Karakura Town.

Domingo

7:30.

Quando as pessoas costumavam ouvir a palavra 'Domingo’ associavam rapidamente a descanso de uma semana exaustiva, mas ainda algumas pessoas precisavam acordar mais cedo naquele dia. Rukia dormia tão tranquila, porém começou a um barulho baixinho, que aumentava com o tempo até se tornar algo insuportável. Abriu seus olhos lentamente, soltando um gemido preguiçoso, levou a mão até o criado mudo que ficava ao lado de sua cama e pegou o celular, desbloqueado a tela e desativando aquele barulho horrível. Respirou fundo, queria dormir até o meio dia mas não podia. Virou seu rosto de lado e viu seu marido, que também havia acordado e estava com um carranca no rosto, Ela acabou rindo e aproximando os lábios até o dele, depositando um beijo.

— uma hora dessas e você já está com essa carranca. — fez um bico.

— Eu estou com sono! — Resmungou. Se aproximou da esposa e passou as mãos pela as costas dela, a abraçando. — Não podemos dormir nem por mais 5 minutos?

— Infelizmente não, daqui a pouco as nossas meninas…

Antes que a Kurosaki pudesse terminar daquela frase, ouviu duas vozes altas e infantis vindo do corredor, parecia bastante alegres. Alguns segundos depois entrou uma ruiva que possui os mesmos cabelos espetados e características físicas do seu pai e em seguida uma morena, que era uma cópia exata da mãe. As duas gêmeas que tinham cinco anos subiram na cama e primeiros foram em direção de Rukia, a ruiva que se chamava Saori, encheu a mãe de beijos, ela era a mais agitada da família, era como se sua energia não tivesse fim. Quando a ruiva pulou nos braços de Seu pai, dando vários beijos no rosto do pai que logo tirou aquela carranca na cara, a vibe da pequena Kurosaki havia pegado nele. Mahiru, que era a morena, abraçou sua mãe e sem pressa alguma, virou seu rosto e beijou a bochecha dela, Rukia também depositou um beijo no rosto da sua filha. Ela era completamente o oposto da sua irmã, era mais quieta e muito menos escandalosa, raramente ria alto ou fazia alguma travessura no estilo da sua irmã. E ainda tinha sua personalidade, que era idêntica do seu pai. Ela foi até o seu pai e o abraçou, dando também o beijo na bochecha que logo foi retribuído, com um beijo na testa.

Uma morena mais velha sorriu, ao ver seu marido abraçado com sua filhas. No começo ela achava que ficaria louca, ambos eram pais inexperientes que duas bebês que precisam deles a todo custo, ainda mais por nascerem prematuras, sabia como era difícil ter um filho e dois ainda era pior, mas passaria por tudo aquilo novamente para o sorriso das suas amadas filhas.

As gêmeas se deitaram no meio da cama enquanto os pais se viraram para elas. Ichigo levou seu olhar até sua esposa que tinha um sorriso no rosto enquanto ouvia suas filhas falarem sobre algo que envolvia o aniversário da melhor amiga, Ishida Katsumi, filha de Uryuu e Orihime. O trio de meninas achavam as discussões do Kurosaki e Ishida hilárias, sempre riam bastante quando aconteciam.

O ruivo deu um sorriso também, por um momento se lembrou do dia que pediu Rukia em namoro com a maior certeza do mundo que ela era a Mulher da vida dele, e como namorados experimentam coisas novas e inesquecível. Quando se casaram, aprenderam a viver em união no mesmo teto, claro que tiveram várias brigas bobas, mas nada que uma desculpa ou um beijo não resolveria. O casamento é difícil, mas mesmo assim, o amor dois eram maior que tudo. Dois anos depois do matrimônio, veio a notícia da gravidez que foi recebida com bastante alegria, mas também veio preocupação quanto a médica falou que a gravidez de Rukia seria de risco porque o corpo da baixinha era muito pequeno para as duas crianças, sempre admirou sua esposa por ser alguém tão guerreira, mas fico ainda sem palavras com a tamanha determinação que ela tinha quando decidiu dar a vida por suas filhas, mas no final tudo havia ficado bem. Daquela horrível tempestade em sua vida que havia passado, agradecia pela as gêmeas, mas nunca mais desejaria uma angústia daquelas.

Rukia naquela época estava decidida durante a gravidez dar sua vida por elas e esse objetivo nunca mudou, sempre daria sua vida pela as meninas.

— Mamãe. — Mahiru virou sua cabeça de lado, em direção a sua mãe.

Era impressionante como sua filha possuía todas características da mãe, até às pequenas sobrancelhas. Porém a cor de pele mudava em ambas, Saori tinha a pele bem branca, igual da sua mãe e Mahiru tinha um Tom mais escuro,igual do seu pai.

— Eu to com fome. — Os olhos violetas da garota estavam olhando para a mãe, esperando uma resposta.

— Eu também estou com fome! — Saori falou, se inclinando pra frente e sentando na cama.

