A Tardis estava parada em frente a casa de Clara, ela entrou e cumprimentou o Doutor e logo iniciou uma conversa.

— Err... Doutor, você sabe que amo livros, por isso eu achei que talvez você pudesse... Me levar até a biblioteca da Tardis. – Ela pediu.

— Mas você sabe onde fica. – Ele disse.

— É que as vezes tenho medo de me perder aqui, você sempre diz que a Tardis é enorme.

— Tem, razão! Vamos! Eu te levo lá.

Clara caminhava atrás dele, pensando em quais seriam suas ultimas palavras a ele, até que chegaram a biblioteca.

— Talvez você não devesse ter vindo aqui, Doutor. – Clara disse.

Antes que ele pudesse dizer algo, sentiu algo passar por sua coluna e atravessar o seu peito, mas antes de cair no chão, viu Missy aparecer.

— Você confia muito nas pessoas erradas, Doutor. – Missy disse a ele que caiu de joelhos no chão. – Sabe por que você não vai poder se regenerar...? Porque instruí a Clara de como fazer a estaca certa para você, e do que colocar para evitar sua regeneração, querido. Não, na verdade eu fiz e dei a ela. – Sorriu.

Clara então se junta a Missy.

— Por que, Clara...? – O Doutor pergunta sem forças vendo o sorriso de satisfação dela.

Horas antes...

Clara tinha acabado de chegar de mais um dia estressante de trabalho, o trabalho de professora não é nada fácil. Quando abriu a porta de seu apartamento deu de cara com Missy sentada em seu sofá lendo um livro. Sua surpresa foi tanta que pegou a primeira coisa que viu para usar como arma contra a senhora do tempo, o que no caso foi uma vassoura.

— O que faz aqui? – Foi a primeira pergunta de Clara.

— Mas que falta de modos é esse, Clara? É assim que recebe suas visitas? – Missy ironizou.

— Diga logo o que quer? – Clara insistiu.

— Está bem, vamos direto ao assunto. Quero o Doutor morto, e só você pode fazer isso. – Missy revelou o motivo de sua visita inesperada.

— E por que você não mesma não o mata?

— Sou amiga dele, jamais conseguiria, não importa o quanto eu tente, e alias, precisa ser por alguém da confiança dele.

— E por que eu faria isso? – Clara questionou.

— Porque ele vai destruir o universo por sua causa, não posso permitir isso, assim não terei nada para dominar.

— Não vou fazer isso.

— Quem disse que você tem escolha? E aliás, você já o traiu antes, fazer isso de novo não deve ser difícil, querida. – Missy pegou uma estaca no canto do sofá. – Você vai o ferir com isso num dos corações, vai o impossibilitar de se regenerar.

— E por que acha que vou matar o Doutor?

— Querida, você é um Dalek, o Doutor não pode te salvar, então ele fez você se esquecer disso. O Doutor não é um herói, Clara! – Missy aumentou o tom de sua voz. – Basta ativar-mos o seu lado Dalek, que você irá matar o Doutor, ele não pode seguir vivo, ou ele destrói o universo.

Clara sentiu algo envolver seus braços, eram dois rapazes fortes.

— Eu não vou fazer o que você quer, Missy! – Clara gritou.

Missy se levantou do sofá e foi até Clara.

— Ah, querida você vai... Lembrasse, leve o Doutor até a biblioteca da Tardis, lá você saberá o que fazer. – Foi a última coisa que clara ouviu antes de apagar.

Agora...

O Doutor estava caido no chão, quase morto, seus olhos quase sem vida focaram em Clara, e enfim ele pode entender tudo, a Clara que ele conhecia estava morta, e agora restava a parte Dalek dela, a parte que ele tentou apagar sem sucesso.

— Por que usar uma... estaca... se você poderia... ter usado um raio...? – O Doutor questionou sem forças.

— Porque, querido, se ela usasse um raio você iria regenerar, e não era isso que queríamos. Agora a estaca, estava banhada no seu sangue, e ao tocar um de seus corações, impede sua regeneração.

— Por quê? – Ele questionou.

— Você iria destruir o universo, por causa dela. – Missy apontou para Clara. – Então a fiz te matar antes.

— E acha... que eu não sabia que era armadilha?

— Cale a boca e morra logo! – Missy mandou.

— Clara... – Enfim o Doutor se rendeu, e seus olhos se fecharam.

Clara podia ser um Dalek, mas no fundo, ela ainda era ela, e sentia a dor do que havia feito. Se ajoelhou diante dele, e uma lagrima caiu de seus olhos.

— Me desculpe.

— Como você é dramática. – Missy falou virando os olhos.

Uma espécie se teleporta para a biblioteca. Eram os Judoons.

— O Doutor está morto, os culpados devem ser eliminados. – Disse um deles.

— Mas como...? – Missy questionou surpresa.

— O Doutor nos enviou um alerta a alguns minutos atrás. Vocês serão executadas pela morte do presidente do universo.

— Terá que nos pegar primeiro. – Missy disse tocando em Clara. – Querida, sorte sua que tenho uma queda por Daleks. – E as duas somem no ar.

Mas não importa para onde elas vão, sempre estarão sendo perseguidas pelos Judoons, pela morte do Doutor.