Sakura Pov - Bring Me To Life escrita por Naty-chan


Capítulo 5
Final


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. '-'



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Olhei-o mais uma vez. Fechei os olhos e tentei restabelecer o fluxo de chakra dentro dele. Pouco a pouco, as feridas em sua face e nas mãos sumiram, mas por aquelas no resto do corpo não pude fazer nada, ainda precisávamos sair dali, desperdiçar tempo e vigor não era uma opção bem-vinda.
Tomei uma decisão, usaria tudo aquilo que aprendi sobre genjutsus, e iria derrotar todos aqueles estúpidos guardas, que não chegavam nem mesmo minimamente perto da minha experiência neste tipo de arte.
- Siga-me. – eu sussurrei ao Uzumaki, que certamente, levantando-se e obedecendo-me, não deve ter entendido nada do que acontecera, ou muito menos do que iria suceder dali pra frente.
Colocando o pé pra fora daquela porta, alcancei uma concentração suprema, estava pronta para criar um jutsu potente o bastante ao ponto de levar todas as pessoas ali presentes à loucura, excluindo eu e Naruto, que com certeza estava assustado, principalmente ao ver que um deles estripara seus próprios olhos com as mãos, numa prova desesperada de acabar com o sofrimento. O sangue deles espirrava na minha face e sobre o resto do meu corpo. Acho que alguém segurara meu pé, talvez pedindo perdão, mas eu, diferentemente de Naruto, não fiz a mínima questão ao chutá-lo para longe.
Logo, cheguei no quarto do Masahira. Ele poderia ter uma tolerância maior para o que estava acontecendo, afinal, foi ele mesmo que criou aquela técnica. Mas, talvez foi pego de surpresa, e por isso estava encolhido num canto, berrando e chamando por um estranho nome, do qual eu não fiz algum caso. Aproximei-me do ser, que já tinha perdido o controle de si mesmo, mata-lo poderia parecer até um ato de covardia, mas o que ele estava passando não era metade do que eu já tinha passado em suas garras no passado. Por isso, ele merecia mais que nunca rastejar no chão em procura de anistia.
Foi um colpo rápido e quase indolor. Usei meu ninjutsu contra ele, destruindo seu sistema circulatório, não se delongara muito até morrer.
Era um alivio, tinha matado mais um da Akatsuki, e aquela ‘missão’ individual e alheia aos planos de Konoha fora a única em que eu realmente mostrei que valia alguma coisa, e isso me dava uma satisfação memorável.
Saímos correndo. Da minha expressão facial, Naruto já deveria ter notado que algo não ia muito bem. Seria uma questão de tempo para que Konan e Pein notarem que Kaito morrera e que eu fugi, mas, isso não comportava algum medo dentro de mim.
Do nada, senti minhas forças irem embora. Caí no chão de joelhos e com as mãos no solo, suando, quase não conseguindo respirar. Eu tinha exagerado, mais uma vez. Logo, o Uzumaki notara o que acontecia comigo, e parara pra me ajudar.
Poderia ter alcançado um nível alto, mas minha ‘potencia’ sempre continuará a mesma, eu não posso mudar a quantidade de chakra dentro de mim, isso é impossível, e devo sublinhar que eu certamente não tenho metade do que o Naruto possui em força, dando por descontado o jinchuuriki.
Ao ver-me naquele estado, talvez ele não agüentou, todo aquele tempo sem nenhum contato, seja físico ou de qualquer outro gênero, despertara algo nele. Do nada, o loiro me abraçou, em um modo novo. Queria somente que o mundo parasse naquele instante, para que eu pudesse aproveitar pro resto da minha humilde e insignificante existência. Então, viera o primeiro beijo. Tímido, admito, mas que logo perdera toda a vergonha, transformando-se em algo mais... Profundo.
O atrito do meu corpo contra o dele e contra a terra me machucava e me dava prazer ao mesmo tempo. Depois de matar, massacrar e fazer todas aquelas pessoas passarem por seus piores pesadelos, não tinha mais forças, estava exausta. Pensei que iria morrer, ali, nos braços do loiro, os quais braços, estavam queimados pela sexta cauda da Kyuubi. Mais uma vez, era inútil. Eu, acima de tudo, era inútil. E pensar que este sempre foi meu pior temor.
Entreguei-me. Entreguei-me como jamais havia feito em toda a minha vida. A pele dele, queimada e molhada por seu suor misturado ao meu me dava uma espécie de... Proteção. Não, nunca entendi o porquê de ter feito aquilo, mesmo depois de ter corrido por quilômetros com o loiro, mesmo depois de entender que pra ele já não existiam mais esperanças. Agi segundo meu instinto, segundo meus sentimentos. Segundo meu... Platônico amor por ele, que nunca poderia dar certo, principalmente depois dos acontecimentos naquela fortaleza. As lagrimas escorriam pelo meu rosto, eu tinha noção que aquela seria nossa primeira e última vez, e isso machucava, muito mais que o cansaço e que as feridas.
