Eu, Ela e o Bebê escrita por Lara


Capítulo 15
Participação


Notas iniciais do capítulo

Oi Cupcakes! Desculpa a demora para postar a atualização e sei que muita gente fica triste pela minha demora, mas infelizmente eu sou uma adulta de 20 anos que às vezes tem que resolver problemas, trabalhar e lidar com a faculdade. Então peço que sejam um pouco mais compreensíveis comigo, porque eu realmente estou tentando estar presente o máximo possível.

Agora, eu preciso agradecer as pessoas que me incentivaram nesse capítulo que foi dividido em dois para que não ficasse tão grande e eu não demorasse mais tempo para atualizar. Muito obrigada Jujah, Isabelle, Marluci, maya, Aninha, Mockingjay, Juliana Lorena, Pequena Rosa, Renataafonso, Bruninha, Mrs Ackles e Débora Cristina Oliveira pelos comentários adoráveis no capítulo passado. Espero que gostem desse capítulo. Boa Leitura...



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Capítulo XIV – Participação

 

“Eu o queria, com todas as minhas forças. Mais do que isso: desejava que ele gostasse pelo menos um pouco de mim. Ouvi-lo me chamar de ‘minha lindinha’, depois me apertar nos braços e ficar ao meu lado durante todo o estressante processo de coleta de depoimentos foi o tiro de misericórdia.”

Azul da Cor do Mar – Marina Carvalho

 

O dia começou com uma garoa leve sobre a cidade. Eu não havia conseguido dormir e a sensação de que eu estou cada vez mais perto de descobrir a verdade me incomodava. Apesar de possuir algumas pistas, ainda parecia faltar alguma coisa para que as peças desse mistério se encaixassem e completassem o quebra cabeça que Bruce Wright se tornou em minha vida. Havia muitas pontas soltas e a única certeza que eu tinha é que meu pai parece estar envolvido nos motivos que estão levando esse assassino a cometer crimes tão brutais.

Bruce não está agindo de forma aleatória. Ele mesmo já afirmou isso mais de uma vez. E outro detalhe que eu havia notado e Felicity comentou comigo após o nosso encontro com o grupo de Bruce no Edifício Leon é que os homens que sempre acompanham o assassino em seus crimes também parecem carregar um grande ódio pelas três pessoas que mataram até o momento. 

Tudo o que sei até o momento é que Bruce me conhece desde que eu era criança, teve contato com a minha família a ponto de ter conhecido minha irmã mais nova e falar com certa nostalgia sobre minha mãe. O homem também parece ter sofrido um grande trauma, o que me levava a supor que isso tenha ocasionado em um ódio tão grande que ele nem mesmo hesitava em matar uma pessoa de maneira tão brutal. 

O aroma de café se espalha pela ambiente assim que Felicity coloca uma grande xícara de café, que provavelmente era da sala de seu tio, em minha mesa. Desvio o olhar da tela do computador e encaro a loira, que sorri e toma um gole do seu tão amado suco de limão - um vício que ela havia descoberto sobre a gravidez -. Eu já estava a horas de frente ao computador, estudando os casos de Bruce e até o momento, eu não tinha encontrado nada que realmente me revelasse sua verdadeira identidade.

— Obrigado. – Agradeço, pegando a xícara, inspiro o calmante aroma de café moído e dou um generoso gole em seguida. Suspiro, satisfeito com o efeito que aquele líquido escuro tinha sobre mim.

— De nada. – Responde Felicity e se coloca atrás de mim, para ver o que havia na tela de meu computador. – Alguma novidade?

— Nenhuma. -  Afirmo, analisando todas as pistas que eu tinha até o momento. - Eu sinto que estou perto, mas alguma coisa ainda está faltando. 

— Alguma coisa? Mais uma pista? - Pergunta a loira, pensativa. 

— Algo assim, mas eu estava pensando mais em descobrir a ligação de Charles Brandon, Quentin Lance e Slade Wilson. O que esses três tem em comum? - Questiono e Felicity toma mais um gole de seu suco, com um olhar distante. - Quentin e Slide eram pessoas próximas a meu pai, mas e Charles? Que ponto em comum ele pode ter com os outros dois?

— Não há nenhuma possibilidade de Charles ser um conhecido de seu pai? - Pergunta Felicity. Dou de ombros, sem saber o que responder. -Se analisarmos mais pontos em comum de Quentin e Slade ligados a você, nós temos o fato de que eles te conhecem desde que você era criança, conviveram dentro da sua casa e parecem que escondem segredos do seu pai, certo?

