["Ele vai me matar...."

"Não tenho saída....!"

"Por favor...Quero que alguém o pare!"

Nunca tive tanto medo na minha vida....]

Continuação do FlashBack de Nathaniel

Estava tão apavorado. Não reparei que uns morcegos vinham na direção do autocarro.

Pulei quando o vidro da janela se partiu, foi nesse momento que os morcegos entraram. O vampiro recuou quando eles colocaram-se na minha frente, formando um retângulo, fazendo uma barreira de segurança para separar-nos.

—O quê....—Pensei surpreendido. Os morcegos estão protegendo-me?

—Shoo,Shoo saíam da minha frente! —resmunga o condutor vampiro, abanando a mão como se os morcegos fossem mosquitos.

— Você atreve a tratar os meus morcegos dessa maneira?! —falou de repente uma voz familiar feminina. No meio dos morcegos era aquela garota vampira....Eleonore.

—Sao seus? Então tire-os da frente, chibi. —ordenou o condutor, provocando a garota.

— Agora pensas que tens autoridade...Não sabes quem sou? Eleonore Adeline Callidora.

—Adeline Callidora?! Uma Vampira da Classe Nobre?!

—Hump, um mero vampiro que nem tem classe, merece castigo por me ter provocado! —disse Eleonore com voz de desprezo.

—Espera..! NAAOO.—gritou o vampiro quando foi atacado por um morcego negro criado pela garota.

 Fiquei, por momentos, assustado quando esse morcego crescia maior à medida que se aproximava do vampiro, deixando-o sem hipóteses de fugir.

—Levem o idiota do meu sacrifíce para o Castelo. —falou Eleonore apontando para mim. Os outros morcegos agarraram-me e eu comecei a flutuar.

—Não. Por favor, leve-me em casa. —pedi à garota, um pouco desesperado para ficar longe deles, porem ela não ouviu, nem os morcegos me largaram quando saíram a voar, levando-me com eles..

Sobrevoamos sobre a cidade. Foi a primeira vez que vi deste ponto de vista....

Depois de um tempo chegamos a um velho castelo na floresta e finalmente pisei o chão. Eu confesso que tenho vertigens de altura...

Fiquei seguindo a Eleonore. Não sei como voltar para a cidade mas tenho que arranjar uma maneira de chegar a minha casa. 

—Senta ai no tapete. —falou Eleonore num tom de ordem. Como nao quero irritar ela, pois sou apenas humano, fiz o que ela pediu e sentei-me no tapete. Eleonore sentou-se no sofá, mesmo à minha frente, com uma cara de satisfação.

—Tenho a certeza que queres saber sobre os Sacrifíces. —começou Eleonore, atraindo a minha atenção para o assunto.

—Sim...—Admiti, confuso e curioso.

—Mas primeiro tens de fazer algo em troca, como por exemplo limpar os quartos e salas. —disse ela com um sorriso maldoso.

—Hum...Nao tenho escolha?

—Não, tens de fazer ou entao nao irei dizer nada sobre Sacrifíce. "

—____ FlashBack Off  _____

—Entao ficaste durante 4 dias a fazer a limpeza? —perguntou Marinette depois do Nathaniel parar de contar a história

—Exatamente...Pensei que iria ficar por mais tempo porque aquele castelo é enorme. Só consegui limpar 6 quartos e 4 casas de banho. Mas parece que ela achou suficiente. No final ela levou-me para casa. —disse Nath

—Ainda bem....Mas deve ter sido muito cansativo....

—Sim.... No quarto dia, antes de me trazer para casa, ela contou-me sobre os Sacrifíce. Nao estava a espera que fosse assim...

—O que ela disse? —questionou Marinette anciosa para saber logo.

—Ela disse:

"Sao uma lenda que nós vampiros ouvimos e transmitimos de geração para geração.

 Por que é uma lenda? Porque é muito raro encontrar....

Sacrifíce é a outra metade da alma do vampiro, nao temos exatamente uma "alma completa".

 Para um vampiro saber que encontrou sua sacrifice, haverá uma reação através da conexão entre as almas. Essa conexão é feita quando o Sacrifíce deseja ou pede algo do fundo do coração. Por exemplo desejaste muito que eu não atacasse aquela tua amiga Marinette, ao ouvir o teu pedido senti o meu corpo a obedecer a tua ordem e fiquei paralisada no local não conseguindo atacar."

— Isso quer dizer.....?—murmurou Marinette abismada

— Nós, Sacrifíce, conseguimos controlar o nosso "destinado" vampiro graças à conexão das almas que se tornaram numa. Ela disse que por causa da ligação ela consegue saber quando estou em perigo, pois minha alma grita pela ajuda.

— Ah...Agora entendi como Chat Noir aparece nos momentos em que eu estou em perigo ou com medo... —suspirou Marinette

— Por falar nisso...Tinhas dito que aconteceu algo também...—falou Nathaniel preocupado

— Sim....Por favor ouve calmamente e não fiques chateado, ok?

— O...Ok....—disse Nath mais nervoso.

Marinette conta tudo o que aconteceu naquele dia até o dia de hoje. Nathaniel ouviu quieto, mas Marinette viu as caretas que ele fez quando ela contou sobre a enfermeira, o veneno e o pesadelo que ela teve durante a noite.

Marinette sorriu, agora ja sabia sobre Sacrifíce.....

Mas.....Era só isso?

Parecia que faltava alguma informação....?