Estava correndo, eu estava atrasada para a primeira aula de quadribol com Scorpius de manhã no sábado, era muito cedo mesmo, tipo 5 da manhã, ele ama acordar cedo, e eu até acordo cedo, mas meu limite é 7 horas.
— Roseeeee, você está atrasada.
— Ahhhh Scorpius, calma aí né? São 5:10, eu só me atrasei 10 minutos.
— 10 minutos é muito tempo.
Ele diz colocando as mãos na minha cintura. Me surpreendi, ontem ele havia me beijado e falado para eu vir aqui para minha primeira aula de quadribol. Hoje, ele coloca as mãos em minha cintura.
— Você é muito chato!
— E você muito atrasada e dorminhoca.
Ele me deu um selinho, eu tenho certeza que estou corada.
— O que foi?
Ele me perguntou.
— O que nós temos?
Fui bem direta.
— Tenho pensado nisso a noite todinha.
— Eu já sei o que a gente pode fazer.
— O quê?
— Aqui não tem muito sentimento, tem?
— Não?
— Não! A gente pode ficar sem compromisso, e sem falar para ninguém.
— Isso pode ser uma boa...
— Quando der vontade...
— Ou quando estivermos na seca...
— Mas podemos ficar com outras pessoas
— Sim.
— Fechado Malfoy!
— Fechado Weasley!
Subi na minha vassoura e obedeci todos os exercícios que ele mandou eu fazer, eram 6 da manhã, já não aguentava mais. Quando ele me mandou subir de novo na vassoura eu quase lhe dei um soco, estava muito cansada.
Depois quando ele disse que tínhamos acabado, finalmente, eu decidi que eu estava com vontade.
Porque naquele momento os lábios dele pareciam tão macios e convidativos?
Então, em uma atitude precipitada, eu o beijei. E realmente fiquei satisfeita com o que senti naquele momento, era como se ele fosse um lugar totalmente desconhecido, e caso eu não descobrisse tudo, eu ficaria
louca.
O beijo foi se apronfudando e deixou de ser simplesmente um desejo lá no fundo e virou um desejo indispensável, urgente. Mas ouvimos alguém gritar.
— Scorpius! Meu amor!
Ela estava longe, sabia perfeitamente quem era. Por saber que estava longe, nos separamos devagar e acabei colocando a cabeça em seu peito, em sinal de desapontamento.
— Vou para o vestiário!
Eu disse para ele.
— Desculpe Rose.
— Tudo bem. Nos vemos hoje à noite?
— Na verdade, eu queria falar com você sobre...
— Scorpius, meu amor!
ELA gritou chegando perto, caralho, porque não fui embora antes.
Natalie Pons era louca por Scorpius, eu tinha certeza que eles já tinham ficado, e ela me odeia, brigamos muito, ela vive me chamando de sangue-ruim.
Loira, alta, esbelta, magra, olhos azuis, cabelo liso, sem espinhas e peituda. Isso a resume, quando éramos menores e eu ainda não tinha peitos, ficava com muita inveja dela, por conta dela ter, mas agora eu tenho,toma
sua vaca!
— Natalie, o que aconteceu?
Scorpius diz, percebo raiva em sua voz.
— Eu só queria saber se você queria tomar uma cerveja amantegada hoje comigo.
— Ahhh, sabe o que é!?
— Hummm?
— Eu vou sair com a Rose!
— Oi!?
— Isso mesmo eu vou sair com ela, porque eu quero!
Ele me encara, isso vai dar merda, não podia ter sentimentos.
Natalie borbulha de raiva, hahaha, se eu não estivesse
preocupada de ela contar algo sobre mim e Scorpius à alguém, eu iria rir da cara dela.
— Eu não acredito que você vai sair com essa sangue-ruim, nerd e feia, e não vai sair comigo!
Eu reviro os olhos com o sangue-ruim, a alguns anos atrás, mamãe havia me explicado como agir diante dessas atitudes, apenas finja que nada está acontecendo. Ela ensinou isso a meu irmão e a meu pai, mas eles não conseguem seguir isto.
— Tudo bem, vou fingir que você não disse isso, se você for embora agora, sua nojenta.
Ele disse, eu decidi que não faria nada, desta vez, com essa idiota. Então tomando essa "comida de rabo" do Scorpius, ela foi embora.
— Então Rose Weasley, aceita ir tomar uma cerveja amantegada hoje à tarde?
— Bom... eu aceitaria se não fosse por dois motivos:
a) preciso comprar a minha máscara.
b) como vamos nos esconder? Você sabe que ninguém pode nos ver.
— Você está certa, mas podíamos nos encontrar em outro lugar.
— Onde?
— Não sei, talvez um lugar trouxa...