— Sim. Mas isso não é o suficiente para me fazer lembrar de quem é essa pessoa. Eu nunca o vi sem a toca tampando o rosto e ele também não é idiota para revelar seu nome verdadeiro. – Eu explico e me viro para a loira. – O que você acha há de errado comigo para não me lembrar de alguém que parece saber tanto sobre mim?

— Eu não sei. – Responde sincera, enquanto coloca sua mão em meu ombro e me encara com carinho e compreensão. Felicity melhor do que ninguém sabia o quanto eu estava empenhado a encontrar e descobrir a verdadeira identidade de Bruce. – Mas eu acredito e confio em você. De todos os jornalistas que eu conheço, você é o de longe o mais talentoso e inteligente. Tenho certeza de que você vai descobrir muito em breve quem está por detrás desses crimes.

Felicity e eu continuamos a nos encarar intensamente. Com todas as complicações e matérias que tivemos que cuidar, nós ainda não havíamos conversado sobre a nossa relação. Uma semana havia se passado e eu permanecia perdido sobre o que havia entre nós. Estava mais do que claro que não éramos mais apenas conhecidos do trabalho. Tampouco amigos. Por outro lado, nós também não voltamos a nos beijar e nem tivemos chance de ter um momento às sós, pois Alec estava fazendo de tudo para se manter de olho em mim.

Eu me sentia em um campo minado, onde qualquer passo em falso poderia estourar uma perigosa bomba. Além disso, os olhares de nossos colegas de trabalho que recebemos sempre quando estamos juntos parece deixar Felicity desconfortável, então eu também evitava me aproximar demais. Eu tinha ciência de seus problemas com exposição e todas as suas histórias de infância sobre o quanto sofreu com os ataques de seus colegas de escola quando esses descobriam a profissão de sua mãe.

Mas ainda que eu me mantivesse paciente, essa incerteza me deixava angustiado e junto aos problemas que a falta de solução dos casos de Bruce, além da insistência irritante de meu pai para demolir a casa que pertenceu a minha mãe e local onde ela viveu seus últimos dias de vida estavam a ponto de me enlouquecer. Suspiro e volto a encarar a tela do computador sob o olhar confuso de Felicity. Ela então tira sua mão de meu ombro ao ouvir uma risadinha de um dos jornalistas do setor passando por nós com um sorriso malicioso.

— Você tomou o remédio que a doutora Beatriz passou na última consulta? – Questiono, chamando a atenção da loira que parece voltar ao seu estado normal.

— Oh, é verdade! Eu já estava me esquecendo. – Afirma Felicity, indo para a sua mesa que ficava de frente para a minha. Ela procura por sua bolsa e eu começo a ria de sua falta de atenção.

— Está na sua cadeira. – Respondo, apontando para o apoio lateral da cadeira. Felicity ri sem-graça e pega a bolsa. – São dois comprimidos. Não se esqueça.

— Não era um comprimido e meio? – Questiona a loira, pensativa.

— Não. – Afirmo, relembrando das palavras da médica em sua última consulta. – Um comprimido e meio é a vitamina que você toma no almoço.

— Oh! Realmente. – Concorda Felicity, ao ler a receita que sempre carregava em sua bolsa.

Ela pega os dois comprimidos do remédio para aumentar sua imunidade e os leva a boca. Em seguida, a loira toma um pouco de água de sua garrafa para engolir. Assim que os toma, ela faz uma careta. É inevitável não ri de sua expressão. Felicity odeia remédios em comprimido. Estava sendo difícil para ela ter que tomar tantos suplementos e outros remédios durante o dia. Se eu não ficasse em seu pé para lembrá-la, eu tenho certeza de que ela nem mesmo se lembraria de comer.

— Não se esqueça de comer uma fruta daqui uma hora para não ficar com dor no estômago depois. – Relembro e ela dá de ombros.

— Não é como se você não fosse me lembrar no horário. – Responde, rindo divertida. Lanço um olhar repreendedor e ela ri ainda mais. – Você está pior que o tio Alec. Não se preocupe. Eu não estou doente. Eu e Thea estamos muito bem.

— Você realmente não tem jeito. – Resmungo e ela se senta em sua cadeira de frente para seu computador, rindo de meu tom repreendedor. – Eu te enviei por e-mail os textos do caso do rouba ao centro comercial e... Donna!

