Side To Side escrita por Fluconheira, Blackinnon Squad


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Surprise! Com essa fanfiction, abro o primeiro desafio, o album musical, pelo Blackinnon Squad.

Boa leitura :)



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Que Sirius Black era um puta de um gostoso todo mundo sabia, mas havia um cafajeste de primeira debaixo daquela camisa de basquete.

 

E isso todo mundo sabia também, já que a reputação dele não era das melhores.

 

Pego meu lápis e faço umas anotações em meu caderno enquanto o professor de história dita coisas sobre a segunda guerra mundial. Uma batida na porta e entra o atrasado. Black nem ao menos pede desculpas pela demora e anda até o fundo da sala. Coloquei a ponta do lápis entre os dentes e meus olhos demoraram em seus braços, e que braços!

 

Ao passar por mim, sua vista parou por minhas pernas nuas e cruzadas e deu um sorriso sacana, por fim, sentou em uma carteira atrás da minha. Ao olhar para o lado, Lily me olhava com reprovação. Rolei os olhos e murmurei um “o que?” inaudível e foi a vez dela revirar os olhos e finalmente, voltar a prestar atenção na aula.

 

Lily, Fabian e Alice, meus melhores amigos, sabiam que eu sempre tive uma queda… não, um precipício é mais entendível, pelo Black.

 

Óbvio que eles sabiam que a gente já havia ficado há um tempinho, mas eles não precisavam saber de mais nada além disso. Lily já havia me dito que Black era “fogo na roupa” e todo mundo já sabia da imagem que ele tinha na Hogwarts High School. E sinceramente? Eu tô pouco me fodendo.

 

A noite de ontem ainda é nítida pra mim, minha vagina que o diga, falando sério. Ao descruzar as pernas devagar, mordi o lábio para evitar um gemido, mal sucedido é claro.

 

Nem conseguia me mover depois do orgasmo, minhas pernas tremiam e ele ainda continuava me fodendo com intensidade. A cada troca de olhar, a cada estocada, a cada orgasmo, me fazia querer pedir por mais.

 

Estava exausta e dolorida quando acordei de manhã, mas ele não estava mais em minha cama. A parte ruim foi levantar e andar até o banheiro, que cada passo era uma tortura para mim. A água gelada até que ajudou um pouquinho… um pouquinho.

 

Podia sentir o olhar dele sobre mim e resistir com todas as minhas forças para não virar e gritar, perguntando o porquê dele ter ido embora tão silenciosamente e me deixado sozinha.

 

O sinal tocou anunciando a próxima aula e esperei a maioria dos alunos se retirarem. Assim que levantei, Lily me olhou.

 

— Pode ir falando o que você tem? — perguntou ela.

 

— Nada, ué — disse jogando minha mochila nas costas e andando devagar, olhando Sirius sair da sala de aula. Lily olhou para a porta e depois para mim. — O que?

 

— Transou com ele? — sussurrou a ruiva, também se dirigindo até a porta.

 

— Não! — respondi depressa demais e desviando o olhar da expressão acusadora da minha melhor amiga.

 

Fato do dia: eu mentia muito mal.

 

— Você mente muito mal — falou Lily saindo da sala e andando pelo corredor apinhado de gente — Fala sério, Marlene! Você se faz de cega?

 

Mordi o lábio inferior enquanto caminhava com as pernas separadas demais. Você me deixou toda fudida, Black. Literalmente.

 

— Vai começar com aquela conversa de novo? — perguntei rolando os olhos — Eu não tô nem aí, Lil…

 

— Ele só está te usando, Leney. — replicou Lily — Como consegue? O que você viu nele?

 

Interesse? Tesão? Atração? Ela não podia negar que Sirius Black era uma tentação. Minha tentação. Bufei abrindo a porta do meu armário e pegando o livro de álgebra, e jogando o de história sem nenhuma cerimônia.

 

— Então deixa eu me ferrar, Lil — disse impaciente.

 

— Eu só quero o melhor pra você, Lene — suspirou Lily — Desculpe estar me metendo dessa forma na sua vida, mas você é linda, inteligente, independente… Quero nem ver quando você disser que está apaixonada por ele. E eu não quero ver você sofrer...

 

Não respondi nada, apesar da minha língua formigar para dizer algumas coisas, resolvi me calar. Bati a porta do meu armário e Emmeline Vance brotou na minha frente.