— Não sei não... acho melhor não, até porque tenho mesmo que comprar a minha máscara e você não pode verrr...
— Ahhhhhhhh...
— Não fique decepcionado, sei que estava muito a fim de me beijar, sou irresistível.
— Kkkkk, Weasley, não se ache tanto. Acho que vou ir chamar a Natalie então...
Ele fala com aquele sorrisinho sarcástico que me deixa maluca, tentando me deixar com ciúmes, hahahaha, é deu certo.
Eu o beijei, um beijo repleto de paixão e desejo. Porém o corto no meio, só para provocar e depois sair. Mas sem antes falar:
— Agora vai, então, procurar a Natalie.

Chego no meu quarto, todas estão dormindo. Decido que iria ler e responder a carta que minha mãe havia mandado ontem, quando sai da ala hospitalar, entretanto não tive tempo de ler.

Querida,
Como você está? Com muita dor? E você sente tontura? Por favor, querida, qualquer coisa que sentir nos avise ou avise a enfermeira. Não esconda nada. Tudo é perigoso. Nos desculpe, não conseguimos ir visita- la. Por mais que tentamos, foi uma semana muito corrida e também Minerva não nos deixou ir, alegando que você não estava em estágio de risco kkkk. Somos pais desesperados, admito, lembro de seu primeiro banho com seu pai, imagine só, foi um completo desastre. E como está Hugo? Ele não me fala nada ultimamente. Eu e seu pai temos uma festa para ir este final de semana, queria a sua opinião sobre qual vestido seria melhor! De uma olhadinha e por favor me escreva logo!
Beijos, da sua querida e amada mãe.

Retirei duas fotos do envelope, em uma tinha um vestido azul com um pouco de renda, sem acentuação no corpo e no outro, preto, era super acentuado e tinha certeza que ficaria ótimo nela.

Mamãe,
Eu adorei a segunda opção, o vestido preto, na minha opinião irá marcar mais seu corpo, e ficará muito lindo, com certeza. Use aqueles sapatos de que você gosta muito, pretos e altos, ficará maravilhosa mãe. Hugo está bem, mãe acho que Hugo gosta da Lily, não conte a ninguém, acho que nem eu nem você poderíamos saber disso. Eu tenho um negócio para te contar, mas vou esperar para ver o que vai dar, para saber como vou te contar. Eu estou bem, apenas com um pouquinho de dor.
Beijos te amo, mande um beijo ao papai e para todos aí.

Coloquei debaixo do travesseiro, e fui tomar banho, estava muito fedida. Deus me livre.
Tomei banho escolhi a roupa, uma calça jeans, uma blusinha fininha em cima de uma regata, pois aqui dentro de Hogwarts tem um feitiço aquecedor, vesti isso com a ideia de subir aqui de novo para acabar de me vestir (com os casacos) e pegar o dinheiro. Decidi deixar meu cabelo natural e passar apenas rímel e um baton vermelho. Assim, eu não era a menina mais bonita, mais cobiçada ou a mais popular. Porém já tinha ficado com um pouquinho de gente, e eu conseguia pegar pessoas em festas, essa era a verdade eu gostava de beijar, amava.
Decidi ir acordar a Aline.
— Oiiii.
Dei um peteleco na cabeça dela, ela se virou de lado, mas nada. Decidi não ser mais tão delicada, dei um tapa na cabeça dessa idiota. Ela era loira e tinha olhos acinzentados. Típica Malfoy.
Dessa vez ela acordou e gritou:
— Sua chataaaaaa...
— Ahhhhhh desculpa princesa, mas já são 8 da manhã, acha que até quando vai ficar morta aí babando.
— Eu não babo.
— Tá... sei... vai tomar banho. Sua fedorenta.
— Ihhhhhhhh nossa tá engraçadinha hoje, será que tem alguém ansiosa para a festa hoje?
— Simmmmm
— Obaaaaa, vou tomar banho e depois vamos ir comprar as máscaras, ok?
— Okkk, mas antes vamos tomar café, estou morta de fome.
Eu era uma típica Weasley, muita fome. Eu não havia comido nada, antes de ir para o "treino de quadribol com Scorpius. Eu estava quase desmaiando de fome.
Então, pensei em outra coisa, ao invés de comida. Como eu e o Scorpius podíamos ter uma "relação"?
Acho que desde pequenos sentimos algo um pelo outro. Mas não sabíamos aí certo o que era. Eu não quero e não vou assumir o que sinto por ele nunca. Será algo passageiro, já que pode ser que ele esteja zuando com a minha cara. Vai que seja...
Enquanto estava pensando no meu dilema, Aline acabou de tomar banho, se vestiu e estava pronta na minha frente.