A loira de sorriso tão semelhante ao de Felicity se aproxima de nós, com uma sacola de alguma loja infantil e um papel em mãos, acompanhada de Tommy. Com um vestido tão azul quantos seus olhos e saltos quinze preto, ela parecia realmente feliz em nos ver. Felicity se vira para ver a mãe e vejo um discreto sorriso formar em seus lábios. As duas haviam se aproximado ainda mais desde a descoberta da gravidez de Felicity e Donna fazia questão de estar por perto sempre que tinha uma folga em seu trabalho.

— Meu Deus Grego! Você parece ainda mais lindo a cada dia que eu te vejo. – Afirma a mulher, abrindo os braços para me abraçar, assim que nos alcança. – Como está o meu jornalista favorito?

— Ei! Eu pensei que eu que fosse seu jornalista favorito! – Reclama Tommy, com um tom de voz divertido.

— Eu que deveria ser a jornalista favorita dela, afinal, eu sou a filha. – Brinca Felicity, fazendo Donna ri.

— Desculpa, meus amores, mas Oliver Queen roubou meu coração e se tornou o colírio para os meus olhos. – Afirma Donna, acariciando a minha barriga. Rio de seu comportamento. – Que saúde, querido!

— Mãe! – Felicity a repreende, envergonhada com a atitude de sua mãe.

— É sempre muito divertido te encontrar, Donna. – Confesso e ela sorri, amável. – Trouxe presente para mim?

— Quem sabe da próxima vez, querido? Dessa vez, eu resolvi fazer um mimo para a bolinha e para a minha netinha. – Responde a mais velha, afastando-se para entregar a sacola a filha. – Eu não sei se você vai gostar, mas ele parece combinar com você e eu tenho certeza de que você vai ficar linda, bolinho.

Tommy segura o riso, como sempre faz quando ouve o apelido de Felicity, e a mesma o lança um olhar ameaçador, antes de pegar a caixa que havia dentro da sacola que Donna havia entregado. Aproximo-me de Felicity, colocando-me ao seu lado, curioso para saber o que a mulher havia comprado. Assim que minha colega de trabalho abre a caixa, um suspiro encantado escapa de seus lábios ao ver um vestido vermelho com detalhes brancos. Ela o tira da caixa e o levanta para me mostrar.

— Veja que gracinha! – Comenta Felicity, sorrindo maravilhada com a peça de roupa. Ela era pequena, mas havia diversos detalhes em branco que deixava o vestido ainda mais adorável. – Ele é lindo, mãe! Obrigada.

— É realmente muito bonito. – Concordo, pegando a roupinha para olhar com mais atenção.

Felicity então pega a outra roupa que havia dentro da caixa e parece surpresa. Desvio meu olhar e vejo que também era um vestido, mas dessa vez era para Felicity. A loira levanta a peça e a encara com atenção. Diferente do que imaginei que Donna compraria, era um vestido curto rosa claro, levemente brilhoso, com renda na parte de cima. Ele era discreto, mas parecia ser confortável e assim como Donna havia dito, ele parecia combinar com Felicity.

— Uau! – Balbucia Felicity, levantando da cadeira para colocar o vestido próximo ao corpo, tentando imaginar como aquela roupa ficaria nela. – Ele é lindo!

— Eu realmente espero que use, bolinho. Eu sei que você não gosta de vestido e muito menos de roupas mostrando o corpo, mas você está grávida. Você ainda vai sentir muito calor e calças são desconfortáveis, então tente usar peças mais leves como vestidos e saias mais folgadas, está bem? – Orienta a mais velha, aproximando-se da filha. Felicity balança a cabeça concordando e Donna a abraça com carinho.

— Obrigada, mãe. – Agradece Felicity, mais uma vez.

As duas se separam e Tommy e eu nos encaramos, felizes pela cena que presenciávamos. Um dos tópicos de nossas conversas mais recentes é sobre o quanto desejávamos que mãe e filha se dessem bem. Donna é uma pessoa divertida e parece se preocupar muito com Felicity. A mais nova também parecia amar bastante a mãe, mas possui dificuldade de expor seus sentimentos, ocasionando em diversas discussões desnecessárias. Ver que as duas estavam começando a se entender nos deixava muito feliz.

Donna então se vira para mim e me estende o papel que segurava desde a hora que havia chegado. Pego o que parecia ser um panfleto de algum curso e o encaro, confuso. Surpreendo-me ao ver que se tratava de um curso preparatório de maternidade para pais e mães de primeira viagem. Meu olhar confuso parece divertir Donna, que ri e faz um gesto para que Felicity também lesse o anúncio.

