A Guerreira das Trevas escrita por Luna Kazato


Capítulo 11
Capitulo 11




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Sobrek se destransformou e guardou o punhal novamente na mochila. Ele tocou no rosto de Luna delicadamente, na intenção de desperta-la.

 

— Luna. Luna?! Acorde.

 

Luna abriu os olhos devagar e viu o céu estrelado.

 

— Ai minha cabeça. Onde eu estou? Sobrek? É você?

 

— Calma Luna, levante a cabeça devagar. Você está no parque.

 

— O que você está fazendo aqui? Cadê o garoto de terno lilás?

 

— Que garoto de terno lilás? Não tem ninguém aqui além de nós dois. Eu voltei aqui para pegar o meu anel e te vi desacordada. O que aconteceu?

 

— Tinha um rapaz de terno e máscara lilás aqui, era o Protetor das Estrelas. Ele vinha em minha direção com a sua espada e...

 

— Luna, olha para mim. Nada disso faz sentido. Eu acho que você estava sonhando. Segura as minhas mãos, eu vou te ajudar a levantar.

 

Luna segurou as mãos de Sobrek e ele fez um pouco de esforço para puxa-la, ele sentiu o seu braço doer. Luna olhou para o braço dele e viu sangue.

 

— O que houve com o seu braço? Ele está sangrando.

 

Sobrek tapou o ferimento com sua mão.

 

— Ah isso não foi nada. Quando eu percebi que havia perdido o anel, eu saí correndo para chegar aqui antes de escurecer e eu tropecei no asfalto.

 

— Nossa! Deve está ardendo muito?

 

— Um pouquinho.

 

— E você achou o anel?

 

— Achei sim. Eu guardei no bolso da calça. Era o anel de meu pai.

 

— Ainda bem que achou. Vamos para a minha casa, eu vou cuidar desse ferimento.

 

— Ah não precisa. Já está tarde. Eu vou para casa mesmo.

 

— Não senhor. Você me ajudou e eu quero te ajudar.

 

Luna guardou o diário na bolsa. Ela e Sobrek caminharam em silêncio. Ela estava tentando se lembrar do que aconteceu e ele estava tentando entender por qual motivo não conseguiu matar Luna.

 

Assim que eles chegaram à casa de Luna, D. Kanzaky correu para pegar o kit de primeiros socorros. Ela entregou nas mãos de Luna e disse.

 

— Eu guardei uns sanduíches para agora à noite. Eu vou preparar chocolate quente para vocês.

 

— Obrigado senhora. Eu não quero dar trabalho.

 

— Imagina, não é trabalho algum. Hoje você é o nosso convidado. – Disse D. Kanzaky sorrindo.

 

D. Kanzaky foi para a cozinha, enquanto Luna fazia o curativo no braço de Sobrek.

 

 

 

*Ela tem as mãos de um anjo. Como uma pessoa tão graciosa como a Luna, possui poderes das trevas? Eu não consigo associar uma coisa com a outra. Na sua transformação ela não adquiriu o olhar sombrio de seu pai, por que isso não aconteceu?

 

— Prontinho. Está muito apertado?

 

— Não, está ótimo. Muito obrigado.

 

Luna sorriu. D. Kanzaky já havia colocado os sanduíches na mesa e trouxe também café, chocolate quente, banana cozida. Os três tiveram uma refeição alegre e após comerem, ainda ficaram mais um tempo na mesa conversando, Sobrek se ofereceu para ajudar nas tarefas, mas D. Kanzaky não deixou. Como já estava tarde, ele agradeceu por tudo e foi embora.


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