One de Os Netos de Stoico-Antes do Início escrita por Historia Jaeger


Capítulo 1
Antes do início


Notas iniciais do capítulo

N.I:

Oi gente!

Como eu disse nas notas,essa one vai relatar a época de Stoico e Valka,antes e depois do nascimento de Seeylfe e Soluço.

Espero que gostem.

Boa leitura!

Foto do capítulo:
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Pov's Stoico

Eu estava no cas,ao lado de Bocão,meio aborrecido e emburrado.

—Ajeita essa cara,Stoico-aconselhou-Assim não irão achar que você é um bom anfitrião.

—Sabe que eu não queria estar aqui-afirmei-Queria estar me divertindo agora.

Meu nome é Stoico Strondus.Tenho 20 anos e sou herdeiro do trono de Berk,ou melhor,um deles.

A família Strondus sempre disputava a liderança com a família Bonarroto,mas o único descendente que havia da família rival era Bolor.O cara já teve três esposas,mas todas morreram e ele não tinha nenhum filho.

Meu pai era Henry Strondus,líder de Berk.Eu tinha um meio irmão por parte de mãe,chamado Gosmento Jorgenson.Nossa mãe,Sophie,morreu há 10 anos num ataque de piratas à um dos nossos navios.

Pra mim,eu não achava graça nenhuma em ser líder.Honestamente,eu achava um saco.

Meu pai sabia bem disso e pra tentar me "corrigir",me obrigou a receber uma família que estava se mudando pra Berk.Essa família foi a única que sobreviveu num ataque de dragões à sua ilha e pelo o que parecia,papai e o patriarca eram muitos amigos.Bocão,meu melhor amigo,veio me fazer companhia.

—Olha eles aí-comentou Bocão enquanto o barco parava bem ao lado do cas.

A rampa desceu e arregalei os olhos ao avistar uma bela moça de cabelos castanhos e olhos verdes.Meus deuses...que mulher era aquela?

Ela desceu,juntamente com os pais e me encarou,o que fez meu estômago embrulhar.O que está havendo comigo?

—Bem-vindos à Berk!-sorri educado-Meu nome é Stoico,sou filho do Henry.

—Ah Stoico!Seu pai falou muito de você!-exclamou o homem empolgado-Meu nome é Andrew,prazer.Essa é minha esposa Eliza e minha filha Valka.

Vi Valka corar envergonhada,o que a deixou mais linda.

—Venham-pediu Bocão me tirando do transe-Vamos mostrar pra vocês a nossa aldeia e onde irão ficar.

(...)

Dias depois,no Grande Salão...

—Não tem mistério nenhum cara!É só chamar ela pra sair!-alertou Bocão  impaciente.

—Eu já falei que não consigo!-insisti aflito.

Fazia dias que a família Spantosicus já havia se instalado em Berk e Valka estava chamando muita atenção por causa de sua beleza.Eu havia me encantado por ela,mas não tinha coragem de convidar ela pra sair.

—Tá bom,vou te ajudar-garantiu se virando-VALKA!O STOICO QUER FALAR COM VOCÊ!-gritou para o salão inteiro ouvir.

—Tá maluco!?!-exclamei incrédulo.

Valka se aproximou rapidamente.

—O que houve?-perguntou assustada.

Bocão sorriu,piscando pra mim e então se afastou.Filho da mãe.

—É...-corei-Desculpa pelo Bocão,ele sempre é exagerado.Só queria saber se gostaria de dar uma volta comigo hoje à noite.

Ela arregalou os olhos.

—Claro!-confirmou animada.

Sorri empolgado.

—Beleza!-relatei.

Ela se afastou e então Bocão voltou,se aproximando.

—Ninguém resiste ao charme de um Strondus-brincou.

—Cala a boca!-ordenei rolando os olhos.

(...)

De noite...

A porta se abriu e sorri ao ver Valka,toda arrumada.

—Você está linda-confessei.

Ela sorriu envergonhada,ruborizando.

—Obrigada-agradeceu fechando a porta atrás de si-Vamos?

(...)

Passei a noite inteira conversando com Valka enquanto passeávamos pela a aldeia.Ela me contou bastante da sua família e eu contei da minha.

—E aí?Está preparado para substituir seu pai?-indagou incentivadora.

Suspirei derrotado.

—Eu não queria,mas eu não tenho escolha.Todos esperam o melhor de mim-comentei.

