Vybor escrita por Amy Holly


Capítulo 5
Capítulo 5




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POV Rose Hale. 

— Eu estou mais do que mega feliz por te rever você, mas o que faz aqui? 

— Como o que eu faço aqui?! Vim te buscar! Eu sei que demorei, me desculpa, mas é que pensei que o imprestável do delegado fosse resolver seu caso e... – minha irmã falava sem parar. 

— Okay, respira. 

Me sento no sofá que estava minutos atrás com Emmett e a puxo pra se sentar ao meu lado. 

— Por que tenho a impressão de que não te agradou em nada eu ter vindo te buscar? 

— Clary... olha...- e agora, como explicar pra minha irmã o que nem eu mesma tive tempo de processar os últimos acontecimentos? – não é nada disso, é só que... 

— Rose, me diz que você está nesse lugar contra sua vontade; me diz que eu não invadi o sistema do FBI e tirei informações por nada; acabei de ameaçar um mafioso que provavelmente uma hora dessa está planeando a maneira que como vai me matar; então, me diz que você não tá vivendo um romance com um criminoso e eu me  enquadrar nesse grau de idiotice. 

Meu coração agora está na minha garganta, quase saindo pela minha boca e rolando no chão. Respiro fundo pra tentar normalizar meus batimentos cardíacos. 

— É complicado... – minha voz sai falha – eu fui sequestrada, não vim pra cá por livre e espontânea vontade; permaneci aqui obrigada... 

— Oh, meu Deus, como é bom ouvir isso! – ela joga as mãos pra cima e depois me abraça – Não leva a mal o que falei. 

— Mas as coisas mudaram, tomaram rumos diferentes. – fecho os olhos ao falar e sinto Clary se afastar, desfazendo nosso abraço.  – Eu não sei nem por onde começar, porque eu não tive tempo de assimilar as coisas. Não tô entendendo nada, então, como posso explicar?  

Ela segura minhas mãos e me olha nos olhos, me passando confiança. 

— Vamos lá! Me conte tudo desde o começo. 

Apesar de não termos o mesmo pai, nós duas somos muito unidas. Nada parecidas, mas unidas. 

Eu trabalho dia e noite no Grey Sloan Memorial Hospital, enquanto Clary troca a noite pelo dia em baladas. Minha irmã não é nem uma idiota, apesar de não achar nada seguro seu método de ganhar dinheiro, não me oponho porque ela é grandinha e sabe o que faz. 

Somos só nós duas, só temos uma a outra e nada nesse mundo vai nos separar. Ela é minha única família. 

— Eu fui a cirurgiã que operou Emmett e ele, por capricho, me sequestrou. Os dias aqui não foram fáceis, mas eu fui me acostumando e coisas foram acontecendo. Meu sequestrador nunca foi agressivo... é um ogro, mas agressivo, não. Nós trocávamos farpas, provocações... mas aí depois de um quase beijo, as coisas mudaram. Nos beijamos ontem, nós estávamos conversando aí nos beijamos... 

Flashback on 

Sorrio ao lembrar da nossa briguinha de mais cedo. 

É só ele chegar perto que meu corpo reage, é instantâneo. E depois daquele quase beijo... 

— No que está pensando pra ter esse sorriso no rosto, menina? – Naná me tira de meus devaneios. 

— Me lembrando de uma coisa terrível que ia acontecer se não fosse você, Naná – mando um beijo pra ela, que sorri. 

Se não fosse pela interrupção dela,  o beijo teria acontecido e a situação nessa casa ia ficar pior que já é. 

Não que viva um filme de terror, o que vivo aqui não chega próximo do que pensei que seria; meu “cativeiro” tem uma cama melhor que a minha; a comida aqui é de se comer rezando; e meu sequestrador, apesar de me irritar muito e me manter aqui contra minha vontade, não é mal. 

Bom... pelo menos, não comigo. Os gritos das outras pessoas que chegam aqui e são levadas pro porão não demostram que estão tendo a mesma hospitalidade que eu. 

Nunca terei coragem de ir até lá embaixo. Primeiro porque Emmett gritou e ficou muito zangado quando me viu próxima à escada; segundo porque não sou burra e posso imaginar o que acontece lá. 

— E o que seria essa coisa terrível, menina? – Naná me pergunta com os olhos esbugalhados. 

Naná é uma das poucas coisas boas que aconteceram aqui comigo. Ela trabalha pra família Cullen desde o nascimento dos meninos; foi babá dos dois e até hoje está aqui cuidando dos dois. 

Naná não constitui a família, mas pelo que percebi desde o primeiro contato, ela tem aqueles dois como filhos. 

Me afeiçoei muito a ela, desde o princípio ela me deu colo e forças. Ela é um anjo nesse lugar. 

— Nada demais, deixa pra lá – digo e ela volta sua atenção para a bandeja com comida em cima da bancada – Qual o problema? Por que esta com essa carinha? 

— O meu menino não comeu nada o dia inteiro, passou o dia todo naquele porão e agora se trancou no escritório. Pelo que entendi, as coisas estão complicadas... mas mesmo assim ele não pode ficar tanto tempo sem se alimentar, eu me preocupo. Quando insisti, alegando que estava preocupada com sua saúde, ele só pegou um copo de suco daquela bandeja e me deu um beijo na testa. 

— De qual de seus meninos está falando? 

— Emmett. Jace não fica de barriga vazia nunca! – suspira – Posso pedir uma coisa à você, querida? 

— Claro! – me prontifico, afinal, ela nunca me deixou fazer nada dentro dessa casa para ajudá-la. 

— Leve isso para Emmett e o faça comer. Ele sempre faz o que você pede. 

