Sentenced to love - A new begging escrita por Cyz


Capítulo 12
Insaciável


Notas iniciais do capítulo

O Brasil ganha e a gente tem o que?? Comemoração!! Postagem dupla kkkkk



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Point Of View Emma

 

— Oli, você gostaria de ter um irmão ou irmã – Regina pergunta e me olha

— Pra que sevle? – ele para de brincar e nos observa

— Serve para cuidar, amar, proteger... Mas também para cuidar da gente, nos amar e proteger... É um amor que a gente não consegue medir e um companheirismo lindo – falo lembrando da minha irmã

— Igual a mamãe e tia Lily – Regina completa

— Quero um, mama... Como consegue? – ele nos pergunta

— Como assim? – Regina parece assustada

— É pra complar? – ele tenta de novo

— Não amor, a gente não compra – Regina explica sorrindo e ele dá de ombros, esperando uma resposta – a mamãe Emma vai explicar

— Vou? – me assusto sem saber o que falar

— Vai sim, fique a vontade – ela debocha e senta-se como se esperasse – de onde vem os bebês, mamãe? – Regina me encara sorrindo

— Bem, filho, tem uma sementinha – começo e já me arrependo – não, espera... Bem, filho, como posso explicar... – me perco quando olho para Regina e ela está tentando conter seu riso, ao ver nosso filho confuso – quando duas pessoas se amam, elas querem ficar sempre juntinhas... Começam a namorar, ficam cada vez mais juntos e a ideia de ter um bebê com aquela pessoa é algo que nos deixa feliz...

— E quando tá feliz tem bebê? – ele me pergunta curioso

— Calma, ainda vou chegar lá – tento enrolar para conseguir as palavras certas – quando temos essa ideia de se ter um bebê, começamos a pensar em como vamos tê-lo e quando descobrimos, nós começamos a esperar o bebê crescer e ser nosso, porque ele é que nem aquela sementinha que a gente plantou, lembra?

— Lemblo – ele confirma

— Igual a plantinha, o bebê vai crescendo bem devagar... A diferença é que o bebê cresce na barriga e a plantinha é na terra – respiro aliviada

— Quando a gente ama tem bebê? – ele pergunta novamente

— Existem vários tipos de amor... O amor que você sente por nós, o que sentimos por você, o amor que sentimos pela vovó, pela Angel e Nathan, por Deus... – explico – e o amor que sinto pela mamãe... É esse amor que sinto pela mamãe que faz a gente querer um bebê... Um amor de namoradas, entende?

— Entendo, mama – ele parece finalizar – mas vocês não me espelalam crescer na barriguinha

— O Tarzan é menos filho da mamãe macaca só porque não nasceu da barriguinha dela? – pergunto

— A mamãe Kala cuidou dele, então é mamãe dele – ele dá de ombros

— Exatamente, não precisa ter a sementinha na barriga para ser mamãe, você foi plantado na barriguinha de outra mamãe, mas também foi plantado no nosso coração – finalizo mais confiante

— Agora, chega de perguntas e vamos nos arrumar para dormis, certo? – Regina levanta e ele faz o mesmo – se despede da mamãe Emma e me espera no banheiro

— A mamãe vai arrumar tudo por aqui e vou te dá um beijo de boa noite – o abraço

— Parabéns, mamãe Emma, fez um ótimo trabalho – Regina parece caçoar

— Você sabe que terá volta, certo? – falo e ela sorrir – posso ligar para Cuddy?

— Com certeza – ela vem e me beija

Regina vai para o quarto do nosso filho e o ajeita para dormir, quando chego no quarto, ela já tem lido para ele e nosso bebezão só estava a minha espera para pegar no sono. Consegui marcar com Cuddy ainda para essa semana, mas não por horas livres, pois a clinica vivia cheia, mas Lisa vibrou com tudo que falei e nos encaixou em seu horário de almoço. Os dias se passam e nossa rotina segue como de costume, entre trabalho, Oli e uma noite de babá do Nathan. Chega o dia da consulta, parece que tudo conspirou para aumentar o nosso nervosismo, Oli está doente e não foi para creche, Regina tinha reunião na firma e eu não consegui o dia livre para ficar com meu filho. Por sorte, passaria uma parte do dia cuidando dele, iria com Regina para a clinica e Cora com Henry se dispuseram a ficar com Oliver pelo resto do dia.

