Crossing Swords With The Devil escrita por Miojo-san


Capítulo 5
Stairway to Heaven




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As almas do limbo começaram a se tumultuar, voando na forma de luzes esbranquiçadas sob o domo pétreo que separa o Inferno do mundo humano. Havia caos no mundo inferior, mais uma vez, sangue de Sparda seria derramado em prol da humanidade, e ninguém menos que Minos, o juiz dos mortos tentava escapar para a Terra. Dante encarou o adversário com um misto de deboche e admiração, Minos era o mais próximo que ele poderia chegar de seu pai, e agora teria que enfrentá-lo. Manteve Ebony e Ivory apontadas e andou calmamente na direção de seu oponente.

 

“Se você for esperto titio, voltará para seu lugarzinho mofado quietinho, senão vou chutar sua bunda!” – ironizou Dante.

 

“Haha! Você tem a natureza rebelde de seu pai, mas é bem mais esquentado que ele. Seu irmão tinha um gênio mais parecido com o de Sparda do que o seu.” – disse Minos.

 

O caçador perdeu um pouco de sua postura, desde quando aquele homem conhecia Vergil? Teria ele alguma ligação com seu irmão? O Limbo estaria silencioso, se não fosse pelo vento gélido que soprava, e pelo misterioso sussurro das almas perdidas, que compunha uma macabra e branca sinfonia.

 

“E desde quando você conhece Vergil?” – questionou Dante.

 

O juiz baixou sua guarda, certo de seu próprio poder, e deu-se ao luxo de desfazer suas asas antes de voltar a dirigir a palavra a Dante. Sorriu secamente, e levou uma de suas mãos ao longo cabelo prateado, para arrumá-lo após o conturbado vôo.

 

“Ora, você se esquece que por muito tempo você e Vergil viveram separados. Quem você acha que educou seu irmão nessa época?”

 

“Você estava preso aqui, nem venha com lorotas para cima de mim!” – bradou Dante, alterado.

 

“Haha, parece que você não é muito perspicaz. Já ouviu falar de possessão? Me apossei de um humano e fiz o estrago, mas a verdade é que seu irmão era muito pouco influenciável, tal qual seu pai.” – explicou o juiz.

 

“Então é isso... Quer saber? Acho que não vou sua cara, titio. Hora de brincar!” – disse Dante, antes de começar a atirar em Minos.

 

As balas de Dante deveriam ter transformado o juiz em peneira, mas este simplesmente ergueu sua mão, criando um forte campo magnético que parou os projéteis no ar. Minos então baixou a mão, e as balas foram ao chão. O juiz empunhou sua lança, girando-a com graça e técnica.

 

“Honestamente Dante, você acha mesmo que disparos de armas de fogo são capazes de me atingir? Estou decepcionado com você, sobrinho.” – questionou Minos, em um tom de voz superior.

 

O caçador saltou na direção de seu tio, brandindo Rebellion, mas foi evitado pela defesa rápida da lança do oponente. Minos passou para a ofensiva, com uma série de estocadas poderosas, as quais, apesar de defletidas pela lâmina de Dante, destroçaram o casaco vermelho do meio-demônio, que contra-atacou com um golpe cortante, esquivado pelo juiz.

 

“Minha lança é feita da mesma liga que Force Edge, chama-se Gungnir. Não pense que seu poder é inferior ao de sua arma, mestiço.” – disse Minos, ao avançar novamente sua lança contra Dante.

 

O meio-demônio defendeu-se como pôde, mas teve de recuar muitos passos. Detestava admitir, mas estava se tornando óbvio que seu tio era mais poderoso, ele era, afinal, irmão de Sparda. Sorriu com seu típico ar de deboche e correu na direção de seu oponente, para tentar atingi-lo com uma poderosa estocada, habilmente bloqueada por Minos, cujo contra-ataque veio na forma de uma poderosa rajada de energia verde no estômago de Dante, que acabou arremessado contra um bloco de pedra, destruindo-o.

