Um esperado inesperado amor. escrita por Diário Digitado


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/759702/chapter/25

PoV. Mariana

Desde o dia em que voltei para o meu apartamento, Andrew não sai daqui, quer dizer, ele vai para o flat ás vezes resolver as coisas, mas sempre volta para cá. A justificativa dele é que não gosta de me deixar sozinha, já que Luíza, Brigite e Bianca voltaram para o Brasil uma semana após o meu acidente. E por isso, o meu deus grego está comigo já faz uma semana aqui. Não minto que isso está sendo ótimo, cada um tem seu apartamento, mas sempre terminamos juntos.

No dia que cheguei do hospital, a carta já estava lá e Luíza não havia aberto. Abri aquilo desesperadamente, e quando vi o meu nome lá, dizendo que havia sido aprovada, eu entrei em êxtase. Todo mundo veio para cá, Nicole, Bri, Bia, Andrew e Markus. Ficamos até tarde comendo e comemorando para só então, no outro dia, eu ir na faculdade, com a ajuda do meu deus grego e terminar de acertar as coisas. Por sorte, não tivemos nenhum problema para isso. Porém, eu não dependia apenas disso para ficar aqui, precisava de um emprego.

— Eu sei mãe, é uma decisão meio louca, mas porque não subir, sabe? Não tenho mais emprego aí e já consegui transferir minha faculdade, então... - tento argumentar com minha mãe a decisão de ter ficado aqui.

— Isso não é por causa de macho, né Mariana??? - ela questiona um tanto nervosa. Só podia ser minha mãe para falar isso.

— Claro que não mãe! - ainda não contei a ela sobre Andrew - Mas... se bem que eu conheci um cara sim - solto preocupada com o que acabei de falar, ela vai realmente achar que é por esse motivo.

— O bonitão? Eu sei né Mariana, por isso estou perguntando  - ela diz simplesmente. Como assim?

— Oxe, como sabe se eu não contei?

— Clara em contou. Me mandou até fotos dele, tá louca pra ir aí encontrar um pra ela também. Até eu quero! - ela confessa rindo.

— Só podia ser Clara - resmungo - Eu estou bem aqui mãe, se algo der errado, eu volto.

— E vai ficar aí para sempre? Não vai querer saber mais do Brasil? - como é exagerada essa mulher.

— Claro que vou! Não perco meu são joão aí por nada!

— E por acaso você tem dinheiro para ficar indo e voltando Mariana??? Ta maluca? - sempre preocupada e pensando em tudo.

— Não vai ser assim, vai ser tudo bem planejadinho - claro que eu sei que não vai ser, provavelmente vou estar como uma louca para conseguir as passagens para nós e tudo mais. Eu disse "nós"?

— Sei Mariana. Quem não te conhece, que te compre. - sempre com seus ditados prontos. Nos falamos mais um pouco sobre coisas aleatórias e depois desligamos. Estou sentada na cama, falando por mensagens com Luna e Clara no nosso grupo e como sempre, estamos falando de coisas impróprias para menores de 18 anos. Preciso trazer essas duas para cá o mais rápido possível.

— Podem se organizar para nas próximas férias ou sei lá, vocês estarem aqui - já vou falando, assim que faço uma ligação a três.

— Ah, eu vou mesmo! E tu vai me bancar aí - Luna se pronuncia.

— Ai vocês vai passar o natal aí. Que emoção - Clara diz - Tá nevando aí?

— Não muito. Quer dizer, bem pouco. - olho pela janela.

— Você vai passar o natal com a família do gato né? Eles fazem muita comida aí também? - Luna questiona 

— Sim, a tia do Andrew adora essas coisas - explico.

— Meu sonho é comer aquele negocio que parece um pão, eles sempre fazem no natal - Luna continua.

— Como tu sabe que eles sempre fazem? - Clara indaga duvidando.

— É porque eu vejo nos filmes né, abestalhada! - retruca Luna.

— Acho que fazem, espero que sim. Também quero comer aquelas coisinhas - encerro a discussão. Ouço a campanhia tocar. - Gente, eu vou desligar, tem alguém aqui, beijo. - desligo e sigo para a porta olhando para o relógio. São quase 17hs.

— Oi garota perdida - Andrew está parado na porta. Sorri passando por mim e entra.

— O que está fazendo aqui? - solto e ele me olha com a sobrancelha arqueada.

— Estou incomodando? 

— Não. Não é isso! - vou até ele - Não te esperava aqui agora, saiu mais cedo hoje? - o abraço.

— Sim, adiantei as coisas por lá. - ele diz e eu estranho.

— E o que mais? - me afasto dele e noto sua roupa - Hum, tá todo bonito assim de terno. - ele sorri e me beija.

— Teve uma reunião importante hoje.

— Só isso? Não tem mais nada? - semicerro os olhos e espero ele contar. Esse homem de terno aqui na minha frente e eu de baby doll rosa com estampa de pizza.

— É, depende - ele foge do meu olhar - Quero conversar contigo, mas nada sério, ou tão sério. Por que está tão gelada? - questiona.

— Qual o assunto? Eu estava embaixo do edredom, tá um frio danado aqui - ele franze as sobrancelhas com o "danado", mas ignora.

— Trabalho. Quer  falar sobre isso agora? - confirmo com a cabeça e puxo ele para o quarto.

— Tenho que te contar uma coisa sobre isso também, mas embaixo da coberta. Tira os sapatos e esse tanto de roupa, não precisa disso tudo - pisco e ele sorri com a ideia sugerida. Ele faz o que eu peço e nos juntamos na minha cama. - Posso falar antes? 

