Harry e Gina: a vida após as batalhas escrita por Ravena Witch


Capítulo 17
Bravura


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo. :)



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Janeiro de 2004

O palco havia sido montado ali, bem no meio do nada – como a grande parte dos eventos bruxos. Uma multidão estava na plateia e Harry Potter aguardava nas coxias do palco e via cada nome ser chamado com uma mistura de orgulho e receio.

— O que foi amor? – perguntou Gina, com quem estava de braços dados.

— Você sabe que eu não queria estar aqui. – disse ele.

— Harry. – disse sua sogra, que estava ali – Eu sei que é difícil pra você toda essa atenção, e que não se vê como um herói. Mas tente colocar algo nessa sua cabecinha: você é um herói.

— Mas... – começou ele, mas foi interrompido pelo cunhado.

— Harry. – disse Gui – Por mais que não se veja assim, o mundo bruxo o vê assim, nós o vemos assim. Você fez muito, mesmo que as pessoas romantizem sua experiência você fez sim, muito, por nós. E é por isso que está aqui.

— Harry. – disse Rony – Só aceite.

O Ministro da magia já havia homenageado postumamente todos os mortos das batalhas da segunda guerra bruxa, os familiares já haviam recebido em seu lugar suas medalhas de bravura, e já haviam chamado também todas as pessoas que lutaram naquelas batalhas, mas que continuaram vivas.

Chegava a hora, um dos momentos mais importantes, pois o Ministério havia decidido homenagear os integrantes de grupos de resistência com toda a pompa e circunstância.

— Devemos muito – começou a voz do Ministro, a qual se ouviu por toda as redondezas. – a estas pessoas, que, por não aceitaram se manter em guarda-baixa decidiram lutar não somente por eles, mas por todos no mundo bruxo. A Ordem da fênix foi criada na primeira guerra bruxa, e foi refundada na segunda guerra, assim como a Armada de Dumbledore, que nasceu como uma resistência na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts fundada em 1995 e refundada em 1997; seus membros sabiam os perigos e a morte eminente, mas ainda assim continuavam a lutar pelo mundo em que acreditavam – O ministro passou então a homenagear os integrantes da Ordem, falecidos na primeira Guerra, quando os nomes de Tiago e Lilian Potter foram falados, Harry sentiu um nó na garganta, pois era inevitável. O ministro passou então aos integrantes da segunda Ordem da fênix, o Ministro continuou proclamando os nomes e, a cada nome, um parente vivo subia ao palco para receber, em nome do homenageado a medalha de bravura dada pelo Ministério e o coração de Harry palpitou novamente ao ouvir os próximos nomes:

— Ninfadora Tonks e seu marido Remo Lupin. – Harry sentiu seu coração se apertar novamente, mas Harry sabia que seu afilhado seria forte o suficiente para subir ao palco e receber as medalhas. Era pouco, Harry sabia, ele não tinha os pais, e duas medalhas frias não substituiriam isso, mas ele tinha mais do que Harry jamais havia tido, uma família amorosa. Teddy não estava sozinho.

Os integrantes mortos da AD eram poucos, mas nenhum nome foi pior de ouvir que ouvir o de Colin Creevey, pois ele, tão jovem, ao entrar escondido em Hogwarts para lutar havia mostrado uma bravura que poucos homens adultos tinham.

— Uma homenagem especial a Fred Weasley, que lutou ao lado, tanto da Ordem da Fênix quanto da Armada de Dumbledore, sendo um membro importante das duas organizações. – Percy e Carlinhos, os únicos parentes disponíveis no momento, e que já haviam recebido suas próprias homenagens foram receber a medalha que pertencia a seu irmão.

— E agora, homenagearemos aqueles a quem a guerra não levou – o ministro passou a chamar os nomes dos sobreviventes da Ordem e da Armada, foram um a um, subindo ao palco, para receber suas medalhas e, dali, sentavam-se em cadeiras reservadas à frente da multidão. Todos estavam muito silenciosos, tanto fora, quanto dentro dos camarins, era um momento solene e importante. Todos foram sendo chamados, até que a coxia só continha amigos íntimos e familiares de Harry, foi quando ele começou a suar, pois sabia que logo seu nome seria chamado.

— Angelina Weasley, - integrante da Armada de Dumbledore e por sua uta na Batalha de Hogwarts.

Os nomes foram sendo chamados sucessivamente.

— Lino Jordan, por ser membro da Armada de Dumbledore e por criar a estação de rádio orquestrada pelos resistentes, o Observatório Potter.

