Palace escrita por June Everden


Capítulo 2
Apenas negócios


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, vamos ao segundo capitulo. Capítulo está sem revisão qualquer erro me sinalizem que conserto depois.

Boa leitura!



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(A Drop In The Ocean - Ron Pope ♪)

Emma não sabia bem como começar aquela conversa, afinal ter lidar com Regina Mills não estava em seus planos principalmente se tratando de negócios. — Nós, vamos ter que conversar sobre muitas coisas, Regina. Então acho deveríamos entrar, assim você pode vestir algo mais adequado, e poderemos tratar de negócios.

Emma se arrependeu imediatamente ao fazer aquele comentário, pois logo viu o sorriso sacana se forma naqueles lábios, sexy. Era o famoso sorriso irônico que lhe tirava o fôlego durante a adolescência e aquilo não tinha mudado. O fato era que havia acabado de dar munição para Regina, a morena não estar devidamente vestida, era algo que Swan deveria ter ignorado. Só que seus olhos pareciam ter vontade própria, e ela se via admirando aquele belo corpo a sua frente. E Regina estava tão linda, a pele bronzeada, era espetacular… o tempo tinha feito muito bem a ela, e Emma lutava para desviar os olhos daquele corpo.

— Você quer mesmo que eu vista roupas Cisne? — Regina perguntou, não deixando passar o deslize de Emma.

Uma mulher de classe ignoraria o comentário feito por Emma, mas ela tinha se esquecido de que Regina Mills não se enquadrava nesse quesito. Desde a adolescência a morena tinha quem queria na cidade, pois seu jeito direto e decido. Muitos pais da cidade desejavam que seus filhos e filhos ficassem longe de Regina, o que claro era impossível. Emma se sentiu tola esperando gentileza da mulher que um dia abalara seu mundo.

— Não, Regina. —  A loira levantou a mão, mas se sentia uma idiota.

— Não o que Swan? — Mills olhou Emma atentamente, parecia que ia agarrá-la a qualquer instante, e Emma tratou se afastar rapidamente. — Você está me olhando e lembrando-se do passado Cisne? Porque eu estou, e estou admirando a linda mulher que você se tornou.

 O brilho nos olhos dela hipnotizaram Emma. O olhar de Regina a queimava, a cativava e aquilo fascinava Emma. Como não obteve resposta Mills insistiu com uma nova pergunta.

— Nesse tempo todo fora, nunca fez nenhuma loucura Cisne?

— O que você chama de loucura hoje Regina?

— Isso. — A resposta da morena fora tão rápida que Emma mal teve como reagir.

Num piscar de olhos, Mills a puxou para seus braços e a beijou. Os beijos que elas haviam trocado na adolescência, não se comparavam ao daquele momento, no frescor da juventude tudo era investigativo com umas doses de curiosidade. Mais naquele momento o beijo era esmagador e possessivo, não havia nenhuma gentileza. Os lábios de ambas tinham se chocado em uma união desesperadora, faminta, uma fusão de línguas que fez.

Emma ficar tonta. Swan pensava que deveria ter resistido a Regina, mas seu corpo fazia o contrário. Deveria ter afastado, e deixado claro que aquilo não tinha importância e não deveria se repetir apenas se tratava de um beijinho rápido para que recordar os velhos tempos. Isso era que sua mente lhe repetia inúmeras vezes, mas ainda sim lá estava ela, quase na ponta dos pés, agarrada a Regina com os braços em volta do pescoço dela, como se não quisesse soltá-la nunca mais. Enquanto Regina seguia a beijando, apenas diminuindo a intensidade do beijo, e acariciando com uma habilidade desconhecida por Emma.

A determinação de afastar Regina se foi da mesma forma que dez anos atrás, quando Swan agirá influenciada por tudo que sentia pela morena durante anos. A loira tinha uma enorme devoção por Regina durante a adolescência. Mas Mills sempre tinha sido a pegadora da cidade, e jamais olhará para Emma, não até que ela completasse 18 anos e começar a demonstrar interesse pela morena, o que pra Emma tinha sido uma surpresa quando Regina demonstrar o mesmo interesse. As duas engataram um romance e logo veio um namoro sério, que duraram exatos seis meses, até que as coisas na casa de Emma piorassem, e ela foi forçada a fugir. Swan nunca havia contado a Regina o que tinha enfrentado em sua casa, a loira não queria a pena de Mills. E se Regina fosse ficar com ela deveria, ser porque gostava dela e não porque sentia pena. Na época Emma decidira pedir que Regina fugisse com ela, assim resolveria todos os seus problemas, mas falhara. Ela tinha falhado tão profundamente, que Regina apenas a afastou e despedaçou seu coração. E Swan tentava então entender naquele momento porque ainda permitia que Regina Mills a beijasse novamente.

