Sentenced to love - A new begging escrita por Cyz


Capítulo 10
Como o tempo passa...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e desculpem os possiveis erros *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/759011/chapter/10

 

Point Of View Emma

 

Estávamos no melhor do nosso sono e curtindo um domingo frio e chuvoso ao lado do nosso macaquinho, mas parece que o que é bom acabar durando pouco, ouço batidas insistentes na porta e me levanto rapidamente para abrir.

— Mãe? - falo sonolenta assim que abro a porta - o que faz aqui tão cedo?

— Cedo? São quase dez da manhã, Emma - ela adverte e já vai entrando - onde está meu neto?

 - Onde eu deveria está... Na cama! - falo com evidente mal humor

— Não era você que era a mulher matinal? - ela me olha desconfiada

— Pietro acordou algumas vezes ao longo da noite - explico e me jogo no sofá

— Bem... Vim para trazer algumas coisas para o meu neto... Já compraram pijaminhas e roupas para ele ficar em casa? Ele ainda usa fraudas? - ela me bombardeia de perguntas - pensando que ele ainda deve está se sustentando com a bolsinha que a assistente trouxe, eu resolvi comprar algumas coisas - começa a tirar roupas, fraldas, agasalhos e mantinha

— Você assaltou uma loja para bebê? - falo espantada

— Oi Miranda, bom dia - Regina aparece sonolenta na sala - o que é tudo isso?

— Presentes da vó babona – sorrio

— Só não queria que meu neto passasse necessidade – ela dá de ombros

— Sem exagero, mãe – a repreendo – você sabe que não aconteceria

— Ontem aproveitamos o dia com ele e hoje sairíamos para comprar algo, mas pelo visto ele não precisará de roupa por um tempo – Regina gargalha e escutamos um barulho

— Você colocou as almofadas para ele não cair? – pergunto

— Coloquei sim, mas pelo barulho, um espertinho derrubou – Regina responde e logo vai para o quarto

— Vai com calma, mamãe... Lembra que antes dele ser nosso filho você quis apertá-lo? – repreendo – ele não gosta, lembra disso, certo?

— Ok, ok... Já entendi, Emma – ela diz e para de olhar para mim e passa a admirar o Oliver que surge nos braços de Regina, agarrado a um cobertor enorme e ao Liko

— E esse unicórnio aí, hein mamãe? – estendo a mão para ele, que logo faz o mesmo

— Ele já fica tão confortável com vocês – minha mãe se aproxima dele e faz o mesmo que eu, estende a mão

— Na verdade, ele ainda tem o pé atrás comigo, mas Regina já o conquistou – brinco e Regina revira os olhos para mim – escolhemos ontem o nome dele, será Oliver

— Oi Oliver, sou a vovó – minha mãe diz quase babando nele e nosso filho sorrir

 

5 meses depois

 

Oliver tem conseguido andar mais rápido, já vem balbuciando algumas palavras, mas ainda não fala, as vezes responde a estímulos que fazemos e aos exercícios que o psicólogo nos passou, foi a partir deles que ele descobriu os lápis de cor  e papel. Na verdade, diria que ele descobriu os lápis de cera e a parede da sala. A neuropsicóloga falou que ele tem problemas em esperar, pois nesses últimos meses as coisas precisavam ser no dia e hora que ele escolhia e descobrimos que ele não gosta quando é contrariado. Então a médica nos deu a ideia de plantarmos uma sementinha com ele e explicar o que estávamos fazendo, ensinando que é preciso esperar para ver o que acontece. Por mais que ele só tivesse um ano e três meses, acabaria entendendo do jeitinho dele e nós mostraríamos que esperar pode valer a pena. É interessante, mas tudo que fazemos nas consultas parece que nos ajuda com certas coisas, nesses últimos dias, passamos por uma situação com ele, estávamos em um parque e Angel caiu, assim que o Oliver se deu conta do que aconteceu, ele começou a rir como se algo muito engraçado tivesse acontecido e a Angel começou a chorar, por sorte já havíamos falado sobre isso com a médica e soubemos como agir. Nesse caso, o riso dele não foi algo perverso, ele só não viu aquilo como algo negativo, sabendo disso, nós o chamamos e explicamos que não podia e que a prima dele havia se machucado, Mary dizia para Angel que ele era bebê e não entendia das coisas, mas nós queríamos fazer do jeito que fomos instruídas. Então eu fingi cair e chorar, por ser mãe dele, Oliver se preocupou e veio para me ajudar a levantar, sendo assim, pedi para que Angel se jogasse e mesmo sem me entender ela obedeceu, nesse momento o Oliver foi até ela para ajuda-la e eu acabei olhando para Regina e sorrindo. Hoje teríamos mais uma consulta, mas essa seria com a pediatra e estávamos com ele já na sala de espera até que ela nos chama.

