Equivalente ao amor escrita por Kori Hime


Capítulo 1
Equivalente ao amor


Notas iniciais do capítulo

Esse conto é aqueles textos bobos felizes e apaixonados que a gente escreve depois de ver um monte de imagem fofa do casal.

Boa leitura.



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Mei Chang desceu da locomotiva, animada ao chegar na Central. Estava na companhia de Xiao-Mei, que agora se exibia em seu corpinho redondo em quase um metro de altura. A viagem de Xing até Amestris era longa, porém gratificante na expectativa de se encontrar com seus amigos. E a ocasião não poderia ser mais especial do que o casamento de Rebecca Catalina e Jean Havoc.

Passou-se dois anos desde que Alphonse deixou Xing, após sua em busca de conhecimentos, e Mei estava apreensiva para reencontrá-lo. Embora conversassem com certa regularidade através de postais. Ele enviava um novo de cada cidade que visitava. As cartas que recebia não poderiam ser mais preciosas para Mei, que suspirava apaixonada, em poder estar diante de Alphonse.

Na estação, Winry a aguardava com a pequena Sarah em seus braços.

— Onde estão todos? — Mei perguntou, não conseguindo evitar o desapontamento na voz.

— Oh! Não fique triste, Al e Ed viajaram nesse final de semana para a despedida de solteiro. — Winry sorriu, piscando o olho. — Terá muito tempo para matar a saudade. Vamos? Yuri está com vovó Pinako, estamos todos hospedados na mansão Armstrong.

Elas chegaram na mansão de carro e foram recepcionadas por Yuri, o filho mais velho de Winry e Edward. O pequeno garoto de quatro anos correu pelas escadas, pulando sobre o panda de Mei. Ambos caíram e rolaram pela grama do jardim.

— Ora, ora, não assuste o bichinho, Yuri. — Winry chamou o filho e pediu para que ele cuidasse bem de Xiao-Mei, já que ele era muito importante para a titia Mei Chang.

— Tia? — Mei perguntou, corando. — Não diga uma coisa dessas. — Ela sorriu envergonhada.

— Do jeito que Alphonse fala sobre vocês, pensei que já tivesse... — Winry levou a mão à boca.

— Tivesse o que?

— Nada, não é nada. — Ela balançou as mãos, exasperada. — Já que os rapazes saíram para uma festa, a gente decidiu fazer o mesmo aqui. Você me ajuda a preparar a comida? Logo mais Rebeccca chegará com algumas amigas. — Winry desconversou e Mei concordou em ajudar.

A comida ficou pronta assim que Rebecca chegou, a festa reuniu em grande parte colegas do exército e amigas próximas da noiva.

Mei estava sentada em uma das mesas dispostas no salão principal, observando a animação na pista de dança improvisada por Rebecca e Riza.

— As crianças já estão na cama. — Winry sentou-se ao lado de Mei. — Ainda bem que já estão acostumadas a dormir com um agito frequente em casa. — Ela sorriu, movendo os ombros, olhando para Mei, que parecia dispersa em pensamentos. — Algum problema?

— Eu só estava pensando. — Mei suspirou.

— Pensando no Alphonse?

— Hmm sim, também. — A jovem pegou uma taça da bebida que estava sobre a mesa e bebeu, sentindo o gosto meio amargo do álcool. — Me pergunto se ele vai gostar de me encontrar, já faz algum tempo que não nos vemos.

— É claro que ele vai gostar. — Winry esticou a mão a tocou a de Mei. — Eu tenho certeza de que ele vai ficar feliz em vê-la. Aliás, eu vou te contar um segredo.

— Qual é? — Mei aproximou a cadeira que estava sentada mais para perto.

— Alphonse tem uma fotografia sua ao lado da cama. — As palavras de Winry vieram acompanhadas de uma risada gaiata. — Ele também tem fotos dos sobrinhos e uma do meu casamento com Ed, mas são todas especiais para ele.

Mei guardou aquela informação com amor em seus pensamentos.

A festa terminou de madrugada. O casamento era dali algumas horas, e nenhuma das partes estava preparada na hora certa. Rebecca havia tido um problema com seu vestido no caminho para a igreja que seria celebrado o casamento, enquanto Jean parecia ainda inconsciente dentro do carro de Roy Mustang.

Mei segurava a pequena Sarah no colo, enquanto Winry descia furiosa as escadas da igreja, para tirar satisfações com Edward sobre o atraso. Tentando salvar o irmão das mãos da esposa, Alphonse saiu do carro, depois de alguns minutos ele viu Mei no topo da escada e acenou para ela.

Após a confusão ser resolvida, Alphonse subiu as escadas para falar com ela.

— Mei, quando você chegou?

— Ontem, de manhã. — Ela respondeu, com um sorriso difícil de evitar quando estava na presença de Al. Ele estava elegante vestindo um terno e os cabelos bem penteados. Sua imagem não havia mudado muito desde a última fotografia que foi enviada, junto com uma carta. Pelo contrário, estava ainda mais bonito e atlético.

— Você está bem bonita, os cabelos soltos. — Ele falou e depois direcionou seus olhos para a sobrinha. — Oi, Sarah, você também está linda nesse vestido. — Alphonse pegou a sobrinha no colo e brincou com ela, depois voltou a olhar para Mei. — Você pode me acompanhar hoje no casamento?

— Claro. — Ela respondeu.

Eles entraram na igreja e sentaram em um dos bancos das primeiras fileiras, onde Pinako estava sentada com Yuri. Winry e Edward entraram em seguida, acomodando-se ao lado deles. O casamento iniciou-se com meia hora de atraso, mas foi uma das cerimônias mais bonitas que Mei presenciou.

