O Complô da Vida escrita por MymyK


Capítulo 1
O Complô da Vida


Notas iniciais do capítulo

Depois de dois anos shippando (acho que foi em 2016 que lançou o filme de Deadpool), cá estou eu postando uma one Spiderpool ♥
Boa leitura!



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Havia dado trabalho conquistar o Homem-Aranha, principalmente porque depois de se apresentar como Deadpool, o herói logo o reconheceu.

 

E Tony Stark havia enfiado na cabeça daquela criança que ele era uma pessoa perigosa.

 

Talvez seja. Mas as intenções do mercenário eram apenas uma amizade com a qual pudesse se divertir e esquecer um pouco da crueldade do mundo.

 

O Homem-Aranha era divertido e percebeu que o outro pensava o mesmo de si depois de um tempo tentando conquistar sua confiança.

 

O tempo que passavam juntos era cada vez maior. Às vezes não falavam nada, o mercenário apenas prestava atenção no jovem fazendo suas lições.

 

Nunca foi atrás do herói, estabeleceram, sem diálogos, que o topo daquele prédio era o local de encontro deles. E passavam o tempo jogando palavras ao vento, ou apenas aproveitando a companhia um do outro.

 

Jamais apreciaria aquela companhia novamente.

 

Foram anos de amizade até que Deadpool começasse a ver o Homem-Aranha com outros olhos. Talvez a idade do rapaz o impedisse, nunca soube dizer.

 

Entretanto, a partir do momento em que notou que tinha outros interesses no rapaz, não perdeu tempo.

 

Cantadas e mais cantadas. Não é necessário dizer o quanto o anti-herói falou daquela bunda, certo?

 

Mas apesar de ter o irritado várias vezes, na noite seguinte, lá estava o herói.

 

Jamais iria ver os olhos do outro revirando e sua expressão irritada com suas cantadas.

 

Nunca passou de cantadas e alguns mimos, jamais tocou aquele corpo sem que o outro quisesse. Sim, o próximo passo veio do herói.

 

Apenas os lábios longe do tecido das máscaras, ansiava por aquele beijo mais do que esperava.

 

Jamais tocaria aqueles lábios novamente.

 

Se sentiu tão feliz quando lhe foi revelado o rosto que não conhecia, mas amava do mesmo jeito. Sentia-se um passo mais próximo.

 

Todavia, discutiram logo em seguida, Deadpool se recusava a mostrar seu rosto. Era uma troca justa, mas o anti-herói persistiu com sua ideia.

 

O mais novo não continuou a discussão, ainda se lembra de suas palavras ao encerrar o diálogo.

 

— Eu já entendi que não gosta das cicatrizes que diz ter em seu rosto, não vou mais insistir. Mas eu vou continuar gostando de você independente de como for seu rosto, porque eu não estou gostando de você pela sua aparência.

 

Em compensação, o rapaz nunca mais mostrou seu rosto. E em duas semanas, o outro tomou coragem para retirar sua máscara. Apresentaram seus verdadeiros nomes, se aproximaram um pouco mais.

 

Jamais veria aquele rosto novamente.

 

Aos poucos começaram a saírem sem uniformes. Não era mais o Homem-Aranha e Deadpool. Eram apenas dois civis comuns: Peter Park e Wade Wilson.

 

As memórias de quando conheceu aquele corpo por completo veio a tona.

 

Jamais tocaria aquele corpo novamente.

 

Quantas vezes havia arrancado-lhe um sorriso com suas estúpidas falas que nem compreendia como o outro via graça?

 

Jamais veria aquele sorriso novamente.

 

Viu a pele de Peter envelhecer e enrugar. Viu aquele cabelo de coloração castanha tornar-se grisalho.

 

Acompanhou Peter em sua primeira visita ao oftalmologista, que resultou em um óculos que não esperava ver naquele rosto e ao otorrinolaringologista, que lhe resultou em um aparelho de ouvido, este sim era um resultado que nunca esperou.

 

E mesmo com a diferença nas aparências, não se importava em continuar do lado do herói aposentado.

 

Amava Peter Park.

 

— Eu também te amo, Wade.

 

Jamais ouviria novamente que seu sentimento era recíproco.

 

Eram tantos “jamais” que lhe irritavam e machucavam profundamente.

 

Wade olhou para o túmulo a sua frente e suspirou tentando controlar sua vontade de quebrar a lápide.

 

Ser imortal não era uma merda.

 

Ser o único imortal e ver pessoas amadas partirem era uma merda.

 

Sem muito se importar, sentou-se no chão e deixou algumas lágrimas caírem.

 

Esperava não parecer um louco desfigurado e ser expulso dali. Apenas queria um pouco de paz para processar a situação.

 

Porque o luto é um processo pelo qual esperava passar, mas não esperava também querer passar pelo processo de morte.


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Notas finais do capítulo

Sofreram? Então, eu ainda tô meio na vibe da morte do neném de guerra infinita, por isso acho que saiu isso.
Enfim, muito obrigada por quem leu, apesar de curto eu quis postar rç



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