Sentenced to love - A new begging escrita por Cyz


Capítulo 16
Estamos sendo celestialmente abençoados


Notas iniciais do capítulo

Demorei?? SIm, bastante, mas espero que gostem do capitulo!!



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Point Of View Emma

 

— Filha da p... – Regina fala e me acordo – sai Emma, me solta

— Amor? – falo ao perceber que está dormindo

— Como pode? – ela volta a falar – vou te matar, Emma

— Opa... – percebo que o sonho não está bom – amor, acorda – a sacudo de leve

— Hã? – ela fala de olhos ainda fechados

— Você teve um pesadelo – beijo seu pescoço – bom dia

— hum... – ela vai despertando ainda mais – sonhei que você estava me traindo e que ela era linda – ela me olha e bate em meu braço

— Ai, Rê... Foi só no sonho – ponho a mão onde bateu

— Você a beijou, Emma – ela me olha com olhos cerrados

— Amor... – falo meio perdida e ela vai para o banheiro – mas era só o que me faltava

Levanto e vou para o banheiro social, pego uma escova nova do armário para escovar meus dentes, o dia estava um pouco frio então decido tomar um banho mais quente, o que me deixa mais disposta, diferentemente da Regina, que fica bem preguiçosa. Volto para o quarto e minha esposa ainda está no banheiro, me troco e dou uma ultima checada em frente ao espelho. Vou ao quarto das crianças e acordo o Oliver para ir à escola. Já que estávamos tentando melhorar a leitura dele, nós montamos um mural com regras básicas para o amanhecer, anoitecer e o convívio diário. Ele acordou sem querer acordar, então aponto para o mural na sua parte do quarto e ele sorrir, como aquilo era uma novidade, ele estava animadíssimo com as regras a seguir. Ele começa a ler em voz alta, bem devagar, mas se torna mais fácil por causa das imagens na lateral de cada regra. Aproveito essa leve independência e vou para cozinha, preparar o café da manhã. Regina já está lá, preparando o lanche para o Oliver, resolvo me aproximar devagar e tentar ver se estamos bem.

