Queen of Darkness — Interativa escrita por Khaleesi


Capítulo 6
Não tente entender um psicopata


Notas iniciais do capítulo

Hey guys! Demorei um tiquinho para postar, e ainda cheguei com um capítulo relativamente pequeno. Vou postá-lo nesse tamanho mesmo para eu não acabar demorando mais ainda pra escrever um novo cap. Quero pedir desculpas por isso, mas é que eu tava sem tempo :B
Esse cap não tem muita ação nem nada, mas espero que gostem. O próximo será mais bacana ♥
É isso, vejo vocês nas notas finais!



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Não quero decepcionar você, mas meu destino é o inferno
(Demons — Imagine Dragons)

*Stamford, 01 de junho, 11:34AM PoV Aliyah Szlachta

A cabeça de Aliyah explodia em dor. Seus olhos estavam pesados, e sua boca, seca. Escutava alguns poucos sussurros antes de conseguir enxergar o que estava acontecendo. Ao seu lado, Daemon permanecia em pé, andando em círculos, nervoso. Lilian e Clair estavam sentadas num sofá no canto esquerdo do quarto, e sentado do lado direito de sua cama, Khristopher segurava sua mão.

— Oh, você acordou — ele sorriu, o que fez com que o imtzäki da garota se ajoelhasse ao seu lado.

— Como você está se sentindo? Se lembra de alguma coisa? Quer água, ou comida, ou... — A voz acelerada e preocupada de Daemon foi cortada por uma risada fraca.

— Relaxe, Daemon. Eu estou bem — ou nem tanto. Ao terminar de falar, sentiu uma dor aguda em seu abdômen, que estava enfaixado. Percebeu que estava de sutiã, e corou. Ao perceber seu desconforto, o guardião puxou o cobertor mais para cima.

— Perdão, nós precisávamos cuidar do ferimento — ele riu, bagunçando o cabelo.

— Se serve de consolo, eu que tirei sua blusa — riu Khristopher.

— Oh céus — a kiä estava totalmente envergonhada, queria sumir. Sua atitude arrancou algumas risadas das imtzäkis que até a pouco não haviam se pronunciado.

— Olá, minha querida — sorriu Clair, chegando perto de sua cama. Acariciou o rosto suado da menina. Suas mãos eram geladas e macias, e causavam conforto à Aliyah.

— O que aconteceu, exatamente?

A mais velha abriu a boca para se pronunciar, porém foi interrompida por Bianca e Marilyn que chegavam.

— A bela adormecida acordou — riu a ruiva. — Como se sente?

Aliyah levantou uma sobrancelha com o gesto da menina, porém a respondeu, se ajeitando no travesseiro.

— Meu ferimento ainda dói, mas eu acho que estou melhor.

— Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente. — Bianca sorriu, mais uma vez citando Shakespeare. Marilyn revirou os olhos.

— Eu fiz o que pude para tirá-la com cuidado de dentro de você — ela apontou com a cabeça para a mesa de cabeceira de Liah e ali se encontrava uma adaga totalmente negra. Sua lâmina era curvada e parecia um dente de sabre, e seu cabo era de metal retorcido, com uma pedra da lua incrustada.

— Isso é obsidiana. É um tipo de vidro vulcânico, formado quando o magma solidifica rapidamente, por exemplo, arrefecendo sob água — disse Jade, adentrando o aposento com um livro na mão, seguida de Daria. — Em algumas culturas, as armas feitas de obsidiana eram usadas em pessoas consideradas ruins. Uma tribo na Indonésia usava-a para marcar as pessoas que não eram de boa índole. Como ladrões, assassinos e afins.

— Não sou ladra, nem assassina — olhou-a Aliyah.

— Ou pelo menos não por enquanto — disse Daria. Khris a lançou um olhar mortal, e ela deu de ombros.

— Não se preocupe com isso — acariciou a mão da menina. — O mais importante nesse momento é saber quem fez isso.

— Acho que está bem na cara que foi Abraham — riu Jade.

— Não entendo porque está rindo — diz Daemon, se virando para encará-la.

— Chega a ser irônico. Ela é a nova rainha das trevas.

— Escuridão.

— Que seja. Aliyah não é descendente dele? Não faz sentido que ele queira feri-la.

— Não tente entender um psicopata, Jade — fala Lilian, se levantando do sofá.

— Defendo a ideia de que ele não está muito afim de concorrência —pigarreia Daria.

— Ou de alguém mais poderoso que ele — Marilyn solta. Mais uma vez, Liah levanta uma sobrancelha.

— Não creio que eu seja mais poderosa que Abraham.

 — Ainda — sorri Khris.

Não fazia total sentido. Aliyah, àquele ponto, não era ameaça nem à uma mosca. Porque Abraham a atacaria? Tentou se levantar da cama, mas Bianca e Khristopher a impediram.

— O que você pensa que está fazendo? — A menina morena pergunta, com os olhos esbugalhados.

— Ahn, tentando me levantar?

— Para?

— Nós temos buscas a fazer, não vou deixar que um cortezinho me pare.

Nós — disse Khris enfaticamente — não temos que fazer nada. Você precisa descansar, deixe que o resto cuide disso.

Aliyah bufou. Não queria ficar presa à uma cama. Mal tinha chegado na Ordem e já era um peso nas costas dos outros.

— Olha, eu estou bem. Não quero que Abraham ou seja lá o que tenha me atacado pense que conseguiu me atingir — ela olhou para o flanco —, bem, me atingiu. Mas esse não é o ponto, eu não posso simplesmente ficar parada.

