Suddenly Twins escrita por Little Mrs Salvatore


Capítulo 1
Uma noticia Inesperada


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, depois de muito tempo, eu voltei a escrever, foram longos dois anos, eu espero terminar minhas outras histórias, mas eu estou em outro capitulo da minha vida, não sei quanto isso vai influenciar minhas histórias.

Obrigada desde já e boa leitura!



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Dear fear - Nashville cast

A campainha tocara três vezes antes que Damon tivesse condições de levantar. Seguiu em direção a porta de entrada coçando os olhos e bocejando.

— Sim? – Perguntou ao encarar uma senhora baixinha a sua frente. Ela tinha o rosto amigável e vestia um terninho social.

— Damon Salvatore? – Perguntou encarando-o, ele assentiu – Dolores Riverdale, serviço social. O senhor tem um minuto? – Ele a deixou passar ainda confuso.

— Vou me recompor, só um minuto –indicou o sofá para que ela sentasse e saiu. Ele vestia somente uma calça abrigo preta. Voltou a sala agora vestindo também uma regata branca. – Pronto. Agora... O que o serviço social poderia querer comigo? – Lhe ofereceu também algo, mas a senhora recusou.

— O senhor conhece Katherine Pierce? – Ele hesitou por um momento. O nome não lhe via a mente e ele negou. – E quanto Elena Gilbert? – Damon arregalou os olhos confuso, o coração ameaçava pular por seu peito, presava tanto ouvir aquele nome novamente.

— Sim, não a vejo a anos, aconteceu alguma coisa? – Tentava manter a calma, sem sucesso.

— Bom, - ela hesitou – Não existe uma maneira fácil de dizer isso – suspirou – Elena sofreu um acidente de carro, a batida lhe causou um trauma craniano, ela está em coma – explicou. Damon ainda confuso e chocado. Engasgou com a própria saliva, sendo obrigado a ir à cozinha e se presentear com um copo d’agua, sentou-se novamente aéreo. Os olhos azuis arregalados analisavam a senhora, parecia que havia levado um tapa na cara.

— Isso é.. – Engoliu seco sem conseguir terminar de falar – Mas nós não víamos a anos, não entendo onde eu entro nessa história – ela suspirou.

— Elena tem duas filhas – Damon franziu o cenho confuso – De quatro anos. – Concluiu. A cor sumira do rosto de Damon, a boca seca, começou automaticamente a fazer as contas em sua cabeça, sendo interrompido. – Elas estão registradas em seu nome Sr. Salvatore – a senhora tirou uma pequena pasta de dentro da bolsa e o entregou. Damon pegou os papeis com as mãos tremulas. Passou os olhos e pode ver que eram certidões de nascimento.

— Eu...

— O sr. Não tinha conhecimento? – Ele negou e voltou a encara-la – Eu sinto muito – disse sentindo-se pesarosa por ele, era uma notícia forte. – Ela deixou também uma carta – lhe entregou um envelope menor, lacrado. – Eu sei que é um noticia difícil, mas as meninas estão sob guarda do governo e o senhor é o parente mais próximo que elas têm.

— Elena tinha uma irmã, ela não pode cuidar das meninas? – Saiu de seu transe lembrando da família de Elena.

— Ela não mora mais aqui, e a burocracia de conseguir um visto para elas em outro pais poderia levar anos, além do fato da mãe delas não estar realmente morta – informou. – Seriam anos num abrigo Sr. Salvatore – apelou. Ele não conseguia reagir, ainda estava muito confuso. – Vou deixar meu número, me ligue na segunda feira com a sua decisão – ela lhe entregou o cartão com seus dados e saiu.

Damon estava estático, não sabia por quanto ficara ali, mas foi trazido de volta a realidade quando o telefone apitara ao seu lado.

“Aqui é Damon, não posso atender agora, pode deixar sua mensagem se quiser, ou retornar em meu telefone profissional e pessoal. ”

— Eu sei que está em casa Damon – uma voz masculina surgiu na linha – EU deixei você aí bêbado ontem – aguardou – Tudo bem, me ligue quando ouvir isso, tenho novidades sobre a Fantor.