— Rúbeo Hagrid, por ser membro das duas formações da Ordem da fênix e por suas lutas na Batalha da Torre de Astronomia, na Batalha dos sete Potters e na Batalha de Hogwarts.

— Jorge Weasley por ser membro da Armada de Dumbledore e da segunda formação da Ordem da Fênix e por suas lutas na Batalha dos sete Potters e na Batalha de Hogwarts, por passar informações entre os membros da Ordem da fênix e a Armada de Dumbledore e ser afiliado à radio Observatório Potter, também por sua luta na batalha de Hogwarts.

— Fleur Weasley, nascida Delacourt, por ser membro da segunda formação da Ordem da Fênix e por suas lutas na Batalha dos sete Potters e Batalha de Hogwarts e abrigar refugiados de guerra em sua casa. – Fleur recebeu naquele momento duas medalhas de bravura, das mãos dos Ministros do Reino Unido e da França, seu país de origem.

— Guilherme Weasley – por ser membro da segunda formação da Ordem da fênix, e por suas lutas na Batalha da Torre de Astronomia, Batalha dos sete Potters e Batalha de Hogwarts, participar de missões, ser porta-voz entre os duendes e abrigar refugiados de guerra.

— Molly Weasley - chamou o Ministro – por ser membro da segunda formação da Ordem da fênix e por suas luta na Batalha de Hogwarts, sediar a ordem da fênix em sua casa e repassar informações da Ordem.

— Arthur Weasley – chamou o Ministro – por ser notório membro da segunda formação da Ordem da Fênix e por suas lutas na Batalha dos sete Potters e na Batalha de Hogwarts, participando de missões de salvamento e reconhecimento e por sediar a ordem da fênix em sua casa.

— Luna Lovegood, por ser co-fundadora da segunda formação da Armada de Dumbledore e por suas lutas na Batalha do Ministério, na Batalha da Torre de Astronomia e na Batalha de Hogwarts.

— Neville Longbottom, por ser co-fundador da segunda formação da Armada de Dumbledore e por suas lutas na Batalha do Ministério, na Batalha da Torre de Astronomia e na Batalha de Hogwarts, por forte resistência em Hogwarts, e por ter destruído uma das Horcruxes de Tom Riddle.

— Ginevra Potter, nascida Weasley, por ser líder e co-fundadora da segunda formação da Armada de Dumbledore e por suas lutas na Batalha do Ministério, na Batalha da Torre de Astronomia e na Batalha de Hogwarts.

— Ronald Weasley, por ser co-fundador da Armada de Dumbledore e por suas lutas na Batalha do Ministério, na Batalha da Torre de Astronomia, na Batalha dos sete Potters e na Batalha de Hogwarts e por destruir uma das Horcruxes de Tom Riddle.

— Hermione Weasley, nascida Granger, por ser idealizadora e co-fundadora da Armada de Dumbledore e por suas lutas na Batalha do Ministério, na Batalha da Torre de Astronomia, na Batalha dos sete Potters e na Batalha de Hogwarts, e por destruir uma das Horcruxes de Tom Riddle.

— Harry Potter por ser co-fundador e principal líder da Armada de Dumbledore e por suas lutas na Batalha do Ministério, na Batalha da Torre de Astronomia, na Batalha dos sete Potters e na Batalha de Hogwarts, por afiliações com a Ordem da Fênix e por ter destruído uma das Horcrux de Tom Riddle e por tê-lo derrotado na última batalha.

Logo após um relutante Harry agradecer sua homenagem e premiar o Ministro por seus serviços para a Ordem da Fênix e luta na ultima batalha, todos se sentaram, a celebração solene teve fim e Harry foi para A Toca com sua família. Não havia clima de comemoração no ar, era quase que uma tensão, um sentimento aterrador, que misturava tristeza e saudades dos que se foram.

Harry e Gina levaram Teddy com eles, pois o menino parecia muito manhoso para estar com eles. A vó acabou permitindo, pois sentia que nesse momento o garoto precisava estar perto de Harry, pois agora, com sete anos, ele entendia melhor o que havia acontecido. Tinha orgulho dos pais, mas ainda precisava da figura paterna que o padrinho lhe representava.

— Nossa. – disse Molly – Acho que essa foi uma das noites mais longas da minha vida.

— Com certeza. – disse Jorge ao pegar seu filho, que havia ficado em casa com a mulher de Percy. – Precisamos ir. – disse ele dando um beijo na mãe e um aceno para todos.

— Até mais. – disse Angelina, partindo com o marido.

— Nós também iremos. – disse Percy, com sua filha mais velha, adormecida em seu colo, enquanto a esposa pegava sua bebê mais nova.

