Flowers For You Grave. escrita por Any Sciuto


Capítulo 21
Rules.


Notas iniciais do capítulo

" Ela tem estrelas nos olhos / E a lua crescente no sorriso / Se eu fosse astronauta no seu céu / Eu iria ao paraíso. – Paula Pimenta."



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Ser acusada de traição era horrível para Garcia. Ela tinha apenas uma mala básica de roupas, algumas maquiagens e seus novos remédios para ansiedade. Quando tudo começou quatro semanas atrás, ela começou a se perguntar se os anos de FBI valeram alguma coisa.

Derek se afastou, JJ fez isso também. Reid apenas ficou lá parado, Rossi se perguntava onde isso iria dar. Prentiss deu um amor duro e Hotch não acreditou. Agora ela estava nesse lugar meia boca, sofrendo sua pequena festa de auto piedade, implorando por salvação.

Um estranho se aproximou dela, se sentando ao seu lado. Ela não notou a princípio que ele a olhava. Então quando ela olhou para ele, olhos vermelhos e nariz escorrendo ele deu seu melhor sorriso.

— Penelope Garcia, eu presumo. – Raymond perguntou. - Raymond Reddington.

— Penelope. – Ela sabia que ele sabia seu nome. – Penelope Grace Garcia.

— Eu sei. - Raymond fez sinal para Dembe se sentar ao lado dele. – Estou aqui para ajudar.

— Me ajudar? – Penelope limpou a última lágrima. – No momento estou em fuga.

— Eu estou há mais de vinte anos. – Raymond disse calmamente. – A propósito, este é meu fiel amigo, Dembe Zuma.

Penelope tentou um sorriso, apenas para voltar a chorar. Ela abaixou a cabeça e tentou parar a todo custo.

— Eu entendo. - Raymond parecia compreender a situação. – É difícil no começo.

— Desculpe. – Garcia tomou outro gole de sua água. – Ele lembra Derek.

— Precisamos ir a um lugar mais discreto. - Raymond se levantou e a pegou pela mão. – Eu vou te proteger.

— Porque está fazendo isso? – Ela parecia desconcertada.

— Aaron Hotchner me pediu ajuda. – Raymond confessou. – Ele sabe que você é inocente.

Ele estendeu a mão para Penelope que o acompanhou. Ela estranhamente se sentia segura com ele.

Derek jogou outro quadro da esposa na parede, fazendo o vidro quebrar. Haley parecia entender. Ela estava com quase quatro anos. Garcia e Derek eram felizes até agora. Até alguém armar para ela. Agora ela desapareceu e começou a ser considerada fugitiva.

Haley começou uma sincronia de choros tristes. Derek a olhou triste, se juntando a pequena na dor.

Olhando pelas ruas, de dentro do carro, Garcia parecia depressiva demais.

— No começo você não entende até tudo fazer sentindo. – Raymond começou. – Minha filha também é uma agente do FBI. Eu tentei de tudo para proteger ela e as vezes acho que era pouco. Ela atualmente está em coma.

Penelope olhou para ele assustada.

— Ela e o marido foram atacados por um assassino. – Raymond continuou. – Minha netinha Agnes está triste em casa.

— Eu sinto muito. – Penelope falou baixo. – A minha dor é menor que a sua.

— São dores iguais. – Raymond corrigiu. – Você e ela tem filhas, maridos que amavam. Ela perdeu o dela no ataque. E ela não sabe disso ainda.

— Eu realmente sinto muito. – Penelope tinha lágrimas nos olhos. – Ela perdeu mais que eu.

— Você perdeu sua vida anterior. – Raymond colocou. – Essa gente, Laurel e Peter são pessoas ruins. Quando comecei essa batalha, lutava contra uma cabeça, agora luto com várias.

— Tenho que enviar uma carta para Derek. – Penelope pediu. – Talvez explicar e pedir perdão.

— Dembe pode colocar no correio para você. – Raymond passou um bloco de notas e uma caneta. – Explique a verdade. A sua verdade.

Penelope escreveu duas páginas. Ela precisava deixar Derek saber de tudo antes de começar a limpar seu nome.

Parando o carro, Dembe gentilmente postou a carta que ela enviou sob o nome de Tamara Garcia. Um eufemismo? Talvez, mas usar seu nome real era errado.

Derek estava em sua mesa quando a carta chegou. Ele sabia que era de sua Penelope quando leu o nome.

Ele suspirou. Ele sabia que ela estava sendo incriminada. Ele abriu e leu.

" Caro Derek.

Bem, você está achando que eu fiz essas coisas odiosas, que eu tentei matar gente inocente com uma bomba. Eu sinto muito pelo o que você vai enfrentar por ser meu marido. Diga a Haley que eu vou ser a mãe dela mesmo assim.

Eu vou ser acusada de traição e provavelmente de assassinato nas próximas horas ou dias. Busque por Donald Ressler, Harold Cooper, Aram Mojtabai e Samar Navabi. Eles lidaram com essa gente antes e sabem como agir.

Eu entendo que você me odeie nesse momento. Eu sou uma idiota. Eu vou colocar isso em ordem depois. Me peça o divórcio, me tire Haley e por favor me odeie. Eu vou entender.

