Rosas de Sangue escrita por Max Kitsune


Capítulo 2
A Vereda


Notas iniciais do capítulo

É difícil de escrever (T-T)
mas está aqui mais um cap.



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  Caminho entre os túmulos a noite maçantemente nebulosa, constantemente atenta a minha volta, logo percebi um movimento atrás de mim se aproximando, fiquei em guarda com a mão direita no cabo da adaga, e disse:

— Quem é?

— Sou eu Lara!

— June?

— Vim trazer os pãezinhos, você esqueceu de pegar hoje - ela me mostra a cesta de pães.

— Desculpa, mas você não devia estar aqui a noite, é perigoso.

— Eu sei, mas pensei que você estive mal ou algo assim.

— Não precisa se preocupar comigo.

— Se eu não me preocupasse você nem tomaria banho!

— Ok, ok, obrigado pelos pães, deixe eles no casebre, ele esta aberto.

— Tudo bem, aliás, você já tomou banho hoje?

— Que isso? Para de me perguntar isso, sim, eu já tomei banho hoje! - Na verdade não.

— Espero que sim - ela me olho com desconfiança - estou indo então.

— Vai pela estrada!

— Ok, até amanhã.

— Até amanhã - espero que tenha um amanhã.

        Ela sempre vem me ver quando eu não vou na padaria, ela é a minha única melhor amiga, mesmo tendo as mesmas idades ela parece mais nova que eu pelo seu tamanho e seu rostinho bonitinho, ela tem cabelo longo e loiro e sempre esta animada com tudo, somos tão diferente, ela foi a única que continuou comigo depois que larguei a escola, ela trás pão para mim todo dia deste que meu pai se foi, não sei se é por consolo ou se ela pensa que eu não consigo cuidar de mim mesma, isso me irrita, mas ela pode esta um pouco certa. 

    Certifico mais uma vez se ela está bem, me preocupo com ela também, eu repiro fundo para me concentrar novamente, ajeito o meu capuz e o manto.

*GRRRRRRR*  

      Ouço um rosnado ao longe, pelo som ele pode estar muito longe, não vejo nada ao horizonte por causa do escuro, me escondo atrás de uma estátua de um anjo, desembainhei minha adaga esperando pelo pior, minha respiração fica pesada.

— Fique calma - falei para mim mesma - não é a primeira vez.

        Eu olho de canto, avisto dois ponto vermelhos se mexendo no breu total, retiro o capuz e o manto, penduro em um dos braços do anjo, ajeito a minha bota e firmo o cinto, começo a andar escondida, esperando que ele não perceba a minha presença.

*crack...crack...*

     Preciso me agilizar, ele esta começando a quebrar as tumbas, quando começo a correr o som parou, então eu parei e fiquei atenta, ele pode me atacar em  qualquer direção, sinto cheiro de corpos, não permito sentir medo pois poderei morrer mais rápido do que um rato caçado por um gato.

      Uma sombra se movimenta, me assusto, não esperava um rato aqui, mesmo sendo comum nessa região, tudo em minha volta se escureceu, uma nuvem tampou a lua e as tochas estão muito longe para luminar mais a frente, me virei por um instante, mas isso foi um erro.

      Sinto uma dor lacerante na minha perna esquerda acompanhado com um rugido, logo fui derrubada e arrastar pelo chão de terra e pedras, sentia os seus dentes penetrando na minha carne, fiquei manchada do sangue que escorria da minha perna e corria por resto do meu corpo ao ser arrastada.

       Girei o meu braço com a adaga em mãos  em direção da criatura para feri ela e me soltar, via absolutamente escuridão da noite, me guiei pela sombra monstruosa e os olhos vermelhos da besta, finquei a lamina entre os olhos e ele me largou, com destreza amarrei o meu cinto na minha perna para estancar o sangue, a maior ferida esta na minha panturrilha.

        Levantei devagar para não cair, estou mancando um pouco, percebo que o monstro não fugiu, ele ficou parado olhando para mim, o olhar dele me dá arrepios, o ar ficou mais pesado, ele se levantou e ficou de duas patas, a altura dele podia chegar três metros e ela me encarou.

         As nuvens destampam a lua permitindo uma melhor visão, respirei fundo e encarei de volta, dei um sorriso e fui fazer o meu massacre da noite.


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