Pov's Astrid

Acabei seguindo Dag e juntos,fomos perguntando para as pessoas se viram uma garota com a descrição de Seeylfe.Um casal relatou que a Strondus correu para o banheiro feminino.

E como Dag não podia entrar,sobrou pra mim.

Adentrei o banheiro e passei pelos cubículos,parando na frente do único que estava com a porta fechada.

—Seeylfe?-chamei batendo na porta.

—Vai embora,Astrid—pediu com a voz embargada.

Suspirei.

—Não pode ficar aí pra sempre-alertei.

—É melhor assim—afirmou-Pois se eu sair daqui,eu vou quebrar a cara do seu irmão.

—Você acreditou mesmo no que a Renata te disse?-questionei incrédula.

—Dag era um galinha antes de me conhecer!—lembrou irritada-E pelo visto,não deixou o passado para trás.

—Deixou sim.É aquela louca que não desiste dele.Precisava ver o fora que ele deu nela-comentei-Ele te ama,Seeylfe.Ele nunca namorou ou se apaixonou por ninguém,só por você.Renata foi apenas uma garota que ele ficou.Não deixe as mentiras dela acabarem com o amor que há entre você e Dag.

Um silêncio constrangedor se instalou no local,apenas por uns segundos.

—Eu vou matar Renata por ter tentado me enganar—afirmou num tom de ameaça.

—É claro que ela mentiu,Seeylfe.Que garota não mentiria para ficar com alguém como Dag?-brinquei.

Pov's Dag

Já fazia alguns minutos que Astrid havia entrado no banheiro atrás de Seeylfe,mas a demora já estava me deixando muito angustiado.

Não pude evitar o suspiro de alívio quando vi as duas saindo.Quando Seeylfe me viu,correu em minha direção e me abraçou com força.

—Me desculpa...-murmurou.

Sorri,retribuindo o abraço.

—Está tudo bem-garanti.

(...)

Dias depois...

Travei o carro e me virei,indo em direção à delegacia.

Arregalei os olhos em choque quando avistei Renata,me esperando na entrada,sorridente.

—O que você está fazendo aqui!?!-perguntei irritado quando cheguei perto.

—Pensei que poderíamos sair depois do seu expediente-sorriu-Como nos velhos tempos.

Arregalei os olhos incrédulo.

—Renata,ou você é muito burra ou é doente mental-comentei-Quando vai entender que eu não quero nada com você!?!Larga do meu pé!

Passei por ela e entrei na delegacia,bufando de raiva.

(...)

Horas depois...

Pov's Seeylfe

Eu estava limpando uma das mesas quando uma loira entrou na lanchonete.Ela parecia irritada.

—Desculpe.Já estamos fechando-alertei com um sorriso.

Ela se aproximou e me encarou com ódio.

—Se pensa que venceu,está muito enganada!-apontou o dedo na minha cara-O Dag é meu!

Franzi a testa confusa.

—Você conhece o Dag?-perguntei-Porque eu não te conheço.

—O que?Não se faça de idiota!-se irritou.

—Idiota é você,sua louca!-rebati irritada-Nem te conheço!Saí daqui antes que eu mesma te tire!

—Renata!-exclamou Dag incrédulo e então se aproximou,pegando a loira pelo braço-Deixa comigo,amor.Eu cuido disso.

Assenti,mesmo não entendendo nada do que estava acontecendo.

Pov's Dag

Arrastei Renata para fora da lanchonete e soltei seu braço.

—Volte pra Arendelle!Isso o que está fazendo comigo e Seeylfe é perseguição!-esbravejei irritado-Não vou hesitar em te prender se continuar com essa loucura!

Ela franziu a testa.

—A sua namorada tem algum problema de memória-relatou-Ela nem se lembra de mim.

—Ela tem um problema no cérebro,mas isso não é da sua conta-rebati.

—Ela tem problema de memória!-riu divertida-Como faz para ela se lembrar de você?

—Vai embora-pedi tentando manter a calma.

—Pode ficar comigo e ela não vai nem lembrar.Que tal?-sugeriu sorridente.

Arregalei os olhos chocado.

—Estou avisando uma última vez:Vai embora ou eu te prendo-alertei sério.

(...)

Depois que Seeylfe fechou a lanchonete,eu a levei para minha casa e ficamos sentados na escada da varanda,abraçados.

—O que aquela doida queria?-perguntou minha namorada curiosa.

—Alguém do meu passado que não queria seguir em frente-fiz pouco caso-Mas já resolvi tudo.Não precisa se preocupar.

Ela assentiu e então me beijou.

Foi então que eu ouvi um disparo e Seeylfe caiu na areia com tudo,gritando de dor e com o ombro ensaguentado.Ela tinha levado um tiro.

Ergui meu olhar assustado,vendo Renata se aproximar,com um olhar de ódio e segurando uma pistola na mão.

(...)
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

—Renata!O que você tá fazendo!?!-questionei incrédulo.

—Eu vou me vingar de vocês dois!-afirmou revoltada-Vou matar você por ter me traído e vou matar ela por ter roubado você de mim!Vai se arrepender de ter escolhido essa ruiva idiota!

Foi então que surpreendentemente,Seeylfe se levantou e correu até Renata,pulando em cima dela.

Vi que Renata tinha deixado a arma cair e aproveitei,chutando-a para o mais longe possível.

Virei-me vendo Seeylfe e Renata rolarem na areia,até minha namorada ficar por cima da Hale e começar a lhe dar tapas e socos.

Arregalei os olhos em pânico quando vi Renata alcançar uma pedra.

—SEEYLFE!CUIDADO!-gritei.

Não deu tempo e Renata acertou a pedra com tudo na cabeça de Seeylfe,que caiu pro lado,inconsciente.

Quando Renata avançou para finalizar minha namorada,não tinha escolha e saquei a arma,atirando várias vezes nas costas da Hale.

Renata caiu morta na areia e corri até Seeylfe,a pegando em meus braços.O sangue escorria da sua cabeça e havia sujado uma parte do seu belo rosto.

Comecei a chorar.

—Aguenta firme,meu amor.Aguenta-supliquei pegando meu celular.

(...)

Horas depois...

Não iria ficar encrencado por matar Renata,já que havia sido em legítima defesa.Quando Seeylfe deu entrada no hospital,não consegui nem sequer cochilar e levantava e sentava várias vezes na sala de espera.Os pais de Seeylfe e Soluço me faziam companhia.Astrid ficou na casa dos Strondus para cuidar de Liv.

Assim que amanheceu,o médico que tratou de Seeylfe disse que ela estava bem e que agora,estava em repouso.O tamanho do meu alívio foi indescritível.

Meia hora depois,o médico retornou,dizendo que Seeylfe estava acordada e poderia receber visitas.Apesar de ter desejado muito vê-la,decidi não ir,pois ela não iria se lembrar de mim.

Pov's Soluço

Eu e meus pais adentramos o quarto,vendo Seeylfe deitada na maca.Ela deu um sorriso fraco aos nos ver.

—Oi...-disse com a voz meio grogue.

—Como se sente?-perguntou mamãe aflita.

—Cansada-respondeu fazendo uma careta-Cadê o Dag?

Arregalei os olhos em choque.

—Você lembra do Dag?-questionei assustado.

Ela franziu a testa confusa.

—Porque eu não iria lembrar do meu namorado?-comentou.