— E como vai meu príncipe? - a pediatra pergunta assim que entramos

— Ele está bem, mas bem chatinho para comer - Regina logo responde

— Extremamente seletivo - completo

Ela faz todos os exames e pesagens corriqueiros de nossa consulta e faz suas anotações na ficha do Oliver.

— Realmente, ele perdeu um pouco de peso desde a última consulta que foi em... - ela procura na ficha - foi há três meses! Vejam só, ainda que ele não acorde com tanta fome de manhã, é importante fornecer para o cérebro glicose, através de carboidratos e frutas... Isso é fundamental para que o cérebro tenha energia suficiente pra ter um desempenho adequado ao longo do dia - ela nos explica - tentem comer com ele e fazer do café da manhã um momento prazeroso, com coisas que ele goste de comer e da forma que ele goste...

— O problema é esse, um dia ele gosta de algo e no outro não - Regina parece desesperada e a médica sorrir

— Isso é normal em criança - ela fala sorrindo - mas sempre tem algo que a criança faz questão de comer

— Ele gosta muito de cereal com leite - eu respondo - ultimamente ele troca entre iogurte, chocolate e leite, mas sempre cereal

— Iogurte e leite pode ser, mas achocolatado não – parece nos repreender – aproveitem o gosto pelo cereal e põe um pouco com leite em um prato com um barquinho no fundo, já que ele ama barquinhos – nos explica – falem que se ele comer tudo vai revelar o que o mar de leite escondeu... Ele vai comer para saber o que é – nós sorrimos com a ideia – usem o amor por barco, por musica, por desenho, por macaquinhos... Isso vai tornar a alimentação mais atrativa

Recebemos todas as sugestões e saímos com Oliver, que passou a consulta quase toda brincando sozinho no chão. Saímos do consultório e fomos para a casa de Alex e Maggie, pelo o que parece, nenhuma das tentativas de engravidar funcionou, elas estavam mal com tudo isso. Demos a ideia de adoção e hoje nós iriamos com elas até o escritório da Aurora, para que ela as ajudasse.

 

5 meses depois

 

— E como ele está? – a assistente social pergunta a terapeuta ocupacional

— Bem, ele já reconhece as cores, tem brincado com jogos de formas geométricas e já tenta encaixá-las de forma correta, aprendeu a esperar sua vez no jogo e tem tido mais paciência quanto a espera – a medica explica – claro que são pequenas evoluções, mas são constantes então a tendência é sempre melhorar

— Já consegue montar frases sem muito nexo, ainda, e sabe pedir as coisas que quer – Regina completa e sorrir

— Quando brigamos ele já sabe o que pode e não pode – continuo e a assistente apenas anota

— E como foi à festa de ano novo? – a assistente parece interessada – e a ideia de ter a guarda permanente...

— Foi incrível, nossa família já é louca pelo Oliver – Regina diz e enlaça seu braço ao meu enquanto vejo sua animação ao falar – e ele é tão apegado a todo mundo, principalmente ao Henry, que é o afilhado da Emma, mas se tornou basicamente nosso filho... O nosso menino está namorando com uma garota chamada Violet, começou como namoro de criança, mas está bem serio...

