Meu nome é Suzan. Tenho 14 anos. Naquele agradável começo de tarde sai da escola e fui em direção a minha casa. Pensava na comida de mamãe. Humm! Sabia que o prato de hoje seria lasanha com batatas fritas. Ao lembrar-me disso minha barriga roncou e senti imensa fome. Balancei a cabeça a fim de afastar aquele pensamento que me perturbava. “Só mais 15 minutinhos”. Disse para mim mesma.

            Entrei no ônibus e me acomodei confortavelmente. Fechei os olhos e pouco depois senti alguém me cutucar delicadamente.

            -Ei, mocinha. Você pega este ônibus todos os dias. Percebi que você estava dormindo e seu ponto já esta chegando. – disse a senhora amável.

            -Ah! Obrigada....

            -Lourdes.

            -Obrigada Dona Lourdes.

            A porta se abriu e eu desci as escadas que davam para uma espécie de bosque. Senti um arrepio. Sabia da história daquele ligar. Minha mãe me aconselhava a não me aproximar dali. Dizia para saltar do ônibus e vir correndo. Iria parecer uma louca!

            Ouvi uns gritos desesperados vindo de lá. Senti-me tonta e tive ímpeto de fugir. Não podia deixar aquela garota lá, sendo torturada. Minhas pernas não responderam por mim. Involuntariamente, segui em frente e conheci A Passagem para o Inferno.