— Não — a voz cortante de Daemon soou rígida. — Você vai ficar aqui, não tente argumentar. Ponto final.

— Você é um verdadeiro pé no saco — Liah olhou pra cima e cruzou os braços. Daemon estava lhe tratando como uma criança. Mais uma vez.

— Um pé no saco que está tentando lhe deixar viva.

Todos estavam em silêncio, e parecia que Daemon e Aliyah estavam tendo uma daquelas discussões de relacionamento que ninguém prefere se meter no meio.

— Perdão, Aliyah — a voz do seu imtzäki ressoou em sua cabeça, o que fez a menina encará-lo —. Eu só quero que você fique bem, ok? Por favor.

— Vão — a morena disse, olhando para os à sua volta.

— Não estará sozinha, eu posso ficar aqui — diz Bianca, solidária. Khris logo se oferece também.

— Eu ficarei — era bom ter amigos, ao menos uma vez na vida. Liah se sentia segura com eles.

— Não conte comigo — Daria fala, se retirando do quarto.

— Bem, Daemon irá precisar de ajuda. Eu e Jade iremos — Marilyn toca no braço do imtzäki, que sorri.

— Então teremos três guardiões e uma kiä. Isso será interessante — ele se vira para Aliyah. — Você ficará bem?

— Sim, pode ir — a morena assente, fazendo com que eles saiam do quarto.

— Que interesse repentino da Marilyn em ser sua amiga é esse? — Ri Bianca, sentando-se no pé da cama.

Liah gargalha, o que faz com que seu flanco doesse.

— Não tente entender um psicopata — lembra-se da fala posterior de Lilian, que ri.

— Bem, já que vocês vão ficar sem fazer nada, acho que buscarei alguns livros na biblioteca. Talvez eu ache algo útil para vocês aprenderem — a imtzäki olhou para Bianca e disse: — vamos, me ajude.

A morena assentiu e se levantou da cadeira em que se situava. Andou para o lado de fora, fechando a porta atrás de si. Khristopher encarava a menina com os olhos semicerrados, o que a fez levantar uma sobrancelha.

— O que foi?

O ryüi continuou em silêncio por uns segundos e depois suspirou.

— Eu sabia que algo ruim ia acontecer — ele levou as mãos ao rosto — a culpa foi minha, eu devia ter te protegido.

— Ei — Aliyah disse, com a voz calma — você não tem culpa de nada.

— Sim, eu tenho. Quando eu lhe toquei na biblioteca, eu senti. Senti que algo ruim ia acontecer, e eu não fiz nada a respeito. Eu devia ter lhe ajudado, devia ter...

— Pare — a menina pôs uma das mãos no joelho dele —. Khris, você não tem total controle sobre seus poderes. Você não tinha como saber o que ia acontecer. — Não importa o que Aliyah falasse, é como se a culpa de Khristopher não sumisse de forma alguma.

Antes que o menino pudesse dizer mais alguma coisa, Bianca abriu a porta do quarto com um livro na mão. Foi rápida.

— Espero não ter atrapalhado os pombinhos, mas achei algo interessante aqui nesse livro.

— Pombinhos? — Khristopher riu.

— Fala sério, eu tenho olhos — ela revirou os olhos, o que arrancou algumas risadas dos dois cavaleiros sentados.

— Diga o que você encontrou.

A menina abriu o livro e sentou-se.

— “A obsidiana negra é uma pedra de aterramento que nos conecta ao centro da Terra e cria um escudo capaz de bloquear e quebrar ataques de magia negra. Como resultado, age muito rapidamente e com grande poder. As suas qualidades refletoras, capazes de desvendar a verdade, expõe falhas, fraquezas e bloqueios sem piedade, nada pode se ocultar dessa pedra. A obsidiana negra deve ser empregada apenas por aqueles instruídos sobre seus poderes e preparados para o processar as mudanças que ela muitas vezes acarreta. ” — Bianca olhou para Aliyah, que acompanhava tudo com o olhar confuso. Continuou: — “Regida pelo planeta Plutão, seu objetivo é conduzir a mente através das áreas obscurecidas do subconsciente, para estabelecer uma relação com os poderes do Cavaleiro. Esse fenômeno origina-se quando a luz interior é consumida e revertida contra si mesma, acarretando a destruição e a devastação sobre todos os objetos circundantes que são atraídos para dentro do buraco negro por uma força gravitacional cada vez mais forte. ” — Bianca fechou o livro e engoliu seco.

— Isso não parece ser muito bom — Aliyah disse, coçando a cabeça.

Definitivamente não é bom — Khristopher suspirou e encostou na cadeira, relaxando o corpo. — E se alguém fez isso com você para acelerar seus poderes?

— E ter os poderes rápido não é uma coisa boa? Afinal, nós precisamos de você — Bianca disse, inocente.

— Não se vier com toda a personalidade psicopata e sombria junto — Aliyah estava preocupada. Não se sentia diferente depois do incidente, mas temia que talvez aquilo fosse mudar.

— Nós precisamos dar um jeito nisso — Bianca disse, mordendo o lábio.

— Sim, mas como?  — O garoto não parecia nervoso, estava com um ar de animação e curiosidade.

— Eu tenho que aprender a controlar meus poderes antes que eles aprendam a me controlar.


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Notas finais do capítulo

É isso, espero que tenham gostado ♥ dêem uma olhadinha lá no tumblr da fic para ver os novos personagens!
Desculpem por não ter respondido os comentários do último cap ainda, vou responder junto com os desse!
Beijão, e até breve!



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