Damon suspirou audivelmente e seguiu para o banheiro. Deixou que a agua gelada escorresse por seu corpo, os músculos estremeciam com o frio. Perdeu a noção do tempo enquanto estava ali embaixo, quando a agua se tornou quente em contato com a pele irritada, ele decidiu que era hora de sair. Estava na sala, quase pronto, abotoava as mangas de sua camisa quando viu o pequeno envelope na mesa de centro. Hesitou, mas por fim decidiu que iria ler. Foi em seu escritório e pegou o abridor de cartas, rasgou o envelope e desdobrou o papel.

“Querido Damon,

Se você está lendo essa carta agora, provavelmente estou morta, é uma pena, por que eu realmente gosto da vida que conquistei, não querendo soar prepotente nem nada. Ah, você entendeu! (Damon deu uma leve risada, podia ouvir a voz dela)

Um pouco antes de terminarmos, eu descobri que daria à luz a duas lindas meninas, devido a nossa situação, eu não podia arriscar que você as tirasse de mim, eu sabia que as amava antes mesmo do primeiro ultrassom. Eu sei que as coisas entre nós não estavam boas, mas por tudo que vivemos, eu lhe peço que reconsidere aquele “não” dito anos atrás.

Alice e Olivia são o meu maior tesouro e eu as protegeria de tudo se pudesse. Alice tem seus olhos, quando é contrariada faz a mesma careta que você faz, aquela com uma ruguinha no meio da testa – que eu sempre reclamava também, mas não se engane, a personalidade é minha. Olivia tem seu jeito, orgulhosa e não aceita um não como resposta, apesar dos olhos de boneca, ela sabe ser ameaçadora. Eu não sei quantos anos elas têm no momento em que você lê essa carta, mas eu sei que você será um pai maravilhoso e que jamais as deixará na mão.

Eu sabia que você viria com todo seu poder atrás de mim, é por isso que o nome Katherine Pierce não lhe deve soar estranho, eu precisava, não podia deixa-las no fogo cruzado da nossa relação conturbada. Juntei todas as minhas forças e cuidei, como cuidei delas.

Por tudo que é mais sagrado, se ainda lhe resta alguma consideração por mim, cuide das minhas meninas, das nossas meninas, lhes mostre o amor de pai e então eu saberei que posso descansar em paz.

Sempre sua,

Elena. ”

Aquela carta o atingira como um soco, respirou fundo e seguiu para o escritório. Damon vivia na movimentada Nova York, o transito estava tranquilo, o que não o deu muito tempo para pensar. Salvatore Holdings Inc., ficava em um prédio impotente de 40 andares, um arranha céu que fazia jus ao nome que carregava. Damon trabalhava com ações, era responsável por avaliar uma empresa e saber se lhe traria mais lucro com a venda ou com investimento. O Damon abalado e pensativo, sumira no momento em que cruzou as portas de vidro. Ele atravessou o saguão de mármore rapidamente e entrou no elevador. O apito soou e ele saltou na cobertura. Sua secretaria prontamente levantou lhe desejando bom dia.

— Eu preciso de Stefan, Enzo e Alaric aqui, não passe meus telefonemas – ela assentiu e ele sumiu em seu escritório. Tinha a cadeira virada para a cidade quando os 3 entraram juntos.

— Então eu disse “com as ações dessa maneira, você não compra nem pão na padaria” – Enzo contava vantagem de uma empresa que eles tinham adquirido, o dono era um tremendo babaca. Alaric revirou os olhos e Stefan sorriu. Damon virou-se e o clima ameno evaporou. Só havia uma pessoa que deixava Damon assim.

— Damon? – Eles trocaram olhares e voltaram-se ao moreno. – O que houve? – Sob a mesa, ele arrastou a então carta na direção oposta. Foi Alaric que tomou a carta em mãos e lendo rapidamente.

— Elena está morta? – Perguntou exasperado. Stefan arregalou os olhos e puxou a carta passando os olhos.

— Filhas? – Enzo repetia o processo. – Que diabos? – Rosnou.