Quando sua mente voltou a pensar mais claramente, Emma deu um empurrão em Regina, e o beijo foi bruscamente interrompido, mas isso não impediu Mills de agir ousadamente. Ela puxou Emma novamente colando seus corpos e a olhando profundamente, como se a única razão daquilo fosse provocar Emma.

— Não espere que eu me desculpe por isso Cisne. — Disse Mills, correndo as mãos pelos cabelos negros e depois olhando em todas as direções.

— Não espero nada Regina, há muitos anos não espero mais nada de você. — Emma deu os ombros, fingindo indiferença, mas em seu coração tudo estava agitado.

Ela passou os dedos sobre o lábio inferior, se perguntando se estava aparentando estar tão magoada quanto queria demonstrava. Regina a tinha beijado novamente, após dez anos. E o pior, Emma tinha gostado!

E aquilo era muito mais do que a famosa princesa do gelo poderia suportar. Era como se toda sua pose de mulher independente, tivesse ido pelos ares no mesmo instante que Regina Mills colora seus lábios aos dela. A morena murmurou algo bem baixinho e se afastou de Emma, antes que cedesse a vontade de puxá-la novamente de volta para os seus braços. Emma parecia bem, e até melhor do que Mills se lembrava, e a morena tinha uma ótima memória quando se tratava de lembrar-se do que vivera com Emma Swan. Porque para Regina a loira havia sido única em sua vida. E nem depois de dez anos isso mudará, mesmo que a tivesse deixado ir embora anos atrás. Não que ela tivesse escolha, mas não havia um dia que a morena não se lembra daquele dia bucólico, em que a mulher de cabelos dourados havia aprisionado seu coração. E agora ela estava ali uma vez mais diante dela, tão incrível quanto sempre fora.

E Regina se sentia atraída por ela, da mesma forma que há dez anos. Só que agora talvez com maior intensidade. O feitiço que Emma Swan havia lançado sobre Regina não se resumia apenas pelos belos olhos verdes, o belo corpo dotado de curvas perfeitas ou os cabelos dourados que agora quase chegavam à cintura.  Não era isso que atraia fortemente Mills, a verdade era que Emma Swan possuía um atrativo mais difícil de definir, mas que sempre a seduzia. Talvez Classe. Algo que Regina tinha lutado bastante para adquirir nos últimos anos, algo que Emma já tinha naturalmente. E era algo que nenhuma amizade influente, nenhum sucesso nos negócios ou posição de sucesso poderia comprar, o que a loira já possuía em grande quantidade.

— Então vamos falar da sua proposta de negócios Swan? — Mills voltou a olhá-la, surpresa com vulnerabilidade que percebeu nos olhos dela. Por um instante Regina se arrependeu, diabos tinha sido apenas um beijo. Não era nada demais.

— Está tudo aqui. — Emma apontou para a pasta na mão de Regina, á olhando como se ali houvesse uma bomba relógio prestes a explodir.  Regina sentiu o pesar do olhar de Emma sobre ela, era estranho e ela avaliava a próxima reação da loira. — Por Deus Regina! Porque você não abre logo essa maldita pasta. —Emma protestou perdendo a paciência, justamente como costumava fazer no passado e sempre arrancava boas gargalhadas de Regina.

— É bom saber que nem tudo mudou a parte explosiva de Emma Swan ainda vive. Mesmo debaixo de toda essa sua classe.

Regina a olhou de cima a baixo, a admirando e percebendo como seu semblante mudava as linhas de expressões do rosto, o belo corpo esbelto cheio de belas curvas, e as roupas elegantes. Emma tinha sido uma adolescente linda, mas agora havia se tornado uma mulher maravilhosa. Demonstrando toda sua confiança, Swan atirou a cabeça para trás, agitando os cabelos, á cativando Regina com sorriso arrogante, mas cheio de malicia. Algo que Mills nunca tinha visto antes na loira.

