One de Os Netos de Stoico-Foi tudo por ela escrita por Historia Jaeger


Capítulo 1
Nove anos...


Notas iniciais do capítulo

N.I:

Oi gente!

Como relatei nas notas da história,esta fic vai relatar sobre o que Dag passou enquanto Seeylfe estava em coma.Espero que gostem!

Boa leitura!

Foto do capítulo:
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Pov's Dag

Observava Stoico abraçado ao corpo de Seeylfe,enquanto chorava sem parar.

Cerrei meu punho,sentindo meu sangue ferver de raiva.

—CADÊ O DRAGO!?!-gritei furioso pegando minha espada e me levantando-EU VOU MATAR ELE!VOU MATAR ESSE DESGRAÇADO!

—Dag!Para!-pediu Astrid se levantando e me agarrando pelos ombros-Ele fugiu,não adianta.

Solucei sem parar,deixando a espada cair da minha mão.

—Ela se foi mana...-murmurei angustiado-Ela se foi!

Ela suspirou derrotada e então me abraçou com força,deixando que eu chorasse em seu ombro.

(...)

Em Berk...

Nós andavámos lentamente pela a ilha,enquanto o povo abria caminho para passarmos.Uns choravam e outras tinham a cabeça baixa.Eu e Soluço levavámos o corpo de Seeylfe numa maca.

Fechei os olhos,deixando mais lágrimas escorrerem pelo o meu rosto.

Nos aproximamos da anciã e colocamos a maca delicadamente no chão,bem na sua frente.

Me agachei ao lado de Seeylfe a acariciei seu rosto,sentindo meu coração partido.

Ergui meu olhar,vendo que Gothi me encarava com pena e então,escreveu no chão.

—Ela disse:Meus pêsames-alertou Stoico com a voz rouca-Ela cuidou de Stoico e está na nossa casa agora.Ela vai tomar as providências necessárias para a cerimônia de Seeylfe.

Sorri fraco.

—Obrigado Gothi-agradeci.

(...)

Assim que adentrei o meu quarto,joguei minha espada e escudo num canto e retirei minha camisa,jogando-me na cama.

Bufei frustrado,passando as mãos no rosto.

Ainda não acreditava que aquilo estava acontecendo.Ganhamos a guerra e meu filho nasceu,mas do que adiantava tudo isso,se não podia comemorar com minha esposa aquelas boas notícias?

Virei pro lado e deixei que mais lágrimas escorressem,soluçando forte.

Nunca mais veria ela sendo determinada...ou agindo com aquela teimosia infinita...ela com o rostinho vermelho,seja de raiva ou vergonha...Seus belos olhos verdes azulados brilhando quando ficava empolgada e aquele sorriso...Ah Odin...Nunca mais veria ela com aquele lindo sorriso de novo...Que dor...Que agonia!

Gemi frustado e levantei da cama rapidamente,começando a socar a parede irritado,enquanto ainda chorava.

Como vou viver sem ela!?!O que será de mim sem ela!?!

Ainda chorando,minhas pernas cederam e eu caí de joelhos no chão.

Retirei a adaga que estava na minha cintura e apontei para o meu pescoço.

Fechei meus olhos e me preparei,apertando o cabo da adaga.

"Infelizmente não poderei envelhecer ao seu lado.Por favor,não desista da vida só porque eu vou partir.Cuide de Stoico,por mim,é meu último pedido"—a voz de Seeylfe soou na minha cabeça.

Abri meus olhos assustado,deixando a adaga cair da minha mão.

Stoico!Ah meu Thor!O que estou fazendo!?!

(...)

Depois de vestir a blusa novamente,fui até o quarto onde Stoico estava dormindo.Adentrei o cômodo e logo o avistei,dormindo-o tranquilamente.

Me aproximei devagar do berço e analisei meu filho.Ele tinha um rosto angelical,bochechas rosadas e poucos fios louros na cabeça.Bem que Seeylfe disse que ele nasceu igual à mim.

Respirei fundo.

—Eu quase tiro minha própria vida agora,uma burrice,eu sei-confessei-Mas sem a sua mãe...parece que nada mais faz sentido.Mas aí eu lembrei,que prometi que viveria para cuidar de você.

Acariciei o rosto delicado de Stoico.

