September Song escrita por wizardry


Capítulo 4
Like I was supposed to do


Notas iniciais do capítulo

Cadê os comentários, coleguinhas? Quero saber o que vocês estão pensando! E enquanto isso, vos apresento a gracinha da Lily ♥



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O primeiro dia com Scorpius havia sido uma loucura. Ou melhor, uma tortura.

Se o problema era ele? Eu não sei, mas graças a sua presença meus primos estavam me perturbando duas vezes mais. Não que eles soubessem que eu gostava de ser estressada pelo Doninha Albina – talvez eles soubessem –, mas eles sabiam que poderiam me manipular através dele. Tudo que precisavam fazer era dizer que Scorpius era melhor que eu em alguma coisa.

Hogwarts, uma história ficou jogado na poltrona, tal como Lucy, durante a tarde toda enquanto eu me divertia como jamais fiz em muitos verões. Senti-me culpada por abandonar minha prima assim, mas ela não se importava em ficar sozinha. Ela sempre havia sido a mais reclusa dos primos e, honestamente, todo mundo sabia que quando Louis chegasse ficaria colado nela o tempo todo.

Começamos com uma corrida até o lago, cada um com sua vassoura. Por sorte, havia vassouras extras na Toca para que Scorpius pudesse usar. Lá utilizamos as armas de brinquedo, compradas no verão passado por Roxanne, para começar uma guerra de água.

“Mãos para cima, Weasley.” Scorpius disse ameaçadoramente.

“O que?” Eu me virei, confusa com suas palavras e acabei sendo alvo de um jato de água.

“Eu te peguei.” Ele anunciou, assoprando a ponta da arma.

“Ah, seu...” E lá estávamos nós, fazendo guerra com jato de água.

E foi assim em todos os jogos. Provocações, discussões e uma pitadinha de amizade que não sabíamos que existia.

No fim da tarde, todos retornamos para a Toca. Precisávamos nos trocar se quiséssemos jantar. Regras rigorosas de minha amada avó, Molly Weasley. E minha vantagem era que Roxy estava brigando com os meninos para poder tomar banho no deles e Molly II preferiria ser a última. Então, eu fui a primeira a entrar no banheiro feminino.

“Como foi o dia?” Lucy perguntou quando sai do banho. O vapor ainda saia de minha pele rosada e um meio sorriso surgiu em meus lábios como resposta. “Não foi ruim?”

“Não.” Me sentei sobre a cama do quarto que dividia com ela e Lily. “Foi bem legal.”

“E Scorpius?” Ela parecia ansiosa em ouvir minha resposta.

“Nem parecia aquele cara metido da escola.” Dei de ombros.

“Ele não te provocou?” Agora ela estava surpresa. Talvez eu também devesse estar.

“Um pouco.”

“Duvido muito.”

“É sério!” Me levantei e fui até minha mala. “Ele foi bem legal, parecia que...”

“Amigos!” Lily apareceu com seus cabelos molhados, nos assustado. “Rose e Scorpius foram amigos por um dia, Lucy! Dá para acreditar? Meu Merlin, eles até mesmo pareciam um casal... Tão fofo!”

Obviamente, eu corri.

“Cale a boca, Lily.” Ela sempre falava demais. Não só o que não devia. Ela realmente era o tipo de garota que falava até pelos cotovelos.

“Eu não disse nada errado, Rositta.” Ela me chamou carinhosamente pelo apelido que havia me dado quando pequena. Em seguida, quando olhei para seu rosto sardento – ainda mais do que o meu – e havia um imenso bico em seus lábios. “Mas bem que vocês dois poderiam ser um casal.”

“Uma Gryffindor e um Slytherin?” Rolei os olhos. Ela só podia estar brincando.

“Acho que a pergunta certa, Rosie, deveria ser: Uma Weasley e um Malfoy?”

“Ah, qual é? Vão se apegar a coisas do passado de disputa de casas e família?”

“Não é coisa do passado, Lily! Ainda temos a copa das casas...”

“Não venha com essa pra cima de mim.” Ela retrucou, pegando as próprias roupas. “Além do mais, Rosie, não é você quem ama Shakespeare e amores impossíveis?”

“Ficção e Realidade são duas coisas diferentes.”

“Até quando, Rosinha? Até quando?” Lily disse misteriosa.

“Porque vocês acham tanto que eu e o doninha algum dia teremos alguma coisa?”

Eu jamais deveria ter perguntando aquilo, mas já havia feito. Então tudo que me sobrou nos segundos seguintes foi esperar a resposta que eu já conhecia dos comentários de quase todos meus primos.

Lily ao invés de responder começou a rir e aquilo me deixou constrangida.

“Lily!” Eu joguei a almofada mais próxima nela.

“Desculpe, Rositta.” Ela tentou se conter. “Mas é que acho tão fofo você fingindo que não sente nada pelo Scorpius.”

“Eu não vou me meter nisso.” Lucy levantou as mãos em defesa. “Mas sabe que eu apoio Scorose.”

“Apoia o que?”

“Scorose.” Lily explicou. “É como chamamos o casal.”

“Vocês nos nomearam como se fossemos um casal de livros?”

“Qual o problema? Você nem sai da biblioteca mesmo.” A ruivinha deu de ombros.

“Essa foi a pior.” Lucy não conseguiu evitar a risada.

“Eu sei!” Lily também ria. “Acho que tirei essa do saco de piadas do Jay.”

“Talvez devesse ficar longe do seu irmão por um tempo... Ele é uma péssima influencia.”

“Péssima influencia? Isso porque você nunca ouviu as piadas do Teddy. Elas fazem meus ouvidos sangrarem.”

Eu ri da mais pura verdade. As piadas de Teddy eram terríveis e antes que Lily começasse a imita-lo, resolvi sair do quarto.

Absolutamente, com todas as forças da minha alma, eu deveria ter ficado e ouvido as piores piadas do mundo, mas o estomago falava mais alta... E foi ai que eu ouvi.

“Sai da frente, Rosinha!”

Eu apenas tive tempo de me encolher contra a porta e ver Albus, sem juízo algum, descendo as escadas.

“Você está louco?” Eu gritei. “Vovó vai te matar! Você sabe que não podemos voar...”

“Weasley!” Outro alguém estava vindo, mas dessa vez não tive tempo para me esquivar. Gastei meu único segundo virando para ver quem era.

Nossos corpos se uniram pelas forças da física e a sensação foi terrível. Ao menos tudo passou tão rápido que nem mesmo havíamos dado conta de quantas voltas demos até sermos lançados no chão.

Quando abri meus olhos, tudo ainda parecia girar e havia cabelo entrando em minha boca. Cuspi, puxei com as mãos, fiz o que pude para me livrar. Era terrível ter tanto cabelo assim me sufocando. E como se não bastasse, quando meus olhos se voltaram para frente, me dei conta de que ele estava em cima de mim.

“Eu disse para você sair da frente.”

“Você não disse.” Eu o fuzilei.

“Sim, eu disse.” Ele insistiu.

“Não, você não disse.”

“Tem razão, eu não disse.” Por incrível que parecesse, Scorpius Malfoy havia se dado por vencido. “Mas Albus disse.”

Era claro que ele não sairia por baixo. Não fazia o tipo dele.

“O que diabos está acontecendo aqui?” A voz de Ron Weasley fez meu corpo estremecer.

 


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