Último Abraço escrita por Loh Paiva


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Vou fazer um teste, se vocês gostarem prosseguirei com a história. É uma das primeiras então peço que relevem algumas coisas. Boa leitura!



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Hoje era apenas mais uma daquelas madrugadas em que você passa em claro observando o teto. Chovia lá fora e as partículas de chuva se deslizavam na janela transmitindo um som aconchegante. Era apenas mais um dia ouvindo barulhos de macas se locomovendo em todos os andares... Era apenas mais um dia como os outros.
Meu nome é Katie, tenho dezessete anos e meio e tenho uma vida de uma adolescente comum, ou gostaria de ter. Já se passaram exatamente dez anos em que vivo em uma luta contra o câncer e agora, cinco que estou internada lutando para sobreviver. Não consigo fazer muito além de sonhar, mas talvez essa seja a porta aberta em que eu preciso para me libertar de tantas correntes que me prendem no chão. Já ouvi tantos relatos de que as pessoas se recuperaram e prosseguiram com suas vidas, por quê comigo tem que ser diferente ?!
— Katie, você é uma guerreira. Não está passando por isso atoa, com certeza existe um propósito. Em breve você vai estar curada, tendo a vida em que sempre quis. - Essa era minha mãe, Claire. Não tenho muito a dizer além de que ela é uma mulher extraordinária, é uma das únicas razões que encontro para ainda ter forças e lutar para continuar aqui. Agora, com trinta e sete anos, tem uma filha praticamente "inútil" mas pelo menos, uma para tentar a salvação. Mary. Minha irmã de apenas sete anos tentava alegrar a família, me mandava cartas explicando o quanto seu amor era grande. " De Vênus até Noturno." explicava ela. Seu amor por astronomia era tão grande quanto as minhas chances de falhar nos exames e precisar de mais um transplante, de mais uma fila de espera. Certa vez, ela me disse uma coisa que sinceramente, me tocou mais do que qualquer outra. " Se um dia você virar estrelinha, prometo me tornar algo para poder cuidar de você. " Você espera qualquer coisa de uma criança, é imprevisível, inclusive coisas marcantes. Apesar de pequena ela sempre foi esperta, carinhosa, não tenho adjetivos exatos para caracterizar o quanto ela é perfeita.
Amanhã seria "o dia", eu iria fazer os exames. Estava sem esperança já que um câncer nos ossos era difícil simplesmente curar mas era minha obrigação curtir meus momentos, não tem como saber quando vai ser o último. Tentando não focar nisso comecei a escrever, por isso estou aqui. É aqui que a minha história começa, tive um sonho durante dez dias, enquanto estava em coma que nunca esqueci, assim como nunca contei para ninguém. Era como se os papéis tivessem se invertido, como se fosse em vida passada.

                                   //

Era cedo, supostamente seis horas da manhã. Meus olhos não conseguiam se abrir direito já que o costume era acordar às onze, mas era por uma boa causa e valia a pena tentar. Levantei da cama lentamente e me olhei no espelho, realmente estava acabada, ri do meu próprio estado e fui tentar amenizar a situação. Pós banho, já estava aparentemente melhor. Apresentavél eu diria. Desci para um lanche matinal enquanto minha filha, Claire, me esperava com um abraço na porta da cozinha. Ela estava linda, toda arrumada com um vestido azul turquesa que à caía tão bem, uma sandália combinando que me parecia familiar e estava bem grande por sinal, ri discretamente ao perceber.

— Bom dia meu amor, já lanchou ? - Olhei para a mesa e não vi nada. Isso me intrigou já que ela sempre acordava completamente com fome a ponto de não ter comida suficiente para satisfazer, brincadeiras à parte, mas era quase isso.

— Não, eu queria te mostrar uma coisa antes. - Sabe aquele medo do seu filho ter inundado a casa e querer te mostrar ? Foi exatamente assim. Ela correu em direção à sala e eu acompanhei, junto com meu frio na barriga. - SURPRESA!!!!!

Eu vi uma caixa, bem grande. Eu não sabia se deveria realmente olhar o que continha dentro, vai que era uma brincadeira de mal gosto ?! Apesar de que não fazia o estilo dela fazer coisas do tipo. Ela gritava e saltitava por toda a sala gritando " Vai mamãe, olha ! " Sinceramente, nunca à vi tão empolgada daquela maneira e resolvi abrir a caixa, se passaram diversas possibilidades na minha cabeça, quando o que realmente era, estava além do meu raciocínio.


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