Sentenced to love - A new begging escrita por Cyz
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem e desculpem os possiveis erros *-*
Point Of View Emma
Estávamos no melhor do nosso sono e curtindo um domingo frio e chuvoso ao lado do nosso macaquinho, mas parece que o que é bom acabar durando pouco, ouço batidas insistentes na porta e me levanto rapidamente para abrir.
— Mãe? - falo sonolenta assim que abro a porta - o que faz aqui tão cedo?
— Cedo? São quase dez da manhã, Emma - ela adverte e já vai entrando - onde está meu neto?
- Onde eu deveria está... Na cama! - falo com evidente mal humor
— Não era você que era a mulher matinal? - ela me olha desconfiada
— Pietro acordou algumas vezes ao longo da noite - explico e me jogo no sofá
— Bem... Vim para trazer algumas coisas para o meu neto... Já compraram pijaminhas e roupas para ele ficar em casa? Ele ainda usa fraudas? - ela me bombardeia de perguntas - pensando que ele ainda deve está se sustentando com a bolsinha que a assistente trouxe, eu resolvi comprar algumas coisas - começa a tirar roupas, fraldas, agasalhos e mantinha
— Você assaltou uma loja para bebê? - falo espantada
— Oi Miranda, bom dia - Regina aparece sonolenta na sala - o que é tudo isso?
— Presentes da vó babona – sorrio
— Só não queria que meu neto passasse necessidade – ela dá de ombros
— Sem exagero, mãe – a repreendo – você sabe que não aconteceria
— Ontem aproveitamos o dia com ele e hoje sairíamos para comprar algo, mas pelo visto ele não precisará de roupa por um tempo – Regina gargalha e escutamos um barulho
— Você colocou as almofadas para ele não cair? – pergunto
— Coloquei sim, mas pelo barulho, um espertinho derrubou – Regina responde e logo vai para o quarto
— Vai com calma, mamãe... Lembra que antes dele ser nosso filho você quis apertá-lo? – repreendo – ele não gosta, lembra disso, certo?
— Ok, ok... Já entendi, Emma – ela diz e para de olhar para mim e passa a admirar o Oliver que surge nos braços de Regina, agarrado a um cobertor enorme e ao Liko
— E esse unicórnio aí, hein mamãe? – estendo a mão para ele, que logo faz o mesmo
— Ele já fica tão confortável com vocês – minha mãe se aproxima dele e faz o mesmo que eu, estende a mão
— Na verdade, ele ainda tem o pé atrás comigo, mas Regina já o conquistou – brinco e Regina revira os olhos para mim – escolhemos ontem o nome dele, será Oliver
— Oi Oliver, sou a vovó – minha mãe diz quase babando nele e nosso filho sorrir
5 meses depois
Oliver tem conseguido andar mais rápido, já vem balbuciando algumas palavras, mas ainda não fala, as vezes responde a estímulos que fazemos e aos exercícios que o psicólogo nos passou, foi a partir deles que ele descobriu os lápis de cor e papel. Na verdade, diria que ele descobriu os lápis de cera e a parede da sala. A neuropsicóloga falou que ele tem problemas em esperar, pois nesses últimos meses as coisas precisavam ser no dia e hora que ele escolhia e descobrimos que ele não gosta quando é contrariado. Então a médica nos deu a ideia de plantarmos uma sementinha com ele e explicar o que estávamos fazendo, ensinando que é preciso esperar para ver o que acontece. Por mais que ele só tivesse um ano e três meses, acabaria entendendo do jeitinho dele e nós mostraríamos que esperar pode valer a pena. É interessante, mas tudo que fazemos nas consultas parece que nos ajuda com certas coisas, nesses últimos dias, passamos por uma situação com ele, estávamos em um parque e Angel caiu, assim que o Oliver se deu conta do que aconteceu, ele começou a rir como se algo muito engraçado tivesse acontecido e a Angel começou a chorar, por sorte já havíamos falado sobre isso com a médica e soubemos como agir. Nesse caso, o riso dele não foi algo perverso, ele só não viu aquilo como algo negativo, sabendo disso, nós o chamamos e explicamos que não podia e que a prima dele havia se machucado, Mary dizia para Angel que ele era bebê e não entendia das coisas, mas nós queríamos fazer do jeito que fomos instruídas. Então eu fingi cair e chorar, por ser mãe dele, Oliver se preocupou e veio para me ajudar a levantar, sendo assim, pedi para que Angel se jogasse e mesmo sem me entender ela obedeceu, nesse momento o Oliver foi até ela para ajuda-la e eu acabei olhando para Regina e sorrindo. Hoje teríamos mais uma consulta, mas essa seria com a pediatra e estávamos com ele já na sala de espera até que ela nos chama.
