Flowers For You Grave. escrita por Any Sciuto


Capítulo 6
Mayhem for crash


Notas iniciais do capítulo

"O ciumento passa a vida a procurar um segredo, cuja descoberta lhe destruiria a felicidade. - Axel Oxenstiern."



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/758300/chapter/6

— Acho que isso pode ser uma boa notícia. – O médico entrou no quarto, dando de cara com Hotch. – Agente Hotch. – O médico ficou sério de verdade. – Eu não esperava por você aqui.

— O agente Morgan ainda não voltou. – Hotch disse secamente.

— Tenho uma ótima notícia se eu puder chamar assim. – Ele ignorou totalmente. – Os exames da senhorita Penelope voltaram e nenhum sinal de abuso sexual.

— Ele pode ter usado camisinha. – Hotch disse em resposta.

— Ela ainda teria sinais de violação. – O médico se virou nervoso. – Do tipo que deixaria marcas.

— Ela poderia estar drogada. – Hotch não entendeu o que ele estava tentando fazer.

— Estava torcendo para ter sido violada? – O médico não entendeu Hotch. – Acha isso o absurdo que eu acho?

— Jamal Abaza é um terrorista filho da puta, que sequestrou a minha melhor agente e melhor amiga por seis meses. Ele é um puto desgraçado que se acha acima das leis de Deus e distorce as leis de seja lá qual seja sua religião para matar e torturar pessoas. – Hotch praticamente gritou. – Se ela a forçou, se ela foi violada ele saberia muito bem encobrir seus rastros.

O médico apenas olhou para Hotch, assustado com a explosão do agente.

Hotch se sentiu mal por ter esse surto. Não era a hora para isso.

— Desculpa. – Hotch parecia triste. – Vou ver se Morgan está vindo.

— Chefe. – Penelope chamou com a voz ainda um pouco faca. – Aaron.

— Sim? – Hotch voltou para perto de Penelope em um segundo. – O que foi Garcia?

— Fique aqui, por favor? - Ela pediu, com a voz um pouco cansada.

— Eu acabei de ser um idiota. – Hotch tentou sair. – Eu não posso estar aqui.

— Não importa. – Ela tocou no braço dele. – Eu ainda te amo por isso.

— Qual é o seu defeito Garcia? – Hotch perguntou. – Você é sempre tão doce com as pessoas.

Penelope sorriu. Ela não sorria muito ainda, porém para Hotch e equipe quando ela o fazia era muito bom.

Olhando para a interação a sua frente, o médico saiu do quarto.

— Doutor? – Hotch o chamou. – Eu sinto muito. Sinto muito por ser um babaca.

— É normal. – O médico apenas sorriu para Hotch. – E vejo que você a defende com unhas e dentes.

— Podemos conversar lá fora se você quiser. – Hotch pediu. – E são boas notícias. – Hotch se ajoelhou na frente de Penelope. – Eu volto logo.

— Eu sei que sim. – Ela sorriu e voltou a dormir.

— Não entendo porque ela ainda adormece assim. – Hotch confessou quando saiu. – Ela parece estar acordada, porém não vê ninguém conhecido.

— Ela tem o que é chamado de distúrbio de despersonalização-desrealização. – O médico explicou. – Pessoas com esse distúrbio sonham acordadas realmente. Ela pode ter adquirido isso durante o tempo de cativeiro.

— O que pode ser feito? – Hotch a olhava através do vidro.

— Tratamentos existem atualmente e acredite ela pode voltar a ter uma vida maravilhosa. – O médico explicou. – Terapia, remédios e ela levar uma vida com os amigos pode melhorar.

— Isso é certo? – Hotch suspirou aliviado. – Eu espero mesmo.

Derek estava no corredor do hospital e viu Hotch trocar confidencias com o médico. Passando direto elo chefe e indo para o quarto, ela parecia mais feliz dormindo.

— Deusa. – Derek a tocou com carinho, com medo. – Eu trouxe comida.

— Derek – Ela bocejou, se acomodando a cama. – Porque a demora?

— Precisei fazer outra coisa. – Derek respondeu. – Ainda não posso contar, porém pode ficar despreocupada. Você vai gostar. Eu prometo.

