Reinos Esquecidos escrita por Dáriojns


Capítulo 9
Capitulo 9 - Subindo O Nível


Notas iniciais do capítulo

Após uma reunião peculiar com uma deusa, e quase terem morrido nas mãos de um lunático. Fernando como Taúz, Rafael como Durgar e Gilmar como Alabaster, finalmente podem parar, descansar e evoluir suas habilidades, porem eles não foram os únicos que evoluíram.



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Eu me vejo, no grande Alabaster, sentado debaixo de uma cachoeira em uma posição de meditação, águas claras passam por mim. O cenário emana paz e sons provenientes da própria terra. Começo a sentir turbulências, afetarem tudo ao meu redor. A água que passa por minha pele, fica negra e suja, o vento fica forte e seco. O ambiente vagarosamente começa a ficar morto. Uma voz grossa cheia de estalos e guinchos fala na linguagem Orc.

— Você é filho do caos, você é a cria de Gruumsh...

Sinto uma terrível pressão espiritual sobre meu ser e lutando para me manter na mesma posição respondo.

— Eu... não pertenço a Gruumsh. Eu pertenço a mim mesmo... Eu sou livre.

A pressão fica pior falando de forma prepotente e quase me faz perder o ar, fazendo meu corpo ceder e começar a ficar curvado. Ela diz:

— MALDITO VERME INGRATO! Admita que sentiste prazer ao golpear e sentir o sangue do seu inimigo! - Eu vejo o momento que ataquei o arqueiro drow. - E mais ainda a gloria de lutar e não parar! Mas em vez de gloria pela vitória, foi atacado pelos aliados e tratado como lixo, por MAIS FRACOS QUE VOCÊ!

A força do ódio quis tomar meu ser. Achei que seria pressionado por ela. Num instante sinto uma gota de chuva cair na minha pele e paro para escutar o som de chuva e da natureza novamente. Cada parte dela me encharcando com o Shí da Natureza e fortalecendo meu espírito. Meu corpo reage, se elevando com a força de uma tempestade contra a voz e influência de Gruumsh.

— Minha força não é mais de um bestial para ser influenciado pelo caos, Gruumsh! Agora meu espírito se eleva com o Shí que recebo da Natureza! E finalmente, sou livre, de você!

A presença recua, a medida que o som de chuva e água corrente aumentam.

— Você será meu, verme insolente... Você será meu...

Assim vagarosamente abro meus olhos deste sonho, estou encostado na carroça e percebo que uma chuva leve caie do lado de fora. Olho para os céus e agradeço pelo chuva, analiso meu mar interior, ele cresceu um pouco mais, misturado com o shí elemental da água. Sorri por um instante e falei suspirando.

— É... parece que subi de nível. - A carroça balança mais uma vez e volto a cochilar onde estava.

Acordo novamente e dessa vez, estava só na carroça. Já é noite, escuto sons de pessoas conversando e se confraternizando do lado de fora, a chuva já tinha passado. Quando saí vejo o acampamento já formado, as carroças alojadas em circulo, cavalos amarrados não muito longe de suas carroças, 3 fogueiras no centro do acampamento com pessoas do batalham do exercito do contratante, 4 fogueiras do lado de fora do circulo feitas pelos aventureiros e seus grupos. Próximo a nossa carroça estava meu grupo sentado, com a Luna bebendo uma caneca grande de cerveja, o magozinho do fogo com cara de bunda olhando pro fogo e extremamente envergonhado, Durgar tocando um violão e Taúz afiando suas adagas e mexendo em frascos verdes.

Ao me ver Taúz fala sério.

— Boa noite bela adormecida...

Então meu grupo notou minha presença e Luna estava bêbada.

— Io! Io! Voxe Durmiu Pacaaas!

O mago do fogo puxa seu capuz para o rosto mais envergonhado ainda.

— Então Gil... - Durgar olha rápido para Luna – Alabaster.... Voltas-te do mundo dos sonhos?

Eu fico confuso com o comportamento de Durgar, mas, respondo sem jeito.

— Ar... Não pensei que estaria tão cansado.

Eu me sento no circulo e percebo que o mago ainda esta tremulo. Eu não sei por que o soltaram, mas seja como for, estou feliz que não esteja pulando e tentando me matar.

— Parecia até uma boss fighting. - Disse em desleixe.

Luna, Durgar e Taúz reagiram a esse comentário exceto o mago que só pareceu confuso. Luna olhou severamente para mim com seu olho esquerdo e disse.

— A monge... - Disse Luna me observando com seu olho bom - Você e seus termos monásticos...

Eu olhei para os outros e eles pareciam extremamente controlados, Luna era a razão disso tudo. Taúz suspirando, sussurrou para mim.

— Mantenha o personagem... por enquanto...

Luna tomou um grande gole de sua caneca e quase caiu , mas falou cambaleante!

— Ar! Isso que é bom depois de uma boa luta, uma boa caneca de cerveja! Revigora as forças para o nosso desafio! Tome também, monge! - Disse empurrando uma caneca para mim.

Eu meus amigos esperando alguma salvação, mas eles simplismente viram o olhar. Eu pego a caneca e respondo quase gaguejando.

— O... Obrigado, Luna.

— Isso! Vamos nos alegrar.

Ela brinda minha caneca e bebendo a ultima dose. Como virou a caneca, assim foi caiu inconsciente com um sorriso bobo no rosto. É uma cena curiosa no mínimo. Eu bebi ainda um tanto confuso da situação, e a cerveja nem era tão forte.