 

O caçador ergueu-se com um pouco de dificuldade, tirou o pó do casaco destruído e apontou Rebellion na direção do juiz. Era hora de levar as coisas a sério, assumiu sua forma demoníaca, impressionando assim a seu tio, que o analisou com interesse. Apoiou Gungnir em seu ombro e sorriu, satisfeito.

 

“Não tenho dúvida de que seu pai estaria orgulhoso, Dante, mas saiba que isso apenas não basta para me derrotar.” – disse Minos, demonstrando pela primeira vez algum respeito com seu oponente.

 

Em uma fração de segundo, Dante estava colado a seu tio, e desferiu-lhe um poderoso corte no estômago, que arruinou a armadura romana do juiz, visivelmente surpreso com a força do sobrinho. Minos não teve tempo para se recuperar, pois o caçador continuou golpeando-lhe violentamente, atirando-o abismo abaixo. Dante sabia que não era suficiente, saltou também, mas foi atingido por uma poderosíssima rajada de energia demoníaca verde que o fez retornar à forma humana. Minos voltou ao limbo, com suas quatro asas abertas e chifres que lhe ornamentavam a cabeça de modo a lembrarem uma coroa, estava visivelmente ferido, mas ainda podia lutar, ainda mais em sua verdadeira forma. O caçador jazia ferido no chão daquele círculo, incapaz de levantar-se.

 

“Não vou poupá-lo, Dante. Você morrerá aqui, e aqui sua alma será aprisionada.” – sentenciou Minos ao erguer Gungnir.

 

O juiz não pôde finalizar seu sobrinho, pois Julian emergira subitamente das prisões inferiores e atingia-lhe as costas com um violento ataque de sua espada. Minos urrou de dor, e virou-se rapidamente, usando suas asas para atingir o ex-professor, que foi parar perto de Dante. O caçador olhou surpreso para o outro meio-demônio, e esboçou um sorriso sincero.

 

“Você demora, sabia? Já vi passarinhos que voam mais rápido!” – reclamou o filho de Sparda.

 

“E eu já vi garotas durarem mais em uma luta que você. Consegue levantar-se?” – retrucou Julian, também sorridente.

 

“Ah, cala a boca, vai. Eu te matei, esqueceu?” – Dante replicou enquanto usava sua espada como apoio para levantar-se com dificuldade.

 

“Falando nisso, precisamos discutir sobre isso depois. Primeiro, acabemos com esse demônio.” – concluiu Julian.

 

“Haha, apoiado. Vamos começar então! Rock and Roll!” – berrou Dante, sorridente, enquanto retomava sua forma demoníaca e corria na direção de Minos.

 

O filho de Sparda tentava atingir seu tio com poderosos golpes de espada, mas estes eram defletidos pelas asas negras de Minos, que respondia com estocadas de sua lança. Julian aproveitou o momento para voar e atingir o ombro do inimigo com Gae Bolg, mas o juiz não demonstrou dor, agarrou a arma do ex-professor com sua mão nua e o jogou contra o chão, abrindo assim uma cratera. Foi a vez de Dante aproveitar a brecha, cravou Rebellion no peito de seu tio, e correu com ele até atingir uma rocha, prendendo espada e demônio nela.

 

“Não pense que acabei aqui!” – bradou Minos, abrindo suas asas com violência.

 

Uma forte onda de energia demoníaca foi disparada pelas asas do juiz, arremessando Dante e Rebellion a vários metros de distância. O caçador não se intimidou e avançou contra seu tio novamente enquanto Julian aparentemente parava de lutar para preparar um ritual. Minos e Dante cruzavam armas com violência, ferindo-se mutuamente, lâminas encontravam-se, afastavam-se e voltavam a se encontrar em uma dança brutal, que infelizmente dava vantagem ao juiz. Dante acabou por recuar vários metros e só não caiu no chão porque apoiou-se em sua espada.

 

“Hey Minos! Eu sei por que você não quis me enfrentar de uma vez lá embaixo!” – berrou Julian, atraindo a atenção dos outros dois combatentes.

