Dois anos depois...

Pov's Elsa

Saí do carro junto com Hans e fechei a porta,enquanto meu namorado abria a mala do veículo para pegar nossas coisas.Fui caminhando até meus pais e Anna,que me aguardavam ansiosos na entrada na enorme mansão.

Meu nome é Elsa Snow,tenho 20 anos e estou no segundo ano do meu curso de Medicina.Eu quis fazer vestibular para conseguir uma bolsa,mas meu pai fez questão de pagar meu curso.

A família Snow sempre foi muito rica,já que ela é dona de vários hospitais daqui dos Estados Unidos.Meus pais se chamavam Richard e Talissa Snow.E também tinha uma irmã caçula,chamada Anna,de 18 anos.Eles moravam na cidade chamada de Arendelle.

Quando fui para a faculdade em Nova York,foi difícil me adaptar,mas com a ajuda de Punzi,minha prima,consegui.Era bem próxima dela,de Flynn seu namorado e de Dylan,irmão de Hans.

Hans Silvys era meu namorado já faz dois anos.De vez em quando ele vem querer bancar o autoritário,mas nunca me deixei abalar por seu gênio.Estou sendo bem tolerante aos defeitos de Hans,mas ele também tinha suas qualidades.Era um namorado bem amoroso e atencioso.

Mas meu pai e meus amigos não gostavam de Hans.Até Dylan,seu próprio irmão,dizia que eu merecia coisa melhor e que Hans acabaria me magoando.Não os deixei se intrometer na minha vida e deixei bem claro que eu mesma tiraria minhas próprias conclusões.Eu havia vindo passar o feriado de 4 de Julho com minha família e trouxe Hans comigo.

—Filha!-sorriu meu pai me abraçando-Bem-vinda de volta!

Me afastei e abracei minha mãe.Em seguida,abracei Anna,que deu o abraço mais apertado que os de meus pais.

—Oh querido-disse mamãe boba quando Hans se aproximou e o segurou pelo queixo-Como você está lindo-afirmou fazendo meu namorado rir.

Vi pela minha visão periférica,meu pai fechar a cara emburrado.Hum,esse feriado promete.

(...)

Eu estava sentada na espreguiçadeira,de biquíni,pegando sol perto da piscina.Anna estava do meu lado,fazendo o mesmo.Mamãe estava fiscalizando os empregados que faziam a comida.Meu pai levou Hans pra jogar sinuca.Meu namorado ainda tentava fazer que meu pai gostava dele.

—E então?-questionou Anna juntando as mãos-Como estão as coisas entre você e Hans?

—Ele é ótimo-afirmei com um sorriso-E você?Já tem algum crush?

—Não-negou rindo-Estou concentrada nos estudos por enquanto.

—Falando em estudos,já decidiu pra qual faculdade quer ir?-indaguei .

—Ainda não sei,mas não quero que papai escolha por mim.Ele quer que eu vá pra Havard,já que você não foi-rolou os olhos.

—Não ir para Havard foi uma escolha minha-alertei-Pode ser sua também.

Ela sorriu.

—Valeu mana-agradeceu.

(...)

De noite...

Havia acabado de arrumar para o jantar,botando uma roupa simples e confortável.Amarrei meu cabelo num rabo de cavalo e não passei nenhuma maquiagem.

Saí do meu quarto e fechei a porta,caminhando pelo corredor e passando pelo quarto de Anna,que estava apenas com a porta encostada.

—Eu não consigo mais ficar longe de você—parei quando ouvi a voz de Hans.

Virei-me surpresa e caminhei até a porta,olhando pela brecha disponível.Avistei Hans,com Anna,no quarto dela.

—Me deixa em paz!-pediu minha irmã irritada-Você namora a minha irmã!Tome vergonha na cara!

—Elsa pode até ser gostosa...-comentou Hans enlaçando sua cintura-Mas é você quem eu quero.

Arregalei os olhos chocada,sentindo meu sangue ferver de raiva.