— Lembra de comer algo no trabalho, ok? – digo quando vejo Regina indo se despedir do Oli

— Ok, não esquece do nosso compromisso – ela relembra e me beija – se ele piorar me avisa e venho correndo

— Pode deixar, cuido dele – a puxo para mais um beijo e ela sai com o coração na mão

— Olha o que a mamãe fez – chamo sua atenção ao vê-lo todo choroso por ver Regina saindo

— Que isso, mamãe? – pergunta dengoso e vem até mim

— Mingau de aveia com maçã verde e amora – me sento no sofá e ele vem para meu lado

— Corujinha, mamãe – diz ao ver que usei as frutas para formar uma coruja em cima do mingau

— Viu?? A corujinha pede para ser comida por você – dou o prato a ele e coloco desenho animado na TV

Aproveito que Oliver se animou com o desenho e que começou a comer e vou até o quarto dele para passar um aspirador de pó e fazer uma rápida faxina. Por sorte, ontem fiz uma carne de panela para o almoço, então deixo ela terminando o seu processo de cozimento na panela elétrica e vou para o sofá com o notebook. Quando o Oli estava doente ele não se importava muito que você fizesse outras atividades, contanto que estivesse ao lado dele. Logo que me sento ele vem todo dengoso deitar a cabecinha na minha perna, coloco o notebook na mesinha e começo a trabalhar, alternando entre digitar e fazer um cafuné no meu filho, que assistia bem quietinho ao meu lado. Termino tudo e guardo na pasta, arrumando-a para levar à empresa. Me arrumo com um olho no que fazia e outro no Oliver, que permanecia na sala. Tento fazer ele comer, mas nada funciona, como um pouco e ele acaba beliscando do meu prato.

— Oi, entrem – falo ao abrir a porta para meus sogros – vocês salvaram nossas vidas, ele não comeu o almoço, só beliscou umas coisinhas, tem comida no fogão e carne na panela elétrica 

— Fica tranquila, vai trabalhar e ficamos aqui, não é meu menino? – Henry o abraça e ele deita a cabeça em seu ombro – vovô não tem mais coluna para te segurar, mas vai fazer um esforço

— Acabei de fazer uma mini marmitinha com frutas que ele vem comendo mais e tem uns cookies que Regina fez, vê se ele come algo, por favor – advirto

— Vai logo antes que ele perceba que saiu – minha sogra sussurra

— Certo, mas qualquer coisa, me liga – sussurro de volta e ela assente

Fui direto para o consultório, mas sem falar a ninguém, para Killian eu estava em casa e para Cora, no trabalho. Eu e Regina decidimos guardar segredo, pelo menos por enquanto. Estávamos com todos os nossos exames em dia e Cuddy já sabia disso, o que facilitou muito nossa conversa.

— Ok, diante de tudo que falaram, eu aconselho uma fertilização in vitro, poderiam escolher um doador e usar os óvulos de uma de vocês, como vocês querem – ela explica – porém, essa técnica consome um tempo considerável da rotina da mulher... Tudo pode ser resolvido em 15 dias, mas a paciente terá que comparecer a clínica em média de três em três dias, para ultrassonografias transvaginais e não pode faltar porque é a partir disso que se faz a aplicação dos medicamentos da estimulação ovariana

— Por mim tudo bem – Regina me olha

— Por mim também – concordo e sorrimos

— Perfeito, quem irá engravidar? – Cuddy nos pergunta

— Eu ainda não me sinto segura para isso – Regina fala antes mesmo de pensarmos

— Mas você já está bem, não tem porque ter medo – explico

— Eu sei, mas é melhor ser você... Pode ser? – ela fala com receio

— Sim, não tem problema – digo e seguro em sua mão

— É normal essa insegurança depois do tratamento e de tudo que passaram, não precisa ficar com essa carinha de culpada – Lisa fala para Regina e ela sorrir – Regina, você precisará fazer a prévia estimulação ovariana, então vou te passar dois medicamentos, ok? E daqui a três dias você volta – ela marca na agenda

Minha esposa volta ao trabalho e eu vou para o meu como se nada tivesse acontecido. Assim que chego na empresa me sinto animada o suficiente para trabalhar em um projeto que havia parado. Acho que estou animada demais com tudo, pois Killian aparece na porta da sala e acabo explicando tudo, não exatamente tudo, mas o que ele podia saber.