Ichigo suspirou, se inclinando também. Já sentia a preguiça chegando e antes que ela tomasse seu corpo, era melhor se levar.

— primeiro vão lá trocar de roupa. — Rukia comentou, se levantando da cama.

As gêmeas desceram a cama rapidamente e correram em direção ao quarto delas.

— Meninas! Sem correr! — o ruivo falou alto, mas era como falar com a parede.

— É pra pegar a roupa que já deixei separada. —Rukia falou alto também, ouvindo um “Tá bom, mamãe!” Em seguida.

O casal em seguida começou a arrumar a cama, ao ter terminar, foi também trocar de roupa. Quando a morena viu seu homem com as costas a mostra, chegou perto e depositou um beijo na espinha, fazendo ele levar um pequeno susto e se arrepiando, gemendo involuntariamente também. Ele se virou de costas e viu sua amada apenas de calcinha, que por sinal era preta. Pode vê-la daquele jeito e não poderia brincar um pouco era até maldade, levou a mãos até às costas da mesma e a puxou para mais perto e a beijando, pelo o menos aquilo poderia. Rukia havia ficado surpresa, mas logo respondeu a atitude do seu marido, devolvendo o beijo.

— Eu te amo, Rukia. — aproximou a mão até o rosto dela, alisando.

— Eu também te amo, Ichigo. — aproximou os lábios, dando um selinho.

Após o casal se vestir, os dois furações em forma de gente entraram dentro do quarto. Os quatro foram em direção ao banheiro, havia dois bancos para que as meninas pudessem alcançar a pia. Quando as mesmas subiram, os pais depositaram a pasta sobre a escova e elas começaram a escova a boca, em seguida eles fizeram o mesmo. A gêmea morena fez uma careta, estava brava com um dos seus dentes que estava mole.

— O que foi, querida? — Ichigo perguntou, tirando a escova da boca. — E o dente de novo?

Mas antes que Mahiru pudesse responder o pai, levou sua mão até o dente e fechou os olhos, decidiu que ela mesma tiraria aquilo que tanto a incomodava. Quando os três notaram a intenção da Kurosaki, já era tarde demais, ela mesma havia tirado o próprio dentes. Rukia olhou pra sua filha surpresa, mas também com orgulhoso.  A pequena esticou o mão até o pai, com o dente sobre a mão. Se Ichigo não tivesse visto aquilo com seus próprios olhos, não acreditaria que sua filha arrancou aquilo e ao mesmos chorou.

— Filha, me deixe ver. — Rukia foi até ela, que mostrou para a mãe. A morena mais velha deu um sorriso, pegou o dente da mão da filha, iria guardar.

Sim, Kurosaki Rukia iria guardar o dente da filha.

— Também quero ver! — Saori levou o seus olhos castanhos até o dente que a mão estava lavando, se virou para a irmã e abriu a boca, não era só a pequena morena que tinha um dente para cair.

E novamente, antes que seus pais falassem algo, levou a mão até o dente da irmã.

— Não, não, Mahiru! — Ichigo levou a mão até o ombro da filha, tentando puxá-la mas foi em vão.

— Mahiru! Deixe que a sua irmã tire sozinha. — Rukia tenta também separar as filhas, conhecia Saori ao ponto que quando aquilo saísse, ela gritaria.

Dito e feito, a ruivinha abriu o berro fino quando sentiu que havia saído, Saori era mais sensível que a irmã. Nos olhos dela haviam lágrimas.

— Isso doeu! — Levou a mão até a bochecha.

— Você que pediu! — falou seria.

Rukia e Ichigo olharam um para o outro, sem acreditar na cena que presenciaram. Seguram o riso por enquanto, voltando a atenção a suas filhas.

— Mahiru, me dê o dente da sua irmã e terminei de lavar a boca.

A Kurosaki deu a sua mãe e voltaram a lavar a boca. Após terminarem, saíram correndo, provavelmente em direção a sala. Depois que o casal terminou de escova a boca, olharam um para o outro e começaram a rir

— Eu não tenho nem o que dizer, e você viu? Mahiru não derramou nenhuma lágrima. — Guardou a escova junto com a de Rukia e das meninas.

— Eu fiquei chocada. E a cara da Saori? Coitada da minha fadinha. — Rukia estava com a mão no rosto, sentindo pena da filha.

Mas em seguida continuaram a rir. Ichigo se aproximou da esposa e a puxou devagar, fazendo a mesma colocar a cabeça sobre seu peito.

— Elas vieram sob encomenda. — Depositou um beijo no topo da cabeça da esposa.

— Sim, nossas meninas são tão maravilhosas. — Deu um sorriso, levando seu rosto e aproximaram os lábios, selando com um beijo calmo.

— Vamos, ainda temos que fazer várias coisas durante o dia.

— Sim, vamos.

Se abraçaram de lado, saindo em direção a saída do banheiro. O dia na Família Kurosaki já havia começando agitada e provavelmente seria o dia inteiro, às pequenas Saori e Mahiru ainda tinham muito para aprontar.