September Song escrita por wizardry


Capítulo 6
Daddy always said stay away


Notas iniciais do capítulo

Como no primeiro ano, papai Ron disse: mantenha distancia.



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A reação de meu pai ao ver sua garotinha sendo esmagada pela versão mais jovem do homem que ele mais odiava no mundo não poderia ser pior. Suas mãos agarraram as vestes do Malfoy e, com uma força que eu nem sabia que meu pai possuía, ergueu-o do chão.

“Foi um acidente.” Albus se adiantou ao ver que as coisas ficariam bem estranhas.

“Como se Rosinha não tivesse gostado de dar uns amassos com o Malfoy.” James, por outro lado, queria mesmo era ver o circo pegar fogo.

“Cale a boca, James.” Rosnei.

“Eu não quero ouvir nenhuma palavra...” Meu pai declarou em alto e claro som. “Só quero que você, doninha albina júnior, mantenha distância da minha filha.”

“Ron!” Mamãe resolveu interferir antes que aquilo acabasse em morte, ou pior, ficasse ainda mais constrangedor.

“Não se preocupe, senhor Weasley.” Scorpius esboçou o melhor sorriso cara-de-pau que possuía. “Eu não gosto de ruivas.”

“Achei ofensivo!” Dominique exclamou de repente. Afinal quem mais estava ali para assistir a minha vergonha alheia?

Independente daquela cena toda, eu não conseguia distinguir meus sentimentos a respeito da afirmação daquela peste. Estava feliz em saber que ele não tinha nenhuma intenção de ficar comigo, mas... Era uma ofensa alguém dizer que não gostava de ruivas quando estava numa casa cheia delas.

E em um momento como este, minha mente só conseguia pensar no monologo de Hamlet que tinha a famosa fala do ser ou não ser.

“Ron, por favor.” Mamãe pediu com aquele ar que deixava claro que se ele não soltasse as coisas ficariam ruins para o lado dele e sendo assim, ele obedeceu de má vontade.

“Recado dado.”

Albus estendeu a mão para mim e, sem hesitação, segurei e dei um impulso para me levantar. Molly, minha avó, apareceu logo em seguida com a colher de pau na mão balançando de maneira ameaçadora.

“O jantar está pronto.” Ela avisou, quase que ordenando que fossemos todos para mesa de jantar. “E, Albus, guarde essas vassouras antes que eu quebre elas na sua cabeça.”

“Pois é, vovó, parece que esses jovens não entendem as regras d’A Toca.” James começou a bajular vovó. Logo ele, o rei da zorra toda.

“Nada de voar dentro de casa!” Dominique exclamou, imitando nossa avó.

“E nada de aparatar!” Minha outra prima, Molly II, completou a imitação com uma perfeita interpretação que quase (eu disse quase) me fez rir.

“Isso porque vocês sempre derrubam tudo que está por perto quando aparatam.” Vovó protestou. “Agora me obedeçam! Todo mundo para seus lugares!”

Não demorou muito para que a grande maioria fosse para a enorme mesa de jantar. Ela era muito maior do que a que me lembrava quando criança, mas isto porque a familia havia aumentado muito mais do que a outra poderia suportar e James, santo como só ele poderia ser, havia conseguido estraga-la brincando com Fred de criarem novos itens para as gemialidades Weasley quando ainda tinhas dez anos e nenhuma instrução sobre poções.

“Não podemos jantar ainda!” Molly protestou, afinal a comida era tão importante para ela quanto para mim. “Eu ainda não tomei banho!”

“Ninguém manda querer ser a última, cria de Percival.” Fred, o segundo, chegava zombando. Todos sabiam o quanto ela tinha problemas com o pai, principalmente depois da ideia maluca dele de querer força-la a um casamento arranjado.

“Sua irmã demora uma eternidade!”