— Psiuuuuuu, querida, minha flor, vamos ou vai ficar sonhando com Scorpiusinho para sempre?
Tentei recordar se havia deixado escapar algo de nossa relação e lembrei da briga que tive com Scorpius sexta à noite (ontem).
— Não há nada entre nós.
— ATA.
— É sério.
Ela me olhou com aquela cara de "sei". Estávamos discutindo a caminho do Salão Principal.
— Aline pare de ser chata.
— Aonde você estava hoje de manhã, em mocinha!?
— Ahhhh, na biblioteca é claro!
— Ás 5 da manhã?
— Perai como você sabe que eu saí, exatamente, às 5!?
— Ahhhh... tenho um sino leve e você bateu a porta... então... Eu acordei.
Não falei mais nada, nem ela. Sabíamos que estávamos mentindo uma para outra. Mas eu não podia contar para ela, eu realmente não podia. Portanto, mesmo sabendo que nem aqui, nem na China, a Aline tinha sono pesado, eu decidi não falar nada. Porque não queria entrar em detalhes sobre minha saída matinal.
Entramos no salão, e já vimos a nossa "turma". Eu sentei na frente de Dominique, Aline do meu lado e James na sua frente. Do lado de Dominique estavam Hugo e Lily, lado a lado, do meu outro lado estavam Fred e Lucy.
Todos conversavam , animadamente, sobre tudo, Natal, feriados, matérias e família. Eu só comia, eram 9 da manhã eu estava acordada desde às 5 da manhã e não havia comido nada. Depois de um tempo vi Albus se aproximando com Scorpius e Zabini, pronto, lá vem.
— É aí família?
— É aí gente, bom dia?
Zabini falou. Scorpius chegou me empurrou e empurrou Aline sentando entre nós. Ele era irritante, mas beijava muito bem.
— Sai daqui idiota!
Aline disse. Scorpius deu um beijo no topo de sua cabeça. Pegou seu copo e acabou de beber o que havia lá.
— Bom dia povo!
Scorpius disse.
— Estava bom até você chegar.
— Hahahaha Rosinha, até parece... até parece.
Fiquei corada.
— Enfim, estava pensando de depois que cada um comprasse suas máscaras, a gente fosse tomar uma cerveja amantegada.
Ele continuou.
— Você também vai comprar sua máscara, Scorpius?
Zabini diz sarcástico, demoro um tempo para entender a pergunta tão específica. Olha para Scorpius. Ele está corado.
— Então, digamos, que eu já comprei a minha máscara.
— Então o que você fará?
Aline perguntou curiosa, percebo que não há nenhum sarcasmo.
— Ele vai ficar com uma menina gente.
Albus diz claro e direto. Acabo meu suco e decido que preciso pegar meu dinheiro e meus gigantes casacos contra o frio. Eram 9:30 olhando em meu relógio. Depois do que Albus falou, ficou um completo silêncio. O que eu decidi sobre a saidinha do Scorpius? Nada, eu não podia achar nada, mas admito que fiquei com uma pontinha de ciúmes, aliás pontinha não, pontão.
— Eu vou buscar meu casaco, licença.
Eu não sai pelo ciúmes, não totalmente. Mas eu não admitiria isso a ninguém. Subi e meio que corri até meu quarto, derramei algumas lágrimas, quase nenhuma, eu juro. As vezes choro sem motivo. Ou por um pequeno motivo.
Cheguei lá, e vesti meus casacos, cachecóis e luvas. A verdade é que eu sentia muito frio e estávamos em
novembro, já estava frio. Para caramba. Por fim, optei por uma jeans, uma regata por baixo de uma blusa de frio fina que estava por baixo de um suéter que estavam debaixo de meu super quente casaco. Duas meias, uma normal e outra de pelinhos, falsos é claro, e uma bota sem salto. Meus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo com seus cachinhos caídos; o meu cachecol da Grifinória e minhas luvas. Uma maquiagem levinha e retoquei meu baton.
Estava pronta, quando a Aline chegou no quarto, toda vermelha, com um chupão e com o contorno da boca toda vermelha.
— Oii, tudo bem?
Eu perguntei sarcástica.
— Sim e você!?
Que cara de pau.
— Tá tudo ótimo.
Ela se enfiou no banheiro, batendo a porta.
Eu estava colocando meus brincos, quando eu escuto a porta do quarto abrir, olho para ver quem é, e adivinha, Scorpius.
— Oi, você não ia ficar com uma menina hoje agora!?
— Ciúmes ruiva?
— De você Malfoy nunca.
Ele vem andando até mim, ele tem um jeito desajeitado, mas ao mesmo tempo todo vaidoso. E me coloca contra a parede, me envolvendo em seus braços e beijando meu pescoço. Vejamos uma diferença de altura grande, não que eu seja baixa, mas tendo 1,60 seria impossível ser alta perto de 1,90.