— Isso é incrível, Emma – ele parece eufórico – então isso ajuda no desenvolvimento de autistas mesmo?

— Bom, só vou saber quando testar – sorrio – o Oli entrará na escolinha e começará a ler, esse seria um bom teste

— Mas como funciona exatamente? – ele parece curioso

— Normalmente os autistas se perdem em seus próprios pensamentos quando estão aprendendo a ler e isso acaba fazendo-os regredir no tratamento – começo – para não perder a comunicação, antes de ensiná-lo a ler, seria bom utilizar orientações visuais, apresentar fotos, desenhos simples e aos poucos o cérebro dele começa a associar a palavra dada com a imagem, sem que force o limite do autista

— Putz, incrível mesmo – ele se anima ainda mais – o que posso fazer para ajudar?

— Bom, queria aumentar o leque de nomes e imagens associativas... – falo entre linhas

— Posso ajudar nisso, vou pegar meu HD externo e você me passa a base, ok? – ele pergunta e adoro a ideia

Expediente acaba e busco Regina, que já me esperava na portaria da firma. Assim que chegamos em casa, nossa sogra nos recebe com um cheirinho maravilhoso de um gratinado de almôndegas feito por ela, tudo para mimar sua filha. Comemos todos juntos e assim que meus sogros saem nós mimamos um pouco nosso filho, que estava bem mais animadinho, mas amava um dengo. Quando me dou conta, Regina está quase dormindo no sofá e Oli já caiu num sono profundo. Pego ele com jeitinho para leva-lo a cama, mas a Mills pediu para que o levasse para nossa cama, assim eu faço.

— É tão sexy a ideia de que terá um filho meu – Regina sussurra

— E que você está se preparando para me engravidar – sussurro de volta e sorrimos – parece que tive um Déjà vu

— Shiii, hoje não podemos ter saliências, temos um homenzinho entre nós – ela aponta para Oli

— Em outras circunstâncias isso poderia me excitar – a olho com malicia

— Emma, é nosso filho lembra? – ela me repreende sorrindo

— Eu sei, por isso falei que em outras circunstancias – dou de ombros e ela sorrir – dorme bem, meu amor

— Dorme bem, vida – ela se estica para me beijar – te amo

— Te amo – solto uma piscadela e deitamos para dormir

 

15 dias depois

 

Esse dia tinha tudo para ser um dia normal, mas seria hoje a retirada dos óvulos de Regina, para fecundação. Combinamos de ser no fim do expediente, pois Regina poderia descansar e dormir. Vou busca-la na firma, mas acabo chegando um pouco mais cedo, passo pelas meninas, que estão de saída, elas me falam que Mills está na sala de reuniões e me dirijo para lá.

 

Trilha sonora: Darren Hayes - Insatiable

Turn the lights down low / Diminua as luzes

Take it off, let me show / Tire a roupa, deixe que eu mostre

My love for you, insatiable / O meu amor por você, insaciável

Turn me on, never stop / Me excite, não pare nunca

Wanna taste every drop / Quero provar cada movimento

My love for you, insatiable / O meu amor por você, insaciável

 

Vejo minha esposa de costas para a porta e com fones de ouvido, entro devagar, fecho a porta e baixo a única persiana que existia ali, cobrindo a única forma de nos verem. Chego de surpresa e agarro a Regina por trás, que se assusta. A viro para beijá-la, minha intenção inicial era um cumprimento, mas nosso beijo ganha uma proporção absurda, quando vejo, já estou encurralando-a contra parede. Subo sua saia e ela aproveita o breve espaço que dei entre nós para escorregar pela parede, facilitando para que beijasse meu corpo. Ela sobe novamente para minha boca e agarra minha perna, colocando-a a altura da sua cintura.