Ela parou de andar,o que me fez parar também.

—Qual o problema?-questionou intrigada-Você tem medo de não ser um bom líder?É isso?

Engoli o seco.Meu silêncio já foi a resposta.

—Ah,que isso Stoico?-perguntou indignada tocando meu rosto-Você tem um coração de ouro e um caráter inquestionável.Tenho certeza que será um grande líder.

Arregalei os olhos surpreso.

Foi então que,fomos aproximando lentamente nossos rostos.

—Stoico!-virei-me vendo Bocão se aproximando assustado-É o seu pai!

Arregalei os olhos assustado.

(...)

De acordo com os relatos das testemunhas,meu pai havia desmaiado com tontura e ele não foi único.De madrugada,aconteceu com mais seis pessoas.Gothi,a anciã,afirmou que era o início de uma epidemia do Flagelo de Odin,uma doença fatal.

Meu pai,assim como vários outros vikings,inclusive os pais de Valka,ficaram de cama,enquanto grupos de busca saíram atrás do Buffalord.A saliva desse dragão  misturado com ervas era o antídoto,mas chegaram tarde demais.Em três,os vikings afetados pela a doença,morreram.

Eu conselei Valka e ela me consolou.Acabamos ficando bem próximos e descobrimos,que estávamos apaixonados um pelo o outro e então,começamos a namorar.

Um dia depois do funeral do meu pai e dos outros vikings,foi convocado uma reunião entre os primogênitos dos clãs conselheiros.Precisavam decidir quem seria o líder o mais rápido possível.

—Então...Stoico,Bolor...-comentou o patriarca do clã Ingerman-Vocês tem agora a liberdade de se expressar,para podermos votar no próximo líder.Você primeiro,Bolor.

—Vamos ser francos cavalheiros-pediu Bolor divertido-Eu sou mais velho e mais experiente.Conheço Berk e nosso povo como a palma da minha mão.Sei as necessidades do povo e se desejo a liderança,é porque sei do quanto sou capaz de liderar essa ilha.E quanto ao Stoico,conhecemos a índole dele e sabemos que ele não quer nada além de beber e se divertir.Querem mesmo esse moleque como líder?É o mesmo que jogar nossa ilha em bosta de iaque.

Cerrei o punho com força.Trasgo!

—Stoico,sua vez-alertou o Ingerman.

Respirei fundo.

—Em primeiro lugar rapazes,eu posso ter sido um jovem bem solto,mas isso não significa que eu não me importe com o meu povo-afirmei-Eu apenas vivi como qualquer um da minha idade faria,mas estou disposto a sacrificar minha liberdade e me dedicar exclusivamente ao meu povo.Só porque sou jovem,não significa que eu seja inexperiente e responsável.Fui ensinado pelo meu pai os requisitos de um líder,algo que Bolor não teve.

Bolor ficou vermelho de raiva,mas não se pronunciou.

—Bom,vamos votar-declarou o patriarca do clã Jorgenson.

(...)

No dia seguinte...

Me ajoelhei na frente da anciã,enquanto ela sujava dois dedos no carvão.

Ela desenhou o símbolo da liderança na minha testa e então sorriu,se curvando.

Me pus de pé lentamente,virando-me para o meu povo.

—Vida longa ao nosso líder!-disse um viking.

—Vida longa ao nosso líder!-disseram todos em uníssono.

Um sorriso cresceu em meu rosto.

(...)

Um ano depois...

—De novo essa conversa?Isso já está me enchendo,Valka!-reclamei irritado.

—Conversa?Que conversa?-questionou incrédula-Assim que toco no assunto,você me ignora ou então grita comigo!

Já fazia um ano que eu estava casado com a Valka.Fazia alguns dias que ela estava dizendo que matar dragões não era a solução para a guerra que tínhamos com eles.

—Eles são demônios,Valka!Monstros!Aberrações!-afirmei indignado-Esqueceu que foram eles quem destruíram a sua ilha?

—Deve haver algum motivo!Não iam atacar do nada!-alertou-Matar,nem sempre é a solução!

—São animais irracionais-rebati-Dragões atacam pra matar,isso é um fato que não irá mudar.Estamos apenas nos defendendo.

Ela franziu a testa irritada.

—Eu estou indo ajudar Vitória com Dag-declarou-Quando quiser ter uma  conversa civilizada,me avise.