— Ela trocou de nome – Damon começou – Por isso eu nunca a encontrei, a filha da puta trocou de nome! – Bateu na mesa em punhos.

— Quem são Alice e Olivia, Damon? – Enzo o encarava sério.

— Minhas filhas – deu de ombros debochado.

— É o que?! – Stefan sentou-se ponderando e uma percepção lhe percorreu – Você sabia que era pai? – Um silencio reinou na sala – Damon! – Se irritou com a remota capacidade de Damon deserdar as crianças.

— Não, ok! – Encarou o irmão – Soube hoje de manhã, quando aquela senhora foi em casa – percebeu que os três estavam pescando e explicou a situação. – Eu jamais deixaria ter chegado a esse ponto. Tínhamos um acordo. – completou nervoso.

— Então ela está em coma? – Ele assentiu – Que ironia – Damon o encarou confuso – Ela mesma disse que a única maneira que ficaria com você, seria estando morta – Alaric comentou rindo. Damon bufou revirando os olhos.

— E então? – Enzo incentivou – Você não pode deixa-las num abrigo.

— Por? – Os olhos azuis frios encaravam Enzo. – Eu nunca quis ser pai e ela sabia disso.

— Você não pode descontar nelas os erros de Elena – Stefan alfinetou – Elas são suas filhas Damon. – Ele suspirou e enfiou o rosto entre as mãos. As lembranças do termino o sondava.

— E se não forem minhas? – Ponderou de sobrancelhas erguidas – Ela fugiu afinal.

— Porque você era um monstro sem coração – Alaric alfinetou. Stefan segurou o riso e encarou o irmão.

A verdade era que, Elena amava Damon, com todo o seu coração, mas para ele era apenas um casamento de fachada, nunca aspirou ser uma esposa troféu, por isso fugiu. E quando descobriu que ia ser mãe, queria privar as filhas daquele mundo e de um possível aborto.

— Ainda é – Enzo completou. – Mas se seu medo de ter um par de chifres é tão grande, faça então o exame, mas sabemos o resultado. – Deu de ombros.

— Damon Salvatore é papai – Stefan riu da constatação. – Quando vai trazê-las?

— Eu não sei nem se isso vai acontecer – suspirou. – Quero ver Elena primeiro – todos assentiram. Ele discou um número e dois toques depois começou a falar – Rose, preciso que prepare o jatinho com destino a Austin, para hoje.

— Texas? – Enzo estourou de rir. – Ela sabe brincar de agente secreto, não podemos negar. – Alaric concordou.

A verdade era que Damon odiava o sul e Elena sabia. Ele bufou irritado. Ligou para Jamie, sua empregada e pediu que ela lhe arrumasse uma pequena mala. Passou em casa no fim da tarde, tomou um banho e seguiu para o aeroporto. O voo foi rápido, cerca de três horas. Ao descer do avião já havia um carro lhe esperando.

O Grand General Austin Hospital era um prédio bonito. Em contrastes de branco e cinza, um prédio moderno.

— Sr. Salvatore? – Uma mulher loira se aproximou pelo corredor. Usava saltos pretos e um vestido azul, coberto pelo jaleco branco. Ela não sorria, o semblante era sério e acusativo – Caroline Forbes.

O nome não era estranho, Damon puxou na memória e lembrou-se de uma amiga de infância de Elena.

“Caroline e eu éramos inseparáveis, adorávamos usar o estetoscópio do meu pai e ouvir os batimentos de tudo quanto era coisa”. A risada dela invadiu sua mente.

— Damon Salvatore – se apresentou – Você é amiga de Elena, certo? – Ela assentiu – Eu quero vê-la. – Ela sorriu irônica.

— Escute bem querido, eu sei todo mal que a causou – apontou o dedo em seu peito. Damon a encarou ultrajado – Ali e Liv, são os amores da minha vida, se você ousar fazer elas sofrerem, eu vou atrás de você. – Era cômico, ela sabia com quem falava? Damon continuava encarando-a impassível. Ela sorriu logo em seguida – Agora que estamos devidamente apresentados, vou te levar ao quarto de Elena.