Naruto escutara algo. Certamente, era Pein ou Konan, me procurando. Tentei segura-lo, para que ele não quisesse fazer nada heróico, não era preciso, nós só tínhamos que nos esconder, e na manhã seguinte prosseguir, mais nada. Nós dois sabíamos que ele não passaria daquela noite, mas eu, na minha intocável inocência nesta espécie de ternura, não queria aceitar aquele fato, era doloroso demais.
- Sakura-chan... – sussurrara ele, enxugando minhas lagrimas – Não se preocupe comigo’ttebayo! Eu vou dar um jeito de acabar com eles. Mas, se eu não conseguir, você tem que seguir sem mim, entendido? Prometa’ttebayo!
Balancei a cabeça afirmando. A este ponto, não tinha outra escolha. Agarrei-me à sua camisa, numa última tentativa de sentir seu cheiro.
- Não se preocupe. – continuara, com aqueles olhos brilhantes, azuis como o mar mais sereno, e com o sorriso inigualável, que só ele sabia fazer. – Sakura-chan, meu coração pertence a você, a ti e a nenhuma outra, lembre-se. Doaria até minha alma pra te ver feliz, pra te ver sã e salva. Por favor, não chore por mim’ttebayo. Estarei sempre com você.
Ainda posso escutar suas palavras ressoando em minha mente, antes de me dar um último e curto beijo, o qual eu guardo, com todo o carinho e a consideração, até hoje.
Ele levantou-se, e abriu a jaqueta, tirando o colar que a Tsunade-sama tinha dado-lhe. Então apoiara o objeto perto de mim.
Não sei explicar como fizera, mas saíra correndo, em direção aos ‘hospedes’, em direção à morte.
Poucos segundos depois, ouvi um grito. Era sua voz, tinha certeza. Era como se alguém tivesse arrancado o coração de dentro de mim, lentamente. A dor era insuportável. Ele continuava gritando, e eu podia ouvir os golpes que lhe davam, era quase como se estivessem acabando comigo, com meus sonhos, os quais naquele momento, deixaram de estar no futuro, e sim, ficaram enterrados, no passado.
Queria fazer algo. Mas, estava paralisada, e eu tinha feito uma promessa, não poderia quebrá-la. Só que... Afinal, em todos estes anos, eu não tinha aprendido nada? Depois de tanto sofrer, eu ainda não tinha aprendido a superar a aflição? E, acima de tudo, não tinha deixado de ser inútil?
Patético. Naquele momento, voltei a ser aquela menina de 12 anos, na segunda prova chuunin, quando não pude fazer nada pelo meu ‘suposto’ amor, chamado Sasuke Uchiha.
Não poderia errar de novo, naquela ocasião, a sorte foi que Orochimaru não queria matá-lo, mas desta vez é diverso, a pessoa que eu sempre amei estava sucumbindo, a menos de um quilômetro de distância.
A chuva começara a cair. Claro... Até o céu estava chorando, pelo grande Uzumaki. A água batia em meu pobre rosto, sujo de sangue, do sangue dos soldados que espirrou sobre mim, do sangue do Naruto, do meu próprio sangue, ao me ferir naquela fuga, e o lavava, vagarosamente.
Amanhecera. Naquela manhã, eu já tinha forças o bastante pra me levantar, e fui ver o que tinha acontecido com o Uzumaki. Fui uma covarde, o deixei sofrer, sozinho, enquanto oferecia sua vida pela minha. Vi seu corpo, de longe. Caí de joelhos no chão, já não era aquele pesadelo que eu fazia sempre, em que o Naruto estava morto no chão, e o Uchiha me olhava com desprezo, chamando-me de inútil.
Aquela era a vida real. Ele estava morto, e eu já não poderia fazer nada para ajudá-lo.
- NARUTO! – gritei, espantando alguns corvos de cima de uma árvore, enquanto me levantava e corria, pra perto de seu cadáver.
Derramei lágrimas. Mais uma vez, era única coisa que eu podia fazer.
Carreguei-o, pelo máximo de tempo que conseguia, conservando-o com o chakra. Ele merecia um velório descente, ele merecia ser lembrado como um valoroso ninja, um dos tantos que trabalharam para Konoha, sem medo, independentemente de isso custar a própria vida.
E assim acontecera. Em sua lápide, eu pedi para que escrevessem:
“Este é meu jeito ninja”
Depois de seu falecimento, talvez 3 anos depois, Sasuke soube do fato. Nesta época, já tinha vingado os Uchihas, e passava a vida a vagar por aí com Suigetsu, já que o time Hebi se desfez pouco tempo depois da Vitória contra Itachi. Soube que ele queria voltar para a Vila, mas que não podia, pois tinha alguns problemas por culpa de todos os experimentos que Orochimaru fizera no mesmo. Então, eu, Kakashi e Hinata saímos em busca dele. Aquela foi minha última missão, desde então dedico minha vida aos meus dois filhos e à Sasuke, o qual, mesmo sabendo de tudo o que acontecera, quis casar comigo.
Podem se passar anos, décadas, milênios, mas meu amor sempre terá o nome de Uzumaki Naruto, que doou sua vida para salvar a minha. Mas, mesmo depois deste sacrifício, seus sonhos não sumiram com ele. Eles continuam vivos, dentro de mim e de seu filho, Uzumaki Nishuri, Chuunin e futuro Hokage da Vila oculta da Folha.

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Notas finais do capítulo

Bem, era uma fanfic NaruSaku que terminou SasuSaku, HÁ HÁ HÁ.



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