Reinos Esquecidos escrita por Dáriojns


Capítulo 7
Capítulo 7 - Tymora


Notas iniciais do capítulo

NOTAS
Retrospectiva… Todos estão num grande salão branco e nas suas formas naturais.

Fabiano:
Garoto alto de cabelos rasos e loiro. Possui um nariz protuberante e pele bem pálida, agora esta vestido uma calça jeans e duas camisas. Parece ser alguém tímido e calado, mas possuí um temperamento forte.

Rafael:
Garoto de estatura baixa e cabelos ruivos lisos, possui pele clara e poucas sarnas. Está vestindo uma calça jeans cheia de bolsos e também uma camisa quadriculada verde com mangas até o pulso. Sempre gostou da classe mago, dificilmente perde seu foco e postura mas assim que perde…

Gilmar:
Um rapaz alto e afrodescendente, cursa é fã de bons desafios. Dentre os três é o único que não trabalhava, veste uma camisa da banda Kiss e bermuda. Tenta sempre ser ponderado.

LUNA:
A Garota de armadura prateada, cabelos azuis e mecha vermelha. Cleriga da deusa Tymora e parece ter alguma conexão com o mundo dos garotos.

Tymora
Deusa da sorte, fortuna, proteção, viagens e aventuras do universo de Forgotten Helms. Sua tendência é Caótica-Boa e seu símbolo são moedas com sua face. Adorada por ladinos, bardos e viajantes. Seus seguidores tendem a deixar o Caos os guiar pois Tymora guiará seus caminhos para boa fortuna.



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— O que foi? O gato comeu suas línguas? - Pergunta com o rosto sapeca, a menina de cabelos dourados.

— Vo… Vo… Você é a Tymora!? - Pergunta, estupefato, Rafael.

— A Deusa da sorte? - Diz Fabiano perguntando para Rafael.

— An… Achei que você seria mais… velha. - Eu falei sem notar, surpreso no chão.

A Tymora, fez um beiço de criança e falou levemente emburrada com a cabeça apoiada em suas mãos e cotovelos sobre os joelhos.

— BUHH! Achei que suas expressões fossem mais divertidas. Bem que podia aparecer naquela forma pra vocês, mas…

Tymora girou seu corpo no banco ficando sentada de ponta cabeça e esperneia.

— Aquela forma é muito séria! E não estou muito interessada a aparecer assim pra visitantes de outra terra.

Nesse momento todos nós gelamos a espinha. O que passava em meus pensamentos e acredito nos dos outros dois era a parte final de sua frase. Fabiano soltou sem perceber.

— Visitan..te?

Nesse momento ela deu um sorriso largo e girou novamente, só que, dessa vez a poltrona sumiu no giro e ela ficou deitada no ar com a cabeça apoiada nas mãos e olhando para nós, disse.

— Isso mesmo garoto rude!

Ela aponta para Fabiano que é puxado no ar para próximo dela, ela toca em seu nariz com a ponta do dedo e fala.

— Vi – Si – Tan – Tes!

Depois de terminar de tocar em seu nariz ela some e o Fabiano cai no chão soltando alguns gritos desengonçados. Eu começo a me levantar assustado e indo ajudar o Rafael que parece em choque. Fabiano falou meio irritado.

— O que você quer dizer com isso?!

Ajudei ao Rafael a levantar, ele parecia extremamente pálido.

— Rafael! Vamos, se levante!

— An? Gilmar? Quer dizer que tudo não era um jogo?...

— Rafael…

— Quer dizer que aquelas pessoas…

— Rafael! - Eu sacudi com força o pequeno garoto cheio de lágrimas nos olhos e disse – Aquilo é o que esse mundo é! Nossas outras formas fizeram o que tinha que ser feito! Ou eram eles… Ou nós essa é a verdade.

Ainda, por alguma razão, a sabedoria de Alabaster perecia fazer efeito em mim. Sentindo de leve como se o próprio Alabaster estivesse falando por mim e também me ajudando a recobrar um pouco da calma. Meus pés não paravam de tremer. Nisso escutamos a voz da Tymora de novo.

— Oh! Parece que ainda tem um pouco de Faerün em vocês. - Dizendo bem risonha a voz por todos os lados.

Fabiano irritado perguntou alto.

— Foi você que nos trouxe pra esse mundo?! Assim como a Luna!?

Tymora responde geniosa.