Os dois estavam no elevador, os quartos ficavam entre o quarto e decimo andar. Elena se encontrava no sétimo.

— Por que não ficou com elas então? – Ele a encarou de lado.

— A justiça é muito falha nesses casos – deu de ombros – Ella era a primeira opção, mas ela morando no outro lado do mundo, tornou tudo impossível – suspirou – Eu entrei com o pedido de guarda, mas aparentemente o pai delas é um grandessíssimo filho da puta milionário, só fazer as contas. – O elevador apitou no mesmo segundo e ela deu o impulso de saída.

 O quarto de Elena era simples, mas individual. Ela estava envolta em várias maquinas, ficando pequena e delicada. Os olhos fechados, serena, parecia em paz. Uma máscara de oxigênio cobria metade de seu rosto, mas ainda era possível ver toda a delicadeza da moça.

— Para que tudo isso? – Encarou as maquinas.

— Ela teve uma parada respiratória ontem à noite, foi preciso introduzir o oxigênio. Ela não está respirando mais sozinha – lamentou.

— Ela teve atividade cerebral? – Encarou a loira atrás de si, ela hesitou um instante.

— Mínima, não podemos declarar morte cerebral ainda, mas é questão de tempo – Damon assentiu e voltou a encarar Elena, sentou-se na beirada da cama e pegou sua mão, estava gelada, mas ainda era a mão mais macia que já havia tocado. – O que você vai querer fazer? – Perguntou depois de alguns minutos em silencio, ele virou confuso. – Vocês ainda são legalmente casados – explicou e ele assentiu.

— Quais as opções que me restam? – Perguntou mais para si mesmo do que para Caroline.

— Bom, nós podemos mantê-la assim por anos, mas os custos são muito altos, o plano dela não cobre mais – ele arqueou as sobrancelhas irônico e ela revirou os olhos – Ou podemos esperar a atividade cerebral cessar e desligar os aparelhos. – Essa opção era dolorida para Caroline, mas se obrigava a ser profissional ali. As opções foram como se ele tivesse engolido vidro, perdera sua mulher e agora quando finalmente a achara, ela estava presa a uma cama, à beira da morte.

— O que você faria? – Ele fazia um carinho leve na mão dela, para ver se o calor voltava, sem sucesso.

— Eu não posso opinar quanto a isso Damon – ela suspirou.

— Como amiga – implorou – Eu ouvi as opções medicas, agora você amiga de Elena, que ama as filhas dela, o que faria?

Querido medo

Como eu cheguei aqui

Como eu deixo ir

Quando você é tudo que eu conheço

A tanto tempo...

 

— Eu não posso deixa-la ir – deu de ombros, as lagrimas escorrendo pela lateral do rosto – Como médica eu sei que as probabilidades de ela acordar, são mínimas – limpou as lagrimas. – Como amiga, eu tenho esperança que ela seja um milagre médico – Damon sorriu assentindo.

— Ela sente dor? – Era desesperador imaginar que ela poderia sentir algo que não fosse agradável.

— Eu não sei, mas fazemos o possível para que ela se sinta confortável – sorriu segurando o ombro de Damon.

Querido medo

Já perdi anos suficientes

Estou muito assustado

Mas jamais saberei

A não ser que eu tente

Então isso é um adeus

— Não vou desligar as maquinas – decretou. Caroline assentiu aliviada – E vou leva-la pra Nova York. – Ela arregalou os olhos – É possível?

— Bem, sim – hesitou – Mas temos que esperar o quadro dela se estabilizar. - Pensou, mas por fim falou – Você tem certeza? Quer dizer, Elena ama aqui e todos cuidam muito bem dela.

— Eu agradeço, mas Elena precisa dos melhores médicos agora – Caroline o encarou ultrajada, mas ele nem se ligou. – Eu preciso ir agora. – Deu um beijo na testa de Elena e sussurrou algo inaudível, saindo logo em seguida. Ao sair do elevador, pegou o cartão no bolso de seu terno e discou no celular.

— Sra. Riverdale? Damon Salvatore.


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Notas finais do capítulo

O que acharam, merece continuação?



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