Vybor escrita por Amy Holly


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Leiam ouvindo Stay de Riahanna

https://youtu.be/xWGHylpuRt4



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POV Jace Cullen

Respiro fundo e me jogo na minha cama.

Minha vida nunca foi um mar de rosas, mas agora é uma desgraça atrás da outra. Sabia que nada de bom viria dessa maldita ida a Seattle e estava certo!

Tudo virou de cabeça pra baixo; desde a máfia até da nossas vidas pessoais.

Primeiro que Emmett quase se ferrou, foi parar na mesa de cirurgia quase morto e um tris que não saiu de lá direto para trás das grades; depois resolveu sequestrar a médica, se envolveu com ela emocionalmente, o que trouxe consequências – como sempre acontece; informações que nunca poderiam ter vazado foram parar nas mãos erradas, o que trouxe a irmã maluca de Rose, que acabou revirando tudo dentro de mim; e quando pensei que as coisas estavam “calmas”, mais problemas caíram como bombas no meu colo e quando estamos a ponto de resolver, as meninas simplesmente são sequestradas. 

Senti um desespero tão grande, mas tão grande que foi aí que percebi que minha relação com Clary ia além da parte física. Foi aí que me vi numa agonia tão grande e que me vi apaixonado pela segunda vez.

Vesti minha máscara, engoli meus sentimentos e fomos atrás delas.

Ninguém mexe com o que é meu e sai ileso. Esses estão todos mortos.

Mas como sempre, o azarado do meu irmão levou bala.

Saímos de lá e viemos pra casa, já tinha médicos para o atender. Não tinha sido nada grave, mas a louca da Rose não parecia nem que tinha um diploma de medicina.

Ela passou o caminho todo calada, imóvel, mas assim que saiu do transe, começou a gritar com quem entrasse em sua frente.

Mas graças aos céus tudo se resolveu. Pelo menos pro lado do meu irmão.

Flashback On 

Já estava a ponto de explodir com Rose e a trancar no quarto quando o homem no topo da escada nos chama.

— Senhores, – um dos médicos aparece no topo da escada – vim trazer noticia do Senhor Cullen.

— Fala de uma vez, pelo amor de Deus – Rose dispara impaciente.

— Rose!

O homem respira fundo e se direciona a Rose, detalhando todo o procedimento, respondendo suas perguntas. Não entendi metade do que eles estavam falando.

E agradeci silenciosamente Clary por os interromper e apenas perguntar se meu irmão estava bem.

— Sim, o Senhor Cullen está bem agora, está até aguardando por vocês.

— E por que diabos não disse isso antes?

A loira não deixa o homem nem mesmo se justificar e já estava correndo escada a cima desesperada, comigo e Clary logo atrás.

Entramos no quarto e o encontramos sentado, encostado na cabeceira da cama. Rose se joga ao seu lado e o abraça, mas logo se afasta depois de Emmett geme de dor.

— Me desculpe, não quis te machucar.

—  Está tudo bem. Já passei por coisa pior! Nos conhecemos comigo desacordado na sua mesa de cirurgia. – diz com um meio sorriso tentando aliviar a tensão.

— Desde o começo eu brigando por você. Sabia que quase que era outra médica que ia te atender?

— Então tenho que ser grato por mais isto também. – sem tirar os olhos dos dela, ele disse: – Rose, a primeira vez que te vi... eu senti uma energia. Vi vida dentro dos seus olhos e mesmo sem saber... na verdade, eu não sabia até horas atrás o porquê de ter te sequestrado; o porquê. de te manter perto de mim; o porquê de ter a necessidade de ter você perto o tempo todo. Quando o Asani te coagiu a dizer aquelas coisas antes de nós entrarmos na sala...

— Emmett, ele não me obrigou a disser nada daquilo. Eu disse porque é o que sinto. Eu disse porque é a realidade. Tudo que falei é a verdade.

Mesmo estando de costas para mim, via que Rose estava mais que nervosa, ela não movia um músculo se quer. Enquanto Emmett estava boquiaberto.

—  Você me ama? – não sei se ele perguntou isso pra si mesmo ou a mulher a sua frente, por tão baixo que as palavras saíram – Isso pode ser Síndrome de Estocolmo. Eu li em algum lugar...

— Para. Para com esses pensamentos. Eu sei o que sinto por você. – ela respira fundo – Quando você me toca, me sinto viva. Você é tudo. Eu amo você.

O silencio reina no cômodo até Emmett o quebrar: 

— Obrigado por ser a pessoa que eu estava esperando. Você é a minha luz. Obrigado por encher minha alma de paz e de harmonia. Obrigado por ser como é e por me deixar ser quem sou.

Assim que ele termina de falar, a porta é fechada com força.

Flashback Off

Depois que Clary saiu do quarto muito sutilmente, ela se trancou em seu quarto. Pensei em ir até lá, mas decidir deixa-la descansar.