—Me solta!-Anna o empurrou pra longe-Mesmo que eu gostasse de você,jamais trairia minha irmã desse jeito!Vai se ferrar!

Ela tentou se afastar,mas foi impedida quando Hans segurou seu braço.

—Me solta!-disse alterada.

Abri a porta,entrando no quarto.

—Solta ela agora-ordenei séria,surpreendendo os dois.

—Elsa...meu amor...-murmurou Hans ficando pálido e soltando o braço de Anna-Isso não é o que está pensando.

—Não adianta tentar me enganar,eu ouvi tudo-alertei-Devia ter escutado o meu pai.

—Elsa...

—CALA A BOCA!-gritei irritada-GALINHA!DESGRAÇADO!MALDITO!

Virei-me rapidamente,saindo do carro e voltei pro meu quarto,me trancando.Ouvi batidas na porta.

—Elsa!Abre,por favor!Vamos conversar minha linda!—ouvi Hans suplicar.

As lágrimas escorreram pelo meu rosto e os soluços escaparam pela minha garganta.Abracei meu corpo,chorando sem parar.

Eu estava destruída,mas eu também,estava furiosa.

Cerrei os dentes furiosa e fui até minha escrivaninha,pegando a tesoura e fui até a porta,abrindo-a e vendo Hans,Anna e meus pais.

—Elsa,o que vai fazer?-perguntou mamãe aflita quando passei por eles e caminhei até o quarto onde Hans usava.

Entrei no quarto e fechei a porta,trancando-a.

(...)

No jardim...

Eu havia cortado e rasgado todas as roupas de Hans e as joguei pela a janela.Depois fui peguei fósforo e gasolina na cozinha e uma marreta na garagem.

Eu estava jogando gasolina em cima da pilha de roupas sob a grama.Assim que acabei,joguei o galão pra longe e acendi o fósforo.

—Elsa!Não!-pediu Hans enquanto se aproximava com meus pais.

Sorri com deboche e soltei o fósforo,iniciando o fogo nas roupas.

—AAAAAAAAAHHHHHH!-berrou Hans desesperado.

—SUA LOUCA!-gritou papai incrédulo-Rápido Talissa!Peça para alguém trazer o extintor de incêndio!

Peguei a marreta com as duas mãos já que ela era pesada e caminhei até o carro de Hans,que estava estacionado bem ali.

Gritei,quebrando os faróis e em seguida,comecei a destruir todo o resto do carro.

—PARA ELSA!-ouvi Hans implorar.

Meu pai surgiu e me segurou,tomando a marreta das minhas mãos,enquanto eu respirava ofegante.Vi Hans choramingando por causa do carro destruído.

(...)

Na sala...

Eu estava sentada no sofá,abraçada à Anna,que acariciava meus cabelos.

Foi então que papai e mamãe se aproximaram.

—Passei quase uma hora inteira,tentando convencer Hans a não registrar queixa!-reclamou papai-Seu comportamento foi inaceitável,Elsa Snow!

Arregalei os olhos incrédula,me soltando de Anna e me pondo de pé.

—Hans me traiu!-rebati indignada.

—Bem feito!-afirmou me fazendo arregalar os olhos-Assim você me escuta da próxima vez!

Meus olhos marejaram.

—Não importa pra você que eu esteja destruída?-questionei chorosa.

—Isso vai passar-fez pouco caso-Você não sabe nada do amor ou da vida!

—Claro!Você nunca me deixou ser independente de nada!-alertei irritada.

—Ah?Quer ser independente é?-debochou-Pois bem,já que quer ser independente,porque não paga a sua própria faculdade?

Cerrei meu punho.Ele feriu meu orgulho.

—Feito!-cedi passando por ele.

(...)

Depois de ter arrumado minhas malas,não pedi ajuda e carreguei elas sozinha até meu carro.

—Filha,se acalme-pediu mamãe aflita-Vamos conversar.

—Ela não vai durar uma semana longe do luxo que teve a vida toda-zombou papai.

O ignorei e encarei minha mãe.

—Desculpa-pedi antes de entrar no carro.