Red Christmas | One-Shot escrita por Andréia Santos


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Esta fic é um repost. Se você achar que já leu é bem provável mesmo que tenha lido rsrs.



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MINISTÉRIO DA MAGIA: SALA DE INTERROGATÓRIOS:

 — Estamos aqui há horas, quando vai se cansar e dizer a verdade, hein? – perguntou Harry tentando manter-se calmo.

— Já disse toda a verdade. Se não acredita, problema seu. – respondeu Draco sério.

Minha melhor amiga está internada no Saint Mungus correndo sério risco de morte! – Harry descontroladamente partiu para cima de Draco e cuspiu cada palavra com um tom autoritário – COMO VOCÊ QUER QUE EU ACREDITE QUE VOCÊ NÃO TEM NADA A VER COM ISSO?!— gritou o auror nervoso.

Eu já disse que eu sou namorado dela! – gritou Draco sem se deixar intimidar pelo rapaz que agora lhe apontava a varinha – Eu estou tão preocupado quanto você com a saúde dela! Foi o seu amiguinho que fez aquilo com ela porque ela... queria dar sua vida... pela minha...

— Senhor. – chamou um auror batendo a porta.

— O que é? – respondeu Harry respirando fundo e soltando Draco.

— Localizamos o senhor Weasley.

 

SAINT MUNGUS: SALA DE ESPERA:

— Doutor! – chamou Luna nervosa – Como ela está?

— A senhorita Granger está inconsciente. Estamos fazendo o possível para achar um modo de tirar a bala que se alojou no cérebro. – respondeu o médico, sério.

— Quais são as chances de ela sobreviver?

— Não muitas...

 

MINISTÉRIO DA MAGIA: DETENÇÃO:

 — Rony, aonde você andava esse tempo todo? – perguntou Harry preocupado.

— Eu... Harry... eu... – tentou dizer Rony mas ele estava encolhido num canto, completamente transtornado – eu quase... a Hermione...

— Calma. Pegamos o Malfoy e ele pagará por isso. – disse aproximando-se do amigo.

Rony ergueu-se e o que todos viram deixou ainda mais duvidas no ar. Ele estava com as mãos ensangüentadas e segurava uma arma compatível com a usada no crime. Harry vestiu as luvas e tirou a arma das mãos do amigo enviando-a imediatamente para a perícia. O resultado não podia ser outro. Somente as digitais de Rony estavam lá e aquela era a arma de onde a bala tinha saído, pois havia uma cápsula no chão do local do crime indicando que ele disparara contra os móveis antes de tentar atingir alguém.

 

MINISTÉRIO DA MAGIA: SALA DE INTERROGATÓRIOS: 

— Senhor Malfoy, acompanhe-me, por favor. – pediu um auror.

— Para aonde vão me levar? – perguntou Draco sério.

— Uma sala a parte.

— Por aqui, Rony. – pediu Harry guiando-o para a sala que Draco acabara de desocupar. Os olhares dos dois suspeitos se cruzaram e o ódio que Rony sentia era tão grande que ele avançou para cima de Draco, sendo impedido por Harry e pelo outro auror. – Onde arrumou aquela arma? – perguntou Harry empurrando o amigo para dentro da sala de interrogatórios.

— Meu pai encontrou. Estava analisando e descobri como usar. – respondeu Rony olhando para os lados – Como ela está? – perguntou triste.

— Primeiro responda a todas as perguntas. – pediu Harry calmo – Por que atirou em Hermione?

— Eu não queria atirar nela! – respondeu chorando – Eu queria matar o Malfoy!

— Tem certeza? – Harry insistiu incapaz de acreditar que Rony chegaria a tal ponto.

— Sim. Eu sabia que ele estava com ela e fui atrás com a arma!

— Rony, se o Malfoy o enfeitiçou você não será acusado de nada. Pode me dizer se tem certeza do que acabou de me dizer? Não tenha medo ou vergonha de estar confuso. A maldição Imperius é assim mesmo. Você--

Eu tenho certeza!— gritou Rony nervoso – Malfoy não me enfeitiçou! Eu queria matá-lo porque ele estava dormindo com a MINHA Hermione!

— Então me conte o que houve. – pediu Harry após ficar calado por alguns instantes e olhando de relance para o espelho dupla-face na parede atrás dele – Desde o começo, por favor.