— Naná, eu estou aqui conta minha vontade, não acho que ele faça o que eu peço – rio sem humor e respiro fundo – Se ele não atendeu seu pedido por quê atenderia o meu? 

[...] 

Não acredito que Naná me obrigou à isso. 

Não me importo com  menino dela, então, não tenho porquê fazer isso, certo? Dou as costa para aquela porta. Mas tadinha da Naná, ela esta tão preocupada com ele... bato na porta e entro. 

— Com licença – ando até a mesa onde ele está e coloco a bandeja sobre – Naná está toda preocupada com você. Estou aqui à pedido dela, ela acha que posso fazer você atender meu pedido. Então, coma. 

Emmett tira o olhar dos papéis e o levanta até mim. 

— Deixar aí, como depois – volta seu olhar pros papéis – Pode se retirar. 

Fico o observando e me sento em uma das cadeiras em frente a mesa. 

— Emmett... 

— Roselie, não posso brigar agora, estou trabalhando – diz sem me olhar. 

— Não quero brigar com você. O que está acontecendo? Pode me dizer, não é como se eu fosse sair contando pro mundo. Posso ajudar você. 

— E por que me ajudaria? Te mantenho trancada aqui. Fico calada, não tenho o que responder  – Estou sendo atacado e não sei de onde esses ataques vem. Acredito que sejam os africanos. Acabei de assinar um tratado de paz com os italianos, então, eles estão fora de suspeita. 

— Os homens que estão lá embaixo não falaram nada que possa ajudar? 

— Não, aqueles desgraçados não falaram nada útil e não adianta continuar com aquilo, só estamos nos cansando – diz e leva o copo de whisky até a boca – Amanhã de manhã acabo com a vida medíocre daqueles dois. Deixarei Jace se divertir um pouco. 

Engulo seco e me levanto, dou a volta a mesa e toco seu ombro. 

— Posso ajudar em alguma coisa?   

Nossos olhares se encontram. 

Aquele lugar parece ter se tornado uma sauna de uma hora para outra. 

Emmett toca em minha mão, que se encontra em seu ombro. Depois disso, tudo acontece muito rápido. 

Em um momento estou em pé ao seu lado e em outro estou em seu colo com nossos lábios colados um no outro. 

Suas mãos estão em minha cintura, apertando com força. Envolvo seu pescoço com meus braço e aproveito aquele momento até termos que separar nossos lábios por falta de ar. 

Antes que um de nós dois possamos falar alguma coisa, me levanto e tinha a intenção de chegar até a porta e sair dali o mais rápido possível, mas Emmett me impede, me empurrando na parede e avançando em minha boca. 

Suas mãos seguram minhas coxas com força, levando-as até seu quadril e as entrelaçando ali. Minhas mãos vão de encontro à suas costas e enfio minhas unhas alí. Ele arfa e passa da minha boca para meu pescoço. 

— Emmett... – suspiro. 

Okay, hora de acabar com isso! Ah, mas está tão bom... foda-se! Não, parou! 

Pulo de seu colo e o empurro pra longe. 

— O que você pensa que tá fazendo? Quem pensa que sou? 

Sem esperar pela resposta saiu batendo porta. 

Flashblak Off. 

— Então, se você caiu na real e o rejeitou, isso é sinal que não perdeu completamente o juízo – Clary diz. 

— É, mas pela tarde não acabou desse jeito, pelo contrário... 

Flashback On 

Depois de tomar café, voltei pro meu quarto e não saí mais. Naná trouxe meu almoço, porém mal toquei. 

Ainda estava tentando digerir o que aconteceu na noite passada quando Emmett entrou no meu quarto. 

— O que está fazendo aqui? – me sento. 

— Vim dar as repostas pras suas perguntas de ontem. Eu fiz o que devera ter feito assim que tive a certeza do que senti. E quem eu penso que você é? A mulher pela qual estou apaixonado. Abro minha boca um grande “O” – Não quero que se assuste, não estou querendo abusar de você e não vou te forçar a nada! Só quero que saiba que eu estou apaixonado por você e é por isso que está aqui ainda. 

Ele já ia saindo do quando desperto do meu estado de choque e o  chamo. Me levanto e fico à sua frente. 

— Termina o que você começou ontem no seu escritório. 

Não precisei dizer mais nada e Emmett já estava me beijando me levando até a cama... 

Flashback Off 

Desperto de minhas lembranças com o grito de Clary 

— Você transou com ele? – gritou em plenos pulmões. 

— Garota, deixa de ser louca! A casa toda deve ter escutado! – olho ao redor. 

— Minha nossa! Você está apaixonada, Rose? 

— Estou – digo sem nem mesmo perceber. 

— Meu Deus, você é mulher de um mafioso! – ela ri. 

— Clary Fray! Você está tendo uma reação diferente da qual pensei que teria. 

— Quer dizer que os Parabatais estão com as mulherzinhas em casa... – pulo do sofá ao ver um homem completamente ensanguentado com uma faca na mão bem na minha frente. 

— Não é preciso ter medo, gatinhas, hoje não vou fazer mal algum pras duas, mal me aguento em pé e estou sem tempo – então, ele corre pra longe nós. Saio do transe com a voz de Clary. 

— Não acredito que ainda esteja parado na minha frente, vai atrás daquele homem agora, seu imbecil! E você, idiota, vai avisar aos seus chefes o que aconteceu – ela diz para os seguranças que estão na nossa frente com cara de bobos e os dois saem um pra cada lado apresados. 

— A primeira coisa que você tem que fazer como primeira dama é arrumar capangas melhores – completa. 


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Notas finais do capítulo

Olá como estão meus fantasminhas? Vamos dizer o que acham dessa humilde estória?



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