 

— 15h. Treino. Sem falta — disse Emme.

 

— Desculpe, não posso.

 

Emmeline era a líder de torcida e sempre se esforçava muito para deixar tudo perfeito. Perfeito demais. A morena ergueu uma sobrancelha.

 

— Porque não? — exigiu saber.

 

Porque estou toda rasgada, Emmeline. Não vou sair dando piruetas quando minha boceta implora por uma reconstrução vaginal.

 

— Estou naqueles dias… — disse simplesmente — cólicas. Você sabe.

 

— Sei… — disse Emmeline desconfiada — Melhoras.

 

— Obrigada.

 

Emmeline deu as costas e desapareceu entre os outros estudantes.

 

— Você nem está menstruada — disse Lily cruzando os braços.

 

— Evans, você não tem aula, não? — perguntei, batendo o pé.

 

Lily rolou os olhos.

 

— Até no intervalo pra você também, srta. Grosseira. — disse minha amiga e deu as costas, provavelmente indo ao seu armário.

 

Na aula de álgebra, dividia a mesa com Fabian, que não calava a boca e só sabia sussurrar no meu ouvido o quanto Sirius era um idiota e insolente descarado e abusado que se aproveitava de garotas iludidas com sua “beleza” anormal e o endeusava por isso. E não posso esquecer do quanto ele criticou a performance dele no último jogo… e vou ter que discordar. Ele foi ótimo, como sempre. Ah, e criticou meu gosto peculiar para cafajestes como Sirius Black.

 

Definitivamente, meus amigos andam falando demais.

 

Fora isso, o relógio parecia que ia no sentido reverso que deveria ir. O intervalo não chegava nunca! Fora que tive que aguentar os comentários e risadinhas irritantes de umas garotas que falavam do MEU homem. Oh, céus! Daí-me forças para suportar.

 

E triiii! Finalmente livre… Por enquanto. A mesa no refeitório ainda divido com o Fabian, pelo menos a atenção dele não estava voltada contra mim. Alice começou uma animada conversa sobre o baile de formatura e fiquei agradecida por Lil não ter comentado nada sobre minha noite passada. Fabian ia precisar trocar de pilha, pois não ia parar aquela matraca.

 

Sirius apareceu no refeitório acompanhado por James Potter, outro queridinho entre os jogadores do time e também parceiro baderneiro.

 

Olhe para mim, olhe para mim… Ignorada com sucesso. Sirius estava ocupado demais rindo de um jeito descontraído com seus amigos e quando ficava sério, seu ar arrogante voltava, fazendo ele ficar mais lindo do que já era. Olhe pra mim, filho da puta.

 

— Marlene? — perguntou Alice estalando os dedos em frente ao meu rosto.

 

— O que?

 

Fabian revirou os olhos.

 

— O baile de formatura. Com quem vai? — perguntou ele impaciente.

 

— Ah… sei lá — respondi dando de ombros.

 

— Sabe… nós poderíamos ir junto — jogou Fabian de repente, aparentando falso desinteresse.

 

— Desculpe, Fabian — falei a primeira coisa que me veio à mente: — Me convidaram e não dei resposta ainda… seria injusto.

 

— Tudo bem — respondeu Fabian mexendo nas batatas, parecendo desapontado.

 

Quando o fim do intervalo anunciou o retorno às aulas, verifiquei meu relógio de pulso e fui para a aula de inglês. Às 10h em ponto, pedi ao professor para sair da sala, com a desculpa que precisava ir ao banheiro.

 

Atravessei o corredor e desci as escadas que levava a sala de teatro. Abrir a porta e entrei, fechando a mesma em seguida. Estava muito escuro, exceto pela luz que iluminava o pequeno palco. Antes que eu desse um passo em direção à luz, alguém me agarrou por trás e tapou minha boca. Os piores e os mais medonhos pensamentos vieram a tona. Meu coração descompassou e comecei a me contorcer tentando me soltar e tentei morder a mão daquele ser, mas o indivíduo tinha braços fortes. Ótimo! Ser atacada em plena luz do dia na própria escola, que ótimo!

 

— Shiu… — o sujeito falou no pé do meu ouvido — Não queremos ser pegos, certo? — e então, ele me soltou.

 

Me virei batendo com raiva no peito e nos braços dele, com as mãos tremendo.

 

— Que droga, Sirius! — reclamei respirando fundo, tentando me acalmar — Você quase que me mata de susto.