— Estou realmente muito cansada. – disse ela – Até mais família.

— Até! – todos responderam.

— Farei um café para nós. – disse Molly

— Estou mesmo precisando.

— Madrinha. – disse Teddy ainda triste pelos acontecimentos da noite – Eu estou com sono.

— Coloque-o para dormir no antigo quarto de Jorge. – disse Molly – E vocês também podem ficar por aqui essa noite, disse para os outros filhos.

— Precisamos ir para casa. – disse Gui – mas voltamos amanhã, mamãe.

— Venha querrida. – disse Fleur para a filha, que também gavia ficado na Toca com a tia – Se despeça de seus avós e seus tios.

— Até amanhã vovó – a menininha que mais parecia uma Fleur miniatura parecia uma pequena bailarina dando passos graciosos até seus avós – Até amanhã vovô. – depois de beijar seus avós ela foi até o pequeno Teddy, que estava sentado bem junto de Gina e lhe deu um beijinho no rosto, enxugando uma lágrima do rosto dele com a mão delicada. – Não fique triste Teddy – disse ela – Nos veremos amanhã.

— Até mais Vic. – disse o menino soltando um inesperado e tímido, porém lindo sorriso.

Enquanto a pequena família se dirigia para a porta, Fleur apenas sorria e Gui olhava desconfiado para o garoto que agora voltava para sua expressão triste.

— Vamos querido. – disse Harry – Te levarei para o quarto.

Ainda no caminho o menino adormeceu no ombro de Harry, Depois que ele e Gina colocaram o garoto na cama Harry abraçou a esposa e lhe beijou a ponta do nariz.

— Você está pensando o mesmo que eu? – perguntou ele

— Depende. – ela disse sorrindo – Você está pensando no tamanho do meu amor por você? - Depois de um longo e doce beijo Harry respondeu:

— Estou pensando que Teddy vai ter que ter cuidado com seu irmão.

— Ah, - disse ela – Você também percebeu que eles parecem muito ligados?

— Eles são tão novos Gina. – disse Harry – Ele só tem sete anos.

— Soube que queria você pra mim aos onze anos, e tenho certeza de que se te conhecesse antes disso também teria certeza.

— Eu te amo tanto Gina. – Harry a abraçou fortemente e acariciou-lhe as costas. – Tanto que chega a doer.

— Não mais do que nós amamos você! – Harry beijou a esposa com paixão, era sempre lindo ouvir as declarações de Gina, ouvi-la dizer que eles o amavam era... Espera, eles?

— O que disse? – disse ele interrompendo o beijo, confuso.

— Vamos sair daqui ou vamos acordar o Teddy. – Gina o puxou para fora do quarto, levando-o ao próprio quarto, que ocupava quando solteira.

— Gi. – disse ele assim que ela fechou a porta – O que quis dizer?

— Eu quis dizer que nós amamos você! – ela disse pegando a mão do marido e colocando sobre a própria barriga – Eu e seu filho.

— Filho? – disse Harry com a voz embargada pela emoção.

— Ou filha! – disse ela.

Harry abraçou Gina e os dois ficaram ali, emocionados pelo eminente crescimento de sua família. Gina e Harry mal podia esperar para ter um filho. Decidiram que estava na hora, mas não pensaram que seria algo tão rápido.

— Precisamos contar para todos.

Ao descerem a escada, onde ainda se encontravam Carlinhos, Molly, Arthur, Rony e Hermione sua felicidade transparecia e todos se voltaram para eles.

— O que foi? – disse Rony – Ganharam na loteria?

— Não! – disse Gina – Melhor que isso.

— O que pode ser melhor que ganhar na loteria? – perguntou Carlinhos brincando.

— Eu vou... – disse Harry, mas sua voz se quebrou pela emoção – Nós seremos... – recomeçou ele.

— Oh meu Merlin. – disse Hermione se levantando e abraçando a amiga e Harry em um só abraço.

— Estou tão emocionada. – disse Molly se juntando ao abraço.

— Eu não estou entendendo nada. – disse Rony

— Nem eu. – disse Carlinhos.

— Eu já vi essas expressões vezes demais pra não saber do que se trata. – disse Arthur sorrindo e se voltando para o genro. – Parabéns Harry – disse ele dando-lhe um abraço. – Parabéns minha menininha. – visivelmente emocionado ele abraçou a filha mais nova.

— Eu continuo sem entender nada. – reclamou Rony

— Pelo amor de Merlin, Ronald. – disse Hermione – Nós vamos ganhar um afilhado.

A felicidade naquele momento resplandeceu no ambiente, trazendo a maior das alegrias para aquela noite.


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