The Lost Selection escrita por Titã


Capítulo 1
Prólogo — A Seleção Perdida


Notas iniciais do capítulo

Hello! Titã aqui! De volta dos mortos!
Ok, vou por partes, minha vida tá uma bagunça completa com escola, faculdade, mudança de casa e bloqueio de escritor. Já tenho, além desse, mais dois capítulos prontos e um prestes a ser revisado. Eu reescrevi o prólogo e fiz algumas mudanças mínimas na sinopse. Por isso, desculpem-me pela demora.
Agora, falando sobre a história em si, The Lost Selection tem um estilo de narrativa diferente e único; com a exceção do Prólogo, a história terá um modo de narração através de diários e registros peculiares; vocês entenderão quando o próximo capítulo for postado.
E enquanto a trama? Bem, a história tem uma pegada diferente de outras fanfics inspirada na Seleção; The Lost Selection tem uma pegada mais política e sombria, essa é uma história de mistério e assassinato, somado à jogadas políticas.
Fiquem avisados: apesar de haver cenas de romance, a história não é recomendada para menores de 16 anos por conter cenas de violência e de descrição de cadáveres.
Enfim, chega de enrolação e vamos para a história;
Aproveitem>>>



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Prólogo — Os Documentos Secretos de uma Seleção Secreta