 

O juiz fitou o ex-professor e constatou, para seu horror, que ele iria realizar o ritual de demonização em pleno limbo, iria unir forças aos condenados. Tentou voar na direção de Julian, mas Dante foi mais ágil e agarrou-lhe o pé para logo em seguida o girar com violência e jogá-lo contra outro rochedo, espatifando-o.

 

“Eu sou um professor de Religião, tem cinco mil anos de bruxaria armazenados aqui.” – disse Julian, indicando sua cabeça antes de completar o ritual, que gerou um círculo arcano repleto de runas e símbolos místicos sob seus pés.

 

As almas que voavam por todo o limbo organizaram-se em um turbilhão ao redor de Julian e começaram a fundir-se a ele, em uma profusão de luz branca. Minos viu-se forçado a proteger-se da claridade com suas asas, e Dante fitava o “aliado”, surpreso com a idéia aparentemente doida do ex-professor. A luz diminuiu gradativamente, permitindo a visão da nova forma de Julian: duas novas asas, brancas e majestosas, surgiram nas costas do rapaz, sobrepondo-se às duas outras, uma longa cauda branca e chifres longos e retorcidos, tais quais os de um antílope, completavam a aparência do ex-professor, que agora trajava uma refinada túnica branca e prateada com um manto vermelho sobreposto. Ele portava também uma nova espada, forjada com almas humanas, Clarent.

 

“Até que seu novo visual é bacana!” – exclamou Dante.

 

“Você...você ousa liberar essas almas de meu julgamento?!” – berrou Minos, visivelmente irritado.

 

“Parece que no final, você nos subestimou.” – disse Julian em uma voz diferente, como se fosse formada por vários corais dos condenados.

 

 Julian voou na direção do juiz, perfurando-lhe o peito com sua nova espada para logo em seguida liberar centenas de almas dentro de Minos através da lâmina. Os espíritos, desejosos de vingança contra o demônio, começaram a destruir seu corpo, queimando-o de dentro para fora. O ex-professor retomou sua arma e deu as costas ao oponente derrotado, que tombou no chão do Limbo.

 

“Argh...isso não termina assim! Eu...eu sou Minos!” – bradou o demônio, em vão.

 

O corpo do juiz lentamente tornou-se cinzas e enxofre, e os dois meio-demônios reassumiram forma humana. Emily se libertou do feitiço de Minos e logo estava de pé, correndo na direção de Julian. Dante também caminhava na direção dele, sorrindo satisfeito.

 

“Julian! O que aconteceu? Onde está Minos?” – perguntou a garota.

 

“Dante e eu o derrotamos. Vamos sair daqui agora, Emily.” – respondeu o ex-professor, sorrindo enquanto abraçava a jovem.

 

“Haha! A garota realmente é bonita, eu também quero um abraço dela por....” – Dante ia dizendo antes de fraquejar e quase ir ao chão.

 

Julian segurou o braço do meio-demônio a tempo, e o ajudou a ficar em pé novamente. O caçador deu um sorriso amarelo e Emily limitou-se a soltar uma discreta risada.

 

“Vamos, você também vai precisar de ajuda para sair daqui.” – acrescentou o ex-professor, sorridente.

 

“There's a lady who's sure all that glitters is gold
And she's buying a stairway to heaven
And when she gets there she knows if the stores are all closed
With a word she can get what she came for”

 

 

Emily envolveu Julian com seus braços, e Dante apoiou-se no ombro do jovem para que este conseguisse carregar a ambos. O ex-professor então abriu suas quatro asas e alçou vôo, junto de sua amada e de seu “aliado”, iriam voltar para o Mundo dos Vivos, para a luz. Voaram sobre as montanhas cinzentas do Limbo e não demoraram em chegar ao domo pétreo que separava Inferno e Terra. Viam do alto toda a geografia do lar de Sparda, os rios e cascatas de sangue, as ruínas e os condenados cumprindo suas respectivas penas. Passaram pela abertura e tudo tornou-se luz e uma agradável sensação de paz.