— É aconselhável me aproximar? – falo e ela me olha desconfiada

— Foi mal... É que foi tão real – ela parecia se martirizar

— Mas foi só um sonho ruim – friso e me aproximo para beijá-la

— E você sabe que te mataria até em sonho, certo? – ela força um sorriso

— Sim senhora – sorrio e roubo um selinho

Como o tempo estava corrido, acabo fritando ovos e bacon, fazendo torradas, suco e café. Nesse meio tempo a Rê ajuda o nosso menino a arrumar a lancheira e confere a mochila, se ele tomou banho direito, se deixou a toalha molhada na cama... Essas coisas! Todos nós tomamos café bem rápido, como eu não iria trabalhar de manhã, ajudo Oliver enquanto Regina termina de se arrumar. Me despeço dos dois e corro para o quarto das crianças, o choro de alguém me alertou que havia acordado. Dou banho na Ágatha, café da manhã e aproveito esse tempinho para arrumar a cozinha. Assim que acabo essa tarefa domestica, levo minha pequena para a sacada para que possamos brincar um pouco, hoje ela estava fazendo mais um mês de vida e parecia está mais elétrica que nunca. Perto da hora do almoço eu me levanto e a coloco na sala enquanto eu preparo o que vamos comer. Faço tudo, comemos e quando olho a hora já tenho que me arrumar para ir trabalhar. Fico pronta e apenas espero os babás da Tata chegarem, meus sogros ficariam com essa função hoje. Assim que chegam, chamo um táxi e saiu para a empresa. Apesar de ter passado a manhã em casa, para mim, o dia foi super corrido, por sorte a hora da saída também chega cedo. Como meu carro está quebrado, Regina passou na escolinha de taekwondo para pegar o Oli e foi na empresa me buscar. Pois é, nosso macaquinho está praticando artes maciais agora. Assim que chegamos em casa, ajudamos Tata e Oli, os levamos para a área de recreação do prédio e damos um pedaço de melancia para a nossa fadinha comemorar os 10 meses de vida. Era engraçado ver o macaquinho morrendo de rir da sua irmã toda suja. Tiramos algumas fotos para ficar de recordação e voltamos para casa, tivemos que dá um novo banho nas crianças e nós também tomamos, afinal, até nós nos sujamos. Deixamos os meninos no sofá e vamos preparar um jantar rápido, hoje comeríamos o macarrão Swan. Conversamos um pouco ao longo do jantar, Oliver brinca um pouco com a Tata e é preciso intervir, pois estava vendo a hora da comida esfriar e eles se recusarem a comer. Agora a noite a louça seria da Regina, então me reúno com as crianças e enquanto a Tata brinca, o Oli faz a lição, acabo tentando dá um pouco de atenção para cada um. Regina tem a ideia de comermos pipoca enquanto vemos um filme, vou para a cozinha fazer um pouco de pipoca doce e um pouco salgada e ela escolhe o filme com as crianças, a escolha da vez foi o filme divertidamente. Antes do filme acabar, os pimpolhos da casa já estavam dormindo. Colocamos os dois na cama e voltamos para assistir um novo filme, começamos assistindo 50 tons de liberdade, acaba rolando alguns carinhos, sorrimos com algumas cenas e Regina parece está até curiosa com o quarto vermelho e os brinquedinhos utilizados, o que me faz sorrir. Tiro algumas brincadeiras com ela e minha esposa parece não gostar, não sei exatamente porque a Regina havia acordado daquele jeito comigo, tento conversar e falar que são brincadeiras bobas, mas ela se zanga e vai para o quarto. Dou um tempo para ela se acalmar, acabo ajeitando algo para o macaquinho levar para o lanche, lavo o que sujamos para a pipoca, desligo tudo e vou para o quarto.

— O que você está fazendo? – falo assim que entro

— Nada – ela fala brava, deitada na cama e com o notebook nas pernas

— Hei... – me aproximo da cama

— Olhando e-mail, Emma – responde rapidamente

— Por que está de birra hoje? – me aproximo ainda mais e me sento na cama

— Porque você está distante de mim? – ela faz bico toda dengosa e toco em sua coxa

— Hei, vem cá – beijo seu pescoço e fecho o notebook – estou aqui, meu amor, bem pertinho de você – inicio um beijo lento que logo se intensifica

— Espera – ela me para assim que ponho a mão entre suas pernas, ainda por cima da roupa – estou naqueles dias, veio mais cedo

— Ah, está explicado a birra ao longo do dia – brinco e ela me bate

— Mamãe, posso dormir aqui? – Oliver aparece na porta

— Oi amor, o que foi? – o chamo e ele sobe na cama correndo – pesadelo, macaquinho?

— Vem ca – Regina guarda o notebook, o coloca entre nós e assim dormimos

 

Anos depois

 

— Da pra acreditar como eles estão enormes? – Regina observa

— Não... Troquei as fraldas do Oli dia desses e daqui a pouco ele está do meu tamanho – Alex dá corda a Regina

— Menos, Alex... O Oli só tem 6 anos – sorrio da sua brincadeira

— Ela não admite, mas tem medo que ele cresça rápido demais – Regina me entrega

— Você acha que ele não cresceu rápido demais? Olha, dia desses nós pensávamos em ter um filho, hoje somos mães de 2 crianças, uma com 6 e outra com 2 anos – falo revoltada – fora Henry que está um homem feito

— A vida da voltas... Eu tenho um filho com 6 anos, vocês são mães de 2 crianças, a Angel faz 7 anos hoje e a surpresa maior... – Alex finaliza olhando para River

— A Ruby – Regina completa e gargalhamos – Ruby tem um garotinho lindo e ruivo, que já está um rapazinho – ela fala com voz infantil, abraçando e apertando o Edward

