Ela escrita por retrive
Notas iniciais do capítulo
essa foi a minha primeira one sasusaku, na real, foi a primeira one que eu escreve na categoria naruto.
É óbvio que quando minha namorada anunciou que eu seria obrigado a ir em um jantar com ela e mais uma amiga, que, aproposito, ela não vê a mais de dois anos, eu me senti desconfortável.
Tratava-se de uma amiga da escola que se mudou para outra cidade assim que terminamos o terceiro ano, mas que agora, do nada, resolveu rever os velhos amigos. Eu a conhecia de vista, éramos da mesma classe e minha namorada e ela estavam sempre juntas na hora do intervalo.
Eu sempre soube que aquela garota não era o tipo que eu devia me aproximar e havia dois motivos para isso. O primeiro era que aquela garota era bonita e colocava metade da escola no chinelo. Eu não pensava dessa forma, naquela época eu tinha minha cabeça focada em coisas mais importantes que garotas.
Prova disso foi o tempo que minha namorada esperou por mim pois foi apenas quando terminamos os estudos que eu resolvi “abrir minha cabeça para coisas novas”, e, diga-se de passagem, foi uma ótima decisão.
O segundo era a minha namorada extremamente ciumenta. Ela nunca deixaria eu me aproximar de uma garota que ela julgava ser melhor que ela, uma garota que seria “capaz” de me “roubar” dela. Mesmo se essa garota for uma amiga dela.
Eu, absolutamente, não sou um velho amigo dela, então por qual motivo deveria ir? Nem eu mesmo sei. Talvez eu só quisesse agradar a patroa ou não havia nada melhor para fazer.
Eu não estava nem um pouco satisfeito com aquela situação. Na época de escola, apesar de ser sempre focado nos estudos, eu tinha tempo de observar toda turma. Eu sabia como Hinata era apaixonada por Naruto e sabia como ele era bobalhão o suficiente para não perceber. Eu sabia que minha namorada as vezes se fazia de burra apenas para eu poder explicar a matéria para ela. Mas eu também sabia que a amiga de minha namorada não era flor que se cheire.
Mesmo sabendo da paixão da amiga por mim, ela não perdia uma chance de dar em cima. Grudava em mim e sustentava uma espécie de “rincha” com a minha namorada. Confesso que na cabeça de um adolescente aquilo era incrível.
Tenho plena consciência que agora a maturidade de todos mudou, inclusive dela, mas ainda tenho meu pé atrás e não quero passar por nenhum tipo de constrangimento. Muito menos brigar com minha namorada por motivo de ciúmes bobo.
Eu já estava farto de esperar minha namorada terminar de se arrumar e então decidi ir na frente de ambas para o restaurante. Claro que com essa atitude de ir na frente eu acabei recebendo a responsabilidade de reservar uma mesa, mesmo sabendo que isso não era necessário, afinal o lugar não era tão movimentado e cobiçado ao ponto de ser necessário reservar algo.
Eu esperei por uma hora inteira e ninguém deu um sinal de vida, nem uma mísera mensagem dizendo “Vou me atrasar, querido”, mas talvez fosse mais interessante e divertido me deixar plantado como um idiota naquela mesa.
Eu nunca me atrasava para nenhum compromisso, por mais banal que fosse ele. Então exigia que todos fizessem o mesmo. Exigia mais ainda quando era a minha namorada, pois ela sabe bem como sou insuportável com certas coisas.
Eu já estava quase dando o fora e indo para casa. Já estava pensando em um discurso, treinando minha melhor cara de puto e preparando minha voz para falar grosso com minha namorada, mas então eu vi elas se aproximando.
Meu coração quase parou quando eu olhei com mais atenção para ela. Tive a sensação por alguns segundos que todo o mundo girava em câmera lenta. Parecia que eu estava vendo aquele mulherão da porra pela primeira vez na minha vida.
Deus, como ela estava magnífica naquele vestido vermelho curto que deixava sua coxas amostra e possuía um belo decote. Não era um vestido que devia ser usado naquela ocasião, mas nela ficou tão belo e natural que ela poderia usá-lo até se estivesse em um casamento e fosse a noiva.
Olhar para ela enquanto caminhava em minha direção fez eu me sentir um garoto de 17 anos novamente. Meu coração quase saiu do peito e uma baba quase escorreu pela minha boca semi aberta quando ela se sentou sorrindo para mim simpática.
Vermelho era definitivamente a cor dela. Fazia uma perfeita combinação com seus cabelos rosados e olhos verdes. Deus, seus olhos eram mais bonitos que todas as pedras preciosas do mundo juntas.
Eu tentava lembrar em que momento aquela garota franzina do ensino médio havia se tornado uma mulher tão bonita e sedutora. Ela era tão bela que não existia um único homem naquele lugar que não olhou quando ela entrou. É quase impossível definir em palavras o que eu sentia enquanto olhava ela.