— Espera, espera – Regina me para e me solta, após ver que abri sua saia – alguém pode chegar

— Não tem mais ninguém aqui – falo rápido e volto a tirar sua roupa

— Em-ma – sua voz sai entre cortada

 

We practiced love between these sheets / Nós praticamos o amor entre estes lençóis

The candy sweetness scent of you / O cheiro doce de doce de você

It bathes my skin I'm stained in you / Banha a minha pele manchada estou em você

And all I have to do is hold you / E tudo que tenho a fazer é te abraçar

 

Minha mão segura sua nuca e com força eu a puxo para um beijo, sem falar nada. Tirei a sua blusa e a descolei da parede para que sua saia caísse no chão, ela rapidamente deixa meios seios a mostra, seus beijos passaram para meu pescoço e depois para meus seios, um por vez. Quando me dei conta, já estávamos no chão da sala de reuniões, usando nossas próprias roupas como lençol. Meus dedos brincavam dentro dela enquanto a olhava nos olhos e usava a outra mão para fazer um carinho em seus seios. Regina aperta os olhos e seu corpo arqueia, me mostrando que está próximo do clímax. Não demora muito e ela abre os olhos enquanto tenta recuperar o folego, me olha sorrindo e me fala como isso foi uma loucura. Sento a sua frente e a observo.

— Você é louca – ela tenta se recompor e senta no meio das minhas pernas, ficando de frente para mim, ambas nuas

— Louca por você – brinco e a beijo

Uso essa nossa posição para beijá-la, minhas mãos acariciam seu rosto enquanto as dela subiam e desciam por meu corpo.

— Precisamos ir – ela me para e fala manhosa

— É difícil resistir a você – sussurro em seu ouvido

— Você não está ajudando, Swan – ela sorrir – não podemos nos atrasar

— Ok, mas isso é só uma pausa - advirto

— Bem difícil sair dessa posição privilegiada – ela brinca e olha para minas pernas abertas, abaixo das suas

— Não precisamos sair – a olho sacana

— Precisamos sim – ela sorrir e no impulso ela levanta

Fomos para o consultório, ainda sob carinhos mais delicados e sutis, pois estava ao volante. Cuddy nos faz algumas perguntas, entre elas, se Regina havia tomado uma injeção que ajudaria na ovulação, óbvio que ela tomou, afinal nó fizemos exatamente o que foi pedido, sem mudar nada. Lisa nos explicou que seria feito uma punção com sedação, que não chegaria a ser uma anestesia geral porque Regina acordaria depois de uns 20 min, mas a sedação a deixaria meio grogue. Depois de nos explicar tudo, nos levou a uma outra sala, eu fiquei apenas olhando pelo vidro enquanto um homem aplicava algo em Regina, Cuddy se aproxima de onde estou e fala que o rapaz é o anestesista e que cuidaria para que tudo corra bem. Depois que tudo acabou, fiquei um tempo com Regina no quarto, até ela acordar, ainda sonolenta.

— Bom, meninas, agora o indicado é ir para casa e descansar – Lisa nos orienta – vejam, o material coletado foi encaminhado ao laboratório de embriologia e como expliquei, a transferência desses pré-embriões para a cavidade uterina da Emma só será efetuada daqui a 2 ou 5 dias... Vai depender, entenderam?

— Sim – digo e Regina só balança a cabeça – ok, melhor irmos

— Eu peço para minha assistente ligar, não se preocupem – ela ajuda Regina a levantar e eu a apoio

Levo Regina para casa e a ajudo com o banho. Ligo para Mary para saber como Oli está e desejar boa noite para ele. Na cabeça da Blanchard, ela ficou de babá para uma noite de luxuria e perdição, mal sabe ela que a noite foi de amor e doação a um serzinho que nem sequer temos, pelo menos por enquanto.


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