Eu andei por um tempo até chegar em um pequeno parque, as pessoas que passavam me olhavam uns com pena outros com nojo e medo. Agora eu estava pensando quem seria a pessoa a pagar meu almoço. Uns devem se  perguntar , por que eu não trabalho?  Primeiro;  ninguém vai contratar uma mendiga e segundo; não é da sua conta.
   Até que eu vir um homem andando apressadamente com uma maleta em uma mão e na outra um celular aonde falava em um idiota, talvez italiano. Ele era tipo um deus grego ou um dos galãs que eu lia em livros de romance. Uma dica de uma moradora de rua experiente ; bibliotecas públicas são um ótimo lugar para você passar o tempo, lá é quentinho, não te perturbam e não expulsão menores a menos que você arrume confusão ou esteja fedendo.  Voltando a minha reflexão sobre o homem, ele tinha olhos verdes parecendo duas esmeraldas e seus cabelos eram de uma cor estranha, seria cobre? Um corpo atlético com músculos nos lugares certos. Ah o seu rosto era lindo , queixo quadrado com uma barba pra fazer. Mas o que me chamou a atenção foi sua carteira em sua calça do terno caro . Andei devagar em sua direção e vir ele olhando para trás e eu abaixei minha cabeça , ele voltou a olhar para frente, era agora. Em uma corrida e um movimento ágil peguei sua carteira e corri como o diabo foge da cruz. Quando voltei para o meu cantinho de baixo da ponte abrir a carteira e vir que tinha documentos e uma quantia em dinheiro  de quinhentos dólares, era hoje que eu almoçava de forma decente.
                     [...]
         Três dias tinham se passado e eu ainda me lembrava daquele homem. Eu estava no meu saco de dormir e não queria sair dali tão cedo. Chovia muito e as ruas estavam alagadas, uns homens passavam com os carros e buzinavam e atrapalhava o sono alheio. Até que um carro me chamou a atenção era uma Ferrari preta fosca e passou perto da calçada e a água acumulada voou toda em cima de mim e eu fiquei boquiaberta igual uma retardada. Logo uma onda de fúria me atingiu o carro havia parado no sinal e eu me levantei com um sorriso diabólico  ( Na minha  mente era um sorriso diabólico mas quem me visse dando um sorriso desses pensariam que eu estaria com dor de barriga ). Peguei uma pedra e mirei no vidro do carro, a pedra cabia perfeitamente na minha mão , eu joguei com toda a minha força, o que não era muita coisa. Mas para minha surpresa o vidro não quebrou, nem trincou. E para minha grande surpresa a pessoa dentro do carro saiu e era o deus grego que eu tinha assaltado anteontem  e olhou para minha direção e seu olhar era de extrema surpresa. 
Meu coração disparou a mil por hora, minha boca ficou seca e minhas pernas não respondiam ao meu cérebro. Eu estava ferrada , isso eu não tinha dúvidas quando ele me avistou deu um sorriso cruel e frio na minha direção. Eu engolir em seco e me preparei para correr porém minhas pernas pareciam gelatinas e eu não conseguia sair do lugar.  Num piscar de olhos ele estava frente a frente a mim e me segurou pelo pulso.
—Então aqui está você. - Sua voz tinha um timbre diferente e seu cheiro era tão bom.
—Pois é né , parabéns por me achar. - Um tom sarcástico surgiu no meio da frase e eu tentei me soltar de suas mãos grandes que apertavam meus pulsos finos.
— Você é uma jovem muito rebelde. - Falou me arrastando em direção ao seu carro. -Mas sabe eu gostei muito de você, gostei muito mesmo isabella Marie Swan- Quando ele falou meu nome completo sem hesitar nenhuma vez meu pobre coração deu um pulo. Como ele sabia o meu nome!?
—Me solte! Gritei a plenos pulmões. Eu me debatia tanto que ele teve que me segurar  mais forte. -Alguém me ajude. - Quanto mais eu gritava mais ele me apertava e mais falta de ar eu sentia , ele esmagava meus braços e pulmões.
—Quanto mais você gritar vai ser pior pra você. Falou percebendo o quanto estávamos chamando atenção, vários moradores de rua e alguns viciados assistiam enquanto aquele homem me carregava em direção ao seu carro, alguns até estavam relutantes a vim me ajudar mas o medo falava mais alto. Quando eu me preparei para soltar mais um grito sentir uma pancada na cabeça e vir a escuridão me tomar instantaneamente