Escola Para Damas e Mordomos escrita por Isabela


Capítulo 2
Capítulo 1: Quando a vida muda...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Consegui arranjar tempo para escrever o primeiro capítulo ✌❤
Espero que gostem
Aviso: A partir de agora a história será narrada pela Alice.



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Posso dizer que tenho uma vida muito feliz, tenho pais que me amam, amigos que estão sempre do meu lado e a loja no qual eu e os meus pais mais amamos no mundo todo.

Hoje é um dia normal como os outros, acordei, tomei o pequeno-almoço com os meus pais, arrumei-me para a escola e despedi-me deles enquanto caminhava para a escola, como todos os dias faço.

O que mais gosto da minha caminhada até lá é que sempre vejo a praia, e sempre posso ouvir as ondas do mar baterem contra as rochas, muitos acham isso uma perda de tempo, mas para mim, apenas ver o mar e ouvir as ondas, já me deixam com melhor humor.

Tipo o meu remédio, para dias muito maus.

Mas claro, como tudo na vida não é perfeito, á sempre algo que estraga a paz que sinto.

— Hey! Idiota! - ouvi atrás de mim, o grito do idiota do irmão da minha melhor amiga Giovanna, o Ricardo.

Olhei para ele, suspirando e ele parou mesmo ao meu lado cansado depois de ter corrido para me apanhar.

— Deixa-me adivinhar, adormeceste e a Giovanna já está na escola? - Perguntei-lhe com um sorriso malvado e ele olhou para mim com os seus olhos verdes e apenas revirou os olhos, enquanto eu ria. - E outra coisa, o meu nome é Alice e não idiota, estúpido.

— Parece que alguém acordou com os pés de fora da cama, outra vez. - Disse ele gozando comigo e eu apenas revirei os olhos

— Eu estava muito bem disposta, até que tu apareces-te e estragas-te a paz que estava a sentir.

— Aí sim? E qual paz? - Disse ele rindo e eu apenas botei e atirei-lhe com a minha mochila na cara dele e ele caiu no chão, enquanto eu corria para estar longe daquele infeliz.

Quem é que ele pensa que é, para gozar assim comigo?!

Assim que cheguei na escola, sorri e disse bom dia aos professores que estavam a comprimentar os alunos hoje e foi direto para a minha sala.

As aulas estavam quase a terminar este ano, depois o que me resta a mim e aos meus amigos será a universidade, que ainda não sei o que seguir.

Eu tenho apenas 18 anos, como vão deixar uma jovem desta idade decidir o que fazer para o resto da sua vida?

Assim que entrei na sala foi recebida pelos braços da minha melhor amiga Giovanna, que me sorria e eu retribui o abraço.

— Bom dia, Ali! - Disse-me ela, agarrando o cabelo cacheado e loiro dela a um rabo de cavalo.

— Bom dia, Gio! Cabelo indomável, como sempre?

— Eu já te disse, eu sou a Brave Indomável, apenas com cabelo loiro e real - Disse ela rindo e eu ri junto com ela - Falando em indomável, por acaso viste o Ricardo pelo caminho.

— Sim, eu vi aquele atrasado mental e para lhe organizar as ideias acertei-lhe com a minha mochila - Disse sorrindo, e ela caiu na gargalhada.

— Deus, só tu Alice, ainda matas o meu irmão gémeo, não que me esteja a queixar.

— E depois, eu, é que sou terrível, não é? Menina Giovanna?

A Giovanna, não teve tempo de me responder, quando a nossa professora chega ao mesmo tempo que o Ricardo e pede que todos nos sentamos nos nossos lugares.

Depois de ela verificar se todos estão presentes na aula, ela começa a dar a matéria da aula de hoje, nunca gostei muito de história, acho a matéria chata e muito fácil, por isso a maioria dessas aulas acabo por desenhar no meu caderno a hora toda.

Quando a professora nos ia dar o exercício de hoje, o diretor da escola entra na nossa sala e todos olham para ele assustado, olhei para a Giovanna, que se senta ao meu lado e passei-lhe um bilhete:

"O que achas que se está a passar, para ele aparecer?"

Ela escreveu e depois me passou o bilhete:

"Não sei, mas deve ser algo de grave."

— Menina Yoon? - Levantei-me assim que ouvi o meu sobrenome a ser chamado pelo diretor que me olhava com compaixão. - Será que me pode acompanhar?

— Claro, Sr. Diretor. - Disse assustada e indo em direção á saída da sala de aula onde o diretor já estava á minha espera, podia sentir o olhar dos meus colegas nas minhas costas mesmo com a porta já fechada. - Passou-se alguma coisa?

— Alice Yoon, lamento, mas não tenho as melhores notícias para si...

5 Horas depois...

— Pobre, menina, tão jovem e já está só... - Ouvi a voz da minha vizinha enquanto olhava para os caixões que os meus pais estavam.

Ninguém sabe como aconteceu, apenas me disseram que foi um acidente de carro, uma das rodas acabou por arrebentar, o que causou o despiste do carro.

A Giovanna, estava ao meu lado e me abraçava, enquanto eu não parava de chorar, ela, o Ricardo e os pais deles estiveram comigo e me ajudaram a preparar o funeral deles o mais depressa possível.

Nunca pensei ou imaginei que um dia teria que viver, sem as palhaçadas do meu pai, sem as risadas da minha mãe e até mesmo sem o amor deles.

— Alice... - Giovanna tentou me dizer alguma coisa, mas desistiu assim que me viu chorar mais forte. 

— Eu vou trazer algo para ela comer... - Ouvi o Ricardo dizer e os passos dele se afastarem de nós.

Eu estou num pesadelo, tudo só pode ser um pesadelo!

O dia passou mais lento do que podia imaginar, e este dia, era para ser um dia igual aos outros, mas acabou por ser diferente de tudo.

Os pais da Giovanna e do Ricardo, me convidaram para morar com eles e eu simplesmente recusei, no qual os deixou muito preocupados e pediram para pensar melhor, então acabei por concordar que vou morar com eles, até que consiga estabelecer a minha vida, a última coisa que quero é incomodar.

Uma semana se passou, e eu tive que vender a única recordação que restava dos meus tempos felizes com os meus pais, a loja de flores deles, chorei tanto quando assinei aquele papel, eu não queria mas o dinheiro era mais que necessário para pagar o funeral dos meus pais.

Depois de me despedir uma última vez da loja, foi em direção á casa da Giovanna e do Ricardo, eles estavam na escola, e os pais deles estavam a trabalhar, portanto tinha hoje a casa só para mim.

Quando cheguei perto da entrada, reparei que a porta da frente estava ligeiramente aberta.

"- Estranho, eu lembro-me de ter fechado a porta..."

Entrei dentro de casa e senti um belo cheiro de comida deliciosa.

De certeza que era a mãe da Giovanna.

Entrei na cozinha sem prestar muita atenção á minha volta.

— Boa tarde Sra. Helena, não sabia que hoje chegava...

Parei de falar assim que reparei que não era a mãe da Gio que estava na cozinha, mas sim um jovem um pouco mais velho de sorriso encantador, de belos olhos azuis escuros e cabelo negro, olhando para mim com simpatia, ele aproximou-se de mim com uma boa postura e se inclinou com a sua mão posta na zona onde fica o coração.

— É uma honra finalmente conhecê-la, lady Alice, o meu nome é Kwang-Sun e foi escolhido pela sua avó, para ser o seu mordomo. - Disse-me sorrindo e eu corei um pouco por causa da sua aparência e da elegância dele falar.

Espera aí! Ele disse "avó" e "mordomo"?

— Como é que é!?


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