— “Curso mamães e papais de primeira viagem. Tudo o que os novos papais devem saber e ninguém contou. Conheça mitos e verdades sobre gestação e maternidade. Dicas práticas de como organizar sua vida e a vida do seu bebê, primeiros passos para ter autonomia na maternidade, como lidar com situações delicadas, realidades sobre o parto e muito mais”. – Lê Felicity em voz alta. Ela encara a mãe em uma mistura de perplexidade e vergonha. – O que significa isso, mãe?

— O que está escrito no papel. – Responde Donna, dando de ombros. – Essa é uma excelente oportunidade para melhorar o relacionamento de vocês dois e ainda prepará-los para serem pais. Por isso eu inscrevi você e o Deus Grego para fazerem aulas e aprenderem mais sobre a maternidade e paternidade.

— Mãe! – Felicity repreende Donna, levando a mão ao rosto.

— O quê? Isso vai ser bom para vocês! – Afirma a mais velha, encarando-me confusa. Enquanto isso, Tommy sorria e parecia animado com a ideia.

— Donna tem razão! Vai ser ótimo para vocês. – Concorda meu melhor amigo e Felicity lança um segundo olhar perigoso em direção a Tommy por ele incentivar a ideia da mãe.

— Olha, mãe. Eu sei que fez na melhor das intenções e eu até acho legal você querer que eu faça o curso, mas não pode obrigar Oliver a participar. – Responde Felicity, calmamente, como se estivesse falando com uma criança. Donna bufa e eu encaro minha colega de trabalho em descrença.

— Em nenhum momento eu me senti obrigado a participar da sua gravidez, Felicity. – Respondo sério e, inevitavelmente, magoado. Felicity me encara preocupada e logo nos tornamos o centro das atenções do setor. Todos sabiam que a loira estava grávida e que eu estava mais envolvido que uma pessoa sem qualquer vínculo familiar deveria estar, então ver Felicity recusar a minha participação nessa atividade era uma novidade. Por outro lado, eu também não podia exigir nada de Felicity. Eu não tenho direito algum sobre Thea. Suspiro. – Eu não sou o pai biológico da Thea e eu realmente lamento muito por isso, mas tenho ciência de que sou só mais um estranho tentando participar de algo que não é da minha conta. Então se você não quiser que eu me envolva em sua gravidez, eu aceitarei sua decisão.

— Oliver, eu... – Interrompo Felicity, ficando de frente para ela. Nós nos encarávamos, enquanto as palavras simplesmente saiam de minha boca sem controle algum.

— Mas se você permitir que eu entre em sua vida, Felicity, eu realmente quero participar e me arriscar nessas loucuras com você. Não me importo em ficar preso em um elevador, ser confundido com o seu marido, ter que lidar com os seus desastres que sempre me tornam alvos ou precisar ficar sempre de olho em você para que não cometa nenhuma loucura agindo por impulso. Eu não me importo nem mesmo em acordar às três horas da manhã em uma quarta-feira só para ir atrás de um maldito frango assado...

— Frango assado ao suco de laranja. – Corrige, rindo emocionada. Ela parecia estar segurando o choro, assim como Donna que apertava o braço de Tommy e sorria largamente.

— Frango assado ao suco de laranja. – Repito, concordando. Eu dou uma discreta risada e pego em uma das mãos de Felicity, apertando-a. – O que eu quero dizer, Felicity, é que eu não tenho experiência alguma em ser... pai – digo a palavra com cautela -, e sou uma pessoa repleto de paranoias, que sempre acha que você está correndo perigo, mas eu quero tentar ser alguém em quem você e Thea podem se apoia. Alguém que vai proteger vocês... ah, você entendeu.

Digo, envergonhado demais para continuar. O departamento estava em completo silêncio e meu chefe me encarava da porta de sua sala com um olhar significativo. Meus colegas de trabalho estavam surpresos com a minha declaração e ainda que eu não tivesse tido a coragem para dizer as três palavras mais difíceis para mim, eu sabia que pelo sorriso amável e os olhos brilhantes de Felicity que aquilo havia sido o suficiente.

— E quando começam nossas aulas, mãe? – Pergunta Felicity, sem desviar os olhos de mim. Eu me sentia hipnotizado pelo brilho cerúleo intenso que tanto me atraiam.

— Hoje. – Responde Donna, como algo banal. – Vocês são tão lindos! Não é mesmo, querido? – Questiona, virando-se para Tommy.

— Hoje? – Repete Felicity, assustada. Ela se vira para mãe e parece em choque pela fala da mulher. – Mãe! Hoje? Sério isso?