— E como vai meu príncipe? - a pediatra pergunta assim que entramos
— Ele está bem, mas bem chatinho para comer - Regina logo responde
— Extremamente seletivo - completo
Ela faz todos os exames e pesagens corriqueiros de nossa consulta e faz suas anotações na ficha do Oliver.
— Realmente, ele perdeu um pouco de peso desde a última consulta que foi em... - ela procura na ficha - foi há três meses! Vejam só, ainda que ele não acorde com tanta fome de manhã, é importante fornecer para o cérebro glicose, através de carboidratos e frutas... Isso é fundamental para que o cérebro tenha energia suficiente pra ter um desempenho adequado ao longo do dia - ela nos explica - tentem comer com ele e fazer do café da manhã um momento prazeroso, com coisas que ele goste de comer e da forma que ele goste...
— O problema é esse, um dia ele gosta de algo e no outro não - Regina parece desesperada e a médica sorrir
— Isso é normal em criança - ela fala sorrindo - mas sempre tem algo que a criança faz questão de comer
— Ele gosta muito de cereal com leite - eu respondo - ultimamente ele troca entre iogurte, chocolate e leite, mas sempre cereal
— Iogurte e leite pode ser, mas achocolatado não – parece nos repreender – aproveitem o gosto pelo cereal e põe um pouco com leite em um prato com um barquinho no fundo, já que ele ama barquinhos – nos explica – falem que se ele comer tudo vai revelar o que o mar de leite escondeu... Ele vai comer para saber o que é – nós sorrimos com a ideia – usem o amor por barco, por musica, por desenho, por macaquinhos... Isso vai tornar a alimentação mais atrativa
Recebemos todas as sugestões e saímos com Oliver, que passou a consulta quase toda brincando sozinho no chão. Saímos do consultório e fomos para a casa de Alex e Maggie, pelo o que parece, nenhuma das tentativas de engravidar funcionou, elas estavam mal com tudo isso. Demos a ideia de adoção e hoje nós iriamos com elas até o escritório da Aurora, para que ela as ajudasse.
5 meses depois
— E como ele está? – a assistente social pergunta a terapeuta ocupacional
— Bem, ele já reconhece as cores, tem brincado com jogos de formas geométricas e já tenta encaixá-las de forma correta, aprendeu a esperar sua vez no jogo e tem tido mais paciência quanto a espera – a medica explica – claro que são pequenas evoluções, mas são constantes então a tendência é sempre melhorar
— Já consegue montar frases sem muito nexo, ainda, e sabe pedir as coisas que quer – Regina completa e sorrir
— Quando brigamos ele já sabe o que pode e não pode – continuo e a assistente apenas anota
— E como foi à festa de ano novo? – a assistente parece interessada – e a ideia de ter a guarda permanente...
— Foi incrível, nossa família já é louca pelo Oliver – Regina diz e enlaça seu braço ao meu enquanto vejo sua animação ao falar – e ele é tão apegado a todo mundo, principalmente ao Henry, que é o afilhado da Emma, mas se tornou basicamente nosso filho... O nosso menino está namorando com uma garota chamada Violet, começou como namoro de criança, mas está bem serio...