“Na verdade, ela saiu já faz um bocado.” E a confusão dos Weasley começou outra vez. Roxy, em um acordo com os garotos, tomou banho primeiro e Dominique, que seria a próxima, ficou irada em saber que todos já haviam tomado banho menos ela.

“Eu vou jogar meu charme em vocês e transforma-los em escravos!” Foi sua ameaça que não causava absolutamente nenhum efeito exceto risadas de deboche de James e Fred, a dupla do barulho. Todos nós sabíamos que o efeito veela acabava na segunda geração, ou seja, os filhos de tia Fleur não passavam de rostinhos bonitos sem encanto nenhum, diferente dela própria que tinha um encanto capaz de fazer todos homens serem gentis com ela.

Somente quando todos os Weasley se sentaram à mesa, começaríamos a comer, mas a tarefa de reunir todos era extremamente complicado. Enquanto todos procuravam se ajeitar, encontrei meu lugar de sempre ao lado de Lucy que ainda mantinha um livro em mãos e somente vovó seria capaz de fazê-la parar de ler. Do outro lado, estava Dominique roubando um pequeno pedaço de carne de cordeiro do prato a sua frente e entre nós duas, deveria sentar Albus. Como eu disse, deveria.

“Scorpius, querido, você pode se sentar bem ao lado de Dominique.” Vovó instruiu e embora eu estivesse possessa naquele momento, eu sabia que a intenção dela havia sido a das melhores. Domi era a única Slytherin dos Weasley e, talvez por este motivo, dona Molly estava pensando que estava fazendo uma boa escolha.

“E eu?” O pequeno Potter, assim como eu, também não parecia contente, pois aquele era o seu lugar, bem ao meu lado.

“Você pode sentar com sua irmã e Hugo.”

Albus encarou os dois que conversavam animadamente e suspirou. “Eu vou sentar na sala.”

Esse momento era minha deixa para escapar da proximidade do Malfoy.

“Fique com meu lugar!” Quase gritei, levantando o mais depressa que pude antes que ele chegasse. O quão depressa eu saísse, melhor seria minha noite. “Eu posso me sentar na sala, sem problemas.”

“Espera um pouquinho!” Novamente Dominique, a ruiva furacão, se metia onde não devia. “Molly, você ouviu isso? Rose vai sentar longe da mesa.”

“Graças a Merlin que dessa vez vai sobrar comida para mim.” A garota ao seu lado comemorava.

“Nem pense em sair da mesa, Rose Granger-Weasley.” Vovó protestou. “Dominique certamente pode se apertar com Victoire e Ted. As duas são tão magrinhas.”

Em outras palavras, vovó havia batido com a cabeça. Além de querer me fazer sentar próximo ao Malfoy, o que significaria uma discussão muito importante durante o jante, ela fez a burrice – desculpe, eu não tenho outra palavra – de colocar Dominique ao lado de Victoire. Todos nós sabíamos o ódio sem sentido que a ruiva sentia por sua própria irmã.

Naquela noite certamente presenciaríamos a terceira guerra bruxa de camarote.

“Acho que sua avó está te chamando de gorda, Weasley” Scorpius provocou se aproximando para sentar em seu lugar.

Sem escolhas, me sentei e Albus, prezando o bem da humanidade, sentou-se entre nós dois. Era óbvio que não iria contestar a vovó Weasley. Ninguém ali dentro era louco o suficiente de fazer isso, com exceção do tio Percy que tinha um talento para deixar nossa avó irada.

 “Cale a boca, Malfoy.”

Por outro lado, eu não era a única infeliz naquela sala de jantar. Dominique parecia como uma verdadeira veela enfurecida sentada ao lado do casal do ano.


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Notas finais do capítulo

Sinto em informar que em breve talvez as postagens demorem um pouco mais... Minha meta é postar semanalmente, mas tenho uma outra fanfic que tenho dado um pouquinho mais de atenção por cada capítulo dela dar dois dessa aqui... Em breve postarei ela aqui no Nyah! Espero que tenha, gostado do capítulo de hoje...



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