Ambas se sentaram em minha frente e eu tentei disfarçar minha hipnose com um sorriso simpático como resposta para o dela. Elas riam como duas adolescentes de 17 anos e parte de mim queria entender o motivo de tanta graça, mas eu estava ocupado e distraído demais olhando para ela.
Aquele vestido, aquele decote. Céus, eu me sentia um tarado olhando para ela. Eu estava quase babando de tanto olhar descaradamente. Aquilo me trazia tantas lembranças que eu mal consegui manter minha cabeça no lugar, mas eu precisava me controlar, afinal, se minha namorada em algum momento perceber meu estado eu estaria ferrado. Mas como eu, um mero mortal, poderia se controlar diante de uma Deusa de cabelos rosados e coxas grossas?
Enquanto ambas riam, eu aproveitei para dar uma boa observada. Ela ainda era a mesma de 5 anos atrás, não foi naquela época que nos conhecemos de forma íntima, mas foi naquela época que eu comecei olhar para ela como mulher. Eu realmente não esperava sentir tudo aquilo quando olhasse para ela, mas aquele vestido... Deus, que perfeição!
Enquanto ela sorria não pude deixar de notar que seu sorriso não havia mudado nem um pouco. Nem mesmo seu cabelo rosa mudou, apenas estavam mais longos fazendo ela parecer mais nova.
Ela mexia no cabelo enquanto falava e aquilo, de alguma forma, mexia com a minha estrutura física e mental. Eu já quase me sentia um adolescente novamente apenas por ver aquela mulher sorrindo feito uma criança que acabou de ganhar um brinquedo novo.
Deus, era impossível esquecer o que apenas ela podia fazer eu sentir.
Enquanto esperávamos nossos pedidos, ela pediu um pouco de água. Eu já tinha uma pequena noção do que eu estava prestes a ver então pensei em um jeito de olhar sem ser percebido. Fazia anos que eu não via ela fazendo o gesto mais simples, porém mais sexy do mundo. Assim que a água chegou, ela levou o canudo até a boca, com uma mão segurou o copo e a outra ela usou para levar o canudo ata a boca, como eu já esperava.
Mas a melhor parte deste ato era ver a forma que seus braços apertavam seus seios que sempre pareciam ser sido feitos sob medidas para as minha mãos. Eu sabia que era um gesto involuntário, mas era tão sexy, quase como se ela estivesse fazendo para me provocar.
Eu estava com tanto calor. Meu corpo todo gritava “agarre ela”, mas isso seria tão errado, afinal, minha namorada não podia suspeitar que esses eram os meus pensamentos.
— Está tudo bem? – ela perguntou com um sorriso de canto.
Ela, obviamente, já havia notado meu estado crítico. Aquela mulher estava brincando comigo agora. Havia percebido meu estado e resolveu bancar a safada entrando no jogo sem se importar se tinha mais alguém com a gente.
Então isso queria dizer que eu não devia me preocupar se minha namorada percebesse?
— Tudo ótimo. – sorri forçado me encostando na cadeira.
Ela sorriu e voltou a conversar.
Eu ainda estava me perguntando por qual motivo eu estava naquele maldito jantar, afinal, elas nem tentaram me incluir na conversa ou algo do tipo.
Achei que tudo ficaria bem na hora que a comida chegou. Achei que a comida iria me distrair e eu não ia olhar para ela. Mas achei muito errado.
Assim que me arrumei direito na cadeira para comer, senti algo passando por minha perna. Todos os fios de meu corpo se arrepiaram ao notar que aquilo era o pé dela brincando de escalada na minha perna.
Olhei para ela com os olhos arregalados e ela simplesmente sorriu enquanto mexia em seus cabelos rosas como se aquilo fosse disfarçar aquela brincadeira suja que estávamos fazendo na mesa de jantar.
Eu definitivamente não precisava me preocupar se minha namorada percebesse, isso já não importava mais. Ela me olhou com um olhar que eu sabia exatamente o que queria dizer: “Não seja tão óbvio, apenas disfarce e tudo ficará bem”. Mas infelizmente nada ficaria bem.
Eu já não estava me aguentando. Eu queria tanto beijá-la. Beija-a da forma que eu quis beijá-la quando eu tinha apenas 17. Mas isso seria tão errado. Eu queria tanto olhar por debaixo da mesa e ter a visão de suas fartas coxas, mas isso também seria errado. Deus, eu não estava mais conseguindo pensar, muito menos comer.
Fui obrigado a me levantar e ir até o banheiro lavar o rosto com uma água bem gelada para tentar, desesperadamente, relaxar todo meu corpo que clamava pelo toque dela.
No momento que terminei de secar meu rosto, quando estava quase relaxado o suficiente para volta a mesa eu senti seu toque em meu ombro descendo pelas costas ate chegar em minha bunda dando um leve aperto. Meu coração quase parou quando eu vi seu cabelo rosa pelo espelho.