— Muito diferente de como fazemos em Xing, mas é tão lindo quanto. — Ela comentou, falando baixinho para Alphonse.

— Sério? Como é o casamento lá? — Ele perguntou, curioso, enquanto aplaudiam o casal recém-casado que deixava a igreja.

— A noiva usa vermelho, que trás prosperidade e sorte. Geralmente os casamentos são feitos ao pôr do sol. Bem, existem várias tradições e cada família a incorpora de uma maneira diferente. No meu clã, por exemplo, o noivo costuma cultivar uma flor e presentear para a noiva quando ele a pede em casamento. A flor é apenas uma metáfora para o amor que os dois devem cultivar.

— Interessante, eu vivi tantos anos em Xing e nunca presenciei um casamento.

— Você estava muito compenetrado em ser um ótimo aprendiz. — Mei sorriu e eles deixaram a igreja.

— Hey, vocês dois. — Edward chamou-os, mais a frente com Sarah no colo. — Vamos no carro do Major Armstrong, vocês vêm?

— Ed, deixa os dois em paz. — Winry deu uma risada nervosa, puxando o marido pelo braço.

— O que eu fiz? — Ed obedeceu e seguiu Winry.

Alphonse e Mei se olharam e gargalharam.

— Podemos ir andando, o que acha? — Ele ofereceu o braço e Mei aceitou. Caminharam sem pressa os degraus da igreja e as ruas da Central. Conversando sobre as viagens de Al por outros países e todas as coisas interessantes que ele vinha aprendendo.

Mei sentia-se extremamente a vontade ao lado dele, deixando de lado a ansiedade e de seu coração em brasa quando sua presença era muito próxima. Ela estava se divertindo, de fato, com a companhia tão natural e calorosa que Alphonse transmitia.

Chegaram à festa, onde todos comiam e bebiam animados. Alphonse a convidou para dançar e Mei aceitou. Quando cansaram, foram até o jardim para tomar ar.

— Venha, vou te mostrar o orquidário. — Alphonse segurou a mão dela, e eles caminharam pelo suntuoso jardim da mansão até uma estufa de vidro. Al abriu a porta e a deixou entrar primeiro.

As flores eram coloridas e exalavam um aroma agradável. Estavam diante de orquídeas amarelas, quando Alphonse tirou do bolso uma caixinha de veludo, fazendo muito mistério sobre o conteúdo dela.

— Mei, eu estou guardando isso já tem alguns meses. — Ele falou, com seus olhos dourados cheios de amor para ela. — Desculpe se eu não cultivei uma flor para te dar, mas pensei que se fizesse isso aqui junto com tantas flores, eu não estaria desrespeitando seu Clã.

— Al...

Mei sentiu o corpo estremecer com aquele gesto, o coração acordou inquieto em seu peito ao ouvir a declaração dele.

— Eu sei que nós somos muito jovens ainda. — Ele continuou falando, mexendo nos cabelos loiros, parecendo tímido ao comentar o assunto. — Bem, você já tem quase vinte, não é?

— Quase... — Mei completou, igualmente acanhada, mas não menos sôfrega com o rumo da conversa.

— Se você achar que é muito cedo, posso plantar a flor hoje mesmo e esperar ela crescer. — Al começou a falar muito rápido, mexendo o corpo.

— Fale logo, Al. — Mei inqueriu, apertando os lábios, sem querer parecer grossa.

Ele então deixou para trás a tensão sobre os ombros e aproximou-se mais de Mei, abrindo a caixinha de veludo que continha um anel com uma pedra de safira.

— Eu acreditava que a troca equivalente fosse uma lei absoluta, onde nada pode ser obtido sem um sacrifício. Para obter algo, é preciso dar algo de mesmo valor. — Os olhos de Alphonse adquiriram um tom mais dramático, e Mei sentiu seu coração acelerar cada vez mais no peito. — Só que eu a amei antes mesmo de receber algo de igual valor em troca. Dei a minha alma e meu coração a você, sem saber se receberia algo de igual valor em troca. O sacrifício era estar todos os dias longe de quem eu amava.

— Porque demorou tanto de me falar isso? — Mei questionou, sentindo as lágrimas escaparem de seus olhos.

— Me desculpe. — Alphonse a abraçou, acariciando seus cabelos negros. — Eu sou um grande bobão, não é?

— Eu diria que sim. — Mei ergueu a cabeça, buscando os olhos dourados, ele se afastou gentilmente e colocou o anel em seu dedo. — É a coisa mais linda que eu já vi.

Al passou a mão em seus cabelos loiros, e sorriu com o elogio, mas ainda aguardava uma resposta dela.

— E então?

— O que?

— Você não disse se aceita. — Ele fez um bico com a boca, fazendo seu rosto adquirir uma feição gaiata.

— A troca equivalente? — Mei crispou os lábios.

— Não necessariamente, uma troca.

— Seu bobo, é claro que é seu o meu amor. — Mei falou, pulando sobre os braços de Alphonse, pegando-o de surpresa. — Sempre foi e sempre será seu, e eu não quero nada além do seu amor.

Ele a suspendeu, em um abraço apertado, acariciando suas costas com as mãos e a envolvendo com os braços ao redor de seu corpo. Aproximou os lábios dos dela, beijando-a apaixonadamente.


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Notas finais do capítulo

Ai gente coisa mais linda ♥ podem comentar, eu deixo hehe

Beijos, obrigada aqueles que se dispuseram a ler.