Amanhã, talvez, podemos...

Sou tirado de meus devaneios com a porta de meu quarto sendo aberta e Clary passando por ela.

Vejo que alguns seguranças passam pelo corretor com malas.

Não.

—  O que significa isso? – pergunto e ela desvia o olhar – Me diga, Clary.

— Eu estou indo embora.

Levanto da cama num pulo.

— Por que? Por que está fazendo isso? – questiono e ela caminha até mim e para bem a minha frente – Não faz isso.

— Sentirei sua falta... sempre. Mesmo que eu não esteja aqui, vou cuidar de você, eu...

Balanço a cabeça negativamente.

—  O que você quer? O que você quer de mim pra ficar? O que eu tenho que fazer pra entrar no seu maldito coração?

Ela coloca as mãos sobre o rosto.

— Eu queria realmente sentir o que estou sentindo por ti sem medo. Realmente queria viver isso, mas não posso e aqui está a nossa despedida, o meu adeus.

Clary se inclina e beija minha bochecha, depois se vira para sair do quarto, mas a impeço agarrando seu pulso.

— Para com isso, que inferno. Por que disso agora? – fecho mais minha mão ao redor de seu pulso –  Me diz! O que diabos...

— A questão é o que você espera de mim? Você estava lá no quarto e ouviu aqueles dois, então me diz. Me diz o que você quer! Jace, você tem seu passado que está tatuado em ti e eu...

— Eu não estou esperando por alguém que me salve, eu só espero por alguém que se entregue sem tantos joguinhos, que saiba o que sente e o que quer. Alguém que eu não precise ficar mudando a todo instante apenas para acompanhar os seus altos e baixos. Eu só quero encontrar uma pessoa com a qual eu possa ser eu mesmo. E que isso dure! Porque eu estou cansado de despedidas.

Num solavanco, ela se solta do meu aperto.

— Eu não sou como a Rose. Não vou me conformar em ficar trancada nessa casa. Não quero passar todo tempo somente com você na cabeça. Não quero ficar aqui implorando aos céus que volte vivo por ser a única coisa que tenho na vida, Jace. Eu sou a figura em carne e osso de altos e baixos. Nunca vou ser a menina dos seus sonhos...

Não a deixo terminar, pois avanço até sua boca, passando os braços pela sua cintura. Nossas bocas se encaixam exatamente como milhares de outras vezes e foi esmagador. A puxo para mais perto pela cintura. Seus braços se entrelaçam por meu pescoço, sinto suas mãos pelos fios de meu cabelo.

— Por favor, não faz as coisas ficarem mais difíceis pra nós dois – ela levanta a mão a encontro de meu rosto e o acaricia – Vai ser melhor assim. Vai ser melhor para nós dois.

— Como pode ter certeza disso? Clary... – a olho nos olhos por um tempo e me afasto – Se é o que você quer, não vou me opor.

Ela me olha, deixa uma lágrima cair e se vira indo até a porta.

— Não, não, não! Não vai, por favor, não vai! – me jogo de joelhos e abraço suas pernas, permitindo que as lagrimas caiam livremente – Por favor, não faz isso, não me deixe, eu te imploro. 

Não levanto o olhar para ela. Pelo contrário, fecho os olhos com força. A escuto pedindo para que eu a solte com a voz chorosa.

Não me importo mais com nada. Se for preciso me humilhar para que ela fique, é o que vou fazer.

— Eu faço qualquer coisa. Por favor, Clary, eu estou aqui ajoelhado te implorando, por favor... por favor. Eu preciso de você, fica comigo. A... a sua irmã, ela é sua única família e está aqui.  Eu vou enlouquecer se perder mais alguém que eu me importo. Por favor. Eu preciso de você, por favor, fica.

Não sei se ela entendia o que eu falava, pois estava falando rápido demais, minha voz estáva falha e eu soluçava.

A ouço pedir novamente que a solte e a solto. Espero ouvir o som da porta ao ser fechada, mas ao invés disso sinto ela se abaixando ao meu lado.

— Eu te amo – sinto sua mão em meu rosto enxugando as lágrimas que insistiam em cair – e espero que isso seja o suficiente.

Abro os olhos e a encontro a centímetros de distância. Espaço esse que acaba assim que a puxo e a beijo.

Nunca na minha vida me senti tão leve, tão aliviado. Me afasto calmamente de sua boca.

— É o suficiente. Não vou prometer um final feliz, pois não quero que tenha fim. – dou um beijo em seu pescoço e aproximo minha boca de sua orelha – E eu também te amo.


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Notas finais do capítulo

Chegamos ao final, aquela vontade de chorar, mas não vou já chorei muito pelo termino de CB.
Muito obrigada quem comentou e votou cada capítulo dessa short. Obrigada também os leitores fantasmas.
I Love You e até a próxima.



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