—Você é a única coisa que tenho dela agora-murmurei metendo a outra mão no bolso da minha calça e retirando o colar que Seeylfe me dera-Você é fruto do nosso amor,o que me serve de consolo.Por favor,herde as qualidades da sua mãe,pois assim,saberei que ela nunca morreu de fato,para mim pelo menos.Eu a amava muito e a continuarei a amando.Você,Stoico,é minha esperança e meu motivo de viver.Eu te amo filho.

Dag!—ouvi Astrid me chamar do andar de baixo.

(...)

Desci as escadas e me surpreendi ao ver todos pálidos feito neve,enquanto Eret respirava ofegante.

—O que houve?-questionei confuso.

Soluço balançou a cabeça atordoado.

—Eu não sei como te dizer isso-confessou-Mas a Seeylfe...ela...

—O que tem ela?-indaguei assustado.

Eret recuperou o fôlego e disparou:

—Foi confirmado pela anciã.Sua esposa,por um milagre,ainda está viva.

Arregalei os olhos chocado.

(...)
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Subi correndo as escadas com Soluço e avistei a anciã,terminando de tampar os ferimentos de Seeylfe.

—Gothi?-chamei aflito e ela me encarou-Pode falar a verdade,por favor.

Ela sorriu doce e escreveu no chão.

Soluço sorriu,com os olhos cheios de lágrimas.

—O coração da Seeylfe está bem fraquinho,mas ainda bate!-exclamou animado-Ela ainda está viva!

Um sorriso cresceu em meu rosto,enquanto mais lágrimas desciam.

Não acredito...Ela estava viva!Viva!

Porém,a anciã escreveu outra vez.

Soluço arregalou os olhos.

—Ela disse que Seeylfe está viva,mas está num sono profundo,em coma-explicou aflito-Tem que dar remédios e pílulas de alimento pra manter seu corpo vivo,mas não tem previsão para ela acordar.Pode demorar dias,meses ou até anos.

—Anos?-arregalei os olhos.

—Sim-lamentou-Consegue esperar por tanto tempo?

Franzi a testa determinado.

—Eu faço tudo por ela-afirmei.

(...)

De madrugada...

Um berro choroso me fez acordar assustado e me sentar sonolento.Era o Stoico,que chorava alto.

Me levantei de imediato e saí do meu quarto,indo até onde Stoico e Seeylfe estavam.Fui até o berço e peguei meu filho no colo,tentando acalmá-lo.

Os minutos foram se passando e nada dele se acalmar.Flora gemeu frustrada,passando as mãos nas orelhas.

—Dag!-suplicou Astrid surgindo sonolenta com Soluço-O que ele tem?

—Não sei!Tô tentando acalmá-lo!-respondi assustado enquanto meus sogros entravam no quarto.

—Me dá ele-pediu Valka e eu entreguei Stoico pra ela.

Meu sogro entregou uma mamadeira e Valka deu pra Stoico,que começou a beber tudo.Em segundos,ele havia bebido tudo.

—Toma-ela disse me entregando Stoico-Faça ele arrotar.

Arregalei os olhos em pânico.

—E como faz isso!?!-me assustei.

—Não se desespere,você é pai de primeira viagem,é normal-alertou compressiva-Coloque ele em seu ombro e dê tapinhas bem leves na costa dele.

Assenti,pegando Stoico delicadamente e o colocando em meu ombro.Comecei a dar tapinhas leves na costinha dele.

Me surpreendi quando ele soltou um arroto bem baixinho,o que me fez suspirar aliviado.

Caminhei até o berço e pus Stoico delicadamente nele,vendo-o que ele dormiu rapidamente.

—Dá trabalho ser pai,mas você se acostuma-garantiu Valka sorrindo dócil.

Sorri emocionado.

—E vocês dois,já vão aprendendo viu?-alertou Stoico para Astrid e Soluço,que coraram.

(...)

Seis meses depois...

—Come!Só um pouquinho!-supliquei tentando enfiar a colher na boca dele.

Ele gritou irritado e jogou o copo na minha direção,mas eu me abaixei.

Stoico já estava com seis meses e eu estava na cozinha,tentando dar papinha de cenoura pra ele,mas como puderam ver,ele não queria de jeito nenhum.

—Ele é bem esquentado né?-comentou Astrid sentada no sofá,com seu enorme barrigão.Ela estava com 7 meses de gravidez.