— Parece que estamos todos bem então. - Disse olhando para bebida.

O mago de fogo reagiu a queda de Luna, mas ainda me olhou envergonhado. Eu dei de ombros e apenas falei.

— Ar ela não devia beber assim...

— A... é mesmo... - Disse sem jeito.

Eu o observei mais um pouco. Ele parecia apenas um jovem assustado e ansioso. Ele era completamente o que eu sou dia à dia sem ser o Alabaster. Então... meio que senti uma empatia com o garoto.

— Ar... Olha cara... Sobre antes, sem ressentimentos, okey?

Assim que falei isso ele olhou em meus olhos e com um brilho no olhar disse.

— S... Sim! M... me desculpe senhor Alabaster eu... eu fiquei extremamente amedrontado depois da luta e por alguma razão perdi o controle. - Disse ainda um tanto ansioso.

Durgar que tocava o violão o cortou falando como um velho experiente na magia.

— O nosso inimigo o encantou com [Medo]... Por isso o espírito dele ficou ainda suspenso pós batalhar...

Os olhos do rapaz olhavam de canto de olho envergonhado por ter caído em um encantamento tão leve. Eu meio que me identifiquei mais ainda com o rapaz. As coisas fizeram sentido, ele ficar daquela forma. É estranho ver as consequenciais de uma falha de teste de [Medo] na vida real. No livro de regras dizia que apenas o personagem perdia algumas ações e ficavam sem um turno, no máximo que acontecia era a personagem fugir, mecânicas que só cumpríamos por regras, mas ver o tamanho choque que ele sofreu, me fez perceber, que até magias simples como [Medo] eram cruéis.

— Oh... Isso explica muita coisa...

— M... me desculpe novamente senhor! Por causa da minha falha eu quase... quase...

— Ora garoto não se culpe. Ele já deve estar acostumado. - Disse em tom de deboche o cocheiro.

*TIM!*

Um golpe de metal batido, vindo da pedra que o Taúz usava para amolar sua adaga, junto com os  olhares assassinos de Durgar e Taúz, fizeram o velho se calar. Eu apenas continuei.

— Não se preocupe. Ãn...

— Ah! Meu nome é Fargus Twilight. - Disse até mais animado.

— Pois então Fargus, não ligue para isso. Conheço efeitos de [Medo] muito bem. - Disse encerrando esse assunto e bebendo minha caneca.

O alivio surgiu era perceptível em Fargus, junto com um sorriso de admiração. Ele quase em saltando, falou.

— Muito obrigado senhor! Muito obrigado!

— Não por isso, rapaz. Passado é passado.

Ele pegou minha mão e ficou agradecendo ferrenhamente. A Luna que estava no chão sorrindo respondeu com um.

— Iuc! Isso é um amorzinho...

Nos entre olhamos e ele logo falou em resposta.

— Acho melhor eu a ajuda-la a ir para cama...

Ele pegou a Luna e foi a levando para dentro da carroça o cocheiro resmungou algo.

— Huf... primeira vez que vejo um bárbaro perdoando tão rápido alguém.

— Acabar com conflitos internos é o melhor, assim vamos poder lutar lado a lado de novo. Se os mantivermos, seremos derrotados antes que a batalha comece. - Disse Taúz citando algo de Arte da guerra.

O cocheiro ficou mais emburrado e logo bebeu mais um bom gole de sua bebida, se retirou para dormir. Quando ficamos nós três na fogueira, Taúz continuou.

— Ar... agora podemos falar tranquilamente.

— Pois é Luna é muito insistente com essa coisa de atuação. - Disse Durgar pondo o violão no solo.

— Imaginei... então tirar alguma coisa dela, sobre a nossa situação, é inútil? - Disse eu bufando de frustração.

— Não só isso, quando tentamos, Tymora age.

Um vento passa pela fogueira e um criptar, parecido uma moeda cintilando foi ouvido. Um arrepio subiu minha espinha com esse "aviso" da deidade.

— Urg... E pra piorar senti a influencia de Gruumsh a pouco... - Eles me olharam – Tentou me corromper igual aqueles Orcs, mas eu upei de nível e ganhei dele.

O Taúz remexeu a fogueira e fala sem sentimento.

— Durgar e eu também upamos, ao que parece. - Ele olha para a adaga e ela brilha em tom esverdeado – Duas divindades interessadas nessa missão, um exercito armado, Carroças vazias... E o capitão desse grupamento. - Olhou firmemente o horizonte - possuía uma katana.

— Katana!? Isso é incomum pra Faerun?! - Perguntei surpreso.

— É ele parece um samurai X de armadura. Só que não parece saber nada. Ele não reagiu a meus argumentos mundanos como a Luna. - Ele ficou em silêncio por um tempo e depois disse – Mas eu ainda não entendo a conexão de deuses, nós, e esse pelotão tão armando indo em direção as ruínas de Ao!

Assim que ouvi esse nome algo ativou a memória do Alabaster, não sei o que era, me soava extremamente perigoso, porem Durgar simplesmente bufou em desgosto ao perceber.

— Faz sentido... Agora as coisas vão esquentar- Eu e Taúz voltamos nossa atenção a ele – Esse lugar é ninho do Horkos, o Porteiro Jurado.


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Notas finais do capítulo

Olá possível e milagroso leitor que os bons ventos de Nyah Fanfiction trouxeram. Eu sou o escritor beeeem atrasado e parado. Fiquei preso a outras questões e não tinha inspiração para continuar a historia. Desculpe o vacilo espero que gostem e valeu^^



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