America Schreave

Maxon não estava em seu escritório, o que era uma surpresa. Desde que ele começou a trabalhar na dissolução do sistema de castas, ele não parava nenhum segundo sequer de trabalhar, o que me enchia de preocupação pelo simples fato de ele quase não dormir por culpa de sua forte vontade e determinação para finalmente acabar logo com isso e deixar sua consciência limpa. Por isso, ao não encontrar meu marido em seu escritório, fiquei aliviada e preocupada — aliviada pelo fato dele finalmente poder descansar, preocupada por não saber o que o fez parar por alguns momentos. Comecei a procurá-lo dentro e ao redor do castelo, mas, no final, eu não consegui e resolvi me dar por vencida e perguntar para alguém sobre ele. Assim, parei um dos guardas no meio do corredor, que logo ao me ver, escondeu a carranca e me fez uma reverência desajeitada.
— Vossa Majestade! O que posso fazer por ti? — O guarda questionou.
Eu respirei fundo ao sentir o incômodo pelo uso do título e me contive em falar para o guarda não usá-lo, apesar de terem se passado alguns anos desde que me casei com Maxon e, consequentemente, ter me tornado rainha, eu ainda não estava completamente acostumada com as pessoas me chamando de Vossa Majestade, parece que os dezessete anos sendo uma Cinco sempre estariam incrustada em minha alma, e acho que nunca vou me acostumar completamente com meu título real.
— Queria saber onde meu marido está, por favor. — Perguntei, sorrindo para ele, que me estudou com os olhos, talvez um pouco atordoado por eu, a grande Rainha de Illéa, ter pedido algo com gentileza para ele, um simples criado da família real, mas logo ele se fez se recompor e me respondeu devidamente, talvez se decidindo que eu apenas estava sendo gentil e isso era coisa de minha infância e adolescência.
— Foi me dito que Vossa Majestade foi para o estúdio do Jornal Oficial de Illéa quando teve algumas horas de folga, pensa que talvez ele ainda esteja lá. Infelizmente, minha rainha, não conheço as intenções de meu rei ao ir para lá, se soubesse lhe diria.
— Obrigada, soldado, volte ao seu trabalho. — Despedi-me dele e sai dali me dirigindo até o estúdio, me questionando o porquê de Maxon estar lá, sendo que já havia passado alguns dias desde a última edição do Jornal e nada parecia estar com problemas, então comecei a me perguntar os motivos que o levariam a ir até o estúdio, sem encontrar nenhum lógico. Eu conhecia meu marido tão bem quanto ele mesmo, talvez até mais. Ele é muito mais racional do que eu e nunca faz nada por impulso ou sem pensar duas vezes antes. Por isso, poderia ser que ele não tenha ido necessariamente para o estúdio...
Saí de meus pensamentos quando vi que estava à porta do estúdio onde era gravado o Jornal Oficial de Illéa e acabei por me ver sem saber o que fazer, principalmente pelo local estar vazio. Olhei em volta, raciocinando e pensando onde meu marido poderia estar, até que meu olhar parou na entrada escondida da Biblioteca Real privada e secreta. Se Maxon não estava no estúdio do Jornal, ele só poderia estar ali. Enquanto ia em direção a sala, as lembranças de minha seleção e na primeira vez que entrei ali, passaram pela minha mente, me fazendo sorrir em nostalgia e saudade daqueles dias.
Assim que me aproximei, eu abri a porta da biblioteca, olhando em volta, procurando Maxon enquanto fechava a porta atrás de mim. O lugar estava lotado de papéis e livros, sabia que em meio àquelas obras únicas havia o diário de Illéa que literalmente acabava totalmente sua imagem pública que lhe celebravam como um herói. Mas era claro que Maxon não estava procurando o diário. Ele já sabia o que havia no livro, havia lido o diário tanto quanto eu li. Depois de procurar pelas seções mais próximas, eu acabei por o encontrar nos fundos da biblioteca, sentado numa mesa repleto de papéis e livros, uma ruga estava no meio de seus olhos, sua expressão era séria e concentrada, o encarei preocupada por alguns segundos antes de resolver ir até o mesmo. Ele lia um diário, seu rosto era inexpressivo e seus olhos passavam pelas letras como se precisasse ler duas vezes para acreditar que aquilo era real.
— Maxon? — Perguntei para ele, que logo levantou o rosto, suavizando um pouco sua expressão ao me reconhecer. — O que está fazendo aqui?
— Olá querida. — Falou, usando o velho apelido da época da Seleção, o que me fez revirar os olhos instintivamente, e me obrigando a esconder o sorriso que ameaçava surgir. — Estava analisando os documentos das antigas seleções. Eu estava trabalham e acabei por me lembrar de uma velha conversa de meu pai com mamãe, ele havia citado a seleção de um príncipe que nunca ouvi falar, Príncipe James August Illéa.
Franzi o cenho ao ouvir o relato de Maxon. Eu havia estudado a história de Illéa desde criança, além de ter sido obrigada a decorá-la durante e depois da Seleção, porém, em nenhum desses estudos havia sequer uma menção sobre um príncipe de Illéa chamado August. Encarei Maxon enquanto o mesmo parecia estar me analisando, sua expressão era de alguém que parecia estar receoso e com um gigantesco peso nos ombros, seus olhos estavam sombrios e sua voz tinha um tom rouco; havia algo de errado entre os papéis lidos pelo meu marido, e tinha quase que certeza que tinha algo haver com o tal Príncipe James.
— O que há com esse príncipe? — Questionei séria e me sentei na cadeira em frente ao rei, que me deu um sorriso tímido, talvez tentando me fazer esquecer de sua preocupação, ao perceber que era inútil, continuou seu relato.
— Eu li os relatos de sua Seleção, eu estou me amaldiçoando até agora, me arrependendo de ter feito isso. Meu pai havia falado num tom sério e perturbado com minha mãe sobre a Seleção de August como se a mesma fosse algo repugnante e nunca deveria ter acontecido. Pela primeira vez, eu concordo com Clarkson — Encarei Maxon por alguns segundos, meus pensamentos correndo rapidamente pela minha mente; estava confusa sobre o que ele queria dizer sobre isso.
— O que aconteceu? — Disse, analisando-o. Ele me encarou, por algum tempo, antes de suspirar e soltar o diário que segurava.
— Houve uma verdadeira tragédia durante o tempo em que as garotas estiveram no Castelo, pelo que eu li o Príncipe, quando virou rei, fez um decreto para esconder toda e qualquer menção à sua Seleção. Queria enterrá-la entre camadas da história e nunca mais a ver ou a lembrar. Ela foi comentada durante todo o reinado dele, mas, por algum motivo, pouco a pouco ela começou a ser esquecida. Todas as notícias em relação a ela foram queimadas e destruídas, além de não ter sido nunca mais citada no Jornal de Illéa. Foi esquecida por todos.
— Por que? — Questionei encarando meu marido que apenas suspirou e puxou um dos papéis da mesa e me entregou. Franzindo o cenho, peguei-o e comecei a ler.