— Nana nina não menino rude. Não confunda minha querida Luna com o caso especial de vocês. Eu não trouxe NINGUÉM para cá. Vocês vieram sozinhos. Eu não tive nada a ver com a brincadeira de vocês, até agora.

Tymora parecia se mostrava alguém brincalhona e enquanto falava conosco parecia não levar nada a sério. Sua personalidade e aura realmente emanava algo como uma inocência infantil traquina. Mesmo assim, ela era uma deidade “Porque interagir tanto conosco, tão intimamente” era o que passava em meus pensamentos. Enquanto pensava sobre isso, ouvi um sussurro no meu ouvido.

— Porque é divertido.

Me virei rapidamente e lá estava a Tymora de novo como uma criança com um sorriso maroto e olhos semi-fechados, satisfeita com meu susto exagerado e dos outros garotos. Ficamos em silêncio e ela começou a falar de sua curiosidade.

— Uuummm Kyaai! Seu mundo é muito divertido! Sempre tem alguma coisa acontecendo, informando é um Caos divertido! Ainda mais naquilo que vocês chamam de Internet… ARRR eu vivi milhões de anos e nada é tão prazerosamente caótico, quanto a Internet. Me viciei em vários... programas? falei certo, né? E os seus… Como chama? Anoma… Onima… Inamo… - Batia o beiço com a ponta do indicador enquanto pensava na palavra que procurava.

Ficamos meio boquiabertos com a total perda de noção e quebra clima que aconteceu. Ela parecia uma colegial de uns 12 anos, super entusiasmada com o seu celular novo. Falamos ao mesmo tempo e estáticos.

— Anime?...

Ela ouvindo isso, arregalando os olhos, abrindo seu grande sorriso e batendo palmas, disse.

— Isso! Animes! Que cultura mais caótica essa que fazem esses tais Animes! Amei todos eles!

Eu e os outros nos olhamos e começamos a conversar entre nós.

— E aí? - Perguntei para todos.

— Não olhe pra mim! Nunca me encontrei com um deus antes! - Disse Rafael.

— Vá lá Rafael, você é o que mais sabe desse mundo, de qualquer forma. - Disse Fabiano rigidamente – Fala o que pode conhecer, dessa daí!

Olhamos para a Tymora e ela agora estava ainda pulando e saltando enquanto moedas do tamanho de um prato flutuavam ao seu redor revelando imagens de animes e séries do nosso mundo.

— Parece que ela tem alguma ligação com nosso mundo – Continuou Fabiano.

— Eu… Eu não sei. Ela é uma deusa no fim das contas, mas esse mundo não é o jogo, não segue regras de um sistema travado, eles estão vivos… - Disse Rafael ficando nervoso – E quando… Ar – Ele começou a respirar mais forte – Ar… E se ela não for… Ar uma deusa boa? Eles ainda seguem isso? Será que meu eu normal tem carisma alto?

Percebendo que ele estava perdendo o controle. Dei um tapa em sua cara. O estalo ecoou, ele ficou irritado e disse.

— Porque você me bateu!? - olhando furioso para mim.

— Agora você está focado de novo! - Disse sorrindo.

Ele relaxou os punhos e respirou fundo.

— Olha Rafael, seu conhecimento de jogos revelou ser muito útil nesse mundo. - Pus a mão em seu ombro - Tudo aconteceu seguindo essa lógica. Se esse mundo é real, ou se é inventado. O importante é que as regras que conhecemos ainda valem aqui.

Ele olhou pra meu rosto mais tranquilo e só falou.

— Ar… Gilmar, você pode ser um filhinho de papai preguiçoso.

— Hey!

— Verdade dos mais almofadinhas – Completou Fabiano com desdem.

— Mas o que?

— Mas sempre sabendo o que falar nessas horas. - ele levantou o rosto mais confiante.

Não sei o que viria, mas sei que eu e meus amigos passaríamos por cima. Esse clima de camaradagem foi quebrado pela deusa criança.

— Hum… Que desenrolar interessante.

Tymora agora nos observava sentada numa almofada flutuante de Pokemon, óculos quadrados, cabelos num coque segurado por um lápis, no lugar de seu vestido usava uma camisa larga com uma personagem de Game Of Trones. Ela estava comendo pipoca. Com isso ela destruiu completamente o clima. Rafael levantou a cabeça e a perguntou.

— Vossa Deidade… Mesmo não tido sido você, que nos trouxe aqui, pode nos levar de volta? - Ele fez uma reverência, eu e Fabiano o imitamos.