Rolei os olhos,largando a colher dentro do pratinho.

—Pra quem será que ele puxou?-brinquei-Porque estou surpreso por ele ter herdado o gênio forte da mãe?

Stoico riu,batendo palmas,com minhas palavras.Esse garoto já era surpreendentemente esperto para a idade dele.

Pois é.Seis meses e nada de Seeylfe acordar.Foi duro pra mim ter que criar Stoico sozinho,mas isso não significa que minhas esperanças sumiram.Eu não ia desistir da minha esposa!

—Já sei!-exclamei animado quando tive uma idéia-Flora,vem cá!

Sempre usava esse truque para quando Stoico não queria comer e sempre funcionava.

Flora encarou Stoico e sorriu sem os dentes,rindo,o que fez meu filho gargalhar.

Aproveitei que ele abaixou a guarda e peguei a colher cheia de papinha,enfiando na boca dele.Ele engoliu a contra gosto e abriu o berreiro.

—Para de reclamar!-protestei aborrecido-Ninguém mandou ser teimoso que nem a sua mãe!

(...)

Mais seis meses depois...

—Muitas felicidades!Muitos anos de vida!-completaram todos.

—VIVA AO STOICO!-gritou Soluço animado,recebendo gritos de incentivo.

Stoico riu em meu colo,batendo palmas e eu me inclinei,assoprando as velas.Todos aplaudiram.

Era o aniversário de um ano do Stoico e muitas pessoas vieram comemorar em nossa casa conosco.

—Ele cresceu rápido né?-comentou Soluço dando tapinhas no meu ombro.

—Com certeza-sorri beijando a bochecha do meu filho,que soltou uma gargalhada gostosa.

—Amor-chamou Astrid se aproximando de nós,com Jade no colo-Pode botar ela pra dormir?

—Claro-sorriu Soluço pegando a filha delicadamente no colo e então se afastou.

—E aí cara?-sorriu Melequento se aproximando com Cabeça-Dura-Parabéns pelo garotão.

—Obrigado-sorri-E como vai o seu?

—Valente!Um verdadeiro Jorgenson!-riu-Ei...sabe que dia é amanhã né?

Desfiz meu sorriso.

—Sim-respondi num murmúrio-Amanhã fará um ano que Seeylfe ficou em coma.

—Já passou tempo demais não acha?-comentou-Ela pode não acordar mais.

Franzi a testa irritado.

—A anciã disse que pode demorar anos e se demorar,eu vou esperar-afirmei.

—Só quero o seu bem.Você está acabado cara.Só sabe trabalhar na academia e cuidar do seu filho.Nem se diverte mais!-alertou incrédulo.

—Eu sou um pai de família,Jorgenson-rebati de imediato.

—Mas ainda é um homem.Um ano sem fazer sexo?Meu Thor!Como consegue?-se assustou-Porque não fica com alguém só uma vez,pra matar saudade?Oh!A Heather tá disponível!

Cerrei o punho.

—Escuta Jorgenson-alertei frio fazendo-o empalidecer-Eu sou um homem casado,não um animal no cio.Jurei diante dos deuses e de todos na ilha,que iria ser fiel à Seeylfe até que a morte nos separasse e ela não separou.E mesmo que Seeylfe tivesse morrido de fato,jamais amaria outra pessoa além dela,eu sou louco por àquela mulher.E outra coisa:Se eu quisesse só sexo,não teria me casado,teria ido para um bordel!

—Dag!-repreendeu Astrid assustada-Você está estressado!É melhor você subir!

—Desculpa cara-pediu Melequento constrangido-Eu falei besteira,foi mal.

—Falou mesmo-concordei rude,me afastando.

(...)

Seis meses depois...

Eu estava sentado ao lado da cama onde Seeylfe permanecia deitada,enquanto mantinha Stoico em meu colo.Ele brincava com um boneco viking na mão,distraído.

—Ela vai voltar pra nós filho,não se preocupe-garanti-É só termos paciência.

Foi então que Stoico,moveu seus olhos azuis para Seeylfe.

—Acolda logo mae,pla voce blincar com eu!-reclamou.

Arregalei os olhos chocado.

—Stoico...você...falou?-gaguejei assustado.

Ele me encarou e sorriu.

—Papa-pronunciou.

(...)