— Cada dia mais elétrico – Zelena completa

— A quem ele deveria puxar se fosse calmo? – Ruby retruca

— Ao esperma do doador? – Zelena perturba

— Esquecemos de ver esse detalhe, acho que por engano pegamos um esperma de um pimentinha adulto – Ruby agarra o filho e ele dá vários gritinhos em resistência

— A ideia dessa festa foi incrível – Milah fala assim que a River solta o filho

— Tudo saiu da cabecinha da Angel – Mary fala e nos espantamos – a promoter só materializou o que ela pensou

— E quem contatou? – Regina pergunta

— A melhor – Jaci aparece e nos surpreende

— Louca, como aparece por aqui e não me avisa? – Regina bate nela de leve e todas nós a cumprimentamos

— E a magia da surpresa, fica onde? – ela brinca – Depois de tantas idas e vindas, consegui voltar para Seattle

— Não deu certo na Europa? – pergunto

— Não, na verdade não era nada do que eu pensava, então preferi voltar e continuar o que já tenho – Jaci afirma meio frustrada

— Não trocar o certo pelo duvidoso – afirmo

— Exato – ela confirma

— É impressão minha ou Oli esta meio distante dos meninos? Esta tudo bem? – Jaci percebe o que não havíamos notado

— Ele esta murchinho desde que chegou da escola sexta – Regina observa

— Não quis falar? – Mary acrescenta

— não... Ele bateu em um colega de outra turma, aluno mais velho... A psicóloga disse que foi um ataque de fúria e que pode ser normal as vezes existir, mas que normalmente algo desencadeia – explico

— Ele não quer dizer o que houve? – Ruby insiste

— não... Se acamou, tomou banho e comeu... Depois disso não falou mais nada, nem queria vir hoje – falo novamente

— Vou lá – Regina parece tomar atitude

— Não amor... Deixa ele – tento mais é tarde demais

 

Point Of View Regina

 

— Hei, macaquinho – cutuco o Oliver – o que está acontecendo? Que tal conversar com a mamãe, hein?

— Tudo bem – ele disfarça

— Meu menino é um amor, então saber que ele bateu em um garoto me faz desconfiar – o cutuco novamente – filho, está pronto para falar o que houve?

— Eu bati num menino, mamãe – ele se limita a responder

— Isso eu sei... Quero saber porque fez isso – o olho e ele dá de ombros

— Eu sou assim – Oliver afirma

— Porque diz isso? – puxo ele e o coloco em meu colo

— A lala tem uma deficiência e eu também tenho ... A gente é assim mamãe – ele baixa a cabeça

— Você é o que tem aqui dentro – toco em seu peito – e não sua deficiência... O máximo que pode acontecer é você ter algumas limitações, mas acima disso você é inteligente, esperto, lindo e tem um coração de ouro isso é o que te torna especial

— Um menino chamou a lala de doente e ficou rindo dela porque ela tem aquele negocio – ele parece triste

— Síndrome de Down – confirmo

— Isso ai... E ela não se defendeu, então, eu defendi porque ele foi mal com ela – ele começa a explicar e tento esconder meu sorriso

— Amor, porque não nos disse isso? Falou com as professoras? – pergunto

— Não, porque foi rápido... A gente é diferente de todo mundo, mamãe, é difícil quando ninguém te ama – vejo seus olhos marejarem e me forço a controlar meus olhos

— Primeiro, você é amado, acima de qualquer coisa, e você ser autista não faz nosso amor diminuir – faço com que ele me olhe – segundo, você já pensou o que seria do mundo se não existisse azul?

