Suddenly Twins escrita por Little Mrs Salvatore


Capítulo 8
Primeira gravidez - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Olaaaa meu povo, como vocês estão? O capitulo de hoje tem fortes emoções e eu digo, porque se não fosse eu a autora, eu morreria e como ficou muito grande, eu dividi em duas partes.
Obrigada por todos os comentarios e todo o apoio ♥♥♥
Boa leitura!



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Unlove you - Star cast

A claridade invadia o quarto do casal de forma avassaladora, maldita hora que não fechei a persiana, pensou a morena piscando incomodada. Damon dormia de costas para ela, com o travesseiro tampando o rosto, provavelmente pelo mesmo motivo que a fez acordar. Ela sorriu o observando, o lençol o cobria somente até a cintura. Os músculos definidos de suas costas brilhavam com a claridade, a boca de Elena secou, isso acontecia muito nas últimas semanas. Elena e Damon eram muito mais do que ativos sexualmente, mas nada parecia mais saciá-la. Se conteve a suspirar, ainda era cedo e Damon mal dormia. Levantou-se em silencio seguindo em direção ao banheiro.

Uma leve vertigem a atingiu e ela teve que se apoiar no batente da porta para não cair, respirou fundo algumas vezes antes de voltar a andar. Precisava comer algo. Após o banho rápido, Elena correu para a cozinha, Gail já estava lá, arrumando a mesa.

— Bom dia – Elena sorriu para a senhora, que levantou o olhar encantada.

— Bom dia Sra. Salvatore – sob o olhar feio de Elena, se corrigiu – Dona Elena – a patroa riu, era o máximo que conseguiria de Gail, mesmo sempre insistindo para que fosse chamada de Elena. O café foi servido e Gail se assustou ao ver Elena enchendo o prato de ovos mexidos e bacon.

— O que? – A senhora negou sem graça e se retirou. Elena como médica, tinha uma dieta extremamente saudável, o que incluía frutas e cereais no café. Damon entrou no cômodo um pouco depois, ainda de pijama. Apesar de seu horário ser bem diferente do da esposa, fazia um esforço em acordar cedo para acompanha-la no café.

— Bom dia meu amor – ele sorriu lhe beijando as têmporas e ocupou seu lugar ao lado da moça.

— Bom dia Dam – ela deu um gole em seu café – Não precisava acordar cedo amor – lhe encarou apaixonada.

— E perder minha linda esposa desfilando toda arrumada pela casa? – Deu de ombros, se servindo. – Ovos e bacon? – Encarou o prato dela.

— Quis variar um pouco – deu de ombros sorridente. – Sabe, - se aproximou do marido como uma gata manhosa – Eu ainda tenho alguns minutos antes de ir trabalhar – mordeu o lábio inferior provocantemente. Ele riu.

— Meu Deus, você é uma tarada – lhe deu um selinho – Você tem um gosto delicioso – lambeu os lábios.

— Você só está dizendo isso porque eu comi bacon – deu-lhe um tapa no ombro. O clima era leve. – Bem, você enrolou demais, tenho que ir.

— Tenha um bom dia minha pequena – ele a acompanhou até a porta e lhe surpreendeu quando a encostou na parede. Era beijo preguiçoso e delicado, que ia contra tudo que os dois faziam nos últimos dias. – Eu te amo.

— Eu também te amo – juntou seus lábios novamente e saiu. O trajeto até o hospital era muito rápido, devido ao horário.

Elena estava em seu terceiro ano de residência em um dos hospitais mais famosos do mundo. Cada vez que atravessava as portas de vidro, sentia-se realizada, o processo era muito concorrido e conseguir a bolsa integral e com méritos, era uma conquista sua. No corredor da ala cirúrgica, Josie – sua chefe e cunhada – explicava aos outros residentes sobre um procedimento delicado que fariam em uma grávida.

— Está atrasada Gilbert – repreendeu. Elena encolheu os ombros culpada e olhou em seu relógio de pulso, eram apenas três minutos. Josie sorriu para ela, pois sabia que Elena odiava atrasos. – Bom dia Sra. Portobello – anunciou entrando no quarto, seguida por seus médicos. A moça sorriu de mãos dadas com o marido. – Apresente. – Pediu, entregando o prontuário a Elena.

— Marisa Portobello, 28 anos, cordão umbilical impedindo circulação da perna direita do bebe. – Leu rapidamente.

— Qual o procedimento? – Perguntou séria.

— Faremos uma cirurgia intrauterina, com o auxílio de pinças, a circulação retornará a perna da criança. – Sorriu mais confiante do que se sentia. Cirurgia em bebês sempre foi muito delicada para Elena, ainda mais naqueles que nem haviam nascido ainda.

— A Dra. Gilbert fará sua cirurgia hoje – Elena a encarou tentando não demonstrar seu desespero, mas Josie nem a olhava. – Alguma dúvida? – Enquanto ela respondia às perguntas da paciente, a mente de Elena estava completamente desligada, sentia que a cor sumira de seu rosto. – Você está em boas mãos – finalizou saindo do quarto.

— Josie, eu não posso – puxou a atendente quando já estavam afastadas do quarto. – É muita responsabilidade. – Podia sentir sua voz falhando.

— Elena, eu acredito que você é capaz – pôs a mão sobre o ombro da morena – A melhor residente que eu já tive, é uma grande chance. Mas tudo bem, posso pedir para o Alex. – Elena negou rapidamente, jamais perderia sua chance por aquele idiota, Josie riu e se afastou. Ficou ali por mais alguns minutos, antes de seguir para sala de cirurgia.