— Não seja insolente Derek. – Ela o repreendeu. – Você sempre tem certeza que eu vou gostar.

— É porque eu conheço seus desejos e gostos. – Morgan colocou o saco de comida na frente dela. – Espero que esteja do seu agrado. X-Salada, sem carne e uma garrafa de água com gás.

— Obrigado Chocolate Thunder. – Ela brincou. – Quer dividir?

— Eu tenho um para mim. – Derek levantou um pacote de lanche. – Podemos comer e conversar.

— Seria ótimo. – Penelope começou a abrir o pacote, como se a comida fosse desaparecer.

— Está tudo bem, deusa? – Derek percebeu a hesitação. – O que você está esperando?

— Uma ordem. – Ela falou com medo.

— Ordem? – Derek não entendeu. – Porque eu deveria de dar uma ordem para comer?

— Você precisa começar primeiro. – Ela ouviu sua voz falar na última palavra. – Você me trouxe essa comida.

— Pen. – Derek se aproximou. – Porque eu deveria te dar uma ordem para isso?

Ela não respondeu. Abaixando a cabeça, Derek percebeu.

— Ele te fazia pedir permissão? – Derek viu Penelope balançar a cabeça positivamente.

— Eu não podia comer até que ele me desse uma permissão. – Ela falou. – Fiquei quatro dias sem comer.

— Você nunca mais precisa pedir permissão Penelope. – Derek a observou começar a comer seu lanche.

Hotch escutou o que ela falou para Derek e isso o fez se perguntar sobre o que mais ela passou.

— Acha que ela já pode sair daqui? – Hotch perguntou, evitando o olhar do médico. – Por favor.

— Mantenha o olho nela e ela pode ir para casa. – O médico respondeu. – E incentive ela a contar sobre o bebê que ela abortou.

— Ele estava esperançoso com esse bebe. – Hotch comentou.  

— Se serve de conforto ela vai poder ter outro filho em breve. – O médico respondeu. – Pedi exames mais complexos que podem determinar se ela foi abusada ou não.

— Obrigado. – Hotch se sentou no corredor.

Ele se lembrou dos dois primeiros meses que ela desapareceu.

Quatro meses antes...

Hotch encontrou Derek sentado em sua mesa. A academia e quebrar paredes não faiam efeito para o agente a sua frente.

— Venha comigo. – Hotch ordenou.

Derek o seguiu muito a contragosto. Ele podia ter bebido algo há duas horas para acalmar esse sentimento.

Hotch o fez entrar na sala e o mandou para o sofá da sala. Pegando o frasco de aspirinas na gaveta ele fez Morgan se sentar e engolir o remédio.

— Agora Derek. – Hotch começou. – Em que estado você acha que Penelope vai encontrar você quando ela voltar?

— Não me dê sermão Hotch. – Derek fechou os olhos. – Tudo o que vejo é ela sendo levada enquanto eu fico lá no chão.

— Não foi forte para apagar você. – Hotch disse. – Apenas o suficiente para que eles a levassem.

— Ela sempre foi um alvo. – Derek constatou. – Porque eles iriam levar a garota mais doce e forte? E o que eles vão fazer com o meu bebê?

— Você é um especialista em perfis, Derek. – Hotch o instigou. – Trace o perfil dele.

— Ele a sequestro não para ele. – Derek começou. – Alguém o pagou alto para sequestrar Penelope. Eles estavam nos vigiando em todos os lugares. Sabiam que ela estava comprando roupas de bebês então eles sabiam que ela estava grávida. O bebê não serviria para nada, porém colocar em uma casa de adoção seria fora de questão. O DNA de Penelope está no banco de desaparecidos e em uma checagem eles descobririam que ela havia tido um bebê.

Derek suspirou quando a constatação do que era possível acontecer entrou.

 - Eles vão fazer ela abortar. – Derek se sentiu derrotado. – Droga Hotch. Eu não posso beber mais. Tenho que ser forte por ela. Se ela vir o estado que eu estou agora, parecendo ter ido lutar na guerra ela vai ficar ainda pior.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

"Às vezes você ganha, às vezes você aprende. - John C. Maxwell"



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Flowers For You Grave." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.