garota pôde perceber que cenas como aquela eram comuns. Vampiros se alimentando de moças, as vezes sozinhos ou em grupo. O mais chocante foi ver que em alguns casos se alimentar não era o bastante naquele lugar e o que deveria ser feito nos quartos do andar de cima, era executado ali mesmo.
Gwendolyn quis chorar com o pavor que lhe encheu.

— Eu sei. É horrível.

Observando Max, tentou imaginar se uma dessas coisas teria lhe acontecido. Ela desejou que não, mas o olhar triste que ela carregava lhe falou outra coisa.

— Onde estão as pessoas que vieram me buscar? — tentou deixar a voz firme.

Ambas encararam os vampiros e humanos presentes e nenhum deles lhes pareceu intrigado com as duas. Nenhum até um cara moreno, com olhos carmesim e uma tatuagem esquisita caminhar em direção delas.
  Não surta! Não surta! Não surta!

— Olha só o que temos aqui. Maxy. — o vampiro sorriu maliciosamente em direção à prostituta. — Estava lhe esperando, quanto tempo tem desde a última vez? Bem, Não importa. Vamos subir agora. — ele puxou o braço da mulher, fazendo - a largar Gwendolyn. — Mas se sua amiga quiser vir, não terá nenhum problema. — e ele piscou em sua direção.

Ela quis vomitar em cima dos sapatos daquele desprezível vampiro mas se conteve. Max a fitou preocupada, mas logo tratou de sorrir e por fim passou uma das mãos pelo peito do homem encoberto pela camisa.

— Acho que ela estará ocupada Jimmy. Que tal só eu e você? Para matarmos a saudade, amour. 

O vampiro sorriu antes de puxar a mulher para um beijo bruto. A jovem observou com o estômago revirando Max beija-lo de volta, não parecendo se incomodar quando ele começou lhe apalpar a bunda. Naquela altura tudo o que Gwen mais queria era desaparecer.

— Vamos logo.

— Claro. — Jimmy passou por Davis lhe lançando um olhar cheio de segunda intenção, enquanto puxava uma Max preocupada. — Apenas tente fazer o que eu lhe disse querida. Boa sorte! — quando passou pela garota, a prostituta a encarou nos olhos e sorriu tristemente, sendo levada para as escadas.

Quando Max sumiu do seu campo de visão, Gwendolyn tentou não entrar em pânico. Se misturar. Era tudo o que ela poderia fazer.
Criando a coragem necessária e repetindo mentalmente que mataria Riley, a garota começou a circular pela sala, sempre discretamente.  Em algum momento ela puxara um dos copos que algum garçom servia e o bebera de uma vez.
Com o copo vazio em mãos e começando a se preocupar com algumas olhadas de vampiros parecendo insatisfeitos, ela se encostou em uma parede onde as luzes coloridas a antingiam. E então ela esperou. Alguém já deveria estar procurando por ela, não era isso que Max havia lhe dito? Riley realmente a deixaria ali para ser uma bolsa de sangue?
Claro que sim. Pensou enquanto seu aperto no corpo se instensifcava. Ele deixou que Simon me atacasse. O filho da puta me quer morta!
Sentindo a raiva crescer, Gwendolyn levantou os olhos para a entrada do bordel no momento em que um homem entrava. Este era loiro, mas  na distância em que estava ficava difícil decidir se seus olhos eram vermelhos por causa do efeito da luz. Um arrepio a acertou quando ele pareceu cheirar o ar de um modo predatório.
Algo lhe disse que sua carona havia chegado e ela não gostara nenhum pouco.
Antes que se desse conta do que estava fazendo, Gwendolyn estava se afastando da parede e começando a recuar alguns passos quando aconteceu.  Suas costas encontraram um muro de pedra e ela gemeu com o impacto. O copo caiu e se espatifou no chão.
Apenas quando uma mão rodeou sua cintura, foi que ela soube que não era um simples muro de pedra. Novamente um vampiro.
Ele riu perto do seu ouvido, roucamente.
Davis estremeceu. Se virando rapidamente ela ficou atônita por um instante. Em sua frente, com toda certeza estava um vampiro. Este tinha os característicos olhos vermelhos, cabelos castanhos - que poderiam se assemelhar com a cor de mel - e a boca em um sorriso irônico.
Descendo o olhar, ela observou um colar em formato de V pendurado em seu pescoço. E sua mão... ela ainda estava em sua cintura. No delírio do momento, Gwendolyn quis morde- la  para tira - la de lá.

— Parece que encontrei o que estava procurando. 


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Notas finais do capítulo

Algum palpite para a identidade desse camarada do final? Tá muito fácil, eu sei.
Talvez o próximo capítulo demore um pouco para sair por conta da escola, mas juro que tentarei postar o quanto antes.
Sobre o capítulo: Desculpa mas preciso falar sobre a Max. Eu adorei escrever ela e garanto que mais para frente descubiremos mais sobre seu passado. O que será que ela tem com o Riley?
Fiquem atentas com os acontecimentos desse capítulo pois algo será revelado no próximo. Gwendolyn tadinha, perdendo a inocência ao chegar em um cabaré haha
Quem será esse cara que foi busca- la? Spolier: ele já apareceu nos livros e filmes!
Já terminando, peço para comentarem. Sério pessoal, quero muito saber as opiniões e saber se estou no caminho certo.
Obrigada por ler até aqui, beijos ♥



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