 

— Desculpe… foi engraçado — defendeu-se rindo — queria ter visto sua cara.

 

— Não foi engraçado — disse fechando a cara e cruzando os braços — Achei que fosse um estuprador, sei lá — um arrepio percorreu pela minha espinha só de imaginar e tratei de afastar aqueles pensamentos. Sirius me abraçou.

 

— Acha que eu ia deixar que fizessem alguma coisa com você? — perguntou Sirius fazendo carinho nas minhas costas.

 

— Não — disse sentindo minha voz sair com um tom manhoso que eu não programei.

 

Sirius segurou em minha mão e me guiou até uma das fileiras de cadeiras iluminadas pela luz do palco, onde sentou e me puxou para o seu colo. Um gemido de dor escapou dos meus lábios, Sirius deu um sorriso malicioso me fazendo rolar os olhos.

 

— Te deixei tão sensível assim? — perguntou Sirius alisando minha coxa e beijando meu pescoço, me fazendo arrepiar — Eu faço passar — e então, ele subiu o braço da poltrona e me fez deitar. Sirius apertou minha cintura levemente e se curvou sobre mim. Bufei irritada e o empurrei para o lado, fazendo ele cair no chão.

 

— Pode parar. — disse sentando e arrumando meus cabelos.

 

— O que foi agora?! — perguntou ele impaciente e se erguendo do chão.

 

— Você me ignorou hoje — falei cruzando os braços — Até as piadas sem graça do Peter Pettigrew foram mais notadas.

 

Sirius rolou os olhos.

— Era pra gente fingir, lembra? — perguntou ele em tom óbvio.

 

— Eu sei… — comecei levantando da cadeira e segurando na barra da jaqueta dele — Só que você finge bem demais… — empurrei ele contra a cadeira e sentei em seu colo — E você é só meu.

 

Não costumava ser do tipo possessiva, mas precisava lembrar a Sirius Black que ele tinha uma namorada quando se tinha umas pombas assanhadas querendo entrar no quintal alheio.

 

Sirius rolou os olhos e tirou um anel delicado de ouro do bolso da jaqueta. Prendi a respiração quando segurou minha mão esquerda e encaixou o anel em meu dedo anelar. Olhei para ele sem entender.

 

— Isso é pra lembrar que você também é só minha — explicou ele me puxando para um beijo.

 

— Eu tenho sempre em mente que tenho um compromisso, Black… — disse voltando a olhar o anel — O cafajeste aqui é você.

 

— Não é pra você lembrar — disse Sirius — Acha que eu não vejo aqueles moleques te comendo com os olhos?

 

— Ué! Achei que você estivesse fingindo muito bem — argumentei.

 

— E isso não me faz ficar cego — respondeu Sirius com a cara amarrada — E que história é essa do Clark ter te convidado pro baile? — a carranca dele pareceu aumentar.

 

— E o que eu posso fazer? Proibir ele de me convidar? — perguntei incrédula.

 

— Disseram que você não deu resposta a ele — falou Sirius. Eu já estava pressentindo que aquilo ia acabar numa discussão daquelas.

 

E como ele sabia daquilo? Havia inventado aquilo mais cedo para me livrar de Fabian, como ele poderia saber? Tô começando a achar que Sirius tá montando sua própria máfia dentro da escola.

 

— Você acredita nos seus amigos e não em mim? — respondi já ficando irritada — E onde você consegue essas informações? — ergui uma sobrancelha. Fabian detestava o Sirius.

 

— Tenho meus contatos — respondeu Sirius fazendo pouco caso.

 

Certo, estou muito desconfiada. O que ele anda aprontando?

 

O sinal tocou, nos fazendo acordar para a realidade. Dei um último beijo nele e saímos da sala do teatro, voltando para a sala de aula, como se nada tivesse acontecido. Como se nunca estivesse encontrando, às escondidas na sala de teatro da escola, com o cara que estava apaixonada…

Olhei meu anel e suspirei. Talvez um dia iríamos assumir o nosso relacionamento, talvez não. Lily ia pirar com certeza. Sorrindo, imaginando a reação das amigas, voltei à sala de aula me queixando e prometendo comprar um saco de gelo quando saísse da escola.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Ela foi escrita tem um tempinho, gostaria ter feito de outro modo, mas achei legal desse jeito. Ela não está betada, então perdões por erros ortográficos.



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