Ela se afastou e então saiu de casa,batendo a porta com força.

Gemi frustrado,passando as mãos pelo rosto.

(...)

Na casa dos Hoffersons...

Pov's Valka

Assim que Dag adormeceu,pus ele delicadamente no berço.Sempre tive o dom de cuidar de crianças.

—Obrigada Valka-ouvi Vitória agradecer-Não sei o que seria de mim sem você.

Sorri,me virando para encará-la.

—Que nada!Foi um prazer!-garanti com um sorriso dócil.

Fiz uma careta ao sentir uma forte tontura,cambaleando pra trás.

—Valka,você está bem?-perguntou Vitória preocupada.

Senti minhas pálpebras pesarem e minha vista escurecer.

—Valka!-ouvi Vitória me chamando antes de apagar completamente.

(...)

Cerrei os olhos com força e então os abri lentamente.Me sentei com cuidado na cama.

—Oi-sorriu Vitória se aproximando com anciã-Que bom que acordou.

Franzi a testa.

—O que houve?-indaguei confusa.

—Você desmaiou e então fui chamar a anciã pra te examinar-explicou animada-Stoico já está a caminho.

Porque ela parecia tão animada?Eu desmaiei!

—Gothi,o que eu tenho?-perguntei temerosa.

Ela sorriu,escrevendo no chão:

"Você está carregando o futuro líder no ventre.Parabéns Valka,você vai ser mãe".

(...)
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Arregalei os olhos assustada.

—E-Eu estou grávida!?!-exclamei animada-Ah meus deuses,que bênção!Eu sempre quis ser mãe!

Gothi escreveu:

"Mas essa não é a maior surpresa:Está carregando um casal de gêmeos"

Arregalei os olhos.Gêmeos!?!

—Oh meu Odin!Meus parabéns querida!-esbravejou Vitória empolgada.

Foi então que Gothi fez sinal para minha amiga sair e a mesma obedeceu.A anciã escreveu no chão:

"Seus filhos estão destinados a mudar completamente o mundo em que vivemos e são eles quem serão os responsáveis por parar a guerra entre dragões e humanos".

Arregalei os olhos chocada.

Meus filhos...destinados?

(...)

Quando contei a notícia para Stoico,ele vibrou de alegria e quando anunciou minha gravidez para todos,a ilha inteira entrou em festa.

Após ficarmos a sós,contei ao meu marido sobre a previsão de Gothi sobre nossos filhos.Ele ficou bem empolgado,dizendo que nossos filhos seriam grandes matadores de dragões,mas não sei se era bem isso.Acreditava que meus filhos iriam ser muito mais.

(...)

Meses depois...

Pov's Stoico

Eu andava de um lado pro outro,aflito e ansioso.Não aguentava mais esperar!Porque tanta demora?

Parei de andar e respirei fundo.

Calma Stoico.Você é líder de Berk e precisa manter a calma.Seu primogênito vai chegar junto com sua outra filha e sua esposa vai ficar bem.

Saltei assustado quando ouvi a porta abrir e me virei vendo Bocão me encarando divertido.

—Relaxa papai-debochou-Seus filhos nasceram e Valka está bem.

Respirei aliviado.

—Graças à Thor-murmurei com um sorriso.

(...)

Entrei no quarto e fechei a porta atrás de mim.

—Oi querida-sorri me aproximando de Valka sentada na cama e lhe dei um selinho.Encarei os dois embrulhos em seu colo-Oi meus lindos filhos...

A menina era um pouco mais pálida.Ela tinha cabelos ruivos e olhos verdes azulados,assim como eu.O menino tinha cabelos castanhos e olhos verdes esmeraldas,assim como Valka.

Ergui meu olhar para encarar a parteira.

—Qual nasceu primeiro?-perguntei sem tirar meu sorriso.

—A menina nasceu primeiro-respondeu imediatamente.

Desfiz meu sorriso.

Ah não...

—Teremos problemas?-interrogou Valka temerosa me fazendo encará-la.

—Sim,principalmente nossa filha-suspirei.

(...)

Dias depois...

Depois que batizei meus filhos com os nomes Seeylfe e Soluço Spantosicus Strondus III,fui para uma reunião com os líderes dos outros clãs.

—Seeylfe veio primeiro!?!-exclamou Gosmento chocado-Isso é uma surpresa!Nunca nasceu uma mulher como primogênita do clã Strondus,meu irmão!