“Meus caros descendentes. Meu nome é James August Illéa e sou o Rei do país que leva o nome de meu descendente direto. Eu escrevo isso para revelar a vocês motivo de minha Seleção não ter sido comentada ou escrita nos livros de história. É por que ela nunca deveria ter acontecido. Sua própria existência é uma tragédia que nunca poderá ser refeita ou esquecida por quem passou por ela. Por isso, eu lhes imploro, leiam esses diários que pertencem aos envolvidos na minha maldita Seleção. Eu humildemente rezo que nunca mais as coisas que ocorreram voltem a se repetir. Algumas coisas têm que ficar enterradas no fundo de uma biblioteca. Esses diários e registros são as únicas coisas que encontrei que são fiéis aos acontecimentos de minha Seleção. Então, por favor, aprenda com os acontecimentos desse evento e façam o possível para impedir que isso se repita. Eu sou James Illéa e essa é minha súplica”.


— O que aconteceu? — Perguntei, um pouco curiosa acerca do que James estava falando, apesar de me sentir perturbada. O que poderia ter acontecido na Seleção dele que o fizera resolver ocultar e apagá-la da história? Minha cabeça estava a mil, percorrendo mil e uma possibilidades, das mais racionais até as fantasiosas, meu marido percebeu aquilo e me deu um sorriso zombeteiro para o lado, como tanto amo. — Pare de achar graça de mim e responda minhas duvidas.
Maxon deu uma forte risada, me fazendo sorrir pela visão dessa rara cena, apesar de eu saber que algo ainda o incomodava profundamente e minha intuição dizia que tinha haver com a Seleção Perdida. Ele percebeu que não conseguia esconder seu incômodo de mim e suspirou, voltando a colocar sua expressão fechada e novamente se apoiou na cadeira, com seus ombros pesados.
— Acho que a melhor forma de saciar suas dúvidas em relação a James e meu desconforto é ler sobre a Seleção dele. Mas eu queria te avisar que... é meio chocante e-e...
Coloquei minha mão sobre a de Maxon, sorrindo para o mesmo. Sua expressão suavizou o que foi um alívio para mim, eu andava percebendo que ele estava tenso havia algumas semanas, é meu maior desejo era ajudá-lo a passar pelo que estava sentindo. E parecia que finalmente consegui encontrar o motivo por detrás da tensão e consegui dar um grande passo para retirar a pressão de seus ombros.
— Se isso me fizer entender e poder te ajudar, amor, eu faço isso.
— Tem certeza? — Ele me perguntou, incerto do que fazer. Estava preocupado, dava para perceber apenas por olhá-lo. Sabia que era em relação à minha psique. Talvez fossem sim chocantes as coisas que aconteceram nessa Seleção, mas minha curiosidade e necessidade de ajudar meu marido a dividir o peso das palavras ali escondidas eram maior. Foi por isso que o dei um sorriso de certeza e encorajamento.
— Tenho. — Disse e me aproximei, beijando suavemente seus lábios. Maxon sorriu para mim e retribuí o sorriso. — Se for para te ajudar a poder dividir o peso das suas costas, eu farei tudo.
Meu marido parou e me encarou durante alguns segundos, seus olhos analisando meu rosto e sua mão apertando a minha. Depois de algum tempo, o rei voltou a me beijar e colocou sua testa na minha, respirando fundo.
— Tudo bem querida, se é isso que você quer. Acho que é melhor nós começarmos pelos diários de James, eles têm as maiores informações.
Ele então se levantou pegando um velho caderno surrado e desgastado com o tempo e sentou-se ao meu lado, abrindo-o numa das primeiras páginas. Ele me olhou novamente procurando alguma excitação e, ao não encontrar, suspirou e me entregou o diário.
Assim, comecei a ler sobre a Seleção Perdida de James August Illéa.
Continua...


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Notas finais do capítulo

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Titã



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