[...]

Mais uma coisa Derek, há um endereço de uma caixa de correio em Alexandria. Poderia me mandar uma resposta sobre isso se não for demais? Sob o nome de Tamara Garcia. Rua Ocean Drive, 456.

Eu te amo Derek. E vou sentir sua falta.

Sua Baby Girl.

Garcie."

Derek pegou papel e caneta para escrever. A resposta não seria muito bem a resposta negativa.

" Baby Girl.

Como eu poderia odiar você? Eu posso ter quebrado sua foto na parede pela frustração de não te ter perto de nós agora. Eu entendo que fugir por um mês é demais.

Rossi está apavorado com a idéia de você ser levada por alguém. Ele sabe que você não fez isso. Aliás todos aqui sabem disso. Você não deveria estar fugindo. O FBI está terminando as provas que Hotch conseguiu sobre sua inocência. JJ achou um absurdo a culpa cair sobre você. Reid acha que você tem um tipo de mel para situações perigosas e ele tem provas que isso foi uma armação.

Não me pergunte porque. Nem como. Ele só tem. Haley manda beijos para você e pergunta quando a mamãe dela vai voltar. Eu respondo que é logo. Estou anexando duas fotos pequenas dela para você ser forte.

[...]

Eu te amo Baby Girl e eu vou esperar o tempo necessário para te ter de volta.

Do sempre, sempre seu,

Derek Morgan.

Ele fechou a carta e endereçou ao nome que ela instruiu. Se eles se comunicassem assim, ele poderia falar com ela.

Penelope estava sentada no apartamento de Reddington agora ainda em estado de choque. Ela teve uma descarga severa de adrenalina no caminho para cá. Ela não chamava de casa.

— Aqui. – Dembe deu um copo de água para Penelope. – Um pouco de água faz milagres.

— Como você aguenta? – Penelope perguntou. – Fugir de tudo e de todos.

— Eu sigo Raymond há anos. – Dembe se sentou ao lado dela. – Já enfrentamos muita coisa durante esse tempo. Elizabeth, a filha de Raymond foi atacada há dois meses na casa dela, com seu marido. Raymond não parecia convencido que ela sobrevivesse no começo.

— Eu acho que eu posso me declarar uma sobrevivente. – Ela virou para o homem. – Seis meses com um terrorista maluco. Estava grávida de três meses. Eles me fizeram abortar a criança. E então depois outras coisas e sequestros.

— Cicatrizes de batalha? – Dembe perguntou. – Todos temos algumas.

— Fui baleada uma vez. – Penelope contou. – Saí com alguém que só queria me matar. Era um tipo de herói homicida. Ele me chamou para sair e no final acabei sangrando nos degraus do meu prédio.

Raymond estava na outra sala, ouvindo a conversa dos dois. Ele não ousou interromper.

— Passei alguns meses no hospital depois de engravidar de Haley. – Penelope tomou outro gole de água. – Eu tinha uma gravidez de risco. Tecnicamente, eu morri por cinco minutos quando ela nasceu. E depois quinze dias em coma para curar.

— Só tem Haley de filha? – Dembe gostava da interação.

— O médico me desaconselhou outra gravidez. – Penelope disse triste. – Eu posso não sair viva dessa vez.

Raymond estava agora refletindo sobre o que aprendeu sobre Penelope. Baleada, sequestrada, torturada e tecnicamente morta durante o nascimento de sua filha.

— Quando eu sair disso. – Penelope falou. – Talvez eu possa dar a Derek outro filho. Mesmo que custe a minha vida.

— Senhorita Garcia. – Raymond entrou. – Acho que podemos resolver isso em um mês ou dois.

— Me chame de Penelope. – Garcia corrigiu. – E eu fico feliz por ser sincero.

— Fiz contato com amigos meus da força tarefa e estamos prontos para ajudar você. – Raymond se sentou ao lado de Penelope. – Eu posso te ajudar a ter um segundo filho com seu marido.

— Como? – Penelope parecia feliz.

— Tenho uma amiga médica. – Raymond começou. – Ela poderia lhe dar um tratamento novo sobre isso. Ela pode achar seu problema e te ajudar a ter um segundo filho.

— Eu vou ficar feliz. – Penelope sorriu pela primeira vez em dias.

Hotch voltou correndo para sua sala e ligou para todos em menos e cinco minutos.

— Pessoal. – Hotch falou entrando na sala onde eles estavam reunidos. – O FBI terminou de passar as provas sobre Garcia. A boa notícia é que as acusações contra ela foram oficialmente retiradas. Todas s provas que a acusavam são fabricadas. A má notícia é que Laurel Hitchin e Peter Kotsiopulos são dados como foragidos. E eles vão atrás de Garcia.

— Porque eles continuam atrás dela? – Derek perguntou nervoso.

— Ela é uma hacker brilhante. – Hotch começou. – Então eles precisam de algo dela. Algo que só ela poderia dar acesso. Sendo analista do FBI ela tem o nível oito de acesso. Peter tem o seis e Laurel tem o 4.

— Eles precisam de algo do sistema e vão caçar ela. – Reid observou. – E depois apenas matar.


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Notas finais do capítulo

"A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro. - Platão."



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