— Rose, quantos casacos você está vestindo?
— Muitos.
Falo entre beijos.
— Sabe com quem vou ficar hoje.
Ele fala contra meus lábios. Nesse momento paro os beijos.
— Não quero saber!
— Ciumenta.
— Não sou ciumenta, eu apenas não quero saber.
Ele me beijou mas eu meio que cortei o beijo.
— Rose sua boba, eu fiz tudo isso só para te ver com ciúmes, eu não vou ficar com ninguém, apenas porque eu não quero, sabe, tem várias querendo.
— Por que você fez isso?
— Para comprovar que você tem sentimentos, só isso. Tchau, vai lá tomar uma cerveja com a gente, ok!?
Eu balanço a cabeça, em sinal positivo. Ele diz isso, dá um beijo na minha testa e sai. Simplesmente sai.

Aline acaba meia hora depois, não sei quanto tempo demora tudo, apenas sei que saímos só as 11:00 Para comprar as coisas.
Vamos a uma loja, a outra e outra. Fomos apenas eu e a Aline, já que as outras já tinham comprado e estavam ajudando James a comprar o que faltava para decoração e os doces.
Eu optei por uma máscara preta, simples. Já aproveitei e comprei um lindo vestido vinho, que iria usar com uma bota de salto.
Chegamos no Três Vassouras, nosso lugar de encontro, às 13 horas.
Todos já estão lá, e percebo que Scorpius está um pouco alterado.
— Vocês chegaram SUPER cedoooo em
Scorpius diz, aliás diz não, grita.
— O que aconteceu?
Aline pergunta.
— Nosso avô morreu.
Ele diz virando mais um copo de Whisky de Fogo. Aline senta na mesa, pega a garrafa que até agora o Scorpius estava agarrado, coloca em um copo e vira.
— Ummmmmmm... Como ele morreu?
Ela pergunta virando mais um copo, enquanto ele coloca mais whisky em seu copo.
— Um ataque, de pessoas que o odiavam, envenenamento.
— Que ótimo...
Ela diz com uma expressão triste, por mais que eles não fossem fãs do avô, eles o amavam.
Chegou em um ponto em que eles estavam muito bêbados e adorando a ideia da festa. Mesmo sendo hoje e amanhã sendo o enterro. James havia perguntado mais cedo se eles queriam o cancelamento da festa. Mas eles disseram que não, de jeito nenhum.
Todos começam a ir embora. Por fim, ficam apenas eu e o Albus juntos com os bêbados. Eles rindo e gritando. Eu do lado de Scorpius e o Albus do lado da Aline.
Scorpius iria colocar mais no copo, foi quando eu vi que já não dava mais.
— Chega, agora já deu.
— Rose, me deixa, eu quero beber.
— Não, não é não. Tá fora de questão. CHEGA!
— Você fica linda brava.
— Vamos Scorpius e Aline também, agora. Vamos Albus, leve ela, eu puxo o Scorpius.
— Tá.
Puxamos os dois até Hogwarts, levamos os dois até o meu quarto e o de Aline que também era de Dominique, Lily e Lucy. Mas elas não estavam lá. Já que Domi e a Lily ajudavam James e a Lucy com certeza estaria na biblioteca.
Colocamos os dois na cama, a Aline na dela, e Scorpius na minha. Albus não achou estranho tenho certeza que ele sabe de alguma coisa. Pedi para Albus ir buscar café, para ajudar na ressaca assim como fazer uma poção que resolveria esse problema.
Coloquei a Aline no chuveiro e mandei ela tomar banho. Eu voltei e a situação seguinte me deu um pouco de desespero, eu entrei de volta no quarto, e vi Scorpius se derrubando em lágrimas.
— Respira!
— Rose, eu o amava, ele era seco e eu acho que não dei atenção suficiente, mas eu o amava.
Caminhei até ele e o abracei, depois que ele se estabilizou um pouco, ele deitou a cabeça no meu colo e caiu no sono. Depois troquei minha perna pelo travesseiro e fiz um pouquinho de carinho em seu rosto. Sai e ajudei a Aline a se vestir, Alvo chegou e deu a poção a ela e eu guardei a do Scorpius para alguns minutinhos depois. Ela caiu no sono e vi que eram exatamente 5 da tarde, a festa seria as 9. Vi Albus dormindo na cama de Lily, deitei na cama de de Domi, mas não conseguia dormir, por fim sentei perto de Scorpius e fiquei o olhando e pensando no que éramos, no que ele estava sentindo e porque ele ficou desse jeito. Acho que acabei descansando a cabeça na cama perto de Scorpius. E por fim, dormindo.