—Sei disso-comentei num suspiro.

—Não importa-declarou Leonardo atraindo a atenção de todos-Ela é mulher.Tudo bem em ser a primogênita,mas não pode ser líder.Ela não aguentaria o cargo sozinha.

—Seeylfe não precisa ser líder-alarmou Bolor indiferente-Uma mulher governando?Não me faça rir.Soluço é quem deve ser o líder de Berk.

—Concordo-apoiou o Ingerman.

Franzi a testa irritado.

—Mas eu não concordo-declarei fazendo todos me encararem-Seeylfe é minha primogênita e é uma Strondus.Com meus ensinamentos,farei que ela seja uma líder melhor que qualquer homem poderia ser.E não adianta protestarem,pois não voltarei atrás na minha palavra.

(...)

Os dias foram se passando e surpreendentemente,descobri que Seeylfe havia nascido com poderes de gelo e fogo.Os vikings ficaram bem receosos,mas eu logo os acalmei.Ela era só um bebê!

No batizado dos meus filhos,dei o colar dos Strondus para Seeylfe e uma adaga especial para Soluço.Eu já havia me apegado bastante à eles.

—Stoico!-chamou Bocão chegando assustado-Os dragões estão vindo e vão começar a atacar!

Arregalei os olhos,me pondo de pé.

—Preparem as linhas de defesa e as armadilhas!-ordenei já me movendo-Vamos matar todos eles!

(...)

Minutos depois...

Pov's Valka

Corri até Leo e segurei seu braço, impedindo ele de matar um Nader.

—Pare!Você só vai piorar as coisas!-afirmei.

Quando o dragão fugiu,Leo puxou o braço,me encarando irritado e então se afastou.

Arregalei os olhos ao ver um dragão invadir minha casa,bem no quarto dos meus filhos.

—Seeylfe e Soluço!-exclamei correndo.

(...)

Entrei no quarto pegando a espada e avançando.

Arregalei os olhos surpresa e parei,abaixando a espada,quando vi que o dragão parecia encantado com Seeylfe e Soluço,que riam.

O dragão percebeu a minha presença e se virou para mim,sem querer cortando o queixo de Soluço que abriu o berreiro.

Dei passos pra trás assustada apontando a espada para o dragão,que me encarava com os olhos dóceis e gentis.

Esse dragão...Ele não é cruel...Os olhos dele...parecem diferentes,não estão ferozes...

Um machado quase acertou o dragão, fazendo ele enlouquecer.

—VALKA!CORRA!-berrou Stoico correndo do fogo que o dragão disparou.

—NÃO!-berrei empurrando o dragão.

Foi então que eu percebi,que somente Soluço estava no berço.

Olhei ao redor desesperada até que eu avistei Seeylfe,aos berros,nos braços de Bolor,que estava encapuzado.

Tentei correr até minha filha,mas o dragão se meteu na minha frente.

Ele decolou e me pegou pelos os braços me tirando do chão.

—NÃO!STOICO!-berrei desesperada.

—VALKA!!!!

—STOICO!!!

A última coisa que eu pensei antes de desmaiar,foi Seeylfe e Soluço.

(...)

No dia seguinte...

Pov's Stoico

Eu estava sentado em meio às cinzas do meu quarto,enquanto tentava acalmar Soluço.Estava atordoado.

Valka...Eu a perdi...A perdi...

Lágrimas escorreram pelo o meu rosto.

—Sinto muito pela a Valka amigo-lamentou Bocão-Mas e a Seeylfe?

Franzi a testa determinado.

—Vamos vasculhar cada canto desse arquipélago até encontrá-la-afirmei-Um dia vou encontrar minha filha,não sei quando,mas vou.

(...)

Quinze anos depois...

Pov's Seeylfe

Corri para a janela.

Dragões!Eba!

Sorri marota e peguei meu machado parando na frente da porta.

Olhei ao redor.Será que eu saio?

Meu coração batia descontroladamente e minhas mãos suadas apertavam o cabo do machado.

Dei de ombros.Tô nem ai!

—Meu avô não tá em casa,posso matar dragões-cantarolei abrindo a porta

Respirei fundo antes de correr para o caos que ocorria lá fora.


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Notas finais do capítulo

N.F:

Espero que tenham gostado.❤

Até!



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