—Estou falando sério!Eu não tô doido!Ele falou!-esbravejei-Aí!-reclamei quando a anciã bateu na minha cabeça com seu cajado.

Ela escreveu:

"Seu filho tem sangue Strondus e essa família é bem desenvolvida e bem inteligente.São bem dotados,por isso Stoico falou antes de fazer dois anos"

—Isso explica porque Soluço é tão inteligente-comentei surpreso-Sua mãe ficaria tão orgulhosa-beijei a bochecha do meu filho,que estava em meu colo.

(...)

Quatro anos depois...

—Stoico?-chamei olhando debaixo da mesa,mas não o vi e então fui olhar atrás do sofá,mas não tinha nada-Onde você está?

Subi as escadas e fui até o quarto dele,mas não o encontrei.Verifiquei os outros quartos e não achei nada.Só faltava olhar o quarto onde Seeylfe estava.

Abri a porta e avistei Stoico,sentado na cadeira ao lado da cama,enquanto ele segurava a mão de Seeylfe.

—Filho-chamei fazendo-o me encarar-Posso saber porque você fugiu do seu aniversário de cinco anos?

Ele não respondeu,apenas estendeu a mão livre e criou um floco de neve,o que me surpreendeu.

—Eu...meio que fiz nevar sem querer no salão,mas ninguém viu-confessou-Fiquei com medo e então saí correndo.

—Mas com medo porque?-questionei me aproximando e me agachando na sua frente-Stoico,você herdou os poderes da sua mãe!Não é legal?

Vi o lábio inferior dele tremer e seus olhos se encherem de lágrimas.

—Do que adianta ter os poderes dela se ela não está aqui comigo?-indagou choroso.

Sorri fraco,pegando o colar do meu bolso e mostrando pra ele.

—Que isso?-perguntou confuso.

—É o colar do clã Strondus,passado de geração em geração-declarou-O patriarca da família sempre passa para o seu primogênito.Seu avô deu pra sua mãe e ela mandou dar pra você no seu aniversário de cinco anos.

Coloquei o colar no seu pescoço e o encarei profundamente.

—Sabe o que ela disse antes de entrar em coma?-questionei e ele negou com a cabeça-Ela disse que quando você estiver com esse colar,ela estará sempre com você.

Ele sorriu.

—Eu a amo tanto...-confessou encarando Seeylfe-Não vejo a hora dela acordar.

Sorri.

—Eu também não-concordei.

(...)

Mais quatro anos...

Gemi frustado,passando as mãos nos cabelos e me jogando no sofá.

—Nada?-indagou Astrid fazendo uma careta.

Neguei com a cabeça.

—Ele não quer sair mais de lá-confirmei.

Stoico e Jade haviam discutido feio porque ambos tinham uma amizade com Damon Somehalder e acabou dando uma grande confusão.Jade acabou tocando no assunto de Stoico estar sem a mãe,o que o deixou sem chão e agora,ele não queria sair do lado de Seeylfe.

—Você vai pedir desculpas do seu primo depois!Ouviu?-alertou Astrid irritada para Jade.

—Tá-a morena rolou os olhos.

—PAI!JADE!TIA ASTRID!A MAMÃE ACORDOU!-ouvi Stoico gritar animado.

Arregalei os olhos em choque,me pondo de pé.

Sem pensar duas vezes,subimos as escadas correndo desesperados e então,entramos no quarto.

Meus olhos marejaram quando vi Seeylfe sentada na cama,parecendo atordoada e confusa.

—Eu morri!?!-exclamou assustada.

Um sorriso bobo cresceu em meu rosto.Meu Odin!

Corri até ela e a puxei,fazendo-o a levantar.Agarrei sua cintura e a beijei ferozmente.

Gemi em sua boca,enquanto ela retribuia o beijo e agarrava meus cabelos.

Deuses...como eu senti falta dessa boca...

Afastei-me ofegante dela e beijei sua testa,ainda chorando emocionado.

—Você acordou...Não acredito...-murmurei feliz.

Eu esperei pacientemente e ela voltou pra mim.Tudo o que eu havia passado nesses noves anos valeu a pena.Pois,foi tudo...por ela.


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Notas finais do capítulo

N.F:

EU QUERO UM DAG PRA MIM!BUAAAAHHHH!!!

Espero que tenham gostado!

Até!