 

“Oh, and she's buying a stairway to heaven

There's a sign on the wall but she wants to be sure
'Cause you know sometimes words have two meanings
In the tree by the brook there's a songbird who sings
Sometimes all of our thoughts are misgiving”

 

 

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Dante estava de volta ao centro da cidade, o local onde estava a cratera voltara a ser o bairro residencial que era antes, apesar disso, havia tumulto nas ruas, os jornalistas da região pensaram se tratar de um atentado terrorista. O caçador sorriu e apressou-se a sair de lá, não queria chamar atenções desnecessárias. Lady e Trish o aguardavam, e a loira jogou-lhe uma garrafa de cerveja, recebendo em troca uma chuva de elogios baratos do meio-demônio.

 

“Resolveu o problema?” – perguntou Lady.

 

“Com certeza, mas agora preciso ir a um lugar, preferencialmente sozinho.” – respondeu Dante, deixando as duas mulheres para trás.

 

Lady e Trish trocaram olhares, desconfiadas. A mente das duas tentava imaginar que tipo de local seria visitado pelo meio-demônio após o expediente. Na verdade, não era uma tarefa difícil, mas para elas, era absurdamente enojante.

 

“Oh, it makes me wonder

There's a feeling I get when I look to the west
And my spirit is crying for leaving
In my thoughts I have seen rings of smoke through the trees
And the voices of those who stand looking”

 

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Julian retornara ao seu corpo, suas espadas, Gae Bolg e Clarent, jaziam no chão, e o espírito de Emily sorria-lhe docemente. Estavam nas ruínas de Temen-Ni-Gru, mas não havia sinal de um único demônio lá, apenas um imenso espaço vazio. O ex-professor levantou-se com alguma dificuldade, caminhou até a garota e tocou-lhe o rosto, estava com os olhos cheios de lágrimas.

 

“Emily, você viu o que me tornei...” – balbuciou.

 

“Shii....não precisa me explicar nada.” – disse a jovem, cobrindo os lábios de Julian com sua mão delicada – “Você me salvou do inferno, e até onde eu sei, isso é papel de um anjo.” – completou, docemente.

 

“Oh, it makes me wonder
Oh, and it makes me wonder

And it's whispered that soon, if we all called the tune
Then the piper will lead us to reason
And a new day will dawn for those who stand long
And the forest will echo with laughter”

 

A garota acariciou o peito de Julian, e logo em seguida beijou os lábios dele, sendo correspondida. Foi um longo beijo, quente, que ligou novamente duas almas separadas pelo poder do inferno. O ex-professor envolveu a cintura de Emily com seus braços para poder aprofundar o beijo, que ele sabia, seria o último. Quando se afastaram um pouco, a jovem começou a desfazer-se em flocos de luz.

 

“Estou em paz agora, Julian, graças a você...” – disse Emily enquanto sorria para seu amado.

 

Dante chegara a tempo de ver a cena, mas permaneceu em silêncio. O casal ainda estava abraçado, mas a jovem lentamente desaparecia.

 

“Para onde você vai agora?” – perguntou Julian, que deixava escapar várias lágrimas.

 

“Pra dizer a verdade, eu não sei pra onde vou, mas sei que é um bom lugar.” – respondeu Emily com sinceridade.

 

“O quê eu vou fazer agora?” – perguntou o rapaz novamente.

 

“Viva, Julian, viva. Use seus poderes para salvar outras pessoas, não deixe que gente de bem seja ferida pelos demônios...” – disse a garota, antes de tocar os lábios do amado com os seus pela última vez.

 

“Woe, oh
If there's a bustle in your hedgerow
Don't be alarmed now
It's just a spring clean for the May Queen

Yes there are two paths you can go by
But in the long run
There's still time to change the road you're on”

 

 

Emily terminou de se desfazer em luz, os flocos que a compunham giravam no ar e depois desapareciam. Julian caiu de joelhos no chão, derramando suas últimas lágrimas, e Dante aproximou-se dele, dando-lhe um leve tapa no ombro.

 

“Ela foi salva, está descansando agora.” – disse Dante, em um tom de voz sincero, leal, que Julian nunca ouvira antes.

 

“Tem razão, Dante. Ela está bem, não devo mais chorar.” – respondeu o ex-professor, levantando-se e tentando sorrir para o filho de Sparda.