— Eu não sei dizer, Harry. – disse Rony recomeçando o choro – Eu só... eu invadi a casa da Mione e tentei matar o Malfoy, mas ela entrou na frente dele... me prenda, Harry! Eu não quero fazer mal a Hermione de novo! – pediu ele desesperado segurando as vestes do amigo.

— Sørensen. – chamou Harry suspirando cansado – Leve o senhor Weasley para uma cela. Depois chame a senhorita Lovegood para dar seu depoimento.

 

SAINT MUNGUS: SALA DE ESPERA:

— Luna! – chamou Gina abraçando a amiga – Como a Mione está?

— O médico disse que é muito grave. Eles ainda nem sabem como retirar a bala. – respondeu Luna.

— Deus, o que Rony fez?! – lamentou-se Gina sentando-se na cadeira que estava atrás dela.

— Você sabia do Malfoy e ela?

— Não fazia idéia. Ela sabia mesmo ser discreta.

— Senhorita Lovegood? – chamou uma enfermeira – Tem um auror procurando pela senhorita.

— Deve ter sido o Harry que a chamou. – comentou Gina – Pode ir, eu fico aqui para... dar noticias...

— Obrigada, Gina.

 

MINISTÉRIO DA MAGIA: SALA DE INTERROGATÓRIOS:

— Diga-me exatamente o que aconteceu na casa de Hermione hoje. – pediu Harry sério.

— Eu passei lá para desejar um feliz natal para ela, já que eu não consegui chegar à Toca a tempo de falar com ela. – começou a dizer Luna de forma séria – Quando me aproximei do apartamento ouvi disparos. Corri pelos fundos e entrei pela porta da cozinha, pois a mesma estava destrancada. Fiquei escondida na parede do corredor e observei o que acontecia. Hermione estava desesperada pedindo para Rony largar a arma. Malfoy estava desarmado e sem saber o que fazer. De repente, Rony apontou a arma para Malfoy e disparou, mas Hermione pulou na frente e levou o tiro na cabeça. Sem pensar duas vezes, eu estuporei Rony e chamei os aurores logo em seguida.

— Tem certeza? – insistiu Harry.

— Harry, com todo o respeito, você está querendo incriminar Draco Malfoy? Eu sei que o Malfoy está detido e que o Rony confessou tudo. Alguns aurores comentavam isso quando eu cheguei. O que mais você precisa para acreditar na verdade que todos contam?

— Não sei... – Harry lançou um feitiço na sala para ter privacidade com Luna – Eu só... puxa, Lu. Hermione sempre brigou com o Malfoy e, de repente, ele aparece dizendo que é namorado dela... é tão estranho...

— As coisas mudam, Harry. Se o próprio Rony não quis jogar a culpa para ele é que, no fundo, ele sabe que Hermione jamais o perdoaria.

— Isso se ela sobreviver... tomara que sobreviva... – concluiu ele tristemente.

 

BECO DIAGONAL: LUGAR NÃO ESPECIFICADO:

 Draco finalmente foi liberado e seguiu imediatamente para o Saint Mungus, mas não sem antes passar pela floricultura e comprar o mais belo buquê de todos. Passou também numa loja de roupas femininas, onde comprou algo para Hermione vestir quando saísse do hospital. Chegando lá ele encontrou com Gina que o abraçou em sinal de solidariedade e explicou o que Luna e os médicos falaram e também deixou claro que acreditava nele. Draco seguiu para o quarto onde Hermione estava e a observou através do vidro. Ele fechou os olhos e, num ato desesperado, murmurou um feitiço de convocação. Gina tentou impedi-lo, mas a bala que estava no cérebro de Hermione saiu com uma violência incrível e foi parar nas mãos de Draco antes mesmo que ela pudesse reagir. Os aparelhos que monitoravam os batimentos de Hermione começaram a apitar e um batalhão de médicos entrou no quarto, enquanto alguns seguranças tiravam Draco dali.

 

MINISTÉRIO DA MAGIA: DETENÇÃO:

— O QUE DIABOS VOCÊ TEM NA CABEÇA?!— gritou Harry irritadíssimo – TIRAR A BALA DA CABEÇA DELA DAQUELE MODO! MERLIN! MALFOY, VOCÊ QUER SER PRESO DE QUALQUER MODO!

— Você faria o mesmo no meu lugar. – respondeu Draco calmo.