— Você é maluca? – perguntei indignado, afinal, aquele era o banheiro masculino.
— Só preciso fazer isso.
E ela me beijou.
Céus, que beijo maravilhoso. Seus lábios estavam exatamente do jeito que eu imaginei. Macios e com um leve toque de morango.
— Pensa que eu não notei o quanto você está desconfortável? Desculpa fazer você passar por isso, mas eu só queria rever minha amiga.
— Tem alguém na mesa te esperando. – eu disse cortando ela com um beijo rápido.
— Eu também notei que você esta doido pra me jogar na cama. – ela piscou, sorriu e saiu do banheiro.
Deus, até seu jeito de andar era encantador. Que mulher da porra.
Quando voltei para mesa, percebi que ambas já haviam terminado de comer. Dei uma rápida olhada na hora e sorri ao perceber que já estava tarde.
— Bom, meninas, acho que já está na hora, ou querem ficar mais um pouco? – perguntei torcendo para a resposta ser não, afinal, tudo que eu queria era sair daquela situação.
Eu nunca fui de perder o controle perto de uma mulher antes e nunca achei que teria coragem de fazer o que acabei de fazer no banheiro.
— Acho que já está na hora de ir mesmo. – disse minha namorada doce sorrindo para a amiga.
Nos levantamos e fomos para o caixa. Enquanto eu pegava meu dinheiro todo amassado no bolso, minha namorada me ajudava a contar os trocados sorrindo. Eu queria tanto sair logo daquele restaurante que nem me importei se tinha troco ou não.
— Tem certeza que não quer uma carona? – perguntei um pouco sem jeito pensando ‘’por favor diga não”.
— Absoluta. Vou passar na casa do Sai e fazer algo que eu já devia ter feito. – ela respondeu olhando para Sakura com um largo sorriso.
Sem mais delongas, ambas se despediram e eu dei graças aos céus por aquilo ter chego ao fim.
— O que você tem na cabeça, Sakura? Meu Deus, entrar no banheiro masculino e deixar sua amiga sozinha? Pensei que você não gostasse de fazer certas coisas quando estamos acompanhados.
— É que você está tão irresistível com essa camisa. E a conversa com a Ino já não estava tão interessante, ela só falava do Sai. Quando notei seu estado achei mais divertido te provocar. – ela mordeu os lábios.
No fim, eu realente não precisava me preocupar se Sakura ia notar meu estado ou não. Meu único medo era ela notar, pois ela sempre dizia que eu precisava dar mais atenção para os outros e “desfocar” dela. Mas como prestar atenção nos outros tendo ela como namorada?
— Como você consegue sair de casa com esse vestido? – perguntei arqueando uma sobrancelha enquanto abraçava ela – E pensei que tinha ciúmes da Ino. – ri de lado ao ver sua cara de indignada.
— Por favor, Sasuke, não temos mais 16 anos. Ino amadureceu e percebeu que você é irritante demais e que é melhor não perder o tempo dela. – ela disse com cara de esnobe e depois riu – E eu sei que você gostou bastante de me olhar com esse vestido. Eu teria ficado muito brava por você ficar me olhando daquela forma enquanto tinha outra pessoa com a gente, mas eu adorei ver você se segurando. – ela sorriu.
— Eu estou farto de me segurar, podemos ir pra casa? Quero por tudo isso para fora. – disse em seu ouvido e ela me deu um leve tapa no braço sorrindo meio que pedindo para eu parar antes que alguém escute.
Eu sempre fui reservado, quieto e focado em coisas como estudo ou trabalho, mas com Sakura sinto que eu posso ser o que eu quiser, ser eu mesmo. Eu ainda sou uma pessoa reservada publicamente ao ponto de Sakura ouvir diversas vezes perguntas como “Você são mesmo felizes?” “Está tudo bem com o seu namoro?” ou até mesmo “Ele realmente gosta de você?”.
É incrível alguém achar que eu não gosto de Sakura só porque não fico agarrando a mesma em público, mesmo que as vezes eu queira muito. Até porque isso não define meus sentimentos. O que define o que eu sinto e o que ela sente são nossas ações e não precisamos provar nada para ninguém, apenas para nos mesmos.
Agradeço aos céus por ter Sakura e por ela me compreender desde o início. Nunca me forçar a ser a namorado perfeito na frente dos outros e por gostar de mim da forma que sou.
Eu tentei me segurar e não olhar para ela durante todo o jantar, mas ela era uma deusa com cabelo de algodão doce. Minha namorada ainda era a mesma de 5 anos atrás com pequenas mudanças que só a tornaram mais perfeita. E ela é somente minha.
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Vou (finalmente) passar as minahs ones pra cá e depois att as fanfic.
amém que eu consigo