 

“Tome isso, vai te ajudar.” – falou Dante, dando a garrafa de cerveja a Julian.

 

O jovem ingeriu a bebida, mas estava quente. Sorriu internamente, provavelmente Dante tentara beber aquilo, mas como não estava gelada, viu nele uma oportunidade de livrar-se da garrafa. O ex-professor então caminhou até as duas espadas que estavam no chão, colocou Clarent na cintura e jogou Gae Bolg para o caçador, que empunhou a arma com uma expressão de dúvida no rosto.

 

“And it makes me wonder

Oh

Your head is humming and it won't go, in case you don´t know
The piper's calling you to join him
Dear lady can you hear the wind blow and did you know
Your stairway lies on the whispering wind”

 

“Fique pra você, um presente de desculpas pela confusão.” – explicou Julian.

 

“Poxa vida, uma cerveja morna por uma espada, eu sou um negociador nato.” – ironizou Dante – “Obrigado.” – acrescentou por fim.

 

O filho de Sparda caminhou até Julian e deu-lhe mais um tapinha nas costas para logo em seguida puxá-lo para perto de si, como se fosse um velho amigo. Ao saírem do Temen-Ni-Gru, puderam ver o sol nascendo em um céu sem nuvens, azul claro, igual aos olhos de Emily e o ex-professor sentiu no fundo de sua alma que sua amada o olhava de onde ela estava.

 

“And as we wind on down the road
Our shadows taller than our souls
There walks a lady we all know
Who shines white light and wants to show”

 

“Sabe, se você for mesmo levar adiante a idéia de combater demônios, tem certas pessoas que preciso te apresentar.” – disse Dante, com um tom de voz malicioso.

 

Julian sorriu, apesar da preocupação que o tom de voz de Dante despertava. Estava decidido, iria passar a caçar demônios agora, iria proteger as pessoas, evitar que elas fossem atingidas pelos seres do inferno, e agora sabia que não estava sozinho, tinha amigos afinal.

 

“How everything still turns to gold
And if you listen very hard
The tune will come to you at last
When all are one and one is all, yeah

To be a rock and not to roll

Oh

And she's buying a stairway to heaven”


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Notas finais do capítulo

Bom, vamos lá que tem bastante coisa que quero comentar aqui!

Todas as armas do Julian têm relação com a História ou a Mitologia britânica:
—Lohengrin: nome de um cavaleiro que integrava a Távola Redonda Arturiana, foi guiado por cisnes até uma donzela;
—Gae Bolg: lança forjada com presas de monstros marinhos, só poderia ser utilizada por pessoas dignas dela;
—Clarent: espada branca da paz empunhada pelo Rei Arthur em algumas narrativas medievais.

A lança do titio Minos também é de inspiração mitológica, Gungnir era a lança de Odin. Aliás, o próprio titio Minos é um amálgama de mitologia grega e demonologia cristã.

Quando a fic era uma oneshot, eu usei de filosofia Hegeliana pra construir a estrutura: Dante representa a Ordem (Tese), e Julian, Mudança (Antítese). A morte e ida de Julian ao inferno representa a síntese, ou seja, a coexistência de tese e antítese.

Ao expandir a fic, essa estrutura foi modificada, Dante e Julian passam a compor a Humanidade (Tese), contestada por Minos que é Destruição (Antítese). A síntese aqui é a destruição de Minos e posterior libertação de Emily, que representam Salvação.

Por fim, eu tinha elaborado mais três armas para o Julian, que não coloquei na fic por serem apenas perfumaria, para os curiosos:
Samael: um chicote de sangue capaz de criar espinhos;
Il Dissonante: um violino capaz de criar ilusões e atacar com ondas sonoras;
Swan Song: essa arma é na verdade uma pistola de cano branco, totalmente feita de prata, seria um "presente de despedida" da alma de Emily à Julian no final do último capítulo.

O último capítulo é uma refêrencia à famosa música Stairway to Heaven, do Led Zepellin, uma vez que tanto Dante quanto Julian são fãs de rock clássico. xD

Enfim, é isso gente, espero que tenham curtido a fic



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