— Tudo bem. - estamos deitados e abraçados.

— Acho que arranjei um emprego. - digo e ele não responde nada, imagino que esteja me esperando terminar - Bom, eu ainda não respondi, mas eu gostei muito da ideia.

— Como assim? - não estou olhando para seu rosto.

— Recebi uma proposta. Uma garota da faculdade estava falando sobre o lugar onde ela trabalha, que estavam precisando de uma pessoa para dar aulas de português para estrangeiros. É um curso até conhecido e o bom é que a rotina deles combina com a da cultura brasileira. Eles iniciam em fevereiro. É uma boa ideia não é? - desato a falar e ele nada de se pronunciar.

— Acho que sim. Quer dizer, você gostou da ideia? O importante é se você quer fazer isso, se quiser, então está perfeito! - ele conclui e eu o olho sorrindo.

— Tão maravilhoso! Nem parece que me obriga a comer macarrão queimado - comento e ele sorri me abraçando ainda mais. 

— Você é muito besta!

— O que tinha para me falar? - indago e ele se mexe um pouco.

— Acho que agora não tem mais importância. Deixa para lá.

— Acho melhor me falar logo, não vou insistir. - dito esperando que ele solte logo. Mas, claro que eu não iria desistir, minha curiosidade não deixaria.

— Você poderia ser mais carinhosa - ele resmunga - Bom, eu e Markus estávamos conversando e pensando na possibilidade de você trabalhar conosco, lá na empresa. Era isso.

— Sério? E eu iria fazer o que? - pergunto interessada sentando na cama. Ele se senta também.

— É, o Markus acha que você tem dom para o marketing e ele queria poder contar com suas ideias brilhantes - ele me olha e parece tranquilo - Ele tem medo que você dê ideias para a concorrência. - rio com a explicação.

— Como seria esse trabalho? Eu ficaria levando cafezinho para vocês e quando tivesse uma ideia, dizia para vocês colocarem na campanha? - pergunto semicerrando os olhos e ele me olha abismado.

— Claro que não! - se faz de ofendido, colocando a mão sobre o peito. Dou um tapa leve em seu braço e rimos - Você não traria café para nós. A proposta seria você participar das campanhas e se tivesse uma ideia, publicaríamos. O seu nome sairia como co-criadora e você receberia uma parte dos lucros da campanha, claro. - me interesso pela ideia.

— Isso é bem interessante. - paro um pouco para pensar - Eu não poderia fazer os dois?

 - Como assim? Onde arranjaria tempo?

— O trabalho de professora é meio período e eu poderia ajudar vocês sempre que pudesse e tivesse alguma ideia. - sorrio concluindo meu pensamento. Ele me olha chocado e risonho.

— Não sei se isso seria uma boa ideia. Por que só não aceita trabalhar para nós?

— Por causa disso aí - aponto para ele que parece não entender. - Não quero trabalhar PARA vocês. Não sou sua subordinada. - cruzo os braços e ele me olha sem acreditar.

— Isso é sério? - pergunta achando graça.

— Claro! - sorrio junto e descruzo os braços - Gosto de dar aulas e não gosto da ideia de trabalhar em escritórios. Entende? - ele me puxa para seus braços. - Eu posso ajudar vocês com qualquer campanha, sempre que tiver alguma ideia e nós dois vamos lucrar com isso. - ele não responde nada, parece pensar um pouco.

— Tudo bem, vou conversar com o Markus sobre. Não sei se ele ficará muito feliz, acho que ele está apaixonado por você. - ele resmunga e eu rio.

— Deixa de ser besta, oxe! Nicole e ele estão super juntos! Por falar nisso, vamos passar o natal na sua casa ?

— Sim! O Markus e a Nicole também vão. Minha tia adora essa época, fica empolgada enquanto prepara as comidas. Nós chegamos mais tarde.

— Ai Andrew eu quero ir antes! Adoro essa coisa de preparar as coisas antes. Vou até comprar um vinho que achei uma maravilha. - ele me encara e não diz nada. - O que foi?

— Deuses! Parece que minha tia te fez numa máquina! Tudo que ela sempre quis! - ele agora sorri - Mas, foi feita pra mim. - ele me beija.

— Não sou Itaú, mas fui feita para você! - brinco e ele não entende muito - É, não fez muito sentido na sua língua. - rimos - Estou ansiosa para o dia da ceia, eu vou antes e vocês três vão depois?

— Não. Vamos todos juntos, não sei se a Nicole vai concordar em cozinhar, mas ela pode ajudar cortando algo. Se você conseguir levar eles para arrumar tudo, minha tia te pede em casamento amanhã. - bato palmas e ele sorri.

— Claro que eu aceito! Ela é uma gata! - comento e ele me olha achando graça.

— Para com isso! - ele ri.

— Por que? Ela é! Seríamos um casal extremamente maravilhoso e satisfeito, por... - ele me interrompe invertendo nossas posições e ficando por cima.

— Duvido que te satisfaça mais do que eu - sussurra no meu ouvido e eu me arrepio.

— Não sei... talvez. - sussurro de volta e ele sorri rouco. Em menos de um segundo, os seus lábios já estão sobre os meus e como de costume, nos entregamos um ao outro. De fato, eu duvido que qualquer outra pessoa seja capaz de fazer o que ele faz comigo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por estarem acompanhando!
Bjoks



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um esperado inesperado amor." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.