— Amor, não acho que ela queira saber de tudo isso – a interrompo e ela nos olha envergonhada – soube que ele está na creche? – pergunto e a assistente nega – nós estávamos conciliando nossos horários para ficar sempre com ele, nossos pais também ajudavam muito, mas agora tenho novos investidores na empresa e preciso está na parte da manhã e Regina foi promovida, então uma amiga nossa nos indicou a creche do filho e o colocamos lá

— Amanhã será o primeiro dia dele de verdade – Regina parece apreensiva – dois dias nós o levamos e trouxemos ele para casa

— Ele não se acostumou? – a assistente se preocupa

— Não sabemos... Na verdade, nós não nos adaptamos – falo e olho para Regina – é um ambiente incrível, mas ele é tão pequeno

— Ele pode ter 100 anos, ainda vai ser muito pequeno para vocês – a terapeuta sorrir

— Verdade, meninas... Ele precisa se desenvolver e vocês devem ajudar nisso – a assistente nos incentiva

O dia passa e nós voltamos para casa, tomamos banho, jantamos e organizei toda a mochila do Oliver, colocando roupas extra e tudo que pediram na creche. Vou até o quarto dele para dar o beijo de boa noite, mas o vejo dormindo e Regina observando-o.

— Nem acredito que ele já cresceu tanto - falo e abraço a cintura da minha esposa

— Mas a gente não precisa se preocupar, a Nadja disse que veio preparando ele pra esse novo desafio e nós também fizemos nossa parte, ele vai se sair bem, certo? - ela fala lembrando das dicas da terapeuta ocupacional

— Ele é um Mills-Swan, óbvio que ficará bem - sussurro e a viro para que me olhe - e na nossa ausência, o Liko protege nosso bebê

— Deixa de ser besta - Regina me bate e saímos para nosso quarto

Fomos dormir, mas não poderia deixar de trocar alguns carinhos com minha esposa, disse a ela que estávamos tensas e sexo relaxa, não me pergunte como, mas Regina adorou essa espécie de cantada mal feita e usamos esse método de relaxamento por algumas ótimas horas antes de dormir. De manhã, enquanto uma faz o café da manhã, a outra faz o lanche do  Oli. Como a Regina ama firulas e eu amo fazer panquecas, não foi difícil dizer o que cada uma iria fazer. Oli acorda e Regina o ajuda com banho, nesse tempo, organizo uma papelada que levaria para a empresa e coloco a lancheira que minha esposa preparou, junto a mochila do Oli. Todos nós sentamos à mesa para nosso café da manhã e saímos, deixando toda a louca suja para trás. Chegando na creche, nós duas ficamos com o coração na mão ao pensar na ideia de ter que ir embora.

— Está tudo bem, ok? - falo após me ajoelhar e ficar na altura dos olhos do nosso menino - não precisa ter medo, meu amor

— A mamãe tem razão, fica tranquilo, tá? - Regina se ajoelha aí meu lado e o Oli nos olhava com atenção - conhecer novas pessoas não é algo ruim

— E se você sentir medo só é abraçar o Liko - toco no unicórnio e ele o abraça - tem nosso cheirinho, não é amor?

— Iko, mama - ele tenta

— Isso, amor - Regina sorrir e beija sua testa

A professora sabia de tudo e entendia o receio que tínhamos, já havíamos apresentado os dois e por sorte eles se deram super bem.

— Oi pequeno - a professora fala de longe e Oli nos solta para segurar sua mão, nos deixando boquiabertas

— Vem cá, filho - Regina diz, pasma - você deveria está chorando de saudade da gente... Que isso, Oli?

— Amor, para - sorrio com seu desespero e a puxo de leve para irmos

— Dá tchau para as mamães e diz que você vai ficar bem para elas se acalmarem - a professora brinca e retribuímos o aceno do nosso pequeno 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sentenced to love - A new begging" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.