Sakura Pov - Bring Me To Life escrita por Naty-chan


Capítulo 2
O hospede indesejado


Notas iniciais do capítulo

PELOAMORDEDEUS, deixem reviews ioi'



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Engoli minha saliva secamente. Consegui sentir-la arranhar minha garganta, descendo, enquanto todas aquelas perguntas me vinham na cabeça e a escuridão se aproximava, lentamente.
Minha raiva venceu meu medo e meu sentido de culpa, por não ser a ninja que eu prometi que seria. Concentrei todo meu chakra nos punhos, e numa última e desesperada tentativa, soquei o chão, criando uma vala gigantesca. A dor, junto ao meu desespero e ao kai que ainda estava ativo, conseguiu dispersar por alguns segundos o genjutsu, o bastante para que eu individuasse a posição de seu criador. Logo estava dentro da prisão ilusória mais uma vez, com as mãos sangrando. Mas desta vez não estava perdida. Peguei uma kunai, e a lancei na direção dele. Era impossível que a esquivasse visto que se encontrava num estado de êxtase. E, realmente, a kunai o acertara. Sabia que não lhe tinha ferido, mas pelo menos sua concentração acabara, e eu não caio nunca em um mesmo jutsu duas vezes.
“Que sorte!” – pensei, vendo que tudo à minha volta tornara ao normal.
Ingênua. Sempre fui, talvez ainda o seja, quem sabe.
Minha primeira reação foi notar meus machucados. Minhas mãos tinham feridas não muito profundas, mas doía. E doía muito. Não deveria ter exagerado daquele modo ao tentar sair do jutsu, mas, fora minha única chance. Tinha alguns arranhões nos braços, normal, afinal, eu tinha acabado de criar um buraco grande o bastante para enterrar um quarto de Konoha.
Senti sua presença mais uma vez, e o medo voltara. O coração acelerou.
“O individuei.” - realmente, era assim. Ele estava atrás de mim, pouco menos de dois metros de distância. Usei o chakra que me restava tentando dar um soco potente o bastante para colocá-lo K.O. Bem, não tive muito sucesso. Não calculei nem mesmo minimamente suas reações, o que não me ajudara. Girei-me na hora, com a mão esquerda pronta para segurar seu braço, no caso de um eventual contra-ataque, e preparei o punho direito, repleto de chakra, para dar-lhe o colpo final.
Eu tinha coragem, muita coragem. Já tinha notado que ele realmente era da Akatsuki, só de ouvir aquele ridículo barulho do sininho que ele portava em seu chapéu de palha. Não pude vê-lo, mas minha audição nunca me enganara. Virando-me, fechei os olhos, não estava pronta para ver o que ele queria fazer, só esperava, ou, pra ser mais realista, sonhava que aquela minha improvisação desse certo. Mas, sonhar sempre foi uma perda de tempo.
Não agüentei, abri os olhos e vi que era somente um substituto aquele que eu tinha acabado de socar. Desta vez, eu sabia que estava ferrada.
Fiquei parada, como uma estátua, imóvel. Senti que ele puxou meus braços pra trás, e os prendera, com os dele.
- Você é boa... – ele sussurrou, em meu ouvido. Sua voz era roca e fria, ensartava quase medo. Não que mudasse muito meu ponto de vista, nesta altura, meu medo já passara, a morte era certa. – Mas não o bastante.
Dizendo isto, eu acho que ele escutara algo, e decidira de não acabar comigo ali. Soltara-me e saíra correndo.
Eu caí de joelhos no chão, não acreditava, era muita ‘sorte’ a minha. Vi a morte nos olhos, mas, não senti algum tipo de medo, simplesmente a aceitação. Devo confessar que aquilo me surpreendeu. Todos esses pensamentos passaram pela minha cabeça em poucos segundos, dois ou três, no máximo.
Mas, essa ‘vitória’ não valia nada, enfim, descobri pouco sobre o sujeito e muito menos sobre o que queria. E o pior: O tive em minhas mãos, mas não fui capaz de capturá-lo.
Levantei-me, mesmo com as pernas tremendo, mesmo com medo de que ele pudesse me matar realmente desta vez. Já não tinha muitas forças, com o que me sobrara, tentei curar-me enquanto corria seguindo o mínimo comparecimento que sobrara dele, num rastro que eu ainda acho que foi deixado pelo mesmo de propósito.