— Sem duvidas Mills, você ainda consegue me tirar do serio, mesmo depois de anos. Então será que agora podemos voltar aos negócios?

A curiosidade começava a corroer Regina. Porque certamente o negocio que Emma tinha a lhe propor deveria ser bem importante, caso contrário, ela não voltaria para Storybrooke. E algo melhor passou pela cabeça da morena, ela só conversar de verdade com Emma, quando estivesse a par de tudo. Regina levantou a sobrancelha, tamborilou na pasta e indicou com um gesto seu torço coberto apenas por um top.

— Não é assim que as coisas funcionam Cisne. E não faço negócios no meio da estrada, onde você está hospedada?

Para o prazer de Regina, Emma ficou sem graça, mas continuou olhando o tórax de Mills sem desviar o olhar.

— No Granny’s, na cidade. E não posso espero que tenha dirigido até aqui à toa, e muito menos que dirija até lá. Podemos falar tudo aqui...

— Eu já ia na direção da cidade, quando terminasse as minhas tarefas por aqui. Podemos nos encontrar no Granny’s às 17hs? Podemos falar de negócios enquanto tomamos alguns drinques.

— Isso não é necessário, Regina...

— Eu insisto Swan.

A presença de Regina perturbava Emma e isso estava bem evidente. Suas pupilas se alargaram, a ponta da língua se movia rapidamente sobre seu lábio superior, suas pulsações se aceleravam. Por um minuto Regina pensou em lhe contar a verdade, que escondia de tantos anos atrás, e talvez acabasse com a má impressão entre elas. Mas se o fizesse perderia toda a diversão.

— Eu só preciso tomar um banho, então darei uma olhada em sua proposta. E daí, podemos conversar sobre negócios bebendo um Martine.

 E lá estava Regina demonstrando mais uma vez que não se esquecerá dos pequenos detalhes, afinal Martine era uma das bebidas favoritas de Emma. Só havia aquele sinal de alerta piscando na mente da loira, aquilo não podia se transformar em uma viagem ao passado, e ela tinha que deixar isso bem claro.

— Entenda uma coisa Regina, eu vim aqui para tratar de negócios. E não para relembrar o passado.

Os olhos de Regina tinha certo divertimento, mas ela não conseguia não se divertir com aquilo tudo. E de forma descarada Mills cobiçou os lábios suculentos de Emma, lábios que naquele momento se projetavam para frente, expressando toda sua contrariedade. Tudo fora rápido e Regina voltou a olhar para olhos de Emma, flagrando o engraçado impacto da excitação da loira quando ela dissera “vim tratar de negócios”.

— Se é que realmente deseja, será assim. Negócios. E para que mais seria? E para surpresa de Mills Emma acabou rindo.

— Você não mudou em nada Regina Mills. Continua irônica, debochada e sem limites.

Mais o que Swan não tinha ideia era que Regina havia mudado, e ela iria descobrir isso naquele encontro. Querendo mudar o foco da conversa, Regina se apoiou no capo do carro de Emma e cruzou os tornozelos.

— E será que esse meu jeito ainda te agrada?

— Sem chances Mills. Estou vacinada e imune ao encanto de morenas rebeldes.

— Que pena. — Regina a olhou de forma demorada, detendo-se em cada curva daquele corpo delicioso, fazendo Swan corar novamente. — Quanto tempo pretende ficar na cidade?

— O tempo necessário para fechar o negocia.

 Regina voltou a olhar o campo, o lugar estava pintado de amarelo os inúmeros girassóis brilhavam durante o final de tarde. Flores eram a herança porto riquenha, e uma grande parte de sua vida agora, e ela se perguntava como Emma reagiria quando descobrisse o que ela fazia agora. Será que se impressionaria? Não que a morena quisesse isso, mas seria bom que Swan visse que ela também era boa nos negócios. E a maior verdade era que Mills tinha planos para aquele encontro, e falar de negócios não fazia parte deles.  


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Notas finais do capítulo

Obrigado a todos que comentaram e favoritaram. Regina vai testar os limites da Swan, a pergunta que fica é até quando Emma resistira, kkk. Façam a autora que vos escreve feliz, e deixem uma singela opinião nos comentarios. Até breve!



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