Ela fez uma cara de entediada e disse.

— Hum… Isso da muito trabalho…

Ela quebra muito o clima… Sério.

— Mas não poderia fazer nada. Mesmo que eu quisesse.

Nós a olhamos confusos.

— Como assim? - Perguntou o Fabiano já se levantando.

— Você tá me enchendo com essa falta de educaçãaaaoooo.

Ela falou de forma preguiçosa e acenou a mão para baixo na direção do Fabiano. No mesmo instante ele foi jogado no chão e mal conseguia falar, visivelmente a gravidade foi aumentada para imobilizá-lo. Eu saltei com o susto repentino porém o Rafael ficou na mesma posição.

— Perdoe a irreverência desse mortal, apenas assustou-nos ouvir que até mesmo a grande deusa da sorte Tymora não poderia nos socorrer.

Ela ficou olhando para o Rafael e seu olhos brilhavam, parecia ver alguma coisa nele.

— Hum… Você fala bem homenzinho… - Ela solta o Fabiano que esta sem forças e não se levanta. - Não tem o que fazer no caso de vocês… Vocês são visitantes, da guarda de outro Deus. E vieram por vontade própria, para cumprir alguma missão… - Ela parecia se animar a cada fala. - AI! Que aventura! Heróis de um mundo distante, invocadas para viver uma aventura e matar o Rei Demônio!

Ela é uma grande Otaku fan de Isekai? Estamos bem servidos mesmo...

— Mas você não se conectou com nosso mundo agora pouco? - Disse Fabiano tentando levantar.

— Hum… - No mesmo instante a gravidade aumentou novamente nele.

Rafael fala em seguida.

— A vossa excelência não estava conectada agora no nosso mundo?

Ela seu largo sorriso despreocupada e disse.

— Isso se deve a minha favorita que eu conectei a esse mundo.

Eu falei por relance.

— Mas você disse que não trouxe ninguém pra cá…

Ela olhou pra mim e gelei, mas ela continuou sorrindo e falou.

— Isso mesmo, tímido sábio… Eu não trouxe ninguém, porque a Luna de vocês não está nesse mundo. Nem a minha Luna está no mundo de vocês.

Nós ficamos confusos com essa explicação enigmática e a Tymora ficou muito feliz em ver nossa cara de confusa.

— Isso não faz o menor sentido! - Gritou Fabiano se esforçando.

De repente sua pressão pareceu aumentar.

— Garoto rude, lógico que faz sentido! Assim como vocês em parte estavam nesse mundo e em parte estavam naquele mundo! Até que através daquelas chaves vocês se tornaram um com ambos os seus eus. A Luna é como vocês só que no momento ela ainda está lá e a sua “eu” de Faerün está aqui.

Uma moeda grande flutuou na mão dela e rapidamente pude ver uma garota de frente a um computador com uma tela de chat a sua frente, mas rapidamente ela girou novamente e voltou a ser uma moeda com a imagem da Tymora adulta. Com isso muitas informações foram dadas, e ainda estávamos muito confusos, mas a mais importante foi a que fez todos nós falarmos espantados.

— Chaves? - Dissemos.

Tymora sorriu ainda mais e libertou o Fabiano que levantou apenas o rosto.

— Ahhh vocês são atentos!!! Eu gosto disso, deixa tudo mais divertido!

Assim que ela largou o Fabiano a sala tremeu e pareceu se desestabilizar. Nossas silhuetas formavam piscando as formas de Alabaster, Durgar e Tauz.

— Sim as chaves que vocês usaram para vir pra cá. Dadas pelo real autor dessa aventura. - Ela olhou para o Fabiano – Seu tio quer muito recuperar o que perdeu, menino rude.

Fabiano franziu o rosto e berrou.

— O que você quer dizer!?

Nossos ferimentos reapareceram e a realidade começou a se mesclar com a antiga cena que estávamos, Tymora desapareceu, mas ainda escutamos sua voz.

— Parece que meu tempo de conversa acabou rapazes! Fique alerta, filho de Faerün, o caminho desta campanha que vocês tomaram os levará para a chave para os retornar para aquele mundo em que estavam… Mas não se engane, menino rude… Você já está no seu lar.


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Notas finais do capítulo

Po quem nunca numa mesa encontra com uma divindade logo depois de completar a missão e querer rotar por um caminho nada haver com a historia do mestre?
Fala aí. XD.



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