Após certo ponto, perdi o indício que ele me deixara. Estava com o respiro afobado, já não tinha porque correr, não sabia para onde ele tinha ido. Sentei-me no chão, e tirei as luvas. Agora minhas mãos já estavam totalmente curadas, fora alguns arranhões, que são insignificantes.
- O que você está fazendo aí? – berrara Sai. Que alívio ouvir sua voz, dei até mesmo um profundo suspiro, nem eu mesma pensei que algum dia ficaria feliz de ver aquele sorrisinho macabro.
- Aconteceu alguma coisa Sakura-chan? – continuara, ao ver que o suor escorria pela minha face e que eu estava bufando.
- Eu o encontrei. – respondi, alçando-me do chão e recolocando minhas luvas.
- Temos que dizer isso ao Kakashi-sama.
- Me dá o rádio.
- Qual rádio? Não deveria estar com você?
- Não me diga que você não o pegou?!
Sai não respondeu. Meu sangue ferveu naquele momento, ele parecia despreocupado, mesmo se nós estávamos sem nenhum tipo de comunicação, com aquele estúpido sorriso que me dava enjôo. Poderia estar fraca, mas minha fúria era implacável quando se tratava de cretinos como ele. Enquanto ele fazia seu melhor sorriso versão ‘n_n’ eu me preparava para socar seus dentes, pra que ele nunca mais possa fazer aquela expressão grotesca. Peguei-o pela gola da camisa, puxei-o pra mais perto de mim, estava pronta para acabar com sua laia, quando escutei uma voz familiar.
- Sakura-chan, Sai, o que estão fazendo’ttebayo?
- Naruto? – Soltei Sai. Era muita coincidência.
- Eu ouvi um estrondo, estava aqui perto’ttebayo, Kakashi-sensei fora até a Vila pra dizer que não achou nenhum visitador indesejado!
- Não é assim Naruto. – Eu tirei os olhos de Sai que estava no chão, certamente, sem esquecer de dar-lhe um chute. – O estrondo que você ouviu foi por culpa minha, o cara da Akatsuki quis me atacar.
- E... está bem’ttebayo? Alguma ferida?
- Não é essa a questão. Falando nisso... Sai, mas por que... – eu notei que tinha algo de errado. Sai não me xingara nenhuma vez ainda, e não achara estranho todos os meus arranhões, e sua expressão parecia ser superficial. Fora que ele não reagira como sempre, visto que eu tentei soca-lo e até mesmo lhe dei um chute. E, onde estava a lenha que ele foi buscar? Aquela não passava de uma cópia mal-feita do verdadeiro.
- NARUTO! – gritei. Com certeza o farsante notara que eu descobri seu disfarce, não demorara muito, para que ele se levantasse do chão e mostrasse sua verdadeira voz.
- Muito bem, agora entendo por que te querem. – de novo ele. Ainda possuía as semelhanças de Sai, mas com certeza o tom da voz mudara.
- Sa-sakura-chan... É esse o tal cara? – Naruto sempre foi um tipo lerdo. Com certeza não notara nada de estranho no comportamento do nosso companheiro, e talvez pensasse que o estrondo tivesse sido algo como um terremoto, ou algo do tipo.
Não precisava responder, talvez fosse uma pergunta retórica, não sei.
Naruto colocou-se à minha frente, certamente queria me proteger, não que eu tivera ou até mesmo tenha dúvidas sobre isto. O que realmente me intrigava era onde estivesse o verdadeiro Sai, e porque o cara não saía daquela fantasia logo, não tinha sentido. Bem, como se algo houvesse sentido naquele instante.
- Sakura-chan! – Naruto gritara, empunhando uma kunai – Não deixarei que lhe façam mal’ttebayo! Fique atrás de mim!
Naquele instante, senti uma espécie de alívio, entretanto soubesse dos perigos que corria, aquelas singelas, e certamente sinceras palavras, me tiraram um peso das costas. Não saberia descrever o sentimento. Uma época, eu considerava o Naruto como um amigo idiota, ou quase um irmão. Mas, não era assim, e eu sempre soube disso, desde o começo.

Fim do Segundo Capítulo.

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Notas finais do capítulo

...continuo se pelo menos deixarem três reviews. ò_é



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