— E qual o problema das aulas começarem hoje, bolinho? Você já está na metade da gestação e precisa aproveitar o tempo que ainda resta para você ter o bebê. Quando mais cedo começar, melhor! – Afirma Donna, aproximando-se da filha.

— O problema? Mãe, Oliver e eu trabalhamos! Não pode simplesmente marcar as coisas em cima da hora e querer que a gente compareça assim do nada. Nós temos entrevistas para fazer e reportagens para escrever. Isso exige tempo. E é por esse motivo que a gente sempre se programa para não interferir no nosso trabalho e prejudicar o jornal. – Responde Felicity de maneira intensa.

— Se esse é o problema, eu posso muito bem cuidar disso. – Afirma Tommy, dando de ombros. Felicity o encara surpresa. – Eu sei que vocês estão acostumados a me verem como editor de textos e fotógrafo, mas não se esqueçam que eu me formei junto com o Oliver. Eu também sou jornalista e posso assumir as tarefas de vocês por algumas horas sem problema algum.

— Mas você pode acabar sobrecarregado, Tommy. – Contrapõe a loira, encarando-o preocupada.

— Nesse caso, eu acho que posso cuidar disso. – Responde Alec, sorrindo para a sobrinha. Ouço Felicity sussurrar o nome do tio, descrente quanto a fala do homem. – Kevin!

— Sim, senhor! – Fala o estagiário, aproximando-se de nós com hesitação. Ele, assim como os outros funcionários, observava Felicity e eu, ansioso para saber em como terminaria aquela cena.

— O que acha de ganhar a oportunidade de ser um jornalista de verdade por um dia, acompanhando o Tommy nas matérias de maior importância da próxima edição do jornal? – Questiona Alec ao rapaz que vibra ao ouvir a notícia do chefe.

— Isso é verdade? – Pergunta Kevin, sem conter sua animação.

— Isso se estiver tudo bem para Oliver e Felicity. – Afirma o chefe, encarando-nos com um sorriso discreto em seus lábios.

— Eu acho uma excelente ideia. – Concordo, sorrindo para o jovem que me olha animado. – Você já ficou muito tempo só observando e aprendendo na teoria o que é ser um jornalista. Acho que já está passando da hora de você ir para ruas e entender o que é que tanto fazemos.

— Você é dedicado e audacioso, Kevin. Essas são as características mais importantes de um jornalista. Eu tenho certeza de que você vai se sair bem. – Responde Felicity e vejo o estagiário vibrar ainda mais animado.

— Obrigado, Oliver. Obrigado, Felicity. Obrigado, senhor Alec. – Agradece Kevin, arrancando alguns sorrisos orgulhosos de nossos colegas de trabalho. – Eu vou fazer o meu melhor.

— Tenho certeza que sim. – Afirma Tommy, dando alguns tapas nas costas de Kevin.

— Agora que o problema está resolvido, eu acho melhor vocês se apressarem. – Comenta Donna, sorrindo presunçosa. Era como se ela soubesse de tudo que estava para acontecer. – O curso começa em uma hora.

Viro-me para Felicity e estendo minha mão. Ela coloca a dela sobre a minha e entrelaça nossos dedos, surpreendendo-me por ela não se importar com os olhares maliciosos dos outros funcionários do setor. Tommy ri e me lança uma piscadela, parecendo entender o que ocorria dentro de mim. Observo a loira pegar a bolsa e a chave do carro, que por algum motivo muito estranho, estava em sua mesa.

— O que você está esperando? Vamos? – Pergunta a loira, dando um sorriso divertido e mandão, algo com que já me acostumei com a personalidade estranha de Felicity.

Rio de mim mesmo, enquanto balanço a cabeça, negando. Felicity conseguia ser a pessoa mais complicada e divertida que já conheci em minha vida. Sua inconstância e gentileza conseguiam me deixar confuso e cada vez mais atraído por ela. E a única certeza de que tenho quando eu olhar para a loira é de que estar com ela significava abrir mão da lógica e dar lugar a uma vida repleta de surpresas. Mas, para a minha surpresa, essa loucura e as dores de cabeça que eu sentia que Felicity ainda me causaria era tudo o que eu mais desejava.


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Notas finais do capítulo

Oii Cupcakes ♥! O que acharam? Como eu disse nas notas iniciais, esse capítulo foi dividido em dois, porque eu não queria enrolar vocês por mais tempo. Então ele foi fofinho e tranquilo. Próximo capítulo teremos mais momentos fofuras de Olicity e mais dicas sobre o passado de Oliver e Bruce. Obrigada pelo carinho, entrem nos grupos e sejam felizes! Beijocas e até mais ♥

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