— A situação se agravou, Malfoy. – continuou Harry respirando fundo – Hermione já estava correndo sérios riscos, agora ela está por um fio. Os médicos estão tentando de tudo para salva-la.

— Ela vai se salvar... eu tenho certeza.

— É admirável seu pensamento positivo, mas isso não vai resolver nada. Saiba que, se Hermione morrer, é de perpetua à pena de morte em Azkaban. – concluiu saindo dali.

— Você não fez isso, Malfoy... – comentou Rony na cela ao lado.

— Fiz. – respondeu ele sério – E eu sei que ela vai ficar bem...

 

SAINT MUNGUS: SALA DE ESPERA:

 — Senhorita Weasley. – chamou o médico saindo do quarto onde Hermione estava.

— Doutor! Como Hermione está? – perguntou Gina preocupada.

— Foi um milagre! Ela está viva e não corre risco algum de ficar com seqüelas!

— Ah, graças a Merlin! Posso vê-la?

— Sim, claro. Ela pediu que você entrasse, inclusive.

 

MINISTÉRIO DA MAGIA: SALA DE HARRY POTTER:

— Harry? – chamou Gina entrando e fechando a porta atrás de si.

— Oi, meu amor. – respondeu Harry beijando-a – Alguma noticia?

— Hermione está bem. Ela pediu para trazer isso. – respondeu ela mostrando um frasco com uma luz azul intensa que parecia ter vida – Ela disse também que lamenta não ter contado sobre Malfoy e ela e que essas lembranças são tudo que você precisa saber.

 

Hermione estava na porta de sua casa. Era quase hora do jantar de natal da família Weasley e seu acompanhante estava demorando muito a chegar. De repente, da esquina, surge uma Ferrari buzinando para ela. A garota riu da extravagância se seu namorado e entrou no carro, cumprimentando-o com um beijo:

 — Tem certeza que é uma boa idéia? – perguntou Draco sério.

— Absoluta. – respondeu Hermione prontamente – Está na hora de todos saberem que estamos juntos.

 O casal seguiu para a Toca onde Draco a deixou e desculpou-se por não ter coragem de encarar toda a Ordem da Fênix agora. Hermione compreendeu e entrou na casa, prometendo passar o resto da noite de natal com ele. O jantar foi bem animado. Todos comemoravam alegremente a união de Harry e Gina que seria no próximo mês. Rony estava calado e bebia muito. Algumas horas depois Hermione despediu-se e pela Rede de Flú foi para sua casa.

 Quando ela chegou, Draco já estava lá e tinha preparado uma noite super romântica. O casal estava deitado na cama, trajando roupas de dormir quando um barulho na cozinha os despertou. Os dois desceram para ver o que estava acontecendo e deparou-se com Rony, nervoso e armado:

 

 — Não posso acreditar... – disse Rony apontando a arma para Draco – por que, Hermione?

— Rony, larga isso! – pediu Hermione nervosa – Isso é um revolver. Os trouxas usam para matar...

— Eu sei. – Rony, completamente bêbado, atirou na mesa da sala – Isso é o que vou fazer com sua cabeça, Malfoy! – disse ele atirando contra o rapaz.

 Sem pestanejar Hermione entrou na frente de Draco. O tiro acertou em cheio a cabeça dela e enquanto ela perdia a consciência, ela via o olhar de Draco desesperado e, bem distante, ouviu alguém estuporar Rony.

 

— Sabe que o Rony vai pegar pena de morte, não é? – perguntou Harry triste.

— Sei... – respondeu Gina quase chorando – vai soltar o Malfoy, não é?

— Hermione espera por ele?

— Ansiosamente.

 

BECO DIAGONAL: LUGAR NÃO ESPECIFICADO: ALGUNS DIAS DEPOIS:

Draco e Hermione passeavam juntos pelas ruas do Beco. Num exemplar do Profeta Diário estava a noticia da prisão de Rony. A garota intercedeu por ele e a pena foi reduzida para apreensão da varinha e trabalhos sociais. A família Weasley não condenava Draco, pois sabia que Hermione estava feliz com ele e que ele não tinha culpa da inconseqüência de Rony. Aquele pode não ter sido um feliz natal, mas foi o natal mais marcante da vida de todos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da fic. Por favor, deixem feedback e leiam minhas outras fics.



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