Estava próxima a porta quando um enjoo a atingiu, ela correu em direção a lixeira mais próxima que encontrou e abaixou-se, pondo todo seu café da manhã para fora. Hayley, a outra residente de seu grupo, segurou seu cabelo assim que viu que Elena convulsionava.

— Você está bem? – Perguntou encarando a amiga.

— Estou nervosa – confessou – É minha primeira cirurgia solo. – Hayley sorriu e a abraçou.

— Ah Lena – ela riu – Você é a melhor residente da turma, você dá conta. – Elena assentiu contragosto. – Vem, você precisa se preparar.

— Em um minuto – a amiga assentiu e entrou na sala de preparação. Elena sacou o celular do bolso e discou o número tão conhecido. – Ei – sorriu ao ouvir a voz do marido – Eu vou realizar minha primeira cirurgia solo.

É sério?!— Perguntou empolgado – Qual a cirurgia?— Apesar de leigo no assunto, Damon adorava ver Elena falando com paixão sobre a profissão. Elena resumiu como seria o procedimento – Me aprece nojento.— ele riu.

— Eu acho maravilhoso – defendeu, sorrindo. Estava mais calma, sem dúvidas.

Eu sei e acho isso incrível— ela suspirou pesadamente – Ei, não fique nervosa, você sabe que consegue, eu jamais teria deixado você costurar minha perna na sua primeira semana se eu não soubesse o quão capaz você é.— ela riu. Lembrando-se do dia em que se conheceram. Ouviu alguém chamar Damon ao fundo – Eu tenho que ir, boa sorte, eu te amo.— Assim que desligou o telefone, sentia-se mais confiante.

Após todo o processo de higienização, Elena passou pela porta a vácuo, entrando na sala de cirurgia. Marisa já estava anestesiada e Josie se encontrava ao outro lado da mesa, pronta para intervir, caso necessário. Ela sorriu para Elena encorajando-a. Elena respirou fundo e deu um breve aceno para sua atendente.

— Lamina 10 – pediu para enfermeira chefe ao seu lado. Elena fez um corte de em média cinco centímetros – somente para passar as pinças – abaixo do umbigo. Conter o sangramento do corte foi simples e não precisou de muitas gases, ela agradeceu mentalmente por isso. Um retrator foi usado para manter o corte aberto. Passou pela bolsa com um micro laser, o suficiente para passar o instrumento, não queria romper a placenta. Elena recebeu a pinça que usaria, o cabo era comprido e fino, respirou fundo mais algumas vezes e com muito cuidado passou a pinça por ambos os cortes. Com o auxílio de uma câmera, visualizou o cordão circundando a perna. Desenrolou a perna e pode ver a perna – que antes estava escura -, clarear. Sorriu internamente, se sentiu uma boba por se preocupar tanto.

 Estava prestes a puxar o instrumento quando uma tontura forte lhe atingiu, Elena parou o que fazia e encarava um ponto fixo para que sua visão voltasse ao normal. Respirou fundo mais algumas vezes, sua visão escureceu novamente e pode sentir sua pressão cair, antes que conseguisse se apoiar ou normalizar, sentiu os olhos pesados e seu corpo caindo para trás.

— Elena! – Josie gritou. O grito era distante, pode escutar o aparelho ao fundo, apitando aceleradamente. Viu uma sombra através da lâmpada que iluminava a paciente, mas antes que tivesse forças, se entregou a escuridão.

—-

Elena piscou confusa, ao olhar ao redor, reconheceu como sendo um dos quartos do hospital. Tentou lembrar o que aconteceu, quando as imagens do acontecido lhe voltaram a mente, pode ouvir seu coração disparar.

— Ei, calma – Damon que a observava quieto em uma poltrona, levantou-se rapidamente. Ela o encarou e pode ouvir a máquina diminuir. – Calma pequena, já teve estresse o suficiente por hoje – ela assentiu com os olhos marejados. Mordeu os lábios tentando segurar as lagrimas.

— O que houve? – Perguntou por fim – Minha paciente, eu não... eu – não conseguiu terminar.

Josie entrou no quarto com um semblante profissional. Mas sorriu ao ver a cunhada acordada.

— Você nos deu um susto – ela pegou o prontuário, passando os olhos.

— Marisa – Josie subiu o olhar e suspirou.

— Ela está bem – parecia ponderar se terminava ou não – Mas quando você desmaiou, a placenta foi rompida – Elena agora chorava sem pudor – Tivemos que fazer o parto, mas ambos correm bem, não se preocupe – afagou Elena sob a coberta. – Agora vamos a você.

— Foi só estresse – deu de ombros – Eu sinto muito Josie, eu não sei, nunca fui assim – Damon a abraçou de lado.

— Está tudo bem, não está? – Perguntou apreensivo. A irmã sorriu para ele – Fala logo! – Se exasperou.

— Sim, fizemos alguns exames e bem, os seus sintomas são completamente normais em suas condições – sorriu tranquila.

— Minhas condições? – Franziu o cenho confusa.

— Quando fizemos seu exame de sangue, seu HHG deu alterado – explicou. Elena arregalou os olhos, os olhos novamente se enchendo de lagrimas.

— Isso significa? – Quem estava confuso agora era Damon. Ele encarou a esposa que chorava – O que isso significa? – Repetiu.

— Que eu estou grávida – sorriu. Damon se afastou abruptamente a encarando. A respiração pesada. Elena não conseguia parar de chorar e ele era incapaz de se aproximar.


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