O Terror de Quatro Anos - Interativa escrita por Johnny


Capítulo 2
A pizzaria da loucura




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2 dias depois

. Eu ainda pensava sobre aquela frase sinistra que ecoava na minha cabeça como uma música daquelas bandas de rock desconhecidas, que são boas, porém você nunca consegue lembrar o nome da banda, passaram-se dois dias desde que aquilo havia ocorrido, eu sequer sai de casa, fiquei trancado no quarto pesquisando e estudando tudo o que podia para entender o que foi aquilo, pesquisei para lá e para cá, cheguei até mesmo a decorar as músicas dos comerciais locais, eu sabia que aquela notícia do assassinato era real, mas achava que todo o resto, toda a história dos espíritos, fosse uma mera brincadeira de mal gosto, mas eu viu, com meus próprios olhos, aquela criatura olhar para mim com uma segunda natureza, um olhar que não era robótico, e sim um olhar humano, falando palavras de ameaça que praticamente estouravam com aquele áudio ruim das caixas de som do animatrônico, eu já não sabia mais o que fazer, não sabia com quem falar, eu morava sozinho mas mesmo assim a casa estava no nome do meu pai, e se eu não fosse para aquele emprego o mais rápido possível ele disse que me jogaria pra fora de casa,  eu passei as últimas duas noites procurando o máximo de informação possível sobre rituais espirituais em objetos inanimados, ou poltergeits, procurei ver toda a ficha do local, todas as notícias que aconteceram ali, eu estava cada vez mais louco, eu fechava os olhos e só conseguia me imaginar encarando aquela coisa, eu ficava ligando para o lugar para ver se havia alguém que iria se juntar a mim, afinal acho que duas pessoas conseguiriam derrubar aquelas coisas, mas para minha tristeza não havia ninguém, eu não tinha para onde correr, eu não tinha com quem contar naquela hora, eu recebia mensagens das pessoas perguntando onde eu estava e como estava, eu não respondia a nenhuma delas, estava gastando meu tempo pensando em como me livrar de um robô de 2 metros que me ameaçou de morte sem tomar uma multa estadual por enfiar um pé de cabra na cabeça dele.

.Era o início do meu terceiro dia, olhei para a janela e vi aquele Sol iluminar mais uma vez os meus pensamentos, aquele Sol que me trouxe esperança de que nada podia dar errado, porém na minha mente estava vivendo em um pesadelo solitário, eu sabia que eu estava enlouquecendo, mas naquela manhã eu vi duas  pessoas bater na porta de casa, reconheci eles, meus amigos, eu já havia tomado banho então com isso eu não tinha problemas, porém eu estava parecendo com alguém que havia levado uma surra, então vesti a primeira camiseta e calça jeans que vi na minha frente e descia as escadas arrumando meu óculos, atendi a porta, deviam ser umas 8 da manhã, e logo eles me olharam com uma cara de susto

—O que é isso Johnny você está um trapo, o que aconteceu andou bebendo muito?

—Não enche Mikey entrem logo.

. Eles entraram um por um, Mike era um amigo meu de infância, lembro de quando revezávamos os controles no super Nintendo, e quando batíamos figurinhas, ou duelávamos com bay blades, ele era um cara alto, com um cabelo marrom em forma de topete,  era um daqueles caras que estava em todas as competições de atletismo da escola, era o alvo das garotas, sempre usava jaquetas jeans com camisetas brancas por baixo, usava calças de pano e tênis caros,  a segunda era Emily Uma loira de olhos verdes, era linda de morrer, sempre usava alguma camiseta de manga longa de alguma banda de rock, e vivia usando aqueles shorts jeans, pintava as unhas cada semana de uma cor diferente e as vezes até mesmo a ponta dos cabelos, ela usava óculos arredondados e brincos coloridos. Eu já estava ficando sem paciência, não dormi por 3 dias e estou definitivamente começando achar que eu morri, eles se sentaram na sala e não falaram nada até que eu dei a eles um copo de café e eles começaram a me perguntar coisas.

—Onde você esteve esse tempo todo- Emily me perguntou com uma cara de pena, achou que eu devia ter sido preso por beber ou algo do tipo, não julgo ela por pensar isso, afinal no estado que eu estava qualquer coisa serviria para descrever como eu parecia com um morto

—Bem estive em casa todo esse tempo- Respondi ela com esperanças de que Mike não me perguntasse o resto da história, infelizmente não foi o que aconteceu

—Mas o que você esteve fazendo todo esse tempo? Você me disse que finalmente tinha conseguido um emprego que não fosse dar aulas particulares e fazer resumos de história e outras matérias para os outros, ou com outras coisas que definitivamente são tudo menos um emprego, então realmente que emprego é esse?- Ele me olhava indignado, devia estar achando que eu matei alguém ou algo do tipo, eu sabia que teria que falar a verdade, mesmo eles não acreditando

—Aquela pizzaria tosca de robôs...Virei guarda noturno lá, mas só irei começar a trabalhar na semana que vem, mas mesmo assim tem algo de muito errado naquele lugar, é como se tudo que falavam, todas aquelas lendas bobas fossem verdade, é como se aquelas coisas tivessem vida de verdade, estive em casa todo este tempo pensando sobre isso, tentando descobrir o motivo de que aquele lugar é “assombrado”

.Eles me olharam e se aproximaram de mim, colocaram a mão nos meus ombros, e me pediram para ver meu quarto, subimos para lá e quando abri a porta do meu quarto eles ficaram surpresos, e só conseguiram me dizer uma coisa.

—Você está ficando louco- eles me olharam como se me repreendessem por aquilo

—É eu bem que queria que eu estivesse

.Depois daquilo eles começaram a tentar mudar de assunto, como uma forma de tentar descobrir se havia um pouco de consciência dentro de mim ainda, eles foram embora depois de uma hora, talvez eles estivessem certos talvez eu tinha ficado louco, mas algo ainda me incomodava em tudo aquilo, seria eu e apenas eu, de alguma forma não havia outros candidatos para o emprego ainda, é como se eu tivesse acordado em um pesadelo...

 


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