— Amor, não acho que ela queira saber de tudo isso – a interrompo e ela nos olha envergonhada – soube que ele está na creche? – pergunto e a assistente nega – nós estávamos conciliando nossos horários para ficar sempre com ele, nossos pais também ajudavam muito, mas agora tenho novos investidores na empresa e preciso está na parte da manhã e Regina foi promovida, então uma amiga nossa nos indicou a creche do filho e o colocamos lá
— Amanhã será o primeiro dia dele de verdade – Regina parece apreensiva – dois dias nós o levamos e trouxemos ele para casa
— Ele não se acostumou? – a assistente se preocupa
— Não sabemos... Na verdade, nós não nos adaptamos – falo e olho para Regina – é um ambiente incrível, mas ele é tão pequeno
— Ele pode ter 100 anos, ainda vai ser muito pequeno para vocês – a terapeuta sorrir
— Verdade, meninas... Ele precisa se desenvolver e vocês devem ajudar nisso – a assistente nos incentiva
O dia passa e nós voltamos para casa, tomamos banho, jantamos e organizei toda a mochila do Oliver, colocando roupas extra e tudo que pediram na creche. Vou até o quarto dele para dar o beijo de boa noite, mas o vejo dormindo e Regina observando-o.
— Nem acredito que ele já cresceu tanto - falo e abraço a cintura da minha esposa
— Mas a gente não precisa se preocupar, a Nadja disse que veio preparando ele pra esse novo desafio e nós também fizemos nossa parte, ele vai se sair bem, certo? - ela fala lembrando das dicas da terapeuta ocupacional
— Ele é um Mills-Swan, óbvio que ficará bem - sussurro e a viro para que me olhe - e na nossa ausência, o Liko protege nosso bebê
— Deixa de ser besta - Regina me bate e saímos para nosso quarto
Fomos dormir, mas não poderia deixar de trocar alguns carinhos com minha esposa, disse a ela que estávamos tensas e sexo relaxa, não me pergunte como, mas Regina adorou essa espécie de cantada mal feita e usamos esse método de relaxamento por algumas ótimas horas antes de dormir. De manhã, enquanto uma faz o café da manhã, a outra faz o lanche do Oli. Como a Regina ama firulas e eu amo fazer panquecas, não foi difícil dizer o que cada uma iria fazer. Oli acorda e Regina o ajuda com banho, nesse tempo, organizo uma papelada que levaria para a empresa e coloco a lancheira que minha esposa preparou, junto a mochila do Oli. Todos nós sentamos à mesa para nosso café da manhã e saímos, deixando toda a louca suja para trás. Chegando na creche, nós duas ficamos com o coração na mão ao pensar na ideia de ter que ir embora.
— Está tudo bem, ok? - falo após me ajoelhar e ficar na altura dos olhos do nosso menino - não precisa ter medo, meu amor
— A mamãe tem razão, fica tranquilo, tá? - Regina se ajoelha aí meu lado e o Oli nos olhava com atenção - conhecer novas pessoas não é algo ruim
— E se você sentir medo só é abraçar o Liko - toco no unicórnio e ele o abraça - tem nosso cheirinho, não é amor?
— Iko, mama - ele tenta
— Isso, amor - Regina sorrir e beija sua testa
A professora sabia de tudo e entendia o receio que tínhamos, já havíamos apresentado os dois e por sorte eles se deram super bem.
— Oi pequeno - a professora fala de longe e Oli nos solta para segurar sua mão, nos deixando boquiabertas
— Vem cá, filho - Regina diz, pasma - você deveria está chorando de saudade da gente... Que isso, Oli?
— Amor, para - sorrio com seu desespero e a puxo de leve para irmos
— Dá tchau para as mamães e diz que você vai ficar bem para elas se acalmarem - a professora brinca e retribuímos o aceno do nosso pequeno
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