— Amo azul mamãe – ele sorrir

— E se o mundo fosse amarelo? – pergunto e ele arregala os olhos

— Não, mamãe, azul... Amarelo é nojento – ele fez expressão de nojo e sorrio

— E se o mundo fosse amarelo, teria graça? – pergunto novamente

— AZUL – ele grita como se não me ouvisse

— Amor, presta atenção na mamãe... O diferente chama atenção por isso implicam com você, mas nada se resolve com violência – explico e ele me ouve

— VIOLENCIA NÃO – ele levanta os braços

— Exato, macaquinho, violência não... Violência nunca é a solução... Entendeu?  - pergunto

— Violência não – ele repete me olhando

Você entendeu, macaquinho? – pergunto novamente

— Desculpa mamãe – ele me olha com aqueles olhinhos irresistíveis

— Ok, mas amanhã nós vamos pedir desculpas ao garoto... Ele errou, mas você também e o que nos fazemos com o erro? – arqueio a sobrancelha esperando resposta

— Admi... – ele parece ter dúvida da palavra

— Admitimos – completo - Agora me da um beijo e vai se divertir – o coloco de pé e ele sai correndo

— A conversa foi boa... – Mary fala assim que me aproximo

— O que houve? – Emma me pergunta

— Em casa conversamos – solto uma piscadela

A festa estava incrível, Angel realmente é uma garota de personalidade e sabe o que quer. As crianças estavam se divertindo a beça, tudo estava bem ornamentado, combinando com o tema escolhido, que por sinal combinou muito com nossa pequena e branquinha garota. Em um lugar do parque havia uma mesa com petiscos, doces, tudo cheio de detalhes da branca de neve. Em outra mesa havia o bolo, rico em detalhes e tudo num clima floresta encantada. Cantamos parabéns e cortamos o bolo, que além de lindo estava delicioso, percebo que David chama Jaci para falar algo e fica misterioso. Não demora muito para que a gente descubra do que se trata, Jaci nos fala em códigos e começamos a colocar em prática o plano do meu cunhado. Final de festa, só nós sobrevivemos a um dia de festa cheia de crianças elétricas, Mary sai para se despedir dos últimos convidados e começamos a colocar tudo em ação. Assim que ela volta parece não entender.

— Temos uma vida estável, uma filha linda e saudável, mas tem algo mais que posso fazer – David fala sem demora – falar diante de Deus e dos homens que eu quero viver ao seu lado pelo resto da vida, por isso, casa comigo? – ele se ajoelha

— O que? - Ela fica surpresa – Você está brincando? – parece ter um ataque de riso

— Falo sério – ele abre uma caixinha – casa comigo?

— Sim – Mary fala super emocionada e o abraça

— Mas temos que nos casar hoje – ele alerta e ela tem um novo ataque de riso

— não pensava em casar com vestido branco, mas ao menos algo mais formal do que a roupa de festa infantil – ela gargalha sem levar a sério

— David pensou nisso, você vem com a gente e esquece o resto, ok? – falo e saiu junto com Emma para ajudar a Mary a se vestir em um tipo de barraquinha de fantasias infantis, montada para a festa

As outras meninas ficaram responsáveis para ajudar as crianças, Jaci começou a organizar tudo com sua equipe e o Killian ajudou o noivo. Me arrumo enquanto Emma fica com Mary e depois trocamos nossas tarefas. Nos dão sinal verde e tudo se inicia, saímos com Mary vendada, a posicionamos e pedimos para que saísse dali apenas quando sentisse a mão de alguém.

 

Trilha sonora: Marcha Nupcial + Isn't she lovely - Lorenza Pozza - Música de Casamento

Isn't she lovely? / Ela não é adorável?

Isn't she wonderfull? / Ela não é maravilhosa?

Isn't she precious? / Ela não é preciosa?

Less than one minute old / Menos de um minuto de idade

I never thought through love we'd be / Nunca imaginei que através do amor estaríamos

Making one as lovely as she / Fazendo alguém tão adorável quanto ela

But isn't she lovely made from love / Mas ela não é adoravelmente feita de amor

Mary tira a venda e começa a chorar assim que ver todo o local